sábado, 31 de outubro de 2009

Direitos Humanos: ou um protesto contra a crueldade e a violência

Eu poderia começar definindo direito, ou humano, de ser humano, de humanidade, mesmo... Porém, acredito que a maioria dos leitores seja capaz de imaginar uma definição, um conceito se preferir, para as duas palavras.
Por que falar em direitos humanos? Por culpa da Rosa Leda, nossa colega de blog e seu raivoso post da segunda feira. Eu, não entendendo nada do acontecido, fiquei pensando em um filme antigo da Julia Roberts sobre a questão da agressão. Ou sobre mulheres que apanham e ficam quietas. Simone de Beauvoir deve tremer em seu túmulo cada vez que acontece algo semelhante, eu vivinha da silva, arrepio de raiva, de ambos: vitima e agressor. Como dizia nossa Simone: metade vitima, metade culpada. Culpadas de que? De não reagirem, afinal não dizem por aí: bateu, levou. Jogue pratos, panelas, água fervendo para o chá, café quente da garrafa termina, jogue a garrafa... Bata com os saltos do sapato. Porco, capa o cara.
Foi assim que me deparei escrevendo sobre direitos humanos, algo oculto nas sombras das considerações políticas, embora aparentemente hoje, seja do interesse de alguns juristas. Existe até uma lei chamada Maria da Penha. Será que a pessoa agredida não sabe dos seus direitos?
Eis aqui os pontos mais importantes da lei. Espero que a mulher que sofreu a agressão leia tudo isso com calma e tome uma atitude.

1- Essa lei é aplicada em casos de lesão física ou psicológica. Por danos morais ou assédio sexual e até mesmo por violência patrimonial.

2- No âmbito doméstico, com ou sem vinculo familiar.


3- Em qualquer relação intima de afeto, no qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida.

4- A pessoa maltratada pode fazer queixa em Delegacias da Mulher e o agressor será intimado.

5- Existe até garantia policial quando houver necessidade.

Como uma boa representante da minha geração, eu aconselho: Mulheres não fiquem com raiva, vinguem-se! Está na lei, é direito.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Celebração

Para atrair boas vibrações para o fim de semana seguido de feriado segue "Celebration", música que é o carro-chefe da nova coletânea de Madonna, que leva o mesmo nome. Em uma das várias versões do vídeo, Jesus Luz aparece comandando as pick-ups e flertando com a namorada. Pois bem este é supostamente o tão esperado vídeo oficial da música, gravado em Barcelona durante a turnê Sticky & Sweet. Tem a participação de fãs superselecionados e uma homenagem a Michael Jackson com um bailarino imitando os passos clássicos do popstar e participação de Lourdes Maria, a primogênita da milionária cantora.




Ah, se esse realmente for o clip oficial então Jesus Luz ficou de fora do clipe oficial.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ela e o quarto

repousa na cama os planos que tinha para o mundo lá fora.
mundo feio...
o vinil repousa na vitrola-herança, desejando ser usado, nem que for por uma noite.
por uma canção.
mas hoje é quinta-feira. então, desprezo é o que ganha.
é o que todos ganham no final. ou no começo.
afinal, ela dorme com a cabeça nos pés da cama.
pintou estrelas no teto do quarto para não sentir saudade do céu.
às vezes, funciona.
às vezes, se pega discutindo com o mocinho da tv.
às vezes, deixa o cabelo loiro tapar o olho direito.
sempre esfrega um pé no outro - mimada, sabe?
os desejos chegam pausadamente, como folhas de outono.
ela se diverte com eles.
cada um se materializa em um sorriso.
riso bobo. do tipo difícil de esquecer.
fica com vergonha. tapa o rosto com a almofada cor-de-rosa.
quando percebe, já iluminou o quarto.
sapeca, tira a desconfiança pra dançar.
aposta queda-de-braço com o destino.
joga stop com a sanidade.
são boas... conhecem muitos vazios com a letra c.
olha pro all-star xadrez aos pés da cama.
combina com a paciência quadriculada do vestido.
costurado botão por botão.
ternura por ternura.
ação observada voyeristicamente pelos cintilantes olhos verdes.
os dois.
todos eles.
vestindo pijama de bolinhas.
olhando um céu de estrelas pintadas.
não menos iluminadas.
por elas. por ela.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Óbvio que quem tem a pele bonita é solteiro. Se não é solteiro, ao menos não faz sexo. Vou tentar dissertar sobre isso um dia ainda.

Todo dermatologista recomenda protetor solar pela manhã e um ácido X pela noite. TODOS.

Você chega em casa, toma banho, come alguma coisa e vai dormir com alguém. Depois do banho, enche a cara de troços recomendados pelo médico e vai deitar. Em seguida, resolve fazer sexo. Como isso pode ser bom? A outra pessoa é obrigada a beijar e sentir cheiro de creme?

Será que por isso é que casamentos são tão falhos? Será que é por isso que o sexo entre os casados perde o poder? Será culpa do bendito ácido dermatológico?

Enfim...nada prá pensar me vem isso... uma semana antes de eu ter de escrever de novo... Acho que vou mandar dois posts porque esse tá muito idiota... E como a quarta feira passou em branco, resolvi preencher o espaco.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Meio da tarde da terça-feira, no trabalho, e eu escrevendo no blog... Vou aproveitar a falha na segurança da rede prá fazer isso...

No final de semana fui assistir ao filme Julie/Julia (ou Julia/Julie, nao sei) com a Maryl Streep.

Nao sou dos mais chegados a avaliar talento de atores e atrizes - é a verdade Janaína, desculpe-me. Gosto mais de uns ou de outros porque fizeram coisas "legais" nao porque seu talento propriamente dito.

No entanto, tenho de admitir que a Maryl Streep me obriga a mudar a forma de pensar.

É uma das poucas atrizes que lembro o nome e como já fez todo tipo de filme, é impossível nao conhece-la. E é notável que em todas as películas, ela é o mais importante... Imaginem que conseguiu fazer um filme sobre uma escritora e apresentadora de programa de culinária ser incrívelmente agradável. Sua capacidade de atuaçao realmente sao de deixar o queixo cair...

A forma como interpreta a "cozinheira" americana mulher de diplomata na Europa é incrível. Honestamente, ela provavelmente interpreta melhor do que seria realmente a infeliz. O filme é uma leve comédia que ÓBVIO me fez querer comprar o bendito livro de "Cozinha francesa para americanas" que sao desprovidas de serviçais (deserviçadas, como a própria personagem fala).

Nao esperem aprender algo com o filme ou resolver problemas existencialistas... Trata-se de um SUPER comercial de um livro, sem a menor pretensao de ser arte. Mas vale muito a pena ver, ao menos prá ficar espantado com a capacidade de alguém interpretar um papel diferente...

Pode ser só minha opiniao. A maioria pode achar o filme péssimo, mas nao sei... Chamou minha atencao por alguma razao, e resolvi compartilhar... Obviamente, o cinema aqui custa 5 dòlares, o que torna tudo mais fácil, mas se tiverem oportunidade, vao e por favor, comentem.

Salut, porque agora vou tentar aprender a desossar un pato!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009


Mulheres submetidas, espancadas, atemorizadas fazem parte da rotina. Quando essa mulher está na televisão e você vê os hematomas e lágrimas, os olhos baixos ante um repórter incoveniente que ousa perguntar como ela está se sentindo, sentimo-nos abalados mas não abatidos.
Quando essa pessoa é uma prima não há abatimento. Há ira, indignação, raiva e vontade de bater também.

Tanto diante de pedófilos, estupradores de bebês e crianças que ainda nem falam, como ante violências cometidas contra idosos, deficientes físicos ou mentais qualquer ser humano digno indigna-se a ponto de se deixar possuir por uma fúria quase assassina.

Não queremos esperar a justiça decidir, não queremos pensar em juízes bem vestidos em suas salas climatizadas, usando perfumes finos, queremos arrumar um taco de beisebol e enfrentar o adversário num embate de gladiadores, desejamos que as patas de nosso cavalo interno massacrem aquele que se julga susperior a ponto de julgar e administrar sua justiça injusta, sua fúria insana.

Desculpem meu mal humor mas estou furiosa.

domingo, 25 de outubro de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

Soccoro... são as mudanças climáticas

Os entendidos afirmam: está tudo bem. Será?
Os classificados como alarmistas dizem que dentro de alguns anos não vai haver água suficiente para todos. As calotas polares estão se dissolvendo devido ao aquecimento. Se isso acontecer, o nível do mar vai subir e muitas cidades desaparecerão. Terrorista, dirão. Mas, como não ser, vendo os noticiários das televisões e a quantidade de catástrofes naturais, como são chamados os tufões, os tornados e as chuvas torrenciais ou secas alarmantes pelo mundo afora. No meu tempo a coisa funcionava assim: os raios solares penetravam na atmosfera atingindo a Terra. Ela devolvia parte da quentura recebida. Atualmente, o calor fica retido por gases provocando o efeito estufa. Estão vendo só, mais um problema: o tal do efeito estufa, considerado como o problema ecológico mais grave a ser enfrentado pelo planeta. Ninguém pode provar que tal aquecimento seja provocado pelas atividades humanas. Mas, ele está aumentando... Calma, está tudo bem. O tal efeito é benéfico, dizem os relatórios fabricados pelas Nações Unidas. Pânico? Não há razão para isso, afinal o carbono fornece alimento para plantas, portanto com a população crescendo, eu aconselho os leitores a fincar os pés no acelerador dos carros para aumentar as colheitas. Ah, e deixem dessa bobagem de abastecer carro com alcool para poluir menos, tudo bobagem. Vou colocar a venda uma bela camionete Eco Sport flex quase zero, alguém se interessa?
Será que existem pessoas crédulas, o suficiente para acreditar nesse pessoal? Qual o interesse deles em divulgar essas notícias tão atravessadas e fora da realidade?
Paralelamente, quem não acredita nessas declarações procura educar as crianças para protegerem o planeta azulzinho. Ele é ele só, não conheço outro igual no sistema solar. Existe também um alerta sobre a emissão do chumbo. Presente na gasolina responde por 60% das emissões geradas pelos veículos. Por isso é desaconselhável consumir alimentos plantados próximos às estradas, numa distância de 100 metros de ambos os lados. Mas, não se preocupem com isso, está tudo bem!
Enquanto os americanos tentam convencer a humanidade que os ecologistas são radicais e estão errados, os europeus buscam harmonizar as diferentes legislações sobre o meio ambiente. Na França até a gendarmeria nacional criou uma nova seção dedicada ao verde. Produziram um manual, aplicam multas contra os delitos referentes à natureza. A ação preventiva é necessária, ninguém me convence do contrário, basta constatar a quantidade de catástrofes naturais, nem tão naturais assim, pois provocadas pelas intervenções humanas no planeta. É hora de dar um basta à imprudência dos seres humanos ou vai sobrar pouca gente para contar a história.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Balípodo

Há dias venho me entusiasmando em escrever algo sobre futebol. Resolvi fazê-lo. Todavia não vou aqui analisar a escalação da Seleção do Dunga e muito menos propor novas táticas e estratégias para os clubes brasileiros. Não vou também analisar crises fiscais enfrentadas por clubinhos do sertão da Paraíba, nem analisar a situação de semi-escravidão em que jogadores semi-amadores semi-sobrevivem país afora. Pretendo somente dividir uma impressão, mais estética, creio, do que de verve política.

Tive conhecimento essa semana que a Fifa deseja acabar com a “paradinha”, na cobrança do pênalti. Para quem não sabe, a paradinha é um movimento de drible no momento em que o cobrador (do pênalti, não do ônibus) corre em direção à bola. Inventada por Pelé, a “paradinha” se tornou pesadelo de goleiros ao redor do mundo e tem sido criticada por reduzir ainda mais as chances de defesa da cobrança, cuja sorte e probabilidade de êxito, por natureza, já se inclinam mais para o lado daquele que chuta. Fiquei também sabendo que mesma Fifa aplicou uma punição ao jogador brasileiro naturalizado croata (pois é...croata) Eduardo da Silva que atua pelo Arsenal da Inglaterra após ele ter simulado sofrer um pênalti na partida entre sua equipe e o Celtic, também inglês. A mencionada punição fora imputada dias após o jogo, numa decisão que indiretamente anula a soberania do juiz dentro das linhas e do período de partida.

Outra notícia curiosa do ambiente futebolístico é a possibilidade de introdução do “replay” durante as partidas. Desta forma, no caso de dúvidas sobre uma falta, impedimento ou gol, poderia haver uma consulta a um telão gigante nos estádios, em que se verificaria a ocorrência ou não de determinado fato.

É bastante interessante ver como a sociedade moderna, também na sua versão lúdica, vem paulatinamente insuflando a aversão ao imprevisível e a dependência tecnológica. Estes dois fenômenos vão, cada vem mais, tornando claro que a sociedade trilha uma senda de ojeriza ao imponderável que não encontra barreiras nem mesmo nas regras do “velho esporte bretão”. A tentativa de se impedir a arte do drible e da finta (arbítrio do jogador) e a diminuição do eventual erro na interpretação da jogada por parte do juiz-homem demonstram bem até que ponto pode chegar a obsessão humana pelo controle.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mentes Perigosas

Comprei o livro porque um amigo me indicou... Li... achei que era um psicopata, como acho que todos devem achar depois que leem e em seguida deixei de lado...
Até ontem...
Definitivamente, sou um psicopata.
Até o médico no início do ano já tinha meio que indiretamente diagnosticado o "probleminha". Diagnosticou-me em 30 minutos como alguém Mau. Esse adjetivo.

Mas o pior foi quando alguém que eu gosto (ou nem sei mais se gosto, sei lá) fez algo que eu não gostei e em seguida eu deletei do msn...prá não ter de falar, não ter de ver... sei lá... deletei.

Ontem, após alguns meses me contatou por outros meios e eu resolvi explicar porque "andava sumido" que presumia. Contei a verdade. Disse que tinha deletado do msn prá não ter de falar mais e expliquei porque. Certamente, ninguém gosta de ser deletado por ninguém, ainda que seja no msn... Ao final, ao despedir-se comentou que estava descontente por ter sido deletado e tal... Eu, com minha sutil psicose, simplesmente disse que lamentava e que na verdade eu só tinha novamente adicionado no msn prá falar que tinha deletado e prá que ficasse assim... descontente ou triste...

Não medi uma palavra, não pensei um segundo sequer...Simplesmente saiu...assim... Maldade pura. Honestidade pura.

Obviamente fui chamado de doente e imagino que agora o deletado seja eu (vou checar no www.checkmessenger.com). Mas honestamente o que mais me chocou foi minha própria frieza e honestidade.

Não sei se porque vi as 3 temporadas completas de Dexter quase de uma vez, estou influenciado por um cara que não ama e que mata segundo um código próprio de quem merece morrer e em seguida chega em casa com beijinhos na família e Donuts para os amigos do trabalho.

Ou simplesmente resolvi deixar clara a verdade...

Vou ler o livro novamente... Ver se me encaixo mesmo... não sei bem prá que, mas ao menos prá tentar entender o que está passando.

Saluti a tutti.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009



Acabei de ler As Chaves do Inconsciente de Renate Jost de Moraes. Ela criou uma teoria/método, o ADI – Abordagem Direta do Inconsciente – através da observação de pessoas submetidas a tratamento psicoterápico que sentiam-se travadas em diversos setores da vida sem conseguir descobrir por quê. Concluiu que a grande doença é a insatisfação interna - o desamor.
Após o ADI todos sentem-se mais libertos, felizes e confiantes. Além disso a capacidade de amar e receber amor fica potencializada, foi essa a parte que mais me empolgou e qualquer um se reumaniza.
O livro aborda como surgiu o "Método TIP" (Terapia de Integração Pessoal) e sua repercussão no mundo da Psicologia mostrando a diferença fundamental entre a abordagem indireta do inconsciente que exploram os sintomas e procuram as causas correspondentes e a ADI que busca as raízes dos sofrimentos e traumas na memória inconsciente.
O Método ADI/TIP foi recentemente selecionado para concorrer ao Prêmio Mundial de Descobertas Científicas do Cérebro, promovido pelo Departamento de Estudos do Cérebro da Universidade Louisville, (EUA).
O paciente é o co-autor da terapia, ajudado pelo psicoterapeuta, que faz interrogações que ajudem o paciente a encontrar as respostas que procura e que o seu inconsciente lhe pode dar.

domingo, 18 de outubro de 2009

Á la Rob Flemming

Neste exato momento devo estar dormingo, talvez de cansada ou com frio, em Porto Alegre. Então sim este é um post pré programado...
Há algum tempo um amigo me pediu para que eu fizesse uma lista com 10 músicas que hoje são minhas TOP 10 que eu levaria para uma ilha deserta caso sobrevivesse a um desastre de avião.

O resultado é esse:

1. Smells like teen spirit – Nirvana
2. The perfect drug – NIN
3. Pictures of you – The Cure
4. Space oddity – David Bowie
5. The last time I saw you – Vanguart



6. Minha renda – Plebe Rude
7. O tempo não pára - Cazuza
8. Uma delicada forma de calor – Lobão e Zeca Baleiro
9. Like a friend – Pulp



10. Atmosphere – Joy Division

Algumas escolhas acho bastante óbvias e outras nem tanto. Mas sabe que curti a brincadeira?! Quem estiver no pique e quiser deixar como comentário sua lista, sinta-se à vontade.

sábado, 17 de outubro de 2009

Michael Jackson e a história dos gêmeos


Michael Jackson dispensa apresentação, embora eu só tenha tomado conhecimento de sua existência em uma viagem que fiz com meus filhos aos Estados Unidos em 1985.
Era a única pessoa no mundo que nunca tinha ouvido falar nele. Como? Não sei. Lá eu tomei conhecimento de sua biografia.
Aos cinco anos começou a cantar. Aos onze anos tornou-se vocalista profissional do grupo Jackson 5. Em 1971, iniciou a carreira solo e suas manias correram o mundo. Primeiro: caiu e quebrou o nariz necessitando de duas rinoplastias para voltar ao normal, e mesmo assim, sempre reclamava do acidente dizendo que isso atrapalhava sua voz. Depois, começou um tratamento a base de hidroquinona para clarear a pele, pois estou falando do primeiro afro-americano (chic, não é? Imagine eu usando termos politicamente corretos...) a apresentar-se na MTV americana e ter seus vídeos repetidos inúmeras vezes.Vegetariano, supostamente, tinha horror a refrigerantes, mas fez uma campanha milionária para a Pepsi. Contraditório? Não sei... acredito que doente de corpo e alma. Em 1983, durante a divulgação de Thriller, de repente parou de cantar, andou até o canto esquerdo do palco e voltou deslizando de costas. Naquela noite, imortalizou o passo de dança moonwalk/passo de lua criado por Bill Bailey, consagrando-se como o “Rei do Pop.” Então, dois anos depois estava eu na terra do tio Sam quando me deparei com a imagem de Michael Jackson em cinema de terceira dimensão. Ele ainda era negro, talvez mulato, nessa época. Quando uma pessoa se torna uma personalidade, um grande número de crianças recebe seu nome. Existem até Hitlers, pasmem! Com Jackson não foi diferente.
Dia desses, a Juliana me contou que conheceu Michael/Jackson. Na verdade, Maickon e
Jequeson, irmãos gêmeos. Gêmeos, são crianças nascidas numa mesma gestação, todo mundo sabe. Porém, isso me fez lembrar filmes de ficção científica sobre alguém igual a um personagem em todos os aspectos, com exceção de um senso moral radicalmente invertido, ou seja, um bonzinho e o outro maligno. Isso permite ao roteirista trabalhar conceitos como clonagem, universos paralelos, viagem no tempo, o bem versus o mal e a dualidade. A descrição mais antiga dessa idéia é a história bíblica de Caim e Abel. Credo, eu cheguei ao Éden, vou retomar a história. Culpem os gêmeos pela longa digressão, pois eles eram monogóticos, ou seja, idênticos.
Imagino que ambos fossem boas pessoas, pois ela é advogada e não falou em crimes, roubos ou algo parecido, portanto eu viajei ao rememorar filmes de ficção. A conversa girou em torno da grafia dos nomes e da morte de Maickon. Palavras dela: você acredita que ele morreu queimado?
Pensei, na morte tornou-se o espelho do verdadeiro Michael, ficou preto! Que idéia, a minha...Vou correndo procurar um psicanalista. Freud dizia que o mais liberal dos seres humanos pode ser denunciado por seu inconsciente, e de acordo, com o homem de Viena, o meu é preconceituoso. Tudo por causa da palavra preto? Freud explica? Se sim, apaguem a palavra, depois de postado não sou capaz de voltar o texto. Freud explica isso também... afinal como dizem alguns estou bem velhinha para ficar brincando de blogueira. Mas, acreditem se quiser, quando minha filha mencionou o Facebook, comentei que participava de algo com esse nome. Ela respondeu: imagina só, você nem sabe o que é isso. Para pertencer ao grupo é necessário um convite. Calmamente entre e mostrei a ela. Lá estava eu. Vou tentar o Twister. Pensando bem, preciso primeiro descobrir o que é twister!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

visita

ela o espera todas as terças.
aguenta, com disposição militar, os dias passarem surrando a janela do quarto violentamente com seus ventos, suas tempestades, sua solidão.
uma eternidade de sete dias.
existem duas vidas: a das terças e o que sobrava.
viciada, toma suas doses de ansiedade controladamente.
veste seu melhor vestido de princesa, cheio de fitas e alegria.
costura buracos nas meias feito trabalho de ourives.
os pratos brancos floridos ganham a companhia de bolachas maisena.
fazia chá. perfumava o quarto.
a trilha sonora ganha mais cordas.
o coração, esquizofrênico, não controla as batidas, nem seus ataques.
o batom foge da caixa de maquiagem e, sem-vergonha que é, pinta os lábios com toques de impressionismo.
as unhas ganham cor.
os cabelos, oferecidos feitos putas famintas, se deixam tocar pela escova velha, dos tempos de garotinha.
bulímica, vomita as decepções. disfarça o hálito com gargarejo sabor limão.
troca as pilhas do relógio. não queria perder a hora, muito menos procurar os segundos suicidas, atirados ao chão, um após o outro.
na velocidade do tic-tac, espera.
sentada.
como um mantra.
disfarça impaciência virando cartas com seu destino - péssimo jogador, aliás.
na hora certa (ela sempre sabia qual), corre pra janela, sempre tão maltratada, hoje renovada feito borboleta.
desliza sua única saída para o mundo com uma leveza angelical.
deixa o rosto ser acariciado pela brisa da esperança - de mãos limpas, cheirando a sabonete de uva.
abre os olhos aos poucos, saboreando cada imagem embaçada que ganhava forma, nome, RG, foto 3x4, sentimento.
olha para a direita.
olha para a esquerda.
para a direita.
para a esquerda.
direita.
esquerda.
ninguém.
ainda sente o cheiro do chá. consegue salivar dali o gosto das bolachas.
abre um sorriso. de cabeça baixa, sorri - talvez por não saber o que fazer.
fecha lentamente a janela.
crê num último milagre, segurando à mão direita a medalha do santo de devoção, enquanto o mundo vai ficando vertical.
é... sem milagres hoje.
o tic-tac do relógio já soa diferente.
aos poucos, todos retornam a seus lugares: o vestido, o batom, o perfume, as bolachas.
a janela começa a apanhar. nem pede por socorro ou promete dar queixa.
com o olhar sereno, ela separa agulha, linha e seus sonhos.
senta. sorri. recomeça.
faltam sete dias.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O moralista e o geômetra.

Muitas de nossas ilusões acerca da existência estão relacionadas intimamente às tentativas de compreender e analisar os sentimentos e impulsos humanos com base em critérios morais e religiosos. A avalanche de possíveis sentimentos brotados na mente do homo sapiens acaba sendo, segundo esse método de análise, sempre observada em conexão com uma escala valorativa, que vai da mais ignóbil baixeza à mais alta e pura nobreza de sentimentos.

Num exemplo, podemos apontar numa extremidade a inveja e na outra a ânsia por justiça. Mesmo se tratando de dois substantivos abstratos de definição extremamente difícil, sabemos que se trata de sentimentos tipicamente humanos, muito embora as concepções da moralidade teísta vinculem uma às profundidades daquilo que se poderia chamar de inferno e outra à mais sagrada inspiração divina. A primeira seria a quintessência do reprovável no que tange à humanidade, enquanto a outra, por sua essência sagrada, poderia ser vista como a prova de que o homem fora realmente feito à imagem e semelhança de Deus.

Todavia, é de grande valia a percepção de que alguns dos elementos direcionadores da interpretação acerca da inveja e da justiça estão intimamente ligados por suas características, por assim dizer, geométricas. De certo modo, tanto a justiça quanto a inveja raciocinam de maneira geométrica, valendo-se da percepção de que algumas coisas sobram à alguns, enquanto outras coisas faltam aos outros. Independentemente da ocorrência de uma análise quantitativa ou qualitativa, o olho do intérprete enxerga e percebe a ocorrência de um desequilíbrio (real ou imaginário) no mundo dos fatos, surgindo daí um desejo de recolocação das coisas nos eixos, de reequilíbrio. Tanto o invejoso quanto o justiceiro buscam devolver ao universo a harmonia perdida com a ruptura da igualdade inicial. Por mais que a inveja tenha uma caráter destrutivo e a justiça se baseie na busca por um reequilíbrio construtivo, não se pode negar que ambas tem aquilo que poderíamos chamar de modal geométrico de pensamento, no qual a abstração recebe uma interpretação concreta, que facilita sua compreensão.

Curiosamente a análise semiótica das deusas da justiça, seja ela grega, ou Diké, ou romana, a Iustitia revela sempre uma balança em pelo menos uma das mãos. A idéia de igualdade, retribuição, ison (de onde surge, por exemplo, isonômico, isonomia) se mostra, desta forma, historicamente vinculada a idéia do justo. De modo parecido, nossa concepção de inveja também se relaciona com a idéia de uma pretensa igualdade, ou pelo menos de desfazimento de uma desigualdade (ainda que totalmente merecida).

Essa conexão entre dois sentimentos tão antagônicos, deixa claro que todo o esforço realizado pela humanidade para compreender a si mesma tem nuances bastante curiosas, muitas vezes frutos de leituras teleológicas, ignorando a profunda ligação que pode estar presente nas mais completas e complexas interpretações do bem e do mal.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Saiba que porque é feriado esqueci que era segunda-feira.
Saiba que porque sou muito responsável devo colocar alguma coisa no blog toda segunda-feira
Saiba que porque não sei o que escrever coloco uma música que adoro:

Saiba
Adriana Calcanhotto
Composição: Arnaldo Antunes

Saiba!Todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão, também
Hitler, Bush e Saddam Hussein
Quem tem grana e quem não tem...
Saiba!
Todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
E também você e eu...
Saiba!
Todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar...
Saiba!
Todo mundo vai morrer
Presidente, general ou reiAnglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano...
Saiba!
Todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao-Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Gandhi, Mike Tyson, Salomé...
Saiba!
Todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
E também eu e vocêE também eu e você
E também eu e você...

E como não sei adicionar um arquivo do Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=6lT_n2SyYV8&feature=related

Boa semana!

domingo, 11 de outubro de 2009

Fui

Faço minhas as palavras de Clarice Lispector...

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

E lá vou eu, mais uma vez a caminho da aventura.
E há de ser bom porque até hoje o universo sempre foi generoso comigo.



sábado, 10 de outubro de 2009

Made in Brasil...



Made in Brasil: três décadas do vídeo brasileiro é o novo livro de Arlindo Machado. Lá pelas tantas, encontro uma declaração de Marcelo Tas relatando como optou pela sua carreira. Estava se formando engenheiro na Politécnica e freqüentando rádio e televisão na Eca à noite. Foi convidado para uma festa numa casa na Benedito Calixto. Marcelo conta em detalhes sua noite afirmando como duas coisas o impressionaram: havia um casal casado em cartório (algo pouco comum nessa época) e o fato dele ter-se deparado com uma televisão em cima de um caixote de madeira veiculando programas fora do circuito comercial. Era trabalho do Olhar Eletrônico, um grupo de alunos da referida escola. Seu primeiro contato com vídeo, feito quase à mão, com uma câmera velha que ninguém sabia se era da Eca ou do Mac. Vídeo, como assim? É bom lembrar: nessa ocasião não existia videocassete e nem TV a cabo no país. A programação era produzida pelas próprias emissoras. Marcelo se junta à turma e logo depois são convidados para trabalhar na TV Gazeta. Relata o primeiro programa Olhar Eletrônico. O jornalista Goulart de Andrade apresentou a abertura entregando tudo ao bom Deus. Eles fizeram dois começos porque faltou ritmo no início. Tudo ao vivo. Teve desfile de moda com os meninos dos Titãs e entrevistas na rua pedindo para as pessoas falarem de suas mortes. Sua história me levou ao passado da televisão. Ela chegou ao Brasil nos anos 50 e na década seguinte aportou na cidade de Bauru. Junto com o sinal vieram 100 aparelhos. Um deles acabou instalado na minha casa. Foi um furor! A imagem era horrível, os programas locais artesanais, mas o sucesso era grande. A criançada endoidou. A emissão começava por volta de 17 horas e depois de 10 horas não se via mais nada. O estúdio ficava em frente ao colégio onde eu estudava e o Moacir Franco vinha de São Paulo para apresentar alguns programas. Depois o estúdio ficou pequeno e acabou transferido para perto da minha casa, junto da PRG8, a emissora de rádio local. Perseguição, não era? O técnico italiano que veio instalar a nova aparelhagem casou com minha prima e acabei trabalhando com publicidade e apresentação de programa na TV Bauru. Alguém fez um roteiro para um infantil. Precisavam de uma jovem com boa aparência para apresentá-lo. O programa ia ser exibido de segunda a sexta às 17 horas. A região recebia o sinal. A gente até podia ver imagens, uma maravilha! Sugeri uma colega de escola para apresentadora. Só que a tal moça trabalhava escondida da família. Mulheres que se envolviam com os meios de comunicação não eram bem vistas pela sociedade. Aula pela manhã, ela acabava indo embora à tarde toda sexta-feira, pois morava em uma cidade próxima à Bauru. A Estrela, uma empresa que fabricava brinquedos patrocinava o horário e começou a reclamar do fato de se colocar desenhos no lugar do programa, afinal o contrato dizia “ao vivo”. O diretor da empresa que tinha vindo do Rio de Janeiro engrossou e me chamou. A senhora me colocou nessa embrulhada, portanto pode descer e apresentar o infantil. Como? Quem o senhor pensa que é? Diretor da emissora e estou mandando e não pedindo. Mas, nunca vi a apresentação... “Improvisa moça, o corredor tem alguns metros vá andando e pensando. E nunca mais venha trabalhar de rasteiras, é horrível.” Não levou nem cinco minutos para eu chegar ao estúdio. Estavam exibindo um filminho. Olhei para o auditório lotado de crianças. Perguntei ao câmera-man como era feita a programação e pedi para escreverem o comercial da Estrela em cartolina com letras grandes. Para quem não sabe fui míope por muitos anos, até aparecerem às famosas cirurgias. Tirei os óculos, olhei em direção à luz vermelha e falei. O que? Não me lembro, só sei que a partir daquele dia passei a apresentá-lo todo dia. E como uma “estrela” trouxe uma produtora para o programa, fiz convênio com lojas de roupas e com o Sebastião, um cabeleireiro que acabara de chegar ao interior. Tinha até um maquiador a disposição: Edinho. Acredite se quiser. Saia correndo de lá, pois estava cursando uma Escola de Belas Artes toda noite e freqüentando um cursinho pela manhã para prestar vestibular na faculdade. Foram cinco bons anos da minha vida, antes de ir para São Paulo. Em tempo, continuo usando rasteirinhas, como boa filha da Eca.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Feriado Nacional


Todos unidos no trafego para a praia

Todos sem dinheiro

Todos com muita cerveja

Biquíni novo na Riachuelo

Pneu que fura

Chega na praia

Churrasco e queimadura do sol

Crianças demais

Sol e chuva

Quem se importa?

Tudo é muito bom

Feriado nacional no Brasil Brasil Brasil, só no Brasil

Salve, salve











image:


beach by ~kumiwi

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O ocaso da consciência.

Este texto é uma confissão.

Posso afirmar que durante minha vida tive algumas experiências que outros jovens de 26 anos, segundo creio, não tenham tido. Nasci humano. Fui batizado, por desejo de minha madrinha, pela Igreja católica, mediante manobra política de meu pai na cidade de Reginópolis (os padres de Bauru somente me batizariam se meu pai e minha mãe fizessem uma espécie de cursinho, o que eles não fizeram por motivos de foro íntimo). Estudei dos 10 aos 15 em colégio batista. Aos 16 me aproximei do espiritismo. Aos 23 conheci o hinduísmo e o budismo. Aos 24 encontrei a filosofia e uma espiritualidade independente de deuses. E ao trilhar todo este caminho, creio ter buscado, todo tempo, uma única coisa: respostas para a vida, a morte e um modo, por assim dizer, correto de se viver. Neste passeio pelas concepções do sagrado, afirmações taxativas, retóricas pobres, argumentos falhos e pseudo-antropologia suspeita me foram muitas vezes ofertados. E por mais que os religiosos fizessem o máximo para extirpar de mim a espiritualidade, ela ali teimava em quedar-se.

Hoje sou um não-sabedor. E com essa consciência quase maiêutica é que levo a vida, questionando rumos, olhando feio para a moralidade dos atalhos, e buscando manter os amigos já mencionados no último texto. Todavia, mesmo não sabendo muito, já tive minha oportunidade de conhecer a vida para perceber como ela é cercada de mitos dolorosos.

Há tempos venho acompanhando o apagar lento das luzes da consciência de um familiar próximo. A idade veio chegando e com ela sinais da senescência do corpo, tudo refletido na mente. Na identidade. Na psique. E a soma de minha trajetória até agora breve, mas intensa, com a experiência da diluição do “eu”, fizeram com que eu fosse testemunha de coisas incríveis (nos sentido etimológico da palavra). Vi, em minha frente o modo como a consciência, ou aquilo que os ingleses (muito melhor do que nós) traduzem por ‘self’, paulatinamente dá lugar a um emaranhado de idéias desconexas, a sentimentos da infância longínqua, e a uma massa disforme de manifestações que em nada me lembram a cabeça vigorosa, ativa e, muitas vezes, racionalmente agressiva, que conheci.

Esse lento desfecho, em que a pessoa (de “persona”, ou seja, “máscara”, identidade) vai morrendo antes no ser do que no existir, colocou em xeque minhas últimas esperanças em encontrar no ser humano uma alma, no sentido religioso da palavra. Restou a compreensão da alma enquanto “anima”. Aquilo que anima. Que dá vida. Pude ver como somos quimicamente modificáveis. Como não somos. Unicamente estamos. E num lento caminhar para não mais estar.

Mas confesso que esta percepção de uma possível descontinuidade da vida mental (sem alma, sem deuses, sem além) não me fez mal. Nem mau. Nem pior. Unicamente me mostrou que a vida é um aqui e agora, mas que, talvez, nossos pensamentos (ondas eletromagnéticas que movem cursores na tela do computador), estes sim, ecoem, ad eternum, pelo universo. E que a preciosidade de nossa consciência é que alimenta toda e qualquer concepção de vida. Pois fora da mente, não há poesia, nem música, nem luz, nem escuridão. Todo o Sagrado se resume na percepção de que, sem a condição humana, nada mais existe. Tudo que aí está somente serve se for visto, tocado, sentido, cheirado...enfim, somos nós que fazemos o mundo. Somos o verdadeiro sagrado. Somos diamantes que se desfazem como grafite. Nada mais.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

RETORNO DAS CINZAS

Sim, reapareci... Nao tenho nenhuma razao para nao ter mais escrito no blog, além do esquecimento...
Na verdade, tive umas péssimas semanas em agosto e acho que desde entao nao escrevi mais...nem me lembro... Mas 7 kg mais gordo depois, aqui estou eu de volta...

Podia fazer um post sobre o que aconteceu nas últimas semanas. Fui pro Brasil duas vezes, uma em agosto e outra em setembro... Exagerei e agora nao quero voltar tao cedo... Alias, minha casa é aqui e é daqui que eu gosto. Fui prá Califórnia também em setembro. Cinco dias entre San Francisco e Los Angeles... SENSACIONAL!

Descobri que tenho milhas suficientes prá passar um final de semana em NYC... Lá vou eu fingir que sou milhonário outra vez.

No Natal já estou MORTO de preguiça de ir para o Brasil. Queria mesmo é ir prá Vancouver ver as olimpíadas de inverno... ADORO morar na América do Norte. Cuba está a 1,5 hora de voo. Hawai a 3 + 3. NYC a 5. Japao a 12.... Sao todos os lugares que vou conhecer brevemente... E posso até me dar ao luxo de rapidamente ir esquiar no Colorado. Mas vou pro Brasil no final do ano porque senao minha mae me mata..

As loucuras continuam as mesmas... Saí prá comprar Picanha para churrasco e levei uma foto do boi cortado e da peça de carne. Sem sucesso. Mas vou insistir. Passei um tempo sem ir na balada e voltei em grande estilo. De repente, estava no meio de uma festa de aniversário, dentro da boate tomando Veuve com cerejas... e em seguida subimos para a ala VIP com o Dono do local...

Nada como ter o contato certo e alguém louco suficiente prá começar uma conversa por voce.

Os momentos de tristeza foram poucos... Ainda bem...

A única coisa ruim agora é que honestamente, já estou enjoando do trabalho... Já estou há 2,5 anos na empresa, o que é um RECORDE prá mim... E tenho de ficar mais 2,5 ao menos...

Quando cheguei aqui brincava que faltavam só 36 meses para eu voltar. Agora já digo que faltam só 29. É incrível como a Terra está girando mais rápido. Só pode ser isso... Acelerou e os astronomos nao querem nos dizer...

O Rio vai sediar olimpíadas... Adorei a noticia e já guardei dinheiro prá pegar o Trem Bala que deve estar pronto até lá, todos os dias de manha prá estar na praia em 2, 5 horas e voltar a noite... Vai ser demais tomar sol no Rio de manha e jantar deliciosamente em SP a noite por alguns dias... Espero já estar aposentado até lá, óbvio...

Entrei de novo na academia porque vou estar 40ão e preciso fazer bonito nas praias cariocas até lá... Tenho 7 anos prá isso e acho que dá...

Mas é isso...escrevi bastante e prometo retomar de onde parei... Foi bom...pensei todas essas bobagens nesse período e não tinha com quem compartilhar. Perdi a oportunidade, mas enfim...vou tentar recuperá-la.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

OS DEUSES A CHUVA E A PRIMAVERA

Os Astecas veneravam Tlaloc, deus da umidade, dos raios e tormentas; ele casou com Chalchiutlicue, sua irmã, sempre vestida com túnicas de jade que cuidava dos mares e dos lagos, e também dos filhos que gerava em forma de nuvens. A serpente de ouro acompanhava Tlaloc, simbolizando o relâmpago e o trovão. Viviam em Tlalocan, um paraíso aquático onde brotavam milhares de ninféias amarelas.
Para eles o mais importante neste mundo é o amor. Ficam irados quando ele não está presente na vida das pessoas.

Os humanos sentiam por eles uma emoção confusa que misturava reverência e temor, já que às vezes, enfurecidos, disparavam granizo e inundavam os campos de milho; por isso, por pura precaução faziam oferendas com pulque(aguardente de milho) e pamonhas na tentativa de minimizar a ira desse casal sobrenatural.

Tudo isto foi há muito tempo, quando os homens ainda temiam o desconhecido e o incerto; hoje, sabidos e cheios de convicções, não damos a mínima para essas histórias fabulosas. Os deuses acabrunhados e desmotivados, esquecem de fazer chover por algum tempo, quando lembram alagam tudo desajeitadamente, quase que de forma burocrática, para cumprir a missão, perdeu a graça.

No início da primavera, quando precisamos de inocência e de amores ardentes e também de um pouco do beijo molhado e do orvalho matutino, eles se negam a agir de forma divina. Parecem irados, fazem tsunamis, inundações, desmoronamentos, desabrigam pessoas, matam...

A idéia é a seguinte: quando você vir uma borboleta colorida, emocione-se! Quanto maiores forem suas asas e mais pigmentos estejam nelas concentrados, mais comovido você deverá ficar. Se por acaso ela pousar na sua cabeça, aí se torna obrigatório o enamoramento por toda a vida; vale também ficar agachado para perceber de perto o perfume de um canteiro de cravinas e levantar-se em seguida para sentir a tontura.

Mas o bom mesmo será dividir uma fruta colhida no pé com alguém que, como você, compreenda as borboletas, goste de flores perfumadas, não se incomode de sujar as mãos e não tenha medo de parecer antiquado. Por essa pessoa você deverá ter muito amor. Quem sabe assim agradaremos Tlaloc e Chalchiutlicue e eles voltam a agir como deuses e não como "pestes"...

O prazo que temos termina no final da primavera quando Tlaloc e Chalchiutlicue se retiram deixando um caminho livre para outros deuses, mais enxutos e menos apaixonados.

Boa semana!

Na mitologia asteca, Chalchiutlicue é a deusa dos lagos e das correntes d'água. Também é a patrona dos nascimentos e desempenha um papel importante no batismo dos astecas.



domingo, 4 de outubro de 2009

Away

Na outra semana estarei em Porto Alegre e só posso dizer que mal posso esperar.



Nina Lemos daqui e adorei

"Eu uso óculos escuros pras minhas lágrimas esconder
Certa vez uma amiga, ao tomar um fora de um garoto depressivo, chorou tanto, mas tanto, que a conversa foi interrompida pela seguinte frase dita pelo menino: "queria te avisar que você está chorando por um olho só". Sim, a moça chorou de um tanto que entupiu seu canal lacrimal! Isso aconteceu faz muito tempo. Mas é piada até hoje.
Nós, os que choramos, sabemos que em algumas horas da vida o melhor é liberar as lágrimas, inclusive porque não temos a capacidade de contê-las. Se as lágrimas nos impedem de viver? Nãoooo. Acordamos chorando, tomamos banho chorando, tomamos café da manhã chorando, trabalhamos chorando, fazemos a unha chorando, lemos chorando. Não faltamos a nenhum compromisso de trabalho. Não. O problema é quando ele é de noite e não podemos usar nossos óculos escuros. Aí, o que fazemos? Um milagre! Conseguimos segurar as lágrimas e pensar em outra coisa. É legal chegar em casa e pensar: nossa, eu não choro faz quatro horas! Um recorde!
Se é bom chorar? Não, o ruim é ter motivos para chorar (como o meu pai me escreveu quando eu ainda era bebê, oferecendo o ombro e liberando meu choro pelo resto da vida). Mas acontece. Tem gente que não consegue chorar. Mas tem gente que não consegue fazer um monte de coisas. E outras que vão lá, encaram o amor, o riso quando é o caso. E o choro quando é o caso.
Sorte. Muita sorte nessas horas, é ter maravilhosos óculos escuros. Como meu novíssimo rayban Jackie O vermelho. Ele é enorme. Dá para chorar um monte embaixo deles. Tão grande que dá para deixar as lágrimas começarem a escorrer."


sábado, 3 de outubro de 2009

Sobre Familias...


Enquanto minha amiga desesperada contava sua história eu tomava calmamente meu café. Cachorro! Despertei de minha divagação para prestar atenção no assunto.
Todo esse tempo ele tinha duas famílias. Era o mais paparicado dentro daquela casa. Tudo girava em torno dele. O louro lindo quase provocou uma briga entre ela e o irmão, que deixara um sofá no escritório da residência por algum tempo devido a reformas em seu apartamento. O “cachorro”, como ela o chamava, após a descoberta, se encantou com o sofá preto e lá se aboletava sempre que queria tirar um cochilo.
Negociou a permanência do móvel em troca de outro mais novo e moderno, de grife, como ela afirmava, pois o mano aproveitou-se da ocasião e escolheu o produto na Tok & Stok, uma verdadeira fortuna!
Um belo dia ele apareceu arranhado. Ela fez um curativo. Ficou encucada com o machucado, ao lembrar-se que uma conhecida sua havia descoberto batom na cueca do marido, quando separava roupas para colocar na máquina de lavar. Ciúmes? Bobagem, sou uma mulher de cabeça boa, e ele é tão delicado, carinhoso! Deixou para lá.
Viajou a trabalho e ao voltar no dia seguinte ficou surpresa: o local do machucado tinha outro curativo e os pêlos tinham sido raspados em volta do arranhão. Achou esquisito e
perguntou a queima roupa: você tem outra família? Como isso é possível? Ingrato, cachorro, sem vergonha...
Sempre achei estranha essa história de ficar uma parte do dia aqui em casa e de repente sumir. Tentei até seguir você, mas nunca conseguia, pois de repente vapt... e parecia que havia sido abduzido. Como você conseguiu um furo na cara? E quem fez o outro curativo? Nessas alturas ela estava quase gritando e os mais próximos da nossa mesa olhavam espantados. Levantei as mãos e perguntei: afinal, o gato ou o cachorro, sei lá, como você diz, é o seu namorado? Não, é meu gato, aquele loirinho de nariz cor de rosa. A mãe morreu cinco dias depois de seu nascimento. Então, criei o filhote na mamadeira e deixei-o dormir na minha cama. Você acredita que ele chegava até babar no meu travesseiro? O apartamento tinha carpete e precisou ser dedetizado, pois sou alérgica, ALÉRGICA, ouviu? Tomo até remédio da homeopatia feito a base de pêlos de gatos para não espirrar quando fico perto de felinos. Ele ia comigo para todos os lugares, até em churrascos, o ingrato. Como ela está inconsolável, após o lamentável acontecimento, peço aos leitores um favor: mesmo que saibam quem é a outra família, não contêm a história, para que a dona número dois, não fique tão traumatizada como minha amiga. Aproveita e faça uma sugestão: porque não usa um protetor fator 8 no nariz do seu gato, ele é tão clarinho... Isso é o que ela fazia todo santo dia, usando o gel para que as sardas do loirinho dela não aumentassem! Em tempo, as ilustrações são aleatórias. Como os genéricos estão em moda, então procurei um gato similar, substituindo o verdadeiro, como acontece com remédios... é e não é... Não tive coragem de pedir uma fotografia do “cachorro” para ilustrar o post. Ela podia bater em mim, ou pior, jogar o café no meu blazer Herchcovitch – juro que ele não é genérico – para descontar a raiva que estava sentindo!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ressaca VMB

É todo ano mais ou menos a mesma coisa... mas todo ano todo mundo para e não adianta, a gente adora o VMB...

Os melhores comentários são, obviamente os da Katylene... só estou reproduzindo um que achei impagável... e quem nunca tiver pensado isso que jogue a primeira pedra.



Se existe um DEUS nesse universo ele não vai permitir que esse casal se reproduza. Ia nascer um barbudinho folk sequelado que ninguém ia aturar na eshcoleenha


Confira abaixo a lista de vencedores:

Artista do Ano
Fresno
Nando Reis
Skank
Nx Zero
Pitty
Marcelo D2
Jota Quest
Mallu Magalhães
Seu Jorge
Os Paralamas Do Sucesso

Videoclipe do ano
Emicida - "Triunfo"
Black Drawing Chalks - "My Favorite Way"
Mallu Magalhães - "Vanguart"
Júpiter Maçã - "Modern Kid"
Nervoso E Os Calmantes - "Eu Que Não Estou Mais Aqui"
Pública - "Casa Abandonada"
Skank - "Sultimente"
Cachorro Grande - "Dance Agora"
Nando Reis - "Ainda Não Passou"
O Rappa - "Súplica Cearense"

Artista Internacional do Ano
Green Day
Britney Spears
Beyoncé
Lady Gaga
Black Eyed Peas
Kings Of Leon
Arctic Monkeys
Lily Allen
Katy Perry
Franz Ferdinand

Revelação
Cine
Gloria
Little Joy
Copacabana Club
Garotas Suecas

Aposta MTV
Vivendo do Ócio
Emicida
Black Drawing Chalks
Holger
Mickey Gang

Hit Do Ano
Skank - "Sutilmente"
Seu Jorge - "Burguesinha"
NX Zero - "Cartas Para Você"
Pitty - "Me Adora"
Wanessa Part. Ja Rule - "Fly"

Melhor Show
Little Joy
Os Paralamas Do Sucesso
Arlindo Cruz
Marcelo Camelo
Móveis Coloniais De Acaju

Banda Dos Sonhos
Vocalista
Lucas - Fresno
Pitty
Seu Jorge
Mallu Magalhães
Hélio Flanders - Vanguart

Guitarrista
Sérgio Dias - Mutantes
Martin - Pitty
Lucio Maia - Nação Zumbi
Marcelo Gross - Cachorro Grande
Gabriel Thomaz - Autoramas

Baixista
Dengue - Nação Zumbi
Tavares - Fresno
Lauro - O Rappa
Lelo - Skank
Rodolfo - Cachorro Grande

Baterista
Duda - Pitty
Pupilo - Nação Zumbi
Jean Dolabella - Sepultura
Gabriel Azambuja - Cachorro Grande
Curumim

Filme/Documentário Musical Do Ano
Cê Tá Pensando Que Eu Sou Loki, de Paulo Henrique Fontenelle
Dub Echoes, de Bruno Nadal e Chicodub Linhares
Titãs - A Vida Até Parece Uma Festa, de Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves
Simonal - Ninguém Sabe O Duro Que Eu Dei, de Claudio Manoel, Calvito Leal E Micael Langer
Coração Vagabundo, de Fernando Grostein Andrade

Rock
Pitty
Cachorro Grande
Autoramas
Forfun
Strike

Rock Alternativo
Nervoso E Os Calmantes
Pública
Móveis Coloniais De Acaju
Black Drawing Chalks
Holger

Hardcore
Dead Fish
Mukeka Di Rato
Devotos
Presto?
Garage Fuzz

Pop
Nando Reis
Skank
Fresno
Wanessa
Jota Quest

MPB
Tiê
Cérebro Eletrônico
Fernanda Takai
Curumim
Céu

Samba
Diogo Nogueira
Arlindo Cruz
Mariana Aydar
Casuarina
Zeca Pagodinho

Reggae
Jimmy Luv
Chimarruts
Planta E Raiz
Lei Di Dai

Rap
Kamau
MV Bill
Emicida
Relatos Da Invasão
Rzo

Instrumental
Hurtmould
Retrofoguetes
Macaco Bong
Pata De Elefante
Eu Serei A Hiena

Eletrônico
Database
The Twelves
Boss In Drama
Mixhell
N.A.S.A.

Blog Do Ano
Juca Kfouri
Papel Pop
Jovem Nerd
Brainstorm 9
Sedentário & Hiperativo

Twitter Do Ano
Mano Menezes
Danilo Gentili
Marcos Mion
Mari Moon
Twittess

Web Hit Do Ano
Stephanie Crossfox
Funk Do Joel Santana
Caetano Caindo
Escolha Já Seu Nerd - Os Seminovos
Xuxu Em Pantera Cor De Rosa

Game Do Ano
Fallout 3
Little Big Planet
Braid
The Beatles: Rock Band
The Sims 3

Maldade, eu sei. Mas que a piada é bom, ah é.



quinta-feira, 1 de outubro de 2009