quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Sobre os contos de Rosa Leda

"Minha filha disse-me um dia: poetar, um belo termo, hein? Verdade! A palavra encerra tal grandeza como nenhuma outra poderia. Um tanto secretamente Rosa Leda acolheu a palavra em seu coração, mesmo sem pensar nela. Rosa acredita não fazer poesia. O centro de sua atenção é o ser humano, seus pontos de partida afetivos e intelectuais. Seus protagonistas? Nós. Narra sem pressa em um misto de humor e tristeza, as lembranças e os fatos cotidianos. Seu relato sobre o baile de carnaval é como um quadro detalhando toda a superfície e quando o olhar do leitor se estabiliza e registra o conteúdo a autora dá um soco em seu estomago e ele como um bêbado equilibrista abandona o salão, digo suas divagações...
Comparando seu estilo a uma tela bem feita, seus contos possuem fatura segura, paleta sóbria, manchas e grafismos vibrantes."

Janira Fainer Bastos é doutora em Estética e História da Arte pela ECA/USP

domingo, 27 de dezembro de 2009

Retrospectiva

É clichê sim fazer retrospectiva mas if everybody's doing it so why can't I? Hehehe, esse foi um ano muito corrido. Trabalhei o tempo TODO, corri muito, dei um pulo na Europa e voltei, revi muitos amigos, firmei parcerias, dentro de todo o cansaço e corre corre posso dizer que 2009 foi um muito bom ano. E que venha 2010.

Melhor Filme: empate entre Bastardos inglórios, de Quentin Tarantino (QT vira adulto e surpreende, se é que isso ainda era possível!) e 500 dias com ela, de Marc Webb (romance com ares de indie, trilha luxo e lição realista)

Melhor Filme do ano passado que só viu nesse: Como ser um milionário, de Danny Boyle

Melhor Filme Ruim: A verdade nua e crua

Música: Me adora, da Pitty (desculpa mas precisa de coragem para falar "diga que me adora, que me acha foda")



Banda que eu não conhecia: She and him

Lances mais Descolados: balada na Croácia, nadar no Mar Adriático, viagem de trem pela ensolarada Toscana, ver o por do sol tomando vinho com amigos em Firenze, Bienal de Veneza, festa de abertura da Bienal do Mercosul, Porto Alegre como um todo, muito trabalho...

Melhor espetáculo: Memória da cana, Os Fofos Encenam

Mau momento: perder minha avó

Bom momento: crescer com o meu trabalho

Excelente Momento: nadar em alto mar na Ilha St Nicolas, Croácia

Melhor viagem: Toscana no verão

Celebridade do Ano: Lady Gaga rocks

Coisas MAIS LEGAL da internet: farmville

Melhor meio de comunicação: nextel e facebook

Melhor programa da televisão: House


Temas recorrentes: trabalho

Sonho de consumo: um apartamento bacana

Melhor compra: Calvin Klein Summer

Tipo de homem: hetero e solteiro

Viagem que gostaria de fazer: esse próximo ano vai ser de o de México e Califórnia de carro... on the road, baby

Em quem você tacaria uma torta na cara: quase todos os políticos que conheço (pessoalmente ou não)

Show: Oasis com Cachorro Grande (Anhembi) e Yael Naim (Sesc Pinheiros)



CD: Phrazes for the young, de Julian Casablancas

DVD: A cross the universe, de Romain Gavras e So-Me

Coisa deleitável: ser feliz

sábado, 26 de dezembro de 2009

Ano Novo

Em grande parte do mundo o ano novo se consolidou há uns 500 anos. Desde o Egito Antigo de 3.750 a.C. quando Orion/Sirius alinhava-se com a estrela Canopus ao centro da Via Láctea, exatamente à zero-hora sobre as pirâmides de Gizé, passando pelo calendário babilônico de 2.800 a.C. chegando ao gregoriano, o reveillon mudou de data diversas vezes. A celebração na Mesopotâmia começava na lua nova do equinócio da primavera. Atualmente isso seria em 19 de março. Nessa data os espiritualistas comemoram o ano novo esotérico. Desde meados de dezembro com o tumulto das festas venho pensando no assunto. E para cada Feliz Ano que eu desejei, pensava: mas, qual? O gregoriano é claro! Esse calendário é uma herança do império romano. De Numa Pompilius até Julio César reinava uma confusão só, pois os anos não eram contados e sim nomeados em homenagem aos cônsules. Enquanto, os assírios e persas festejavam essa passagem no dia 23 de setembro e os gregos em 21 de dezembro para os romanos o ano principiava em 1º de março. Com o calendário de Júlio César passou a ser celebrado em 1º de janeiro, dia dedicado a Jano, deus dos portões. A reforma do papa Gregório III, em 1582, consolidou a data. Então está tudo certo. Será? Alguns povos ainda comemoram em datas diferentes. Na China, a festa acontece em fins de janeiro e início de fevereiro. No Japão e na Índia apesar das diferenças de calendários o apelo comercial está alterando muitas solenidades tradicionais e o ano novo está sendo festejado junto com o Ocidente. A comunidade judaica tem um calendário próprio, assim como os islâmicos.
Recentemente comemorei com minha filha o Rosh Hashaná. Considerado como o ano novo, começa no primeiro dia do sétimo mês do calendário judaico: Lúach, 5770. Ele é oficial em Israel e vale para os judeus em todo o mundo. Está baseado no sol e na lua, enquanto o gregoriano tem como suporte o sol e o islâmico à lua. Em vez de feliz ano novo, a saudação é “que você seja inscrito e selado no Livro da Vida”. O período do grande feriado torna-se a escolha entre a virtude e o pecado e aqueles que se arrependem estão no caminho certo para serem inscritos no Livro da Vida, daí a saudação trazendo consigo a promessa de um ano bom. Na tradição judaica o livro é fechado no Yom Kipur. Os dez dias entre as duas datas são conhecidos como os dias de temor. O Rosh Hashaná é também de lembrança, rememorando a história de Isaac.
No islamismo o ano novo é celebrado na metade do mês de maio. A contagem corresponde a Hégira, em árabe, emigração, cujo ano zero é 622, data em que o profeta Maomé deixou a cidade de Meca estabelecendo-se em Medina.
Isso sem falar no calendário republicano francês de 1772. O ano teve início em 22 de novembro, data em que foi instaurada a República principiando a meia-noite no equinócio de outono. A eliminação das festas religiosas, dos nomes dos santos e do domingo indispôs a população contra ele. Teve curta duração e em 1806 o gregoriano voltou a vigorar. O reveillon que em francês significa despertar voltou ao 1º de janeiro. Então... Feliz Año Nuevo! Heureuse Nouvelle Année! Buon Anno! Happy New Year! Shaná Tová! Feliz Ano Novo! São os meus votos a todos.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

wishlist - volume 1

chega de certezas cegas.
de dúvidas equilibrando-se em salto alto.
convicções prostituídas.
carinho descartado.
sinceridade maquiada.
medos diabéticos.
fuga desmedida.
lamentações cor de chumbo.
palavras com rimas.
rimas com palavras.
duetos fadados.
memórias açucaradas.
fardos acumulados.
opiniões atrevidas.
sensações lolitas.
crenças analfabetas.
amores de regime.
paixões musicadas.
vida incompleta.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

ROSA LEDA

Rosa Leda viajou, mas volta logo. Vou usar seu espaço para contar que o livro dela ficou pronto e lindo! Semana que vem ponho a capa para vocês admirarem. É claro que estou fazendo isso por minha conta e risco. Se ela ficar brava vai dizer com toda delicadeza.
Vou transcrever um comentário da Luciana Gonçalves para deixar todos com vontade de ler o livro todo.

"Sem raízes" - Ufa!! Essa me arrancou a pele!! Quero ser a tia gostosa!!Que deleite, Rosa... Você cpnseguiu gentilmente ridicularizar as pessoas "exemplares" aos olhos das crianças. Eu penso exatamente assim. Como olhos de crianaça!! E adorei a associação que fez com o pacote bem feito de presente.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Here comes the sun

Ufa, ufa, ufa
essa foi A semana. E sobrevivi e sucesso. Ainda não posso dar detalhes mas SUCESSO!!!!
E de repente a vida vai bem. É engraçado isso, de repente vem o tsunami e quando ele passa, depois do lixo recolhido, a calmaria e colher frutos das sementes que o mar trouxe e plantou sozinho. A vida vai bem.
Essa também foi a semana de chuvas intensas. Eu, sozinha, fui pega pela tempestade duas vezes. E acabei ficando sem carro, não por causa da chuva mas porque o tanque do radiador furou...
E nada abalou meu humor. Fechei a sexta com parabéns e um bem vindo abraço.
E chegou o Natal, fim de ano, tudo isso, tenmho trabalhado tanto nos últimos meses que acho difícil acreditar que semana que vem é Natal. Mas é.
Hoje saio para as comprinhas e o tão esperado cinema.
Boa semana a todos.



sábado, 19 de dezembro de 2009

Repensando o Jesus histórico

Sexta feira. Acendi minha vela do shabbat e o sol que havia sumido apareceu. Estou lendo... a Tora? Não... eu tenho ao meu lado o interessante livro novo do Padre Beto. E em um dado momento leio que a ser humano atravessa duas fases: a insensatez e a maturidade. Verdade. E por uma incrível ironia, a maturidade vem com a idade. Ele fala disso também. E diz com outras palavras que avant garde são os maduros, com maturidade e opiniões formadas e estes devem dar a lição de vida aos jovens. Uma inversão legal, vocês não acham?
Mas, como um padre leva a outro vou ao titulo. Como as comemorações do Natal chegando fico imaginando como a religião cristã chegou a isso. As pessoas não estão pensando no nascimento de Jesus, que na verdade nasceu em março e com uma diferença de uns quinhentos anos, considerando-se o calendário gregoriano. Deixa pra lá, nós não vamos ficar discutindo a questão, pois não leva a nada. Pensem nele: não um herói solitário, mas rodeado de seu grupo – de judeus – diga-se, portanto um judeu marginal como alega o padre católico John Meier, um dos maiores conhecedores da história de Cristo. Ele amplia o foco sobre Jesus e seus opositores, os fariseus e os essênios em diversos livros sobre o assunto. Mostra como Jesus delineava seu ministério e como deu forma e estrutura ao seu movimento. Fala dos três círculos concêntricos que rodeavam Jesus. O primeiro incluía a multidão. O segundo era composto pelos seus discípulos e o último era o circulo intimo onde estavam os doze apóstolos, doze simbolizando a reunificação das tribos de Israel no fim dos tempos. Seu grupo era tudo menos uma turba amorfa e igualitária. O esforço de Jesus em criar uma estrutura dentro do movimento cristão foi o fato de saber que estava lutando contra grupos religiosos e políticos. Ele apresentou uma visão do que significava ser Israel e um dos maiores erros do “retrato do Jesus” talvez tenha sido o fato dos historiadores e do próprio catolicismo ter menosprezado sua natureza judaica em favor de uma ambientação vaga, dúbia mesmo. O Jesus histórico não é o real, tampouco o “Jesus teológico” afirma Meier. Porém, o Jesus histórico será reconstruído usando-se as ferramentas cientificas da moderna pesquisa cientifica.
Para todos os leitores um Feliz Natal!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

charme*

nunca falhava.
ele saía do trabalho e, três minutos depois (cronometrados de forma suíça, by the way), ela estava lá.
tinha a esquina como sala de estar. o poste como sofá felpudo e aconchegante.
linda. exalava charme. coiotes podiam sentir de longe.
sobrava desejo sobre o salto alto.
as roupas não escondiam as tentações que passeavam pela mente - dela e dele.
a boca, entreaberta, parecia sempre querer dizer algo.
de longe, ela parecia sussurrar...
mas não se preocupava em dizer palavras, essas representações simbólicas fajutas, compradas nas lojas de R$ 1,99, para sentimentos e sensações.
um sussurro. o suficiente.
ela lá, do outro lado da rua.
ele cá, do outro lado da perdição.
o cabelo loiro, liso, às vezes escondia o olhar claro, intenso, vivo.
fazia até ele se sentir vivo.
suspira. tira os óculos, limpa as lentes, enxerga melhor.
sim, ela estava sempre lá.
sempre esteve.
qualquer caminho que ele fizesse pós-trabalho, ela estava lá.
conhecia atalhos. desvios. canteiro de obras. placas de pare e dê a preferência.
ela. lá.
à esquina.
feito um anjo.
feito um demônio.
sempre olhando pra ele. por ele.
ele...
que não entendeu no começo.
que não entendeu no meio.
que não entendeu no fim.
quando entendeu, era tarde.
já tinha recolhido o tapete escrito bem-vinda.
por hábito, trocava a fechadura todas as manhãs.
de calor ou frio.
medo?
talvez.
poderia se apaixonar?
já estava.
e nem precisou de três minutos.
cronometrados também, by the way.
mas, ontem, tudo mudou.
ela não estava lá.
ela... não estava.
ele sorriu... imaginou que ela gostaria disso, enfim.
batalha perdida.
arrumou as malas.
passou na loja de R$ 1,99.
e foi viver.
ou algo parecido.

* inspirado em 'charmer', kings of leon

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O PROFESSOR

Fui a uma formatura de colegial, na sexta feira. O patrono da turma, professor de literatura, com o olhar blasé que fez parte do mundo intelectual parisiense na primeira metade do século passado, usava paletó um pouco desalinhado e cabelo dividido ao meio!!!! A voz bonita iniciou dizendo:

E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José?
Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?
E agora, José? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio - e agora? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora?
Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José!
Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, para onde?

Metade dos alunos em pranto (as meninas), os meninos puxando as meias, ajeitando a gravata, se mexendo na cadeira... As mães emocionadas. Depois de uma pausa longa ele disse em voz brandíssima:

José, o homem sem perspectiva, sozinho no escuro...
A festa acabou? O povo sumiu? Com a chave na mão querem abrir a porta? O vestibular não deixa vocês irem para o outro lado? Você grita, você geme, você quer morrer, mas você não morre!

Repentinamente com uns 80 decibéis falou:
MAS VOCÊ NÃO MORRE, VOCÊ É DURO, JOSÉ!!!!!!!!!!!!!!!!
SEM CAVALO PRETO QUE FUJA A GALOPE, VOCÊ MARCHA, JOSÉ!
VOCÊ MARCHA!
MARCHA, JOSÉ!
Continuem marchando, Josés, vocês chegarão lá!

Foi o melhor discurso de formatura que já ouvi na vida. Todas as mulheres da platéia correram para abraçá-lo e beijá-lo ao término da cerimônia. Ele continuou com o mesmo ar blasé, como se nada tivesse feito, como se aquela voz emocionada e apaixonada não fosse sua, como se não tivesse sido um gênio da comunicação.

Garanto que 90% das mulheres pensaram nele antes de dormir... eu não!

domingo, 13 de dezembro de 2009

Googando

Sim, sumi
estou correndo feito louca
trabalhando muito
saindo bastante
e procurando casa




sábado, 12 de dezembro de 2009

FALA SÉRIO, VAI...

Hoje quando li o JC descobri no primeiro artigo que um pastor não queria mais ser evangélico, depois de ter visto na televisão políticos de Brasília agradecendo pelo dinheiro ganho roubando os brasileiros de boa fé. Em seguida um jornalista assinava uma coluna com o titulo “Sorria, você está sendo roubando.” Pois, foi isso mesmo que aconteceu...Os caras não contentes em roubar o dinheiro que vai para a capital federal roubam a gente em caixas eletrônicos. Se eu contasse essa história para um amigo, a resposta dele seria: fala sério, vai... Pois bem, embora eu esteja rindo sozinha de um artigo que acabei de consultar no google, nunca falei tão sério. O telefone tocou e uma voz masculina perguntou por fulano de tal, identificando-se como funcionário de um banco. Sou a segunda titular, em que posso ajudar? Esperando a clássica resposta de comercial ao vivo e a cores sobre as vantagens de ser correntista, oferta de crédito, seguros de todos os tipos, até para o cachorro ou qualquer serviço ligado a esse tipo de instituição, mas para meu espanto a pessoa disse que o banco acreditava que meu marido estava sendo vitima de clonagem, devido a transações fora do comum, em sua conta bancária. Bloqueia o cartão, respondi. Já está bloqueado. Imagino que tudo começou no domingo passado no caixa eletrônico, pois ele contou-me que ao retirar dinheiro, um rapaz puxou conversa e na calçada encontrou um conhecido parando para um bate-papo. Na segunda-feira, dia 09 de novembro, as retiradas e pagamentos de títulos tiveram início, mas somente na quarta-feira avisaram. Durante esse tempo a conta foi sendo usada e abusada. Outra vitima de quadrilha que “clona” cartões de crédito e débito, e ele nem usa cartão de crédito! A maioria, dos bancos particulares, está implantando o smart card/cartão inteligente com chip, mas como o banco é estatal, a modernização demora um pouco. Triste episódio, por que ela disse que estava rindo? Pois, eu estava justamente pesquisando sobre fraudes e descobri que os três maiores bancos do país estão implantando sensores para leitura das mãos nos caixas eletrônicos. Além das exigências de senhas alfanuméricas, chips, chaves de seguranças e frases secretas, os correntistas vão poder usar as veias das próprias mãos para comprovar identidade. A novidade responde pelo nome de biometria. Isso não é bom? Claro, ficção cientifica pura... Uma das pessoas submetidas aos testes para o lançamento do sensor queria saber qual o comportamento do painel biométrico se bandido decepasse sua mão. A resposta foi: a máquina não dará acesso, já que é preciso circular sangue nas veias da palma da mão para o reconhecimento. Puxa o correntista nem vai poder se consolar com o ditado popular, foram-se os anéis, ficaram os dedos. Não reclamem desse humor tão negro, afinal fui assaltada. E como perguntar não ofende, as câmeras instaladas nos bancos servem para que? Imaginem a cena, um sujeito qualquer chega naquele local. Em seguida, ele instala um aparelhinho, o chupacabras, faz retirada e paga títulos em sua conta e sai de lá como se fosse invisível? Ah, fala sério, vai...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ESCOLHAS



O máximo de liberdade que o ser humano pode aspirar é escolher a prisão na qual quer viver.Pode-se aceitar esta verdade com pessimismo ou otimismo, mas é impossível refutá-la. A liberdade é uma abstração. Liberdade não é uma calça velha, azul e desbotada, e sim, nudez total, nenhum comportamento para vestir. No entanto, a sociedade não nos deixa sair à rua sem um crachá de identificação pendurado no pescoço. Diga-me qual é a sua tribo e eu lhe direi qual é a sua clausura.São cativeiros bem mais agradáveis do que Carandiru: podemos pegar sol,ler livros, receber amigos, comer bons pratos, ouvir música, ou seja, uma cadeia à moda Luis Estevão, só que temos que advogar em causa própria e habeas corpus, nem pensar.

O casamento pode ser uma prisão. E a maternidade, a pena máxima. Um emprego que rende um gordo salário trancafia você, o impede de chutar o balde e arriscar novos vôos. O mesmo se pode dizer de um cargo de chefia. Tudo que lhe dá segurança ao mesmo tempo lhe escraviza.Viver sem laços igualmente pode nos reter. Uma vida mundana, sem dependentes pra sustentar, o céu como limite: prisão também. Você se condena a passar o resto da vida sem experimentar a delícia de uma vida amorosa estável, o conforto de um endereço certo e a imortalidade alcançada através de um filho.Se nem a estabilidade e a instabilidade nos tornam livres, aceitemos que poder escolher a própria prisão já é, em si, uma vitória.

Nós é que decidimos quando seremos capturados e para onde seremos levados. É uma opção consciente. Não nos obrigaram a nada, não nos trancafiaram num sanatório ou num presídio real, entre quatro paredes.

Nosso crime é estar vivo e nossa sentença é branda, visto que outros, ao cometerem o mesmo crime que nós - nascer - foram trancafiados em lugares chamados analfabetismo, miséria, exclusão. Brindemos: temos todos cela especial."

Texto de Paulo Rebelato- psicanalista gaúcho

domingo, 6 de dezembro de 2009

Quadrinha

quem fala o q quer nem sempre tem o resultado que deseja
quando maior o voo maior a queda...

este eh um post editado ja que mais uma vez estou sendo obrigada a olhar ao meu lado e rever conceitos...


sábado, 5 de dezembro de 2009

HOLOCAUSTO

Dia desses recebi uma mensagem para ser repassada. O objetivo era atingir quarenta milhões de pessoas. O assunto? O holocauto. Vai ter alguém pensando: lá vem ela de novo com essa conversa mole. Relembrem a frase ou leiam pela primeira: "Que se tenha o máximo de documentação porque haverá um dia em que algum idiota vai dizer que isto nunca aconteceu." Essas palavras são do general Dwight Eisenhawer ao se deparar com um dos campos de concentração ao final da segunda grande guerra.
Não se passaram nem 70 anos e o idiota disse exatamente isso. E não contente com o comentário, ainda fez gozação sobre a questão em discurso pronunciado em Brasilia. Estou falando do presidente do Irã/Pérsia. Pensei na Pérsia, pois de lá veio muita coisa boa para o mundo ocidental, agora pelo jeito estão exportando só bugigangas.
A visita não era desejável. Muito protestaram, os jornais do mundo todo falaram, mas mesmo assim ele foi recebido como um reizinho... Teria algo a ver com as bombas e enriquecimento do urânio? Como disse o jornalista argentino Bernardo Kliksberg tanto pode ser ignorância como má fé.
Existem famosos sobreviventes do holocausto. Primo Levy, um dos grandes escritores do século XX é um deles. Portanto, o evento não é fruto da cabeça de Lucas ou Speilberg e nem efeito especial de filmes de Hollywood. A Assembleia da ONU criou o dia de Recordação do Holocauto. É pra não esquecer, mesmo. Mas, até a Inglaterra tirou de seu curriculo a história, para não ofender alguns alunos. Politicamente tão correto...O que pensar sobre a mensagem? Trata-se de algo para refrescar a memória de pessoas bem intencionadas, mas que querem esquecer a qualquer custo o passado, ou nunca souberam. O convite de algumas "repúblicas" latino-americanas para que o citado homem seja recebido quase como rei, ele me pareceu mais treinando para o posto de maluco beleza, chegue dizendo o que quer, vai fazê-lo ouvir aquilo que não quer.
Um conselho para os que não acreditam: façam um passeio até o Museu do Holocauto, de Washington, seria bastante instrutivo. Talvez alguns dias no hotel praticamente dentro de Auschwitz, o clima deve ser muito festivo, considerando-se que somos energia e toda a energia depositada lá durante a guerra deve permanecer no local. Durante a noite com aquele friozinho...talvez eles até consigam ouvir os gemidos de mulheres e crianças massacradas sem dó, nem piedade. Enfim, um fato para se lamentar, essa idéia de receber um sujeito tão mal visto, como o tal idiota ao qual se referiu o general americano, cuja premonição foi notável.