Infelizmente hoje pedimos licença a Rosa Bertoldi para ocupar seu espaço com um texto escrito pela minha mãe, Janira Fainer Bastos
A família chamava-o amarelinho de nariz rosa... Embora com
dentes de sabre, nunca usou a não ser para brincar. Era conhecido no condomínio
até pelos pedreiros. Como todo bom gato dormia durante o dia e andava a noite.
Somente o frio intenso fazia com que permanecesse dentro de casa enroladinho em
cobertor, pois ele procurava uma boa cama sempre. Dificilmente brigava com os
outros animais, só com a Juju, mas ela é brava pra xuxu. A velha siamesa vai
sentir falta dessas rosnadas, a confusão não passava disso.
Meigo, educado, carinhoso, ele chegou pequenino viu e venceu
o lugar, quase uma floresta. Brigou com gatos selvagens e não selvagens, com
furão, brincou com galinha de angola e toda a bicharada solta por aí. A última
arte foi juntar-se ao cachorro para caçar um passarinho no quintal, que foi
salvo dos dois pelas mãos da minha filha. O dia parecia normal. Café sendo
coado, as frutas batidas numa gostosa vitamina, a mesa posta para o café da
manhã. Um vizinho chamando...
Kurt comendo e depois miando na porta de entrada. A bronca:
você já vai sair rueiro? Meu marido
entrando e gritando alto, o Kurt, o gato, ele foi atropelado... Não deu muitos
passos, aconteceu em frente à casa vizinha. Perguntei quem foi? Ele disse não
importa, está morto. Eu pensei e meu coração aos pedaços.
2 comentários:
Que pena! Ele era um tanto indiferente mas bonito e com olhos lindos
Olá, Rosa,
ele era um doce de criatura e muito meigo com a família... mas realmente não dava muita atenção as visitas. bjs
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