segunda-feira, 5 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher

O senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou lhe dar uma auxiliar que lhe seja semelhante” (.....) Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher... (Gn 2, 18 e 23).
E todo homem passou a procurar uma mulher, o osso de seus ossos.
A mulher escolhida era atacada, derrubada com uma cacetada e arrastada para seu “lar”. Submetida sexualmente procriava, arrumava, e cuidava da cria enquanto manipulava a caça (também escolhida, derrubada com uma cacetada e arrastada até o “lar” do caçador para que a mulher dele tomasse providências).
O tempo passou, a mulher refletiu sobre sua situação e a história mudou.
A fêmea escolhida, conforme a classe social, passou a receber um anel e era arrastada para seu “lar”. Entregava-se sexualmente, procriava, arrumava a casa e cuidava dos rebentos enquanto manipulava os alimentos – comprados com o dinheiro do homem e este exigia que ela administrasse bem o “castelo” dele.
O tempo passou, a mulher refletiu sobre sua situação e a história mudou.
Para falar a verdade o homem inventou máquinas, motores, produção, livre mercado, e descobriu que havia pouca mão de obra, e muita produção, e era necessário ampliar o mercado consumidor, e era premente aumentar a mão de obra na indústria... então “permitiu” que a mulher saísse de casa e fosse trabalhar fora, autorizou que ela recebesse um salário, aceitou que ela passasse a fazer parte do mercado consumidor... desde que cuidasse dos filhos e mantivesse o lar funcionando, providenciasse boa comida, a roupa estivesse limpa e organizada e que ela o recebesse em seus braços quando ele chegasse em casa.
O tempo passou, a mulher refletiu sobre sua situação e a história mudou.
A mulher percebeu que podia estudar e ganhar mais, que poderia pagar para alguém cuidar de seus filhos e de seu lar, que não era obrigada a fazer sexo com seu marido e até que poderia ter filhos sem ter marido, então os homens decidiram que era hora de permitir à mulher viver sozinha. Ela votava, trabalhava, viajava, competia...
O tempo passou, a mulher refletiu sobre a situação... e os homens começaram a largar a família. As mulheres tinham seus direitos e começaram a exigir respeito, mas seus filhos não as conheciam mais, pouco se encontravam... e os filhos desistiram de suas mães. Então esses filhos começaram a fazer coisas para chamar a atenção, queriam dizer: Mãe, preciso de você! Mas, em vez disso, faziam coisas erradas, desrespeitavam os adultos, agrediam bens públicos, buscavam alegria em lugares diferentes, com produtos diferentes, e chegamos aos dias atuais.
Palavras catastróficas? Não, apenas um painel aproximado do que pode ter acontecido.
Sem dúvida a luta pela emancipação feminina deu às mulheres direitos que não possuía: respeito e valorização, mas os deveres não diminuíram por serem essenciais! O que fazer? Esses deveres precisavam, paulatinamente, ser diluídos, ser assumidos pela outra parte da sociedade, o elemento masculino. O que se observa hoje é que alguns homens assumiram novos papeis com as responsabilidades inerentes a eles, outros não. Há muitas cobranças sendo feitas sobre essa nova marcação no palco da vida, há espaços abertos, falas esquecidas... Estamos numa nova estrutura social, a sociedade do descartável. Coisas muito sérias, como maternidade e paternidade, são vistas como descartáveis. O matrimônio é descartável... Se não der certo eu caso outra vez... se não for bom eu deixo... filhos são abandonados, abandonam-se os pais, abandona-se a fé, muda-se de religião, e assim muitos sentem-se modernos, inseridos nos novos padrões.
Mulheres queridas, parabéns pelos direitos conquistados, pela maravilha que é a maternidade, pelo sucesso profissional, pela fibra com que encaram desafios, pela quebra de paradigmas... mas a luta continua, não podemos nos deixar levar pela mídia, pela moda e pelos modos, é preciso encontrar o ponto de equilíbrio.
Que tenhamos força para continuar na luta, na conquista, na reivindicação e tenhamos também aliados, nossos homens para complementarem nossas funções.

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