Estou lendo 1822 de Laurentino Gomes. A verdadeira história da independência do Brasil. Ele conta como José Bonifácio, "a princesa triste" e um sujeito louco por dinheiro e Dom Pedro I criaram um país que tinha tudo para dar errado, parece que deu, não é?
Ele começa desmistificando o famoso quadro de Pedro Américo, onde se tem um príncipe garboso de espada em punho gritando independência ou morte. Gomes alega que existiram dois fatos diferentes e ligados por um fio de cabelo. É claro que se trata da minha interpretação do texto dele.
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Primeiro o fato de Pedro ter recebido uma série de documentos vindos de Portugal tirando sua autoridade e alertando que os ministros seriam nomeados por Portugal. Ao mesmo tempo recebeu cartas de José Bonifácio e Leopoldina, a princesa, aconselhando a separação do Brasil de Portugal. O autor revela a atitude do príncipe de apelido "rapazinho" devido seus 23 anos e sua falta de maturidade. Comenta-se inclusive que era mulherengo a bessa, vivia na farra sem se preocupar muito em governar, que sua atitude nesse primeiro momento foi fraca, embora tenha jogado os documentos no chão e pisoteado sobre eles. Dom Pedro havia parado nesse local, um matinho perto do riacho do Ipiranga devido a uma dor de barriga, portanto sua comitiva esperava-o em uma hospedaria próxima dali. Em seguida vai para junto de seus homens e ali sim, um dos militares acaba por colocar palavras na boca de um príncipe mais convicto de sua posição: futuro imperador ou rei do Brasil. Cavalgaram mais alguns quilometros e estavam na vila de São Paulo. Naquela noite foi ovacionado no teatro e deve ter voltado para o Rio de Janeiro como um herói. Não acabei de ler o livro, mas pelo pouco que li não podia dar certo, mesmo! Uma pena, pois com a alternativa de sermos uma república federativa como queria Frei Caneca, no Recife, talvez hoje o país estivesse em melhores condições.
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