sábado, 31 de outubro de 2009

Direitos Humanos: ou um protesto contra a crueldade e a violência

Eu poderia começar definindo direito, ou humano, de ser humano, de humanidade, mesmo... Porém, acredito que a maioria dos leitores seja capaz de imaginar uma definição, um conceito se preferir, para as duas palavras.
Por que falar em direitos humanos? Por culpa da Rosa Leda, nossa colega de blog e seu raivoso post da segunda feira. Eu, não entendendo nada do acontecido, fiquei pensando em um filme antigo da Julia Roberts sobre a questão da agressão. Ou sobre mulheres que apanham e ficam quietas. Simone de Beauvoir deve tremer em seu túmulo cada vez que acontece algo semelhante, eu vivinha da silva, arrepio de raiva, de ambos: vitima e agressor. Como dizia nossa Simone: metade vitima, metade culpada. Culpadas de que? De não reagirem, afinal não dizem por aí: bateu, levou. Jogue pratos, panelas, água fervendo para o chá, café quente da garrafa termina, jogue a garrafa... Bata com os saltos do sapato. Porco, capa o cara.
Foi assim que me deparei escrevendo sobre direitos humanos, algo oculto nas sombras das considerações políticas, embora aparentemente hoje, seja do interesse de alguns juristas. Existe até uma lei chamada Maria da Penha. Será que a pessoa agredida não sabe dos seus direitos?
Eis aqui os pontos mais importantes da lei. Espero que a mulher que sofreu a agressão leia tudo isso com calma e tome uma atitude.

1- Essa lei é aplicada em casos de lesão física ou psicológica. Por danos morais ou assédio sexual e até mesmo por violência patrimonial.

2- No âmbito doméstico, com ou sem vinculo familiar.


3- Em qualquer relação intima de afeto, no qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida.

4- A pessoa maltratada pode fazer queixa em Delegacias da Mulher e o agressor será intimado.

5- Existe até garantia policial quando houver necessidade.

Como uma boa representante da minha geração, eu aconselho: Mulheres não fiquem com raiva, vinguem-se! Está na lei, é direito.

Um comentário:

Rosa Leda disse...

Querida Xará minha indignação foi tão grande quanto a sua. Seu texto, perfeito como sempre, indica o caminho natural, de direito, um direito de que as mulheres não se consideram donas. Não me conformo por ver essa moça que hoje revela apanhar há 10 anos, nunca ter dito nada para não magoar a família nem colocar os filhos contra o pai. Grr..........