Queridos,
tentamos mas a vida corrida não ajuda e ao final, só Rosa Bertoldi escrevia e aí quando esta me disse que quer parar com o blog é que é chegada a hora de baixar as portas.
Foi um prazer e o arquivo permanece aqui.
bj bj
Sete Graus de Separação
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
domingo, 24 de agosto de 2014
Seria Jagger um pé frio?
Nesse ano Mick Jagger telefonou para desejar sorte a
seleção da Inglaterra. Eles ganharam e
lá estava o roqueiro no jogo seguinte torcendo pelo time. Adivinha o que
aconteceu? A Inglaterra perdeu... Em vez de voltar para a Europa mudou de
seleção passando a torcer pela Itália e três dias depois acabou voltando para
casa. Jagger tem fama de pé frio e quando assiste e torce por um time leva o
coitado para o buraco. É sabido que desde 1982, foi a todas as copas, sempre
torcendo para a seleção brasileira e nunca viu o pais ganhar o premio. O Brasil
ganhou nos Estados Unidos e Japão sem a presença do famoso simpatizante.
As gozações com o cantor devido ao seu pé frio em
relação aos times de futebol foi uma atração a parte durante a realização da
Copa do Mundo. Deveriam acrescentar a ele a senhora presidente do Brasil que
além de azarada foi inúmeras vezes vaiada. Seria esse o motivo daquela cara
feia na entrega da taça? Bom, não ser ovacionada como Mandela no último
acontecido na África deve ser mesmo frustrante, pois embora eu não entenda de
futebol parece-me que o circo foi armado para glorificar o governo, nos moldes
fascistas da década de 1930, na Europa. Aqui o negócio virou do avesso!
Durante os festejos aproveitei para ler um livro
best seller para me divertir e não é que me deparo com outro pé frio? O recruta
inglês Richard Sharpe é personagem de um romance relatando a guerra entre os
seus conterrâneos e os persas, liderados por Tipu. Eles dominaram uma região
islâmica da Índia. Ainda no Reino Unido, o jovem era constantemente perseguido
pelo sádico sargento chefe de seu regimento. Na Índia, a situação permanece a
mesma, mesmo que agora ele esteja a serviço da realeza integrando uma expedição
para derrubar o impiedoso sultão Tipu. Com ciúmes do recruta, o sargento
acusa-o de alguma falta e coloca o moço no tronco. Açoitado, aproveita a
ocasião para fingir-se de desertor para buscar informações e sondar o terreno
do inimigo. Para provar sua lealdade luta com seus camaradas e finge tão bem
que acaba ganhando uma condecoração! Uma ironia, pois de verdade, ele não
entrou na batalha. O sargento ao ser preso denuncia o recruta. Preso ele se
encontra com o chefe da expedição de espiões. Resumindo, eles fogem da
masmorra. O coronel refugia na casa de um general indiano e ele volta para o
campo de batalha. Termina tudo bem com Sharpe. Durante o último confronto ele
mata Tipu e se apodera de suas joias, como espólio de guerra. É promovido e
torna-se o novo herói literário da Inglaterra com direito a série na televisão.
Enquanto Mick Jagger continua sua carreira de sucesso... Pé frio? Sei não...
domingo, 17 de agosto de 2014
Histórias: Van Gogh e Antonin Artaud
Deveria dizer que se trata de similaridade? Não
sei... Como contei para vocês que o Baptista decidiu me transformar numa mulher
culta deu-me um catalogo da exposição que começou a ser exibida no Museu
D’Orsay (Paris) sobre a obra de Van Gogh. E daí, perguntarão alguns. O texto
relata como surgiu o nome da mostra: Van Gogh: o suicida da sociedade. Em 1947
ao reunir e classificar trabalhos do artista, o curador Pierre Loeb pediu ao
dramaturgo Antonin Artaud que escrevesse sobre Van Gogh. Seu texto foi
transformado em livro e exposição nesse ano de 2014.
Vou chover no molhado. Todos sabem quem foi Van
Gogh, pintor holandês diagnosticado como esquizofrênico. A esquizofrenia é
considerada pelos psicopatologistas como um tipo de sofrimento psíquico grave,
caracterizado pela alteração no contato com a realidade. Como eu sei disso?
Lendo a Nise da Silveira. Seu assunto era a loucura na arte. Hoje em dia os
especialistas não a consideram como doença, mas como transtorno mental. Mas,
vou falar da arte de Van Gogh, meu mais recente conhecimento e não sobre
doenças. Nas palavras do próprio artista: ele queria exprimir esperança num
punhado de estrelas... Arte é isso, não é? Ele abandonou cedo a escola e tentou
ser pastor religioso como seu pai antes de chegar a pintura, sua verdadeira
vocação. Após estudar desenho passou a representar no papel um registro
sensível e metódico do que via: fazendas, lavouras, florestas, moinhos,
carroças, camponeses, sapateiros, ferreiros, seus pais, amigos, trabalhando com
crayon, aquarela, pincel, nanquim. Convidado a viver em Paris, passou dois
meses em Antuérpia antes de chegar a cidade luz. Sua permanência no local
colocou-o em contato com a obra de Rubens, uma forte influencia em sua obra. Após
algum tempo na França, fixou residência em Artes. Nessa época empregava cores
fortes, ousadas, violentas, sua característica principal, tanto que é
considerado um precursor do expressionismo. Mas, qual seria a relação com Antonin
Artaud além do texto encomendado pelo curador, nos idos de 1940? A doença que
não é uma doença.
Artaud foi dramaturgo,
poeta, pintor, escritor, roteirista, diretor de teatro fortemente ligado ao
surrealismo. Ele é uma referencia para diretores como Peter Brook, Jerzy
Grotowski, Eugenio Barba dentre outros. Eu já vi diversas montagens de Peter
Brook tanto no Brasil como na França e considero o diretor tão clássico! Logo
se vê que não entendo nada de teatro, mesmo... Em 1937 Artaud foi considerado
louco, louco de pedra. Nossa, fiquei pasma ao ler isso. Ficou internado em
manicômio por seis anos e depois transferido para uma clinica por mais três anos
voltando à Paris somente em 1946. Mas,
não dizem que o poeta ultrapassa a lógica normal? Quem teria razão a medicina
ou a irracionalidade contida no mundo artístico? Não sei. Artaud postulava que
o grito, a respiração, o corpo do homem era o lugar primordial do ato criativo
teatral. O teatro era para ele o lugar
privilegiado da germinação de um formato que refaz o ato criador. Sua obra como
um todo era simbolista, metafórica e com experimentações linguísticas. Um
expressionista e outo surrealista, ambos considerados loucos, ambos artistas
respeitados em suas profissões. Fico pensando numa frase conhecida: de perto
ninguém é normal. Resumindo o germe da loucura deve estar em todos nós. segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Into the wild
Existem filmes, livros, músicas que mexem com o coração. Adoro algumas dessas bobagens. E o filme Na natureza selvagem é uma delas. Tudo no filme me toca. A história de Christopher McCandless e sua dificuldade de lidar com os constantes ataques da vida, seu amor pela natureza e sua vontade de experimentar a natureza.
Se a vontade de Alex Supertramp, o nome com o qual Chris sumiu no mundo, era experimentar a vida no Alasca, a minha é me perder na África. Não da mesma forma desapegada e sem volta de Alex/Chris, mas experimentar um mundo mais básico, onde as relações não sejam tão complicadas e dolorosas.
Ver Na natureza selvagem mostra que há bondade no mundo, na verdade, que o mundo é cheio de gente bacana e bonita no sentido mais básico da palavra. E a experiência de Chris, antes de ser morto pela propria a natureza, que é mais forte que todos nos e pode ser cruel, é intensa e mostra muitas portas se abrindo, muita gente de bom coração dispostas a auxiliar das maneiras mais simples. Bobas ate.
Baseado em fatos verídicos o filme mostra os dois ultimos anos na vida desse rapaz de classe média alta que abriu mão de tudo. Ha quem diga que foi por rebeldia, outros afirmam que foi por simples por vontade ou por acreditar em coisas maiores. Eu acho que ele saiu em busca dele mesmo e por um tempo se achou. Pode ser uma visao romantica da minha parte ja que para se encontrar, para encontrar a tal paz interior Alex/Chris precisou se perder e eventualmente perder a vida.
E nesse abrir mão se colocou em um mundo que nos é escondido: o mundo da natureza, onde a cadeia é seguida, onde o que se planta é o que se colhe, onde o respeito e a integração são peças essenciais à sobrevivência.
O diretor Sean Penn esperou dez anos para rodar o filme, baseado no livro reportagem de Jon Krakauer, pois queria ter a certeza da aprovação da família McCandless. Valeu a pena.
Ah, e quem se empolgar em assistir, presta bem atencao na trilha que eh um show a parte.
Se a vontade de Alex Supertramp, o nome com o qual Chris sumiu no mundo, era experimentar a vida no Alasca, a minha é me perder na África. Não da mesma forma desapegada e sem volta de Alex/Chris, mas experimentar um mundo mais básico, onde as relações não sejam tão complicadas e dolorosas.
Ver Na natureza selvagem mostra que há bondade no mundo, na verdade, que o mundo é cheio de gente bacana e bonita no sentido mais básico da palavra. E a experiência de Chris, antes de ser morto pela propria a natureza, que é mais forte que todos nos e pode ser cruel, é intensa e mostra muitas portas se abrindo, muita gente de bom coração dispostas a auxiliar das maneiras mais simples. Bobas ate.
Baseado em fatos verídicos o filme mostra os dois ultimos anos na vida desse rapaz de classe média alta que abriu mão de tudo. Ha quem diga que foi por rebeldia, outros afirmam que foi por simples por vontade ou por acreditar em coisas maiores. Eu acho que ele saiu em busca dele mesmo e por um tempo se achou. Pode ser uma visao romantica da minha parte ja que para se encontrar, para encontrar a tal paz interior Alex/Chris precisou se perder e eventualmente perder a vida.
E nesse abrir mão se colocou em um mundo que nos é escondido: o mundo da natureza, onde a cadeia é seguida, onde o que se planta é o que se colhe, onde o respeito e a integração são peças essenciais à sobrevivência.
O diretor Sean Penn esperou dez anos para rodar o filme, baseado no livro reportagem de Jon Krakauer, pois queria ter a certeza da aprovação da família McCandless. Valeu a pena.
Ah, e quem se empolgar em assistir, presta bem atencao na trilha que eh um show a parte.
domingo, 10 de agosto de 2014
Tomar o mundo como se fosse coca cola...
A frase é bonita, mas não é minha. O autor é Caetano
Veloso. Pensei nela depois das trapalhadas diplomáticas do governo brasileiro
em relação a botar sua colher de pau no caldeirão fervente da guerra milenar
entre os povos do Oriente Médio. No caso, a gafe foi com Israel e sendo o povo
hebreu conhecido pelo senso de humor exacerbado aqueles que deram resposta ao
anão diplomático usaram e abusaram desse refinado jeito de fazer piadas na hora
exata por motivos certos, aproveitando-se da saia justa e do ridículo da
história. Estariam eles debochando da gente? Tenho culpa dos repentes de uma
presidente mal assessorada? A chancelaria precisou de acento mais forte com
relação à Gaza... foi uma das respostas dadas por alguns envolvidos, ou não no
caso, completando: a situação é tão grave quanto na Ucrânia. Ué, por que não
retiraram o embaixador da Ucrânia e deram um acento mais forte por lá também? O
partido do governo tem uma simpatia exagerada por alguns países fomentadores de
guerrilhas e brigas justas ou injustas na região. Pensei na Nice, uma arquiteta
que trabalhava comigo no Fundusp que apregoava que óleo e água não se misturam.
Frase mais sem sentido não é? Mas, ela queria dizer que as pessoas/políticos/países
que se juntavam eram farinhas do mesmo saco. Voltando ao assunto, no Oriente
todos têm razão. No Oriente ninguém tem razão... Aquela faixa de terra foi o
corredor para diferentes culturas e povos desde que o mundo é mundo para comercializar
seus produtos via mar. Portanto as brigas eram permanentes. Com a descoberta de petróleo, o caminho
tornou-se mais precioso e mais perigoso. Quando da criação do estado de Israel,
em 1947, o local ficou dividido em Israel e Palestina. Como os palestinos não
assinaram o acordo o mapa se delineou aleatoriamente transformando-se na
confusão atual. Gaza foi tomada pelo Egito e o que sobrou ficou com a
Cisjordânia. Hoje a Autoridade Nacional Palestina controla Gaza e 20% do
território da Cisjordânia, onde os israelenses são proibidos de entrar. O
anunciado pela mídia foi que o Brasil havia retirado o embaixador brasileiro de
Israel. Os entendidos no assunto disseram tratar-se de um insulto grave essa
coisa de recolher funcionário diplomático de países tidos como amigos. Tá certo
vai ter sempre alguém dizendo que o Brasil é amigo da onça de Israel e fiel
escudeiro para o Irã, por exemplo.
Meditando sobre o ocorrido rememorei um fato
ocorrido há pouco tempo. Fernando Henrique Cardoso recebeu o título de Doctor
Philosophae Honoris Causa, uma das maiores honras concedidas a personalidades
internacionais. Pensei em como o ex- presidente, do alto de seus 80 anos e de
toda sua bagagem cultural toma o mundo, como os jovens bebem coca cola,
acreditando que ele jamais se envolveria em um escândalo desses.
Na troca de farpas, respondendo ao quesito
proporcionalidade houve referencia até aos 7x1. Ri sozinha considerando que o
chute foi tão forte quanto o tal acento. Um pé no saco e outro na canela, pois
7x1 mexeu com os brios futebolísticos da nação que possuía o melhor futebol do
planeta, depois da Alemanha e Argentina e mais uma dúzia de outros países. A
estocada israelense repetiu nas entrelinhas algo dito por Charles De Gaulle:
esse não é um país sério.
domingo, 3 de agosto de 2014
Histórias: Jackie Onassis
Jacqueline Kennedy Onassis trabalhava como editora
de livros. O que me fez relembrar o fato foi um comentário sobre editores em
uma palestra recente, onde fui ouvir um jovem escritor falar de sua obra. Jackie,
como era conhecida a primeira dama americana, era uma mulher emblemática e um
modelo de elegância copiado por milhares de mulheres. Possuía uma inteligência
acima da média, embora – estranhamente – tenha permanecido em um casamento
infeliz. Sou infeliz, mas tenho marido... Seria ela uma dessas mulheres? Sei
não. Talvez, tivesse mais a perder do que a ganhar com uma separação naquele
momento. John Kennedy tinha fama de mulherengo e ela de aristocrática. Era uma
companhia agradável e paciente, diziam.
Isso ajudou muito, pois o marido foi submetido a duas dolorosas
cirurgias na tentativa de sanar as dores nas costas, uma sequela da guerra. Foi
quando ela encorajou John a escrever um livro. Ele recebeu um prêmio Pulitzer
com a obra, em 1957. Arte em geral e a restauração da Casa Branca em particular
lembram Jackie. Eu penso no Egito e em Assuã. Ao saber das esculturas e obras
de arte que seriam engolidas pelas águas da futura represa saiu em busca de
patrocínio para transportar as estátuas milenares de Ramsés para outro local e
salvá-las de morrerem afogadas! Costumo lembrar também de suas tentativas
frustradas para gerar filhos. Teve um aborto espontâneo logo após o casamento.
Um ano depois perdeu outro bebê. Na época do prêmio ela deu a luz a Caroline e
depois nasceu John Jr. Quando primeira dama perdeu mais uma criança. Logo
depois ficou viúva e tornou-se a senhora Onassis.
Como cheguei aqui? Divagando, é claro, como diz o
Baptista. Ele é o grande culpado. Quer
me ver como intelectual e coloca livros e mais livros na minha estante. Tudo
junto e misturado, plagiando a frase de Regina Casé dá nisso. O assunto era
Jackie editora. Nessa profissão, como em todas as outras atividades, ela foi um
sucesso! Sua decisão de começar a trabalhar aos 45 anos de idade causou furor.
Rica, bonita, inteligente, não posso esconder a admiração por ela e por mulheres
independentes e dispostas a buscar o reconhecimento profissional. Explicando o
subtexto desse texto diria que a palavra é recomeçar. Como? Ah, não sabem?
Aprendi na palestra: todo conto tem de ter um subtexto, pois bem, nesse caso, a
ideia é recomeço... Jackie O. recomeça da estaca zero uma nova vida. Bonito,
não é? Anteriormente, como primeira dama fez contribuições valiosas para a arte
e preservação da arquitetura americana. Como mulher era dona de um estilo
inconfundível e uma mania: andar descalça. Pés eram mais bonitos que mãos,
afirmava. Frase repetida por mim até a exaustão, também sou dona do mesmo
defeito. O guarda roupas recheado de
peças Chanel e seu colar de pérolas falsas eram famosos. Adoro essa parte, pois passeando pelas ruas de
Praga parava em cada camelô onde tivesse um colar de cristal ou pérola para
vender... tudo tão bonito e tão duvidoso!
domingo, 27 de julho de 2014
Rose is a rose is a rose is a rose...
A frase foi escrita por Gertrude Stein em 1913 no poema
Sacred Emily. A autora reconhecida por
uma biografia longa, por uma frase curta e pelo maior acervo de Picassos e
Matisses do inicio do século XX era inteligente, amiga de escritores e
pintores, crítica feroz por natureza. Leu quase todos os originais do começo do
século e deu palpites até em obras primas das artes plásticas. Como todo ser
humano além de seu tempo, ela era considerada uma velha gaga. Escrevia no
presente continuo característica moderna demais para a época. Sua maneira de se
expressar estava em Joyce e outros autores. Isso os deixou famosos, mas não a
própria, não sei se por preconceito ou má vontade. O mesmo aconteceu com uma
conhecida primeira ministra da Inglaterra. Há mais de duas décadas não entrou
na fria que se tornou o mercado comum europeu. Bateu o pé e ficou fora dele
assim como, também, do governo. Mesmo com o fracasso do projeto de uma Europa
unificada, ela continuou odiada em sua pátria.
Rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa tem diversos
significados. O literal é as coisas são o que são. Seu verso tornou-se
apreciado por sintetizar a modernidade através de dois níveis, o sintático e o semântico,
afirmando a autonomia do verbo. A arte moderna tem por objeto ela mesma. A
avaliação mais feroz que recebeu é ser sua própria metalinguagem. Bobagem, cada
época possui características próprias e a modernidade reuniu em seu tempo o
maior número de gênios por metro quadrado. Lembre-se leitor que idade moderna,
historicamente falando começou com a queda de Constantinopla. Então, Leonardo,
Alberti, Miguelangelo, Rafael, Botticelli, Vermeer, Shakespeare, Van Gogh, os
impressionistas, Cézanne, Rimbaud, Verlaine, Valéry, Baudelaire, Magritte,
Picasso, Duchamp, etc, etc, estão todos dentro do pacote. Está certo que os
críticos consideram como arte moderna a ruptura ocorrida com o simbolismo.
Então, em literatura o começo estaria em Poe e na perda da ingenuidade pura.
Quando, alguém perguntou a Gertrude Stein o significado de
Rose is a rose is a rose is a rose ela respondeu: poetas usam palavras
arquivadas na memória. “Eu acho que nessa linha uma rosa é vermelha pela
primeira vez em muitos anos.” Rose is red... sua imaginação e sua emoção reveladas
através da cor, cujo símbolo é amor,
respeito, adoração. Acredito que a arte só é arte se por uma competência mágica,
um talento inexplicável, um artista leva o leitor/observador a filosofar
despreocupadamente transformando aquilo que vê em conceitos, palavras, ideias,
algo que a “velha gaga” conseguiu com muita classe!
Assinar:
Postagens (Atom)