No final do novo livro de Elizabeth Gilbert ela agradece a
um grupo de mulheres sem as quais não teria concluído seu texto e termina com
uma citação que vou transcrever.
“Tenho certeza, cara amiga, de que muitas ciências e artes
magníficas e dignas de nota foram descobertas por meio da compreensão e da
sutileza das mulheres, tanto na especulação cognitiva demonstrada pela escrita,
como nas artes manifesta em trabalhos manuais. Vou lhes dar inúmeros exemplos.” Christine de Pizan/O livro das damas (1405)
Em pleno século XV Christine de Pizan escreveu um livro
sobre os feitos das mulheres! Eu sempre brincava com os amigos que eles deviam
seu prato de comida as damas. Não, elas não haviam preparado a comida, tinham descoberto
a agricultura, enquanto os homens se preocupavam com a caça nos primórdios da
humanidade, e os artistas em pintar essas atividades masculinas nas cavernas de
Altamira. Sobre as mulheres nada!
Mas, não vou falar das invenções femininas desde a
pré-história aos dias atuais. Está de bom tamanho lembrar que em 1923 existiam
345 inventos de mulheres na área automotiva, entre as quais carburador,
embreagem e um motor elétrico de partida!
Nas ciências, uma de minhas prediletas é madame Marie Curie,
prêmio Nobel de Física, em 1903, pela descoberta de elementos químicos como o
rádio e o polônio. Nesse mesmo ano, Mary Anderson fazendo um passeio por New
York percebeu que durante o trajeto o condutor interrompeu a viagem várias
vezes para remover neve do vidro de seu veículo. Dois anos depois ela patenteou
seu invento: um limpador de para-brisa composto de uma lâmina de borracha presa
a um braço mecânico. Foi adotado por Henry Ford no modelo T. Dez anos depois
todos os carros americanos saiam da fábrica com o dispositivo.
Voltando um pouco no tempo em 1886, durante a Feira
Universal de Chicago, Josephine Cochran apresentou o protótipo de uma máquina
de lavar louças mecânico adotado por hotéis e restaurantes quase que
imediatamente, embora facilitasse bastante o trabalho feminino essa lavadora de
pratos só foi aceita pelo público em geral na década de 1950. Nessa época Ema
Schneider trabalhando nos laboratórios Bell criou um sistema automatizado de
computação para supervisionar e descongestionar o sistema telefônico.
Fraldas descartáveis foram inventadas por Marion Donovan e
Melitta Benz criou em 1908 o filtro de papel. Lavador de mamadeiras elétrico é
coisa da Marlyn Zukermann. Preciso dizer por que? Legal é que o paraquedas foi invenção de
Katherina Paulus! A minha inventora predileta é Bette Nesmith Graham, uma
péssima datilografa com criatividade para dar e vender. Inventou um líquido
branco para corrigir seus erros de datilografia. Devido à demanda criou, em
1967, sua própria empresa de liquid paper e ficou milionária. Aconselho as
minhas leitoras a colocar suas ideias em prática, elas podem render e muito!
2 comentários:
Feminista até a alma, hein d. Rosa Bertoldi!Embora, seja tudo verdade...
curiosa para ler...
bj bj
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