terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O deus Sol dos incas

O império inca foi um dos estado-nação da América conquistado pelos espanhóis em 1533. Acredito que todos ouviram falar de suas árvores de ouro e prata. Verdade? Não sei. A única certeza é que uma quantidade exorbitante de ouro e prata saiu daqui para a Europa, naquela época. Na semana passada, falei de Akhenaton, o filho do sol e sua religião monoteísta no Egito Antigo. Coincidentemente, estou lendo Uma breve História do Mundo e Geoffrey Blainey vai entrelaçando a história de uma civilização, a outra, de maneira bastante didática. Descobri no livro como ocorreram as migrações dos povos asiáticos pelo planeta e como eles chegaram até o continente americano. Ao discorrer sobre os incas fala de sua avançada agricultura, do cultivo do milho, da batata doce e da coca, usada como analgésico. Misturada com cal era mastigada pelos sacerdotes, pois transmitia excitação à mente ajudando-os nas profecias realizadas nos templos. Dessa planta veio o aditivo secundário que, até 1905, fazia parte da receita da Coca-cola. Vem daí o boato/fato do refrigerante viciar? Mas, uma Coca gelada nesse calor é refrescante. Outra droga indígena era o tabaco. Caetano cantou uma verdade: o cigarro é uma invenção dos índios da América Latina. Em vez de processar as fábricas, os advogados podem querer acionar os índios... pelos males provocados pelo fumo. Vou deixar assuntos delicados de lado e pensar nos caminhos pavimentados dos incas unindo os dois oceanos, ou na semelhança entre a religião egípcia e inca na adoração ao disco solar. Religiosos, tinham o sol e a lua como deuses, cuja ajuda solicitavam a toda hora. Após a morte viviam sob seu calor, enquanto o inferno era gelado. O imperador divino descendia desse deus masculino. O sol regulava o calendário, enquanto a lua, deusa das mulheres protegia a fertilidade e o nascimento das crianças. Eram diferentes dos egípcios na questão oferendas, pois sacrificavam crianças nos templos. Para satisfazer a curiosidade do leitor vou contar que mesmo a civilização inca sendo numerosa, ela estava em crise, antes da chegada dos espanhóis. Menos de trezentos homens comandados por Cortés acabaram por desmoronar com o vasto império, que juntamente, com os maias e astecas compunham a América Latina daquele momento.

domingo, 28 de dezembro de 2008

de 2008

Seguindo o exemplo do Alan e Roges este é um post mix de lista do Nick Hornby com retrospectiva... 2008 foi um ano sensacional para boa parte do mundo já que foi o ano de acontecimentos inesperados: a Dercy Gonçalves morreu, o Guns 'N' Roses lançou um cd novo, a Ivete ficou grávida, a Xuxa voltou a namorar o Safir, a América elegeu um presidente negro, a Cicarelli voltou a TV, a Piovani tomou porrada, Suri Cruise foi fotografada com o dedo no nariz, Britney Spears voltou com força total, o Lula passou alguns dias no Brasil, o Bush quase tomou uma sapatada...
Viajei muito, conheci partes da Europa e agora quero voltar e voltar e voltar, trabalhei muito, viajei muito a trabalho, conheci muita gente, fiz amigos ótimos, curti os antigos com prazer, li, ouvi música, conheci novidades, abri portas, oxigenei... ufa, esse foi um ano realmente sensacional...

Melhor filme: Um beijo roubado (eu sei que é de 2007 mas eu só vi em 2008) e Control (idem)
Melhor filme bobo: Horton e os mundo dos Quem (o que é a Katie?!)



Melhor espetáculo de teatro: Alma imoral momólogo sensacional baseado no livro do Nilton Bonder e com Clarice Niskier e Pina Bausch no Opera Garnier em Paris (desculpa mas é verdade!)
Música: The fear da Lily Allen e Janta do Marcelo Camelo
Melhor CD: MGMT
Melhor show: Justice (mesmo com frio) e Madonna
Mlehor livro: Extremamente alto e incrivelmente perto do Jonathan Safran Foer me fez chorar no caminho de Viena a Trieste e transformou Foer no meu autor do coração
Banda que eu não conhecia: Berlam Belozo e a Banda Larga (luxo!)
Lance mais descolado: vichi vichi vichi
Melhor investimento: arriscar
Bom momento: muito trabalho
Excelente momento: viajar pela Europa e passear por Paris com minha mãe
Uma coisa legal: conhecer o Inhotim
Estrela do ano: Britney volta com tudo
Mico do ano: 28º Bienal
Melhor meio de comunicação: e-mail
Casal do Ano: Michael Cera e Ellen Page
Melhor programa da televisão: House
Redescoberta do Ano: Cachorro Grande e Autoramas



Uma coisa surreal: terremoto em São Paulo
Temas recorrentes: trabalho, trabalho, trabalho

sábado, 27 de dezembro de 2008

Avaliação

Não estou sendo disciplinado prá escrever no blog, assim como não estou sendo disciplinado com nada na minha vida. Não termino nada do que começo, e não sei exatamente porquê...

Essa perda de interesse pelas coisas acho que é a grande coisa negativa do ano de 2008.

Nunca viajei tanto na minha vida, o que é bom... Nunca gastei tanto no cartão de crédito, o que pode não ser bom prá uns, mas no final das contas é meio que interessante... Acho que comprei TUDO o que queria comprar do mundo. Sempre sobram detalhes, mas nada mais me apetece. Comecei o ano em Bauru, fui prá Cuba, Colômbia, México, Estados Unidos, Argentina, África do Sul, Espanha, França, Palmas-TO, Curitiba, Brasília... E estou indo de encontro ao meio conceito pessoal de riqueza: ser rico significa ter histórias prá contar, e acho que tenho bastante.

Li bons livros, assisti a bons filmes, comi melhor do que nunca e ainda vou terminar o ano com duas garrafas de Veuve Cliquot que tenho de abrir. Conheci as melhores marcas de charutos do mundo, fui a show de blues... Não engordei mais que 2 kg - e já estou em vias de perdê-los - voltei a nadar... enfim...apesar de ser um reclamão de marca maior, não acho que tenho nada negativo prá falar, exceto de que minha disciplina não foi a melhor... Acho que é perdoável.

Esperemos 2009, que deve vir com MUITA novidade logo de cara... 

Sucesso e muita coisa boa prá todos no que vem por aí...

Um grande beijo,

Rogério

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O NATAL: ontem e hoje

Criança da era digital acredita no Papai Noel ou só em presentes? Quando penso em Natal lembro meu pai convidando a família para um passeio e retornando, sorrateiramente, deixava dentro de um vaso, as pulseiras que minha irmã e eu queríamos ganhar do velho Noel. Alegria pelo mimo, tristeza pela confirmação de algo pressentido: o bom velhinho não existia. A festa cristã do Natal é resultado de uma síntese de comemorações antagônicas. A Igreja de ontem conhecia somente a celebração anual da Páscoa da Ressurreição. Entre os séculos IV a VII, aliando princípios judaicos e pagãos, os cristãos criaram um almanaque próprio ao unir o calendário lunar e o solar. Como alguns festejos estavam inseridos no cotidiano das pessoas, a Igreja preferiu reinterpretá-los no seu contexto, quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano.
Em 371, Constantino declarou por lei o dia do sol como feriado. Os cristãos fizeram o mesmo chamando-o de domingo. Nesse momento, as festividades natalinas nasceram. As discussões em torno do cristianismo encontraram nessa louvação oportunidade para confirmar a crença na Encarnação do Verbo, enquanto afastava os fiéis dos festejos pagãos do solstício de inverno. Os romanos realizavam a comemoração do renascimento do sol em 25 de dezembro, trocando presentes com votos de boas festas. Em 534, o papa Líbero oficializou a data como do nascimento de Jesus. A contraposição de ambas apoiava-se no simbolismo de Cristo como o sol da justiça e luz do mundo.
Na Roma dessa época, Natal comportava apenas uma missa celebrada na basílica vaticana, durante o dia. No século VI apareceu em um nicho junto à basílica de Santa Maria Maior, uma réplica do estábulo de Belém. Praesepium, nome de origem hebraica, significando manjedoura, passou a ser celebração da vinda ao mundo do filho de Deus.
Em 1223, São Francisco teve a idéia de encenar um presépio na cidade de Greccio, perto de Assis, para auxiliar um grupo de fiéis analfabetos. O teatro era uma das poucas formas de representação popular, e essa foi à maneira que ele encontrou para ajudá-los a visualizar e entender a importância da celebração. Dessa forma o santo acabou difundindo essa manifestação religiosa tão inseparável das festas natalinas, quanto à árvore conífera.
Atualmente essa tradição atinge o mundo ocidental.
Para festejar o dia de Natal vamos olhar para o céu em busca da estrela guia, cantarolar baixinho Noite Feliz, enfeitar uma grande mesa com branco e dourado para receber os amigos. Nela estarão as castanhas, o peru, o panetone, o champagne, enfim as comidas e bebidas típicas dessa data, brilhando com a iluminação das velas, um símbolo da luz divina.
Os pacotes serão colocados ao lado da árvore, pois criança moderninha não acredita em Papai Noel. O espírito natalino é de trocar presentes, de alegria, de contentamento e qualquer semelhança com a Roma Antiga não é mera coincidência. Após o segundo ou terceiro brinde, você como eu talvez pense: tal e qual na festa do solstício de inverno, ontem e hoje um evento mundano.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O melhor e o pior de 2008

Sei que hoje não é o meu dia de escrever, mas tomei a liberdade de escrever antes mesmo de pedir autorização a vocês... Posso? Trata-se de um texto que iria escrever na última sexta, mas foi tanta correria que eu esqueci... Pois bem, farei a clássica lista dos melhores e piores do ano de 2008...

Começarei falando de shows...
Melhor show: R.E.M, no Via Funchal, no dia 11 de janeiro. Nada como 28 anos de estrada para colocar a molecada no chinelo... Ah, e o Michael Stipe é a terceira pessoa do rock da qual quero ser amigo. A primeira é o Bono, mas eu acredito que ele não existe. A segunda é o Dave Grohl.
Melhor segundo show: Dave Matthews Band, no festival About Us, no dia 28 de setembro. Dave Matthews mostrou simpatia e puta vontade de estar no palco... e olha que foram mais de duas horas de show.
Melhor show nacional: Teresa Cristina, no Sesc Pinheiros, no dia 8 de janeiro. Pela graciosidade da moça carioca, tímida e brilhante no palco.
Melhor show nacional que não canso de assistir: Nando Reis, no Citibank Hall, no dia 9 de maio. É sempre bom cantar os hits do ruivo.
Show nacional que ainda não me toca: Orquestra Imperial, no Tom Brasil, no dia 24 de janeiro. É divertido, mas, longe da Lapa, acho que ficam perdidos...
Sem vergonha própria: Engenheiros do Hawai, no Citibank Hall, no dia 1º de maio

Agora é música, o assunto:
Melhor hit antigo de balada: "Show me Love", de Robin S. Quando tocou, eu fui ao céu, ao inferno, para todos os lugares...
Música que me fez querer dançar: "I Kissed a Girl", de Katy Perry
Música que me fez chorar ao ouvi-la: "Everybody Hurts", do R.E.M.
Não canso de cantar "Essa Menina", na voz de Bruna Caram
Melhor música na melhor cena de um seriado: "Open Your Eyes" em uma cena final de "Grey's Anatomy"
(Quase) a maior injustiça do ano: "Dança do Quadrado"... a música é da Unesp Bauru!
Momento apoteótico: "Like a Prayer" cantada por quase 70 mil pessoas no primeiro show da Madonna em São Paulo.

Cinema...
Melhor cena que não aconteceu: o não-beijo entre o Mark e a Juno em "Juno"
E eu pensava que era um filme bom... "Cloverfield - O Monstro"
Melhor filme nacional: "Estômago"
Atriz mais bonita em um filme... Rosane Mulholland em "Falsa Loura"
Filme que fez com que eu tivesse vontade de abandonar tudo e ir para o outro lado do mundo... "Na Natureza Selvagem"
Hem!?: "Otávio e as Letras"
Bola preta: "Bodas de Papel"
Me casaria com a Natalie Portman em "Um Beijo Roubado"...
Melhor filme estrangeiro: "Antes que o Diabo Saiva que Você Está Morto"
Melhor ator estrangeiro: Philip Seymour Hoffman e Edward Norton (ok, ele fez "Hulk", mas continua sendo fodástico!)
Me senti nos anos 80 ao assistir "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal"
Injustiçado: "O Fim dos Tempos"
Chorei ao ver "O Escafandro e a Borboleta"
Viva o sexo e a liberdade: "Shortbus"
Melhor atriz estrangeira: Julianne Moore (o Fernando Meirelles é foda!)

Baladas
Passei frio, mas dancei: Skol Beats
Pirei quando o Chris Cox começou seu set com "Don't Tell Me" em uma balada na The Week
Surreal: a festa da Zapping no inferninho Love Story...
Não conheço ainda o Studio SP

Na telinha...
Torci para que Izzie e George ficassem juntos em "Grey's Anatomy"
Dou risada com o humor negro de "Desperate Housewives"
Fico perdido a capa episódio de "Lost"
Me divirto com o quadro "Meda" e com o "CQC"
Passei madrugadas acordado assistindo aos jogos olímpicos

é isso!
até mais
se cuidem!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Pronta para 2009

Este foi um ano bom. Na verdade esse foi um ano ótimo. A reviravolta que dei na vida no final o ano passado só gerou bons frutos. Não me arrependo, não tenho saudade, só me pergunto por que não fiz isso antes? Mas tudo tem a sua hora e esse foi um ano de realizações, de trabalho, de reconhecimento, de diversão, de delícia...
E segunda passada foi um dia para agradecer e curtir. Depois de quatro meses entre pré e produção, acabou. Pelo menos essa etapa, agora é pós e esperar o produto ficar pronto. Estúdio logo no começo do ano.
E na segunda, eu, minha fiel escudeira Joana e o homem logística Marco desencanamos do mundo e caímos no marzão de Santiago para tirar a zica, renovar as forças e só curtir. Passamos o dia abusando do Iedo, nosso fiel motorista, e passeamos o Litoral Norte felizes.
Obrigada Universo, por esse ano incrível. Obrigada por essas pessoas ótimas com quem eu tenho a sorte de conviver.
Obrigada.
Agora falta pouco para a virada e 2009 já promete.

Ah, e nos 45 do 2º tempo, na quinta pela manhã, ganhei um convite para o show da quinta feira da Madonna e lá fui eu. E falar o quê? Madonna é MADONNA, né? A mulher tem 50 anos, não é a melhor cantora do mundo mas ELA É A MADONNA! O show é cheio de pirotecnia e tem momentos de quase desmaiar.
Claro que meu momento favorito foi Human Nature com o vídeo da Britney presa e enlouquecendo dentro de um elevador.



Ah, feliz Chanucá!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

AKHENATON, O FILHO DO SOL

Dia desses assisti a uma palestra onde o padre Beto diferenciou com propriedade o significado de misticismo e místico, ao discorrer sobre cultura judaica. Na hora eu pensei em Akhenaton e Nefertiti, o casal esotérico mais célebre da história. A região do Nilo foi extraordinária, tanto do ponto de vista do poder material, quanto do religioso. Uma viagem ao Egito não deixa ninguém indiferente, pois os deuses gravaram profundas marcas nos monumentos desse solo onde ecoam as vozes de Queóps, Ramsés II, Alexandre, Cleópatra... Mas, vamos falar na aventura de Amen-hotep IV que se transformou em Akhenaton, espírito atuante de Aton. Ele criou uma nova religião e construiu uma cidade inteira: Tell-el-Amarna. Sua viagem interior deu ao povo egípcio, novas leis espirituais. Um místico como São João da Cruz brilhou para si mesmo. Akhenaton, ao contrário, fez sua união com a divindade se derramar sobre uma civilização, afinal ele era o faraó do Egito. O aspecto mais espantoso disso tudo é a atualidade de sua mensagem. A oração cotidiana da cristandade, o Pai Nosso, é herança de Aton. Ao pesquisar Akhenaton, eu me aproximei de alguém com uma força espiritual enorme. Ele colocou questões éticas e religiosas de vital importância para toda a humanidade. Mas, quem foi Akhenaton? Um jovem rei que se insurgiu contra sacerdotes corrompidos, recusando-se a admitir verdades estereotipadas, libertou os escravos, acabou com os altos impostos e destituiu os exércitos egípcios. Fundou uma religião com um deus único, onde se vislumbra o atual monoteísmo. Na verdade, restaurou um movimento que vinha ocorrendo desde o quarto império, pois às pirâmides estão diretamente ligadas ao culto solar. Desposou Nerfetiti escolhida fora da nobreza, como uma espécie de desafio lançado contra o grão-sacerdote de Amon. Ela entra na história ao se casar com Amenófis, nome helenizado de Amen-hotep. Casamento pouco convencional, pois o encontro deles provocou um enlace de amor e essa paixão destruiu todas as barreiras da etiqueta. Estes são os fatos expostos com crueza. Porém, ao me deparar com Akhenaton fiquei surpresa com a pureza de seu ideal. Era um profeta. Um pregador conhecedor da teologia solar tão querida na região de Heliópolis.
Tal ensinamento inebriou o futuro faraó. Ao subir ao trono, realizou os desígnios secretos de sua mãe, fundando Amarna para servir de estrutura na crença de Aton. Ela ficava perto da velha cidade santa do deus Thot, no centro geográfico do Egito. Possuía ruas largas e paralelas ao Nilo. Seu plano urbanístico tinha uma concepção clara e pretendia ser tão luminoso quanto o novo deus. O faraó demonstrou com essa escolha a intenção de apresentar o Sol como mediador entre todos os cultos do país, como o deus vivificador da alma ancestral do Egito, dando a localização de Amarna, um significado simbólico. A mitologia egípcia fala da dupla face do disco solar: vida/morte. Alguns templos tiveram a função de eliminar as influências nocivas dessa energia e espalhar somente seus benefícios. Akhenaton é conhecido como o primeiro homem a quem Deus se revelou pessoalmente, tornando-o pai do monoteísmo. Monoteísmo trazido ao Ocidente por Moisés, fundador da religião judaica. A experiência do faraó foi uma tentativa sincera de entender a Sabedoria Eterna e de replicá-la. Talvez, por isso, ele continue vivo dentro de cada um de nós. Segundo uma lenda Akhenaton reinaria até que o cisne se tornasse preto e o corvo branco. Uma forma de evidenciar o quanto seu pensamento era imortal?

domingo, 14 de dezembro de 2008

Obrigada



Amanhã finalizo esse projeto que tem me envolvido horas e horas nso últimos quatro meses. No qual realizei sonhos, me diverti muito, conheci gente ótima e tenho cenas incríveis na memória... ai ai ai, cansada mas já com saudade. Mas calma porque ano que vem tem mais... e mais... e mais... semana que vem me explico melhor...



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Madonna e George

Ok, confesso que não aguento mais ler as exigências da Madonna no país. São privadas brancas, que ela, inclusive, vai levar para casa, não sei quantos energéticos, academia de musculação etc. Mas, para mim, a mais absurda é: apenas 13 pessoas podem dirigir à palavra a ela. Vejamos: ela tem três filhos! Sobram dez... quantos bailarinos? Uns cinco, seis? Sobram, assim, três pessoas. Um produtor? Dois. Um assessor para tudo? Um. O pseudonamorado, jogador de beisebol? Fim! Ninguém mais pode falar com ela... será que ela vai falar com o público que irá lotar o Maracanã e o Morumbi? Enfim... coisas de gente famosa! E você, o que exigiria?
Eu não sei o que exigiria.... Cerveja gelada? Amigos por perto? Bolo de chocolate? Toalha? Meu, vai se fuder... eu só queria subir no palco e fazer um show sensacional... Falando em show sensacional, até o fim deste ano, posto um texto com os melhores e os piores do ano na minha modesta opinião. Ainda falando sobre show, li que a Alanis Morissette fará vários shows no país em fevereiro e março... Será que, desta vez, ela vem a São Paulo? Bom, se ela fará show no Piauí, capaz que ela passe por terras paulistanas, sim!

Mudando de assunto, eu terminei de ver todas as temporadas de "Grey's Anatomy". Sim, sim! Agora, sigo a "temporada" normal, ou seja, a quinta, em exibição nos EUA! Começou morna, confesso, mas depois (está no décimo episódio) melhorou, e muito! Há histórias de cortar o coração. Qual seria a primeira palavra que diria depois de cinco anos sem falar?
A baixa (e bota baixa nisso!) é a possível saída do personagem George (T.R. Knight) da série... ele era um dos meus favoritos... Confesso: já lamento a possível saída dele...

falando ainda em séries de TV, comecei a assistir a duas na semana passada. A quarta temporada do sensacional "Lost". Ok, é foda, mas fico mais perdido a cada episódio... e me pergunto: como amarrar tantas histórias confusas? E "Desperate Housewives" (desde a primeira temporada), que tem um humor negro fudido de bom...

até mais
se cuidem!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

De jardim, horta e comida...

Victor Hugo e Alexandre Dumas foram famosos lidando com panelas. Os franceses consideram todo entendedor de arte um gourmet e todo gourmet um bom cozinheiro. Pretensiosa, acredito entender de arte em geral e de quebra ser uma mulher que sabe cozinhar. Algumas vezes acontecem gafes. Certa vez, um casal foi convidado pelo meu marido para um jantar. Pensei: vou servir codornas com uvas feitas ao vinho. Minha filha comentou se não seria conveniente acrescentar uma massa. E se forem vegetarianos? Não são, afirmei. Eles haviam nos convidado para um churrasco. Por via das dúvidas acrescentei rondelli ao cardápio. Escolhi um vinho adequado e aguardei. Como bons brasileiros chegaram atrasados, preferiram cerveja e comeram somente a massa, pode?
Outras vezes sou um sucesso. Recentemente, fui passar um final de semana na fazenda de uma amiga e cheguei lá numa tarde gelada de sábado. Muito prática ela comentou: vamos fazer uma festa do queijo e do vinho. Meu marido retrucou: com esse frio? Eu acho melhor uma sopa. Ela respondeu: Não sei lavar nem um garfo quanto mais cozinhar. Ele disse: a Rosa sabe fazer uma sopa de abóbora. Zé Teixeira, administrador e emprego de confiança da fazenda, que estava por perto mastigando a ponta de seu cigarro de palha, com seu olhar matreiro dando uma risada, ele comenta: abóbora, sei não. Pensei cá com meus botões, veremos. Ele lambeu os beiços. Outro dia servi vatapá a um pequeno grupo. Um dos participantes, muito exagerado comparou nossa reunião a Festa de Babette. Um elogio é claro. O filme de Gabriel Axel conta à história de uma mulher que, ao receber uma herança, oferece um banquete dos deuses para alguns conhecidos, regado a Clos de Vougeot, um vinho francês antológico. Não entendo muito de vinhos. Por essa razão dei para buscar informações sobre espumantes tais como prosecco e lambrusco. Os entendidos afirmam serem eles leves e apropriados para o nosso calor. Mas, vamos da adega à cozinha.
Diversas espécies de plantas se prestam ao uso culinário e medicinal. Cebola e alho ajudam a aumentar a resistência ao câncer. Pessoas que ingerem alimentos ricos em antioxidantes são menos propensas a doenças do coração. Grãos de soja, semente de linhaça, erva-doce possuem níveis substanciais de fitoestrógenos. Mulheres pós-menopausa podem se beneficiar do efeito estrogênico fornecido por eles. Flores de sabugueiro são boas para dar banho em criança com sarampo, mas também podem ser empanadas. Os brotos da abobreira dão a tradicional sopa de cambuquira. No meu quintal planto flores, se elas não emplacam, semeio abóbora, tomate, pimenta, berinjela, maxixe, misturando tudo com pitangueira, girassol, primavera, dama da noite, pé de jasmin etc. Tenho até um mini pomar, onde reina uma jabuticabeira, presente de um amigo. E como todo jardim florentino tem um pé de laranja lima, o meu não fica atrás. Local usado à noite para descansar sentindo o perfume de frutas e flores e filosofar... Filosofar sobre o prazer do fazer. A satisfação no ato de criar uma obra de arte, um jardim ou uma horta está muito mais na busca do que na conquista, pois a ênfase está no processo e não no resultado. Os tomates são mirrados e todas as sementes de berinjelas resultaram em apenas dois exemplares, em compensação os mini girassóis enfeitaram o meu Natal. Entretanto, o divertido é fazer sem esperar recompensa, embora no meu caso ela tenha vindo em forma de flores e frutos.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Oasis

Chegar em casa depois de muitos dias trabalhando em outra cidade é um misto de uhu delícia e nossa, adorava aquela cama de hotel. E rebordosa. E bota redordosa nisso. Fazer o corpo entender que o pique daquela semana era o pique daquela semana leva pelo menos dois dias. E dias que eu não tenho e então meu corpo pira. Tenho sono em horários bizarros mas viro a madrugada de olhão arregalado. Mas vale a pena. Ai como vale a pena. Semana passada foi genial. Adoro minha equipe de trabalho e a gente se diverte muito. Trabalha muito também. E conhece gente bacana e toma cerveja com malucos na madrugada. Sim, eu amo o que eu faço! Obrigada, obrigada, obrigada.
Sigo mais uma vez para o paraíso. E dessa vez é o paraíso de verdade. Dias de sol, trabalho e sol. Cerveja e sol. Amigos, sol, trabalho e cerveja. Mas antes tenho esses dias de São Paulo...
E ouvi essa música do Oasis e lembrei o quanto é boa.



"Hold up
Hold on
Don't be scared
You'll never change whats been and gone
May your smile (may your smile)
Shine on (shine on)
Dont be scared (dont be scared)
Your destiny may keep you warm
Cos all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out
Get up (get up)
Come on (come on)
Whyre you scared? (Im not scared)
You'll never change
What's been and gone
Cos all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out
Cos all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out
Were all of us stars
Were fading away
Just try not to worry
Youll see us some day
Just take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out
Stop crying your heart out
Stop crying your heart out"


sábado, 6 de dezembro de 2008

Arenavirus

Alguns posts atrás eu comentei a respeito de um vírus mortal que tinha sido identificado na África e que algumas pessoas que tinham sido contaminadas com o vírus haviam falecido.

Eis que essa semana, lendo os jornais nacionais, fiquei sabendo que um Sulafricano que estava a trabalho no Brasil faleceu e JUSTAMENTE com o vírus que comentei.

E ainda falavam que não havia risco de contaminação, mencionavam que não deveriam "entrar em pãnico". No entanto, apesar de saber que somente em contato com fluidos/secreções da pessoa contaminada, fico receoso com essas coisas.

Imaginem que um sulafricano no Rio, como todo turista estrangeiro, poderia ter aproveitado para conhecer algo que somente a mulher carioca tem. Não adianta sermos hipócritas... Grande parte da galera vem prá cá prá isso mesmo.

Essa mulher - não vamos estender prá outras opções sexuais, prá facilitar as coisas - pode ter sido contaminada e ainda não sabe. Em seguida, presta "serviços" a outras pessoas... E por aí tudo vai...

Devo ou não ficar preocupado? Nâo se esqueçam que logo no início do blog eu já tinha falado que sou neurótico... Enfim...Estou acompanhando tudo que sai na imprensa sobre o assunto...

Saudações a todos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Aproveitando o espacinho, segue uma dica bacana.



Programação

SÁBADO – Dia 06

Saguão
18h – Música
Tribores
Grupo formado em 2002, o trio reuniu-se com o objetivo de apresentar uma forma própria, diferenciada e
divertida de tocar e fazer musica, dando ênfase à percussão, no sentido de expor a habilidade e a
qualidade técnica de seus integrantes, num show que explora os movimentos do ato de tocar percussão.
Com um repertório de músicas próprias o intuito do grupo é aproximar o gênero da musica erudita à
popular, utilizando inclusive técnicas da percussão escocesa.

Saguão
19h - Circo
Circo Invisível
De forma imagética e com muito humor, o mímico Edgar Bustamante recria o universo mágico do circo apresentando números como: adestrador de elefantes, mágico Rudine, atirador de facas, entre outros.

Teatro
20h – Dança
“Pedrinho Sapopemba”
Após um ano de vivências artístico-culturais e ensaios desenvolvidos por profissionais do meio artístico
com jovens dos distritos de Cidade Tiradentes e Sapopemba os Pedrinhos estão prontos para mostrar
todo o potencial destes jovens que participam de Fábricas de Cultura. Trazendo ao palco a dança, a
música, o teatro e o circo, os espetáculos são criados considerando o repertório cultural de cada
localidade e as expressões trazidas por cada jovem do projeto.

Saguão
21h – Música
Ceumar
Ceumar tem três discos gravados: “Dindinha 2000”, “ Sempre Viva 2003” e “Achou! De 2006”, este junto
com Dante Ozzetti. No começo de 2009, Ceumar lançará um trabalho inédito somente com canções de
sua autoria. Ceumar que já se apresentou em Itajaí, Santa Catarina, promete cantar seus maiores
sucessos neste espetáculo no Sérgio Cardoso para as vítimas de Santa Catarina.

Saguão
21h30 – Música
Badi Assad
Nos palcos, a brasileira Badi Assad revela-se uma das artistas mais completas e virtuoses do momento.
Com o encanto de uma diva, ela canta, dança, toca violão e transforma seu próprio corpo numa
percussão – tudo ao mesmo tempo! Com mais de oito CDs lançados pelo mundo (o mais recente é
Wonderland, de 2006, considerado pela BBC de Londres um dos 100 melhores álbuns do ano e o 27º
destaque do ranking da Amazon.com), Badi também já foi eleita (no mesmo ano em que Ben Harper)
uma das melhores violonistas do planeta pela revista americana Guitar Player.

Saguão
22h - Circo
Ricardo Malerbi, “Uma Série de Surpresas”
Ricardo Malerbi é mágico e co-fundador do grupo “Oculto do Aparente”, cuja 1ª realização foi o
espetáculo “Além da Mágica”, o qual dirigiu. Apresenta no Teatro Sérgio Cardoso um ato internacional
com música predominantemente brasileira onde uma série de efeitos mágicos se encadeiam provocando
espanto e encantamento.

Teatro
22h30 – Música
LUDOV
Depois de anos cantando juntos, passando por diversas bandas e diversas encarnações, Vanessa Krongold (vocal), Mauro Motoki (guitarra, teclado), Habacuque Lima (guitarra, baixo) e Paulo Chapolin (bateria), já sabem o que querem, como fazer, e não poderiam deixar de ser autênticos, mesmo que não quisessem. Na estrada desde 2002, o quarteto paulistano já lançou dois discos: O Exercício das Pequenas Coisas e o recente Disco Paralelo e conquistou um público cativo e fiel.
No Video Music Brasil, em 2004, receberam o prêmio videoclipe revelação com a música Princesa, e no ano seguinte, três indicações com Kriptonita.

DOMINGO – Dia 07

Saguão
0h – Música e Dança
Mutrib - Música dos Balcãs e Betty Gervitz - danças circulares
O grupo Mutrib nasceu da convergência dos interesses musicais multiculturais de alguns dos maiores instrumentistas do cenário musical paulistano, pensando nas conexões culturais do mediterrâneo oriental como um grande eixo da cultura mundial, que interliga, desde a Antiguidade, Ocidente e Oriente, num caldeirão musical de grande efervescência. O show é um amplo mosaico dessas culturas, uma grande
viagem musical que vai do Magreb, atravessando Turquia, Palestina, Síria, Israel, e chegando ao leste europeu (Albânia, Grécia, Macedônia, Romênia e Bulgária).

Saguão
1h – Performance
Mariana Piza, “Formas-Me”
Performance na qual o público e a performer estarão envolvidos em uma mesma ação. A performer Mariana Piza, vestida com um macacão de peças de LEGO, estará em exposição em uma cadeira de tubos de PVC. O público será construtor da obra a partir da interação com a performer, encaixando outras peças no macacão, compondo sua forma.

Teatro
1h15 – Música
MARINA DE LA RIVA
Filha de mãe brasileira e pai cubano, a cantora estreou no ano passado em CD com seu nome, no qual funde a música e os ritmos da ilha de Fidel à tradição da nossa MPB. Com participação de Chico Buarque em uma das faixas, o repertório é sensual e dançante, refinado como a mistura de Cuba com Brasil. Marina destaca-se como uma das principais revelações de novas intérpretes nacionais, tendo ganhado o prêmio de melhor intérprete revelação da APCA em 2007.

Teatro
2h – Teatro
Risoterapia
Risoterapia é uma comédia com texto e interpretação de Nilton Rodrigues, na qual o enredo é conduzido por cinco personagens (o médico que desenvolveu o método da Risoterapia como cura, a pessimista, o toc, a botocada e a atriz). A loucura, as neuroses, os preconceitos, o estresse contemporâneo e outras questões relevantes da sociedade são temas do espetáculo, que de forma bem humorada proporciona reflexão e riso aos espectadores.

Teatro
2h30 - Música
CACHORRO GRANDE
Eles se conheceram nas ruas de Porto Alegre, ainda nos anos 90. Ralaram e se divertiram, fazendo shows pelo país até chegarem ao grande público, em 2005, com Pista Livre. Agora, com o novo Todos os Tempos, quarto álbum, a banda se mostra pronta para ampliar ainda mais o grande número de fãs que já curtem seu som inspirado no rock dos anos 60 e 70.

Saguão
10h - Teatro Infantil
“Os Três Porquinhos”, Grupo Furunfunfun
Espetáculo dramático-musical que transcende o universo infantil e atinge também o público adulto. Os conflitos entre natureza e cultura, o velho e o novo, verdade e mentira, discórdia e conciliação, são apresentados numa linguagem acessível, privilegiando sempre a improvisação e a participação da platéia, recontando de maneira criativa, a arquetípica história dos três Porquinhos.

Saguão
11h – Música
Léa Freire e Teco Cardoso Quinteto
Léa Freire “flautas”, Teco Cardoso “sax”, Tiago Costa “teclado”, Fernando de Marco “contra-baixo” e Edu Ribeiro “bateria”. Cinco dos mais renomados instrumentistas brasileiros apresentam um repertório com choros, sambas, maracatus e outros ritmos, unindo o popular ao erudito, o formalismo à improvisação com o melhor da música brasileira.

Saguão
11h40 – Circo
Circo Vox
O espetáculo “Curta A Temporada” tem o estilo do novo circo, misturando palhaços, ilusionistas, acrobatas, contorcionista e malabarista à magia do canto, luz negra e imagens em vídeo, possibilitando de maneira cômica e nonsense um espetáculo de visual apurado e linguagem contemporânea. Sem apresentador e animais, o público se entretém do início ao fim. Os personagens Bobí (Gallo Cerello) e
Judite (Elena Cerântola) dividem o picadeiro com Zirabel (Bia Karfig) e a feroz Tânia de Oliveira.

Teatro
12h – Teatro de Improvisação
Jogando No Quintal
O Jogando no Quintal entrou em seu 6º ano em cartaz. O improviso é o tema central do espetáculo, baseado na estrutura de um jogo de futebol, onde os palhaços do elenco criam as cenas na hora a partir de temas sugeridos pelo público, que também atua elegendo as melhores improvisações.

Saguão
13h - Música
Òctrombada, “Miscelânia e Kinconkros-Pra Cantar e Imaginar”
Desde 2001 o ÓcTrombada desenvolve seu trabalho nas áreas artística e educacional com música e teatro para públicos de todas as idades. Formado por artistas/educadores, pesquisa sua linguagem com
um criativo trabalho cênico utilizando a voz e a percussão corporal. Numa mescla de dois espetáculos do seu repertório, “Miscelânea” e “Kin Con Krof – pra cantar e imaginar”, o grupo canta divertidas canções pra rir, emocionar e embolar a língua!

Saguão
13h30 – Música
Caracaxá, “De Recife à São Paulo”
Fundada no ano de 2003, a Cia Caracaxá trabalha a música e dança das diferentes nações de maracatu, inspirada nas particularidades de cada uma delas, referentes aos baques e composições e através de arranjos idealizados pela própria Companhia promovem releituras de standards da musica e da dança do Maracatu Nação de Baque Virado, folguedo popular tradicional do Estado de Pernambuco existente a
mais de dois séculos.

Teatro
14h – Dança
“A Joaninha”, Ballet Stagium
"Danças da Ilha de Santa Cruz" coreografado por Décio Otero e dirigido por Marika Gidali possibilitou um amplo estudo da história do Brasil. Danças étnicas, contemporânea, danças de roda sacra e profana, dança de rua, a mistura das músicas eruditas e populares e o estudo do poema "Navio Negreiro", de Castro Alves, aproximaram a criança da nossa diversidade cultural. Enfatizou-se, também, a
conscientização do Estatuto da Criança e do Adolescente, tornando os alunos e seus familiares conhecedores da possibilidade de uma sociedade mais justa.

Saguão
15h - Contação de Histórias
Giba Pedroza
Giba Pedroza é contador de histórias e pesquisador de literatura infantil e tradição oral há vinte anos. Em 2004, lançou o CD Livro Girasonhos Roda de Estórias, no qual realizou diversos espetáculos e recebeu diversos elogios da critíca.
Lança agora o CD Contos de Todos os Cantos, que nasceu da fusão de seu trabalho com os trabalhos da cantora, instrumentista Renata Mattar. Neste disco apresentam músicas e histórias tradicionais, literatura e cultura infantil de diversos povos, fazendo um passeio lúdico por contos, trava-línguas, cantigas populares e canções, uma celebração da cultura infantil e tradicional de alguns países.

Saguão
15h30 - Contação de Histórias
Lidia Engelberg
A atriz Lídia Engelberg conta histórias utilizando exclusivamente a voz, o corpo e o espaço. A apresentação terá duas histórias: um conto de fadas (“A Bruxa Salomé”), um causo (“Gretel a Esperta”).

Saguão
16h – Música
Soprando Notas
Formado oficialmente em 2005, Soprando Notas é o resultado de um trabalho que existe há 33 anos. É composto por 15 Flautistas que variam de 08 a 30 anos, o grupo de Flauta Doce e Vozes com a regência de Dani Godoy (filha de Amilton Godoy do Zimbo Trio) , vem mostrando com um repertório difícil, cheio de improvisos ,com arranjos de Amilton Godoy, o que tem de melhor em nossa música brasileira e no Jazz.

Saguão
17h – Música
Banda Paralela
A Banda Paralela foi fundada em meados de 1993 através do encontro informal de alguns músicos da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Fazer música de vários estilos a partir de instrumentos de sopro e percussão virou a assinatura do grupo. A farda colorida inspirada nas fanfarras caiu tão bem que virou uniforme. O show se completa com a musicalidade e virtuosismo dos integrantes que, através dos
criativos arranjos, surpreendem o público do início ao fim. De maxixe a dance music, tudo é possível apenas com os instrumentos acústicos. São 7: saxofone barítono, escaleta, saxofone alto, trompete, trombone, bumbo e caixa/prato.

Teatro
18h- Dança
“Pedrinho Cidade Tiradentes”
Após um ano de vivências artístico-culturais e ensaios desenvolvidos por profissionais do meio artístico com jovens dos distritos de Cidade Tiradentes e Sapopemba os Pedrinhos estão prontos para mostrar todo o potencial destes jovens que participam de Fábricas de Cultura. Trazendo ao palco a dança, a música, o teatro e o circo, os espetáculos são criados considerando o repertório cultural de cada
localidade e as expressões trazidas por cada jovem do projeto.

SERVIÇO
Virada Cultural SOS SANTA CATARINA
Dias: das 18h do dia 06 às 18h do dia 07
Local: Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista
Toda a programação é Gratuita
Entrada: Água potável, produtos de higiene pessoal (fralda descartável infantil e geriátrica, absorventes, sabonetes, toalhas, cotonetes, papel higiênco), produtos de limpeza (sacos de lixo,lonas plásticas, desinfetantes, rodos, água sanitária), roupas, sapatos e cobertores para serem enviados à população de Santa Catarina.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

solidão

desde pequena, solidão sonhava em ser professora - influência direta da mãe, distância, que lecionou durante anos e anos no colégio da cidade.
magrinha, cândida, áurea de paz e de sorriso sempre colado ao rosto (parecia ter nascido com ele), não tinha um (aluno, pai, professor) que não se encantasse por ela.
dava aulas aos pequenos - que, além das primeiras letras e operações matemáticas, descobriam os primeiros sintomas da paixão em sala de aula - claro, isso não constava no conteúdo programático.
e não só os meninos. as meninas também.
não sabiam se era a saia sempre no joelho, que escondia as coxas (era um exercício de imaginação delicioso fazer a imagem do corpo da solidão por baixo dos panos), mas sempre deixava marcar a bunda ao virar-se de costas para a classe.
talvez fossem as blusinhas, meigas, disfarçando os seios perfeitos, mas que pareciam implorar para ser arrancadas do corpo de imediato.
quem sabe a fala mansa, parecendo sussurrar "me deseje" a cada bom dia ou mesmo pedido de silêncio.
poderia até ser o jeito de olhar, castanho, direto, desconcertante, a fuzilar concentração - eu juro, tinha gente que desviava o rosto para não ser atacado por um desses e cair na armadilha desse amor, platônico e impossível, mas sem volta.
não sabiam.
o que se sabia é que todos se apaixonavam por solidão.
e solidão não dava bola pra ninguém. ninguém mesmo.
à boca pequena, corria que um amor juvenil trouxe lágrimas demais. a partir desse dia, solidão resolveu se dedicar apenas ao trabalho. nem bicho de estimação ganhava mais o coração da jovem professora.
agora, as lágrimas vinham das crianças, com o final do ano letivo.
todas apaixonadas. todas querendo vivenciar, no auge de uma inocência doce, fagulha do bem-querer da professora.
que ria.
solidão achava graça dos presentes, das declarações nas provas e trabalhos, nas cartinhas colocadas à mesa durante o recreio, dos pequenos que faziam questão de serem reprovados para continuarem ali por mais um ano.
não se abalava. nunca. o mesmo jeito cândido. o mesmo sorriso.
todo ano era assim. ao soar do sinal da entrada, é hora de se apaixonar. ao soar do sinal do fim das aulas, cada um leva consigo um pouco da solidão.
é o dever de casa.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Plutão

Caronte e Plutão dois personagens da mitologia grega ressuscitaram nas discussões dos astrônomos. O primeiro era o condutor de um barco cujo trajeto pelo rio Styx ia dar no submundo do senhor dos infernos. A parceria continua. Caronte é o satélite do planeta Plutão. Para ser exata do ex-planeta rebaixado à condição de anão. Plutão é o regente de Escorpião, signo do presidente da república.
Uma rápida pesquisa histórica e sou conhecedora de alguns segredos da astrologia. Ela se desenvolveu na Mesopotâmia, terra da escrita coneiforme, aquela dos caracteres em forma de cunha. Com uma região composta de grandes planícies, a observação do céu era fácil, por isso a Astronomia e sua extensão, a astrologia tornou-se a principal ciência desse povo. Nesse ramo, o conhecimento dos sacerdotes era notável. Entretanto, a matemática, a medicina e o direito também não ficavam atrás, imaginem o Código de Hamurabi e sua máxima olho por olho e dente por dente. Bons tempos! De seus templos, umas torres altas, que serviam também como celeiro de alimentos e observatório astronômico, a classe sacerdotal exercia seu poder. Nessa época, a ciência não existia como hoje, e a religião absorvia a função de ampliar a sabedoria dos povos. Essas torres ou zigurates possuíam sete andares, a soma dos cinco planetas vistos a olho nu mais o sol e a lua, os luminares. Em cada andar predominava a cor correspondente ao corpo celeste, por exemplo: Saturno/negro, Marte/vermelho, Mercúrio/azul etc. Como atualmente conhecemos oito e alguns anões, não avançamos tanto assim... Mas, voltando à astrologia, o mapa astral mais antigo é de Sargão I datado de 2.350 AC. Terá o astrólogo dito a verdade a ele? Foi desbancado pouco depois.
A exclusão de Plutão não deve alterar seu simbolismo em mapas astrológicos, pois sua influência é para a vida toda, quer ele seja planeta ou não. Será esse novo anão companheiro daqueles anões do Congresso? Não sei. Só sei que o presidente tem Plutão na casa 5. De acordo com os entendidos existe uma grande probabilidade dele sofrer um grande terremoto nas suas contas bancárias. Não vai sobrar nada e ainda pode ter uma doença crônica agravada. Credo, tudo isso por causa do tal Plutão, uma simples bola de gelo em forma de asteróide? Pensando bem... pode ser... Não é uma previsão, eu não entendo nada disso, só fiz uma consulta.
Porém, o senhor Lulla da Silva não precisa se preocupar, afinal um ex-planetinha só não faz verão... ou faz? Olha aí a operação Xeque-Mate, sem falar na Navalha, no Renan, no compadre e no Vavá, quem diria... faz tráfico de influência, afirmam os jornais. Mas, o Senado, a Câmara dos Deputados e as nossas frouxas leis não permitirão que eles sejam atingidos pela fúria de Caronte e Plutão, essa dupla implacável. Uma pena, quem dera o Código de Hamurabi ainda estivesse em vigor!

Ilustração de Wanda Cardim

Este texto é parte de Com Textos, meu livro de crônicas que está a venda nos endereços abaixo:

em Bauru:
Ju Machado – Escritório de Arte – Rua Saint Martin 17-7. Tel: (14) 3223-1294
em São Paulo:
MERCEARIA SÃO PEDRO - Rua Rodésia nº 34, Vila Madalena. Tel: (11) 3815-7200
LIVRARIA DO ESPAÇO UNIBANCO - Rua Augusta nº 1475. Tel: (11) 3141.2610

ou pelo email rosabertoldi@gmail.com

domingo, 30 de novembro de 2008

Selvagem

Depois de muito vi Na natureza selvagem. Digo depois de muito porque havia tentado ver em Londres, depois em São Paulo algumas vezes e por fim desencanei. Já havia gravado a trilha sonora e acabei comprando o dvd antes mesmo de ver. E minha nossa, escrevo esse texto após recuperar meu folêgo.
Quem é essa pessoa? Que mundo é esse? E principalmente, a que ponto chegamos no mundo em que nada mais a não ser dinheiro e sucesso a qualquer preço importam? Qual é o problema?
Ver Na natureza selvagem mostra que há bondade no mundo, na verdade, que o mundo é cheio de gente bacana e bonita no sentido mais básico da palavra.
Baseado em fatos verídicos o filme mostra dois anos na vida de Christopher McCandless, rapaz de classe média alta que abriu mão de tudo por rebeldia, por vontade, por acreditar, não sei o que pensar ao certo. E nesse abrir mão se colocou em um mundo que nos é escondido: o mundo da natureza, onde a cadeia é seguida, onde o que se planta é o que se colhe, onde o respeito e a integração são peças essenciais à sobrevivência. É bonito demais de ver a jornada desse menino e, principalmente, as experiências que ele adquiri através de pessoas sensacionais.
O diretor Sean Penn esperou dez anos para rodar o filme, baseado no livro reportagem de Jon Krakauer, pois queria ter a certeza da aprovação da família McCandless.
Valeu a pena.



Ficha Técnica
Título Original: Into the Wild
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 140 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.intothewild.com
Direção: Sean Penn
Roteiro: Sean Penn, baseado em livro de Jon Krakauer
Com: Emile Hirsch, Marcia Gay Harden, William Hurt, Jena Malone, Brian Dierker, Catherine Keener, Kristen Stewart, Hal Holbrook, Zach Galifianakis, Vince Vaugh

PS 1_ Essa foi uma semana sensacional, fora de Sampa produzindo com uma equipe afinada e bacana numa cidade linda. Muito trabalho mas as noies e a madrugada tambem tem sido bem felizes. Quarto de hotel de primeira com um corredor so para a gente. Me divertindo muito e talvez quem sabe... ate a semana que vem!
PS 2_ Feliz aniversario, Karin.

sábado, 29 de novembro de 2008

DIAS DE PRAZER


Ao contrário do que foi dito, eu não estava de férias em Madrid na semana passada. Fui prá Madrid de férias em julho.
No final de semana passado eu fui somente passar o final de semana em Madrid. É. Isso mesmo. Aproveitei o feriado, minhas milhas e passei 3,5 dias na Europa. Até prá mim soou um pouco ridículo dessa vez, mas ratificando a idéia de que as viagens inesperadas e não tão planejadas são as melhores, o final de semana foi melhor do que as férias...

Primeiro porque eu não estava sozinho dessa vez. Segundo porque estava frio. Terceiro porque dessa vez até balada eu fiz com direito a Coca Cola de EUR 10,00 a garrafinha, o que deprime qualquer um.

O cardápio dessa vez foi algo à parte também. Concluí que se come melhor no inverno, porque há mais disposição de comer. No verão estava 40 graus e nem fome tive. Agora, aos 7 graus com sol de rachar, tudo parecia um pouco mais agradável por lá.

Provei um risoto de limão ESPETACULAR preparado por uma brasileira que levou a receita daqui prá lá. Numa das refeições, uma garrafa de Cava (champagne espanhola) com sorbet de limão (alguém pode me indicar uma sorveteria que venda sorbet, por favor?) foi consumida de sobremesa. Mais uma foi acompanhada de chocolates belgas... 

Comer REALMENTE é a melhor coisa da vida na minha opinião. definitivamente é algo em que não se pode economizar eternamente.... Em algum momento temos de abrir o bolso e ir a bons restaurantes prá comer e beber algo melhor preparado que o usual.

Até a viagem de avião foi excepcional. Voei de volta com uma conexão em Lisboa. O vôo da TAP veio VAZIO (dos 8 assentos disponíveis na fileira 16, só o meu veio ocupado). Serviram bacalhau de almoço.

Pude assistir a dois filmes durante a viagem: um romântico meio chatinho. Não lembro o nome. Também assisti a um programa da Globo a respeito da vinda da família real portuguesa ao Brasil em 1808, que foi EXCELENTE. Pena que só havia dois episódios disponíveis no vôo. Por fim, alguns episódios de "Two and a half Men"que é super divertido.

Podem ter notado que apesar de ter feito tudo isso, estou um pouco sem assunto prá comentar. Minha cabeça está focada em uma coisa somente que é meu desconhecido destino profissional. Espero que realmente cumpram o prazo da próxima semana, seja a decisão boa e ruim.

Por fim, mudando um pouco de assunto, recomendo que assistam ao filme dos irmão Coen "Queime depois de ler"que estreou no cinema. É no mínimo insólito, mas diverte e choca ao mesmo tempo.



Saudações

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A voz da experiência

Um poeta chinês escreveu: “recriar algo com palavras equivale a viver duas vezes.” Lembrei-me da frase, após conversar com meus consultores para construção, enquanto suava a camisa caminhando na esteira da academia de ginástica. Eles acabaram de construir uma casa e estão curtindo as suas delícias, depois de esquecidas as tristezas dos embates com engenheiro, arquiteto, mestre de obras, pintores, etc, etc. Atualmente, encontram-se envolvidos em um curso de jardinagem e usando termos, tais como: hibridação, pólen, bulbo, semente, irrigação, alporquia, enxertia, poda e até calendário lunar. E, eu acreditando que o tal calendário lunar tivesse sido substituído pelo Julio César da Cleópatra, há muito e muitos anos.
Eles, como eu, encarregaram-se da supervisão da obra, um feito propiciado por nossa total ignorância em relação ao assunto. As experiências e os relatos de ambos me fazem rir. Às vezes, é claro, estou rindo dos meus próprios problemas. Mas, não é um privilégio que a gente possa libertar-se com um riso sardônico dos entraves e constrangimentos do nosso dia a dia?
Toda essa divagação gira em torno de algumas questões ocorridas durante a construção de minha casa. Uma viga foi colocada fora do lugar e o teto da garagem rebaixado. Parei a obra. Como rebaixaram o teto? Mudaram uma viga de lugar? Qual era o problema? Não dá para negociar com o arquiteto e o mestre de obras? É uma questão estética ou capricho? Iluminação ou proporcionalidade? São perguntas feitas por ambos e ao mesmo tempo. Ela pondera que certas decisões são aparentemente irracionais, mas imagine como o trabalho de um arquiteto é diferente. Eles são arrojados e suas soluções são criativas, todo mundo vai aprender mais e tudo ficará mais bonito... depois a pressa é inimiga da perfeição. Ainda bem que a ela não usou o termo tão funcional, a máxima da arquitetura moderna. Eu teria uma crise histérica em plena academia, pois não acredito na famosa frase a forma é a função. Praticidade e conforto são meus lemas. Por isso busquei um condomínio para viver. É o espaço pós-moderno por excelência.
Sua explicação continua: na minha casa após um formidável volume de trabalho realizado, uma viga foi retirada do lugar com a mesma facilidade com que se arranca um dente mole. Como ela sabe, se não é dentista nem mestre de obras, só Freud explica.
Por isso, resolvi escrever, para viver o fato duas vezes e encontrar a solução mais equilibrada. A viga ficou onde estava e o teto foi rebaixado, para depois subir uns trinta centímetros. Na ocasião, eu fiquei com a impressão que ia haver pedido de demissão em massa, sem trocadilho... .

domingo, 23 de novembro de 2008

TENHAM MEDO

TPM é uma merda. Não há outra maneira de explicar. É uma situação bizarra porque você, a vítima tpmica, tem certeza absoluta de que está sendo muito chata mas no entanto, o ser chata é mais forte do que você. É como se por alguns dias seu corpo fosse dominado por alieníginas cruéis ou algo tipo Solaris do mal.
Paula Lavigni, a mega produtora, diz que são dias que as mulheres deveriam ser enjauladas. Não posso dizer que discordo.
Hormônios. Sim, eles são ao aliens que nos invadem, mulheres vítimas tpmicas, mas ao contrário daqueles que lutam contra Signourney Weaver, estes são indestrutíveis e muito, muito poderosos.
Falando nisso, será que a coitada da Signourney Weaver além de ter que lutar contra monstros gosmentos tinha tpm? Será que era por isso que a equipe dela nunca sobrevivia a nenhum dos filmes?
Só sei que por alguns dias você, a vítima tpmica, é capaz de coisas que até D'us duvida. É um tal de brigar por qualquer coisa, se sentir mortalmente ofendida com bobagens e chorar com filmes cafonas...
No meu caso, o lado briguento aflora e por dias sou insuportável. Tenho uma amiga que diz que na tpm sou uma mistura mortal de fiscal do Sarney com Shannen Doherty (lembra da Brenda de Barrados no Baile que brigava com todo mundo?)... ou seja, absolutamente capaz de cometer atrocidades mas incapaz de evitá-las.
Isso me leva a crer que o número de ditadoras sanguinárias deveria ser maior. Ou que Hitler e Mussolini na verdade eram meros joguetes na mão de fêmeas enlouquecidas. Não sei como nenhum historiados nunca criou nenhuma teoria acerta do tema.
E neste momento, além de tpmica estou gripada, ou seja, monstro em estado de fúria e de nariz escorrendo, por isso peço desculpas antecipadamente e prometo só voltar ao convívio social em alguns dias.

Fases da vida de uma mulher:

Fase um: Ovulação. Não tão enlouquecedora quanto as duas anteriores mas ainda influente. Faz com que a vitima tenha atitudes inesperadas e períodos de meiguice extremada. É quando brincam com bebês alheios, adotam gatinhos, acham a Lua refletida no vidro do carro ultra romântica...

Fase dois: TPM, o nível de insanidade beira o desumano, é durante tal período que começam as guerras (porque os homens reagem), terminam relacionamentos (porque os homens não reagem), porteiros pedem demissão, além das tradicionais brigas com vizinho, lixeiro, cachorro e tudo que passar pelo caminho da moça em franca ebulição. Peitos doem, pernas incham, calça aperta e tudo fica incrivelmente maior e irritante.

Fase três: Menstruação. Tão trágica quanto a anterior já que gera desconforto. Terror dos namorados. Para os casados chega a ser motivo de divórcio.



*Sim, as fotos são de Ms Britney Spears porque tenho certeza de que a musa pop só cometeu as atrocidades fotografadas em dias de TPM

sábado, 22 de novembro de 2008

Out of the office - auto reply

O autor desse espaço está temporariamente incomunicável curtindo merecidas férias em Madri... mas voltará cheio de aventuras para contar.



sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Stop. Play. Moon.

O autor desse espaço enforcou a sexta pós feriado da Consciência Negra para festar... porque a gente precisa festar de vez em quando.
Voltará inteiro e cheio de fofocas logo logo.



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Para Karin... com karinho

Disse um filósofo que a arte pode ser classificada em apolínea e dionisíaca. Essa divisão se aplica aos seres humanos? Se sim, sou racional e não racional ao mesmo tempo, ou melhor, às vezes, eu sou eu, apolínea, racional, intelectual respeitada e outras, eu sou meu pseudônimo, o avesso de mim, dionisíaca. A maior parte do tempo eu gostaria de ser só ela. Livre, solta, sem grandes compromissos, falando aquilo que bem entende. Poucos sabem dessa história de dois nomes. Quando o Jornal da Cidade lançou um livro com os textos dos cinco cronistas, na mesa estavam somente quatro. Eu fiquei lá assistindo e me deliciando com o anonimato.
Um jornalista, fazendo a reportagem do lançamento me abordou perguntando se eu era uma das cronistas. Respondi: só escrevi a orelha. Ele foi embora, sem nem agradecer. Afinal o que é a orelha de um livro? Ah, o segundo é só meu e todo ilustrado.
A Janaina fez a apresentação. Ficou bem bonito. A livraria do Espaço Unibanco colocou na vitrine, pode?
Oh, Karin, você andou brava comigo, mas era tudo brincadeira... Não é bom, poder rir a vontade das bobagens cometidas? Coitada de mim, o avesso de mim mesma... A gente se conhece há tanto tempo. Você é parte da minha família. Pretendo dividir com você uma porção de coisas. Quero mostrar e dar – por que não? – um exemplar de cada um dos livros publicados com minhas crônicas, além da metade de um móvel bem antigo recheado de peças de cristal e outras bugigangas, os pratos...
Quer saber, toda festa o Nivaldo acaba quebrando alguma coisa. Não sei se guardo tudo e compro coisas novas, se dou a vocês as sobras, se divido o armário em dois, se faço uma cópia... isso é kitsch? Mas, quem vai saber qual a peça verdadeira depois que a falsa estiver pronta e ao lado da outra?
Escuta aqui Karin, você não ouse ir embora para o Canadá. E não adianta responder: é meu karma viver longe dos amigos. De acordo com Sua Santidade, o Dalai Lama (tão lindinho com aqueles óculos de aros redondos...) karma designa uma força ativa significando que o resultado dos acontecimentos futuros pode ser influenciado por nossas ações. Então, supor karma como uma energia independente predestinando o curso de toda uma vida é incorreto. Portanto, você tem duas alternativas: primeira, pensar em permanecer no Brasil e estar bem. Segunda, se ele estiver errado, assim mesmo, você precisa transformar aquele seu dinamismo todo, em força interior, para enfrentar a difícil tarefa de ficar – e ficar bem – para ensinar tudo que aprendeu em sua temporada européia. Isso não é um conselho, é uma ordem dada por essa irreverente e indisciplinada Rosa Bertoldi, e considere como seu karma me ter como amiga.
Isso sim é karma no pior sentido, hein? Mas, Sua Santidade, o Dalai Lama, Deus, Adonai, Alá, Cristo, ou qualquer nome que os humanos dão aos seus santos vai olhar com o mesmo carinho que eu tenho olhado para você, pode crer.

domingo, 16 de novembro de 2008

F.R.I.E.N.D.S

“Deixa o dia dia passar / deixa dormir pra sonhar / acordar pra tentar / ser como estar / deixa calmo / feliz / deixa quieto / devagar / sossegado / deixa / depois que a gente deixar / depois / bem depois / a gente pensa em alguma coisa pra fazer / alguma coisa pra mudar / alguma coisa que possa justificar / que não podemos mais simplesmente deixar.”
Simplesmente deixar - Bruno Levinson


Ia discutir a crise do blog que chegou aos sete meses mas diz esse cara que eu conheço e que é ótimo que a vida é feita de crises e que sem crise não existe criatividade e o que é a vida sem criatividade?
Estou feliz. Estou bem, correndo feito louca, por horas sem tempo para ver meus amigos, mas feliz. Cresci muito. E sei que ano que vem será a continuação desse crescimento. Então vamos ao que interessa. Pegando a deixa do Alan sobre Grey's Anatomy, sabe o que acho que toca na série. A amizade das personagens que são tão diferentes entre si e no entanto se entendem e encontram pontos de contato.
Pensando nisso, devo agradecer sempre pela minha sorte em ter amigos ótimos. Semana passada e essa são exemplos típicos disso. Fim de semana passada, peguei Marcos, meu querido amigo que no momento vive na ponte aérea Rio/SP, e fomos ter um sábado de paulistanos. Almoço de comida baiana, exposição, livraria, cerveja e encontrar mais amigos. Tudo com muita conversa para matar a saudade e fofocas mil...
Em plena terça feira, no auge da correria parei tudo para jantar na casa da Lívia Maria com Joana e amigos e recarregar as baterias. Comida japonesa feita em casa. Boa conversa. Gente interessante. Norteña.
Esse está sendo um ano bacana em termso de anizade, fiz quatro aquisições importantes(Marcos, Jo, Mari e Lívia) que vieram de trabalho e hoje são parte querida da minha vida.
E no fim de semana aproveitei a folga para ver meus queridos bauruenses. Família e amigos.
Fabíola é minha irmã mais irmã que irmã e sabe disso. Sábado acordamos em fashion descontrol. Fomos até Jaú e comprei três sapatos. Dia de piscina e cervejinha e noite de comida japonesa. Obrigada.
E se tudo der certo, essa semana vejo Alan e Rogério. O Luciano não tenho muita esperança de ver tão cedo porque ele não dado muita notícia. Vida de casado é assim.
Rogério tem viajado muito e Alan tem trabalhado e ido a shows como louco. Agora a temporada de internacionais acabou. Só não podemos fechar o ano sem ver Marcelo Camelo, não é, amigo? E augustar dia desses.
Bom, posso dizer que nesse domingo de sol (já estou indo para a piscina, Bia) não posso em absoluto reclamar de solidão.
Ah, e no auge desse momento amigos, reapareceu na minha vida Karin, de quem a foto nunca havia saído do meu quadro de recados, o que me fez feliz e feliz e feliz.
Desculpe o momento sãotantasemoções leitores, mas é que realmente estou passando por um momento bem feliz da vida.



sábado, 15 de novembro de 2008

Brincando com as Estatísticas

Na semana passada não pude postar por uma razão diferente.

Apesar de estar prá lá e prá cá viajando a trabalho durante a semana, aproveitei o final de semana prá visitar meus avós paternos, especialmente meu svô que completou 90 anos de vida alguns meses atrás. Não há internet nem celular onde ele mora hoje... Uma praia péssima no litoral sul de São Paulo, que fez suas vidas MUITO mais fácil e melhor do que viver em SP.

Meu avô é a prova viva de que prá toda regra, há exceções. Nasceu em 22 de agosto de 1918. Por volta de 1927 começou a fumar - aos 9 anos de idade - mantém-se fumando até os 90 anos. Casou-se aos 30 anos de idade, algo atípico para sua geração. Travalhava numa indústria de combustíveis, que todos bem imaginam, não se preocupava em nada com a saúde de seus empregados e o que já deve ter inalado de gasolina....só ele sabe...

Recentemente passou por um problema de saúde e deixou todos preocupados, mas voltou prá casa e finalmente nota-se alguma dificuldade em sua respiração. Meu avó tornou-se um velhinho somente aos 90 anos prá mim... Foi interessante.

Interessante também foi ouvi-lo contando detalhes de suas histórias de trabalho ocorridas no ano de 1967 com detalhes que poucos de nós teríamos de nossas histótias. Notei que ele fazia isso prá mostrar a seu filho e neto que estava bem. Que estava lúcido. Náo me lembro de ter escutado esse tipo de história antes. Minha avó enche tanto o saco dele que ele quer mostrar que a chata é ela... acho que é isso.

Minha avó é mais nova que meu avô. Tem só 84 anos. Há 20 anos, meu pai já se preocupava com sua saúde e nos obrigava a passar os Natais todos junto a ela, pois "aquele poderia ser o último". Ela deve tomar uns 40 comprimidos por dia prá pressão alta, coração, diabetes desde aquela época. Chegou um momento que desencanamos dos Natais com ela porque afinal concluímos que ela é o próprio Highlander.

Continua tomando seus 40 comprimidos diários, no entanto, esquece um dia, toma no outro... Adora churrasco, morre de comer doce....

É interessante quando vemos tantos estudos e estatísticas de saúde criticando tanto as coisas e temos do nosso lado a prova viva de que nenhuma delas se confirma. Sei que estatísticas náo sáo exatas, mas é interessante mesmo assim...

Sou grato pelo DNA que me passaram. Sei que me passaram porque do meu lado materno, minha avó tem 82 anos e mora só, viaja só e anda de onibus só por São Paulo. Meu avô, infelizmente faleceu antes de eu nascer de cirrose hepatica - nesse caso, confirmando as estatística - mas na média sua herança genética é positiva, já que nenhum deles sofria de problemas cardíacos, diabetes ou outra doença crônica. No caso da minha avó paterna, só pode ser erro de diagnóstico médico... O que ela come e toma de remédio não faz sentido nenhum. Se ela realmente tivesse algo já era prá ter dado tudo errado....

Eu continuo naquela situação de nunca ter ido a um velório ou enterro. Nenhuma das pessoas que me cercam jamais faleceu, o que é estranho aos 31 anos. Nem amigos, nem parentes (tio do pai não conta). Ao mesmo tempo que é algo bom é algo que tem me incomodado bastante nos últimos dias, pois não é possível simular ou preprarar-se antes e a galera, como vocës notaram, já tá ficando BEM encaminhada prá isso na minha famíli..

Só espero um dia chegar ao ponto em que eles chegaram. Respondendo que "SIM" quando o neto perguntou se tudo tem valido a pena...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ainda há tempo...

Toda vez que assisto à série "Grey's Anatomy", confesso, dá vontade de ser médico. No entanto, quando vejo sangue, logo desisto da idéia e fico contente em ser jornalista. Ao mesmo tempo, porém, me emociono a cada história narrada naquele hospital fictício. Se você não assistiu ainda à série, perca o seu tempo baixando os episódios pela internet... vale muito a pena! Falando nisso, o final da quarta temporada me espera....
até mais




quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Poesia

Para Camilla Tebet

“... O meu mundo não é como o dos outros,
quero demais, exijo demais,
há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo,
pois estou longe de ser uma pessimista;
sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada,
uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades...sei lá de quê!”
Florbela Espanca

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Belkis/Nicaula ou a rainha de Sabá

Torá ou Pentateuco, um dos livros sagrados dos judeus, é composto de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. No Gênesis existe uma referência a Sabá (Shva), filho de Raamá, filho de Cuxe, filho de Cam, filho de Noé. A questão sobre se a rainha de Sabá era ancestral dos hamitas, considerados sobreviventes da arca de Noé, ou dos semitas, descendentes de Sem, suscita debates até hoje.
Em maio de 2008, os pesquisadores da Universidade de Hamburgo anunciaram que arqueólogos alemães descobriram em Aksum, cidade sagrada da Etiópia, os restos do palácio da rainha de Sabá. Da existência de Belkis, ninguém tinha dúvidas, só à arqueologia precisava de provas concretas. O cinema imortalizou sua relação com Salomão. Nas passagens bíblicas tratando do assunto não há sinal de amor entre eles. Cinema sem romance não é cinema, ainda mais, em Hollywood.
Mas, a tradição etíope afirma com segurança que o rei Salomão seduziu e engravidou sua convidada, um assunto de importância considerável para esse povo, pois a linhagem de seus imperadores remontaria àquela união.
Conhecida no velho e novo testamento como a rainha do sul, foi indicada pelo próprio Jesus, juntamente com os ninivitas, para julgar a geração de contemporâneos dele. As interpretações cristãs das escrituras enfatizam tanto os valores históricos, quanto os metafóricos da narrativa. Sua visita ao rei de Israel pode ser comparada ao casamento da Igreja com Cristo, onde Salomão seria o “ungido” e ela representaria uma população de gentios submetida ao messias. Sua castidade foi descrita como um presságio da Virgem Maria. Os três presentes levado ao reino de Israel – ouro, incenso e mirra – estão ligados às oferendas dos magos. No livro de Isaías existe uma referência ao fato: “todos virão de Sabá, trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do Senhor.”
Giovanni Boccaccio, em sua obra Sobre as Mulheres Famosas seguindo exemplos anteriores refere-se à rainha de Sabá como Nicaula afirmando ser ela soberana da Etiópia, do Egito e da Arábia. Piero della Francesca pintou um afresco sobre o assunto. Hieronymus Bosch optou por retratá-la com o rei Salomão no colar usado por um dos magos. No Doutor Fausto, de Christopher Malowe, existe uma referência a ela, quando Mefistófeles está tentando persuadir Fausto da sabedoria das mulheres.
O encontro de ambos foi um enfrentamento de duas forças, afirmam alguns autores. Belkis é descrita como uma anomalia de pés cobertos de pêlos, a prova de sua origem demoníaca. Acredito nessa possível luta entre as forças do bem e do mal, embora me ponha a pensar na contradição disso tudo. Se, foi citada por Jesus como instrumento no julgamento final, isso significa que era do bem ou do mal? Se do bem, Salomão era do mal? Se ela fazia parte dos gentios representava o mal? Convertida tornou-se do bem? Estranho, muito estranho...

domingo, 9 de novembro de 2008

É dia de descanso

Semana de colocar a vida em dia. Possibilidades surgindo. Sincronicidade louca nesse mundão. Quando se está no caminho certo é assim mesmo que acontece. As coisas fluem. Obrigada. Obrigada. Obrigada.
Essa semana fugi do trabalho no meio da tarde e fui ao Museu da Língua Portuguesa e a Pinacoteca, comprei um livro do Artur Barrio e desde então só faço ver isso. Artista de verdade é assim,, criador, e não requentador da própria obra mudando só o título. Disso o país está cheio. Nos teatros, nas galerias, nas ruas... Talento, minha gente, cadê os Machados de Assis dessa geração? Os Nelson Rodrigues? Ou será que está tudo tão esvaziado que estamos fadados a entrar para a história como uma geração de auto covers. De criadores de um trabalho só fragmentado em cópias de si mesmo. Quantidade nem sempre é qualidade.
E não é que a 28º Bienal é assunto mesmo? Ontem sentei num boteco e um cara na mesa do lado brandia sua absoluta decepção com a bienal. "E o dinheiro é público!" O dinheiro é público sim senhor. E a bienal é para quem quiser. E quem não quiser que fale mal ao menos. Propaganda é sempre bom. Eu já fui duas vezes e não acho a melhor bienal da vida mas, na boa, existe uma MELHOR bienal? Não é coxinha para a gente decidir se gosta mais com catupiry ou sem. É arte. E levantamento de questões. E deve ser vista como tal.



sábado, 8 de novembro de 2008

Para ler

"De tudo, ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que precisamos continuar...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...
Portanto, devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro..."
Fernando Pessoa

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Para ver

Segue a programação desse fim de semana na bienal. É só clicar na imagem que fica legível.



quinta-feira, 6 de novembro de 2008

borrão

cigarros, nacos de esmalte e tristes lembranças no cinzeiro.
jogou tudo no lixo. mas o lixeiro não levou pra longe a dor.
fica o cheiro, sabe... embrulha o estômago e as idéias.
noites cada vez mais longas, dias cada vez menos coloridos.
ela não sabe onde errou.
não faz idéia qual ônibus perdeu.
e não tem mais saco de fazer pedidos a uma estrela cadente.
já tentou ouvir the cardigans. mas o sorriso não vem.
até o senhorio já reclamou. ameaçou aumentar o aluguel.
as caminhadas madrugada afora estão mais freqüentes.
passos curtos, leves, contados... afastam a tristeza, mas aproximam a incerteza.
e as respostas, prostitutas que são, fogem das esquinas.
apressadas, com suas saias curtas, seus saltos baratos, o batom a retocar.
e ela? ela continua caminhando.
continua perguntando.
continua vivendo.
se vale a pena, ainda não descobriu.
e agradece ao que se acostumou a chamar de deus por isso.
porque quando descobrir que não vale...
bom, deixe-a caminhar mais um pouco.
passos curtos, leves, contados...
talvez pra sempre.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Crime passional ou homicídio qualificado?

Peço perdão por emitir opinião sobre assunto tão delicado. Vejo homens matando mulheres pelo simples motivo do ciúme, a minha vida toda. Em um júri, defesa e acusação terão versões diferentes para a história, história que é sempre a mesma: crime de morte cometido sob a justificativa do amor. Eu também me lembro de ter ouvido a frase quem ama não mata. E não mata mesmo. O tempo da legitima defesa da honra acabou faz tempo, mas de Euclides da Cunha a Marcos Pimenta Neves, os assassinos ficaram impunes e a culpa recaiu sobre os ombros da vitima. Não li as reportagens, não vi a Ana Maria Braga transmitindo o enterro da Eloá, nem por isso desconheço o caso e farei aqui minha previsão: o sujeitinho não vai para a cadeia.
De acordo com a lei 11.464/2007 de autoria do ex-ministro Márcio Thomas Bastos, o assassino responde em liberdade provisória pelo homicídio. Réu primário, a moça era uma vagabunda, o pai dela responde processo, a turminha não se reunia para estudar, e sim para bagunçar, e assim por diante. Pode até haver desculpa mais contundente: as moças eram lésbicas. Então, por que a insistência dele em tê-la de volta? Enfim, deve ter um advogado de defesa preparando a cama macia na qual o criminoso vai se deitar. Mulher mata por ciúme? Vocês ouviram ou leram alguma coisa sobre o assunto? Não vale a Dorinha Duval, pois é exceção.
Em geral, o caso é o seguinte, o marido foi embora com outra e deixou-a com um montão de filhos para criar. Ela trabalha para educar a criançada. Tempos depois, o sujeito volta. O dinheiro acabou ou ele está doente no hospital. A boa companheira avisa a ex-familia e desaparece. E pior a mulher vai lá e leva o felizardo para casa. Ah, mulheres...
O Brasil possui mais de 50% de habitantes do sexo feminino. Desse total, quantas têm filhas? Vocês já pensaram que podem viver um drama igual ao da mãe da Eloá? Não está na hora de criar um movimento com slogan: mulheres unidas contra crimes passionais?
Na verdade estou colocando para fora a minha tristeza por ver a vida de uma garota de quinze anos perdida por algo tão fútil. Acredito ser a única sentimental a imaginar como seria a obra completa de um dos maiores pintores brasileiros, Almeida Junior, brutalmente assassinado por ciúme. Como estaria hoje Ângela Diniz? E a jornalista Sandra Gomide? De Doca Street ou de Pimenta eu tenho noticias: livres e soltos por aí. Veja bem, não sou contra o sexo masculino. Nem adepta da necrofilia, viu padre Beto? Tenho um filho, uma nora e uma filha, sem contar os agregados. Sou contra a irracionalidade, a brutalidade de se premeditar a morte de alguém por motivo tão torpe. O desfecho é estudado nos mínimos detalhes, não tenho dúvidas. Só por curiosidade, em linguagem jurídica é crime passional ou homicídio qualificado?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Para pensar



Everybody's Free (to wear sunscreen)
Mary Schmich - Chicago Tribune

"Ladies and Gentlemen of the class of '97... wear sunscreen.
If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be IT.
The long term benefits of sunscreen have been proved by scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience.
I will dispense this advice now.
Enjoy the power and beauty of your youth. Never mind. You will not understand the power and beauty of your youth until they have faded. But trust me, in 20 years you'll look back at photos of yourself and recall in a way you can't grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked.
You are NOT as fat as you imagine.
Don't worry about the future; or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm on some idle Tuesday.
Do one thing every day that scares you.
Sing.
Don't be reckless with other people's hearts, don't put up with people who are reckless with yours.
Floss.
Don't waste your time on jealousy; sometimes you're ahead, sometimes you're behind. The race is long, and in the end, it's only with yourself.
Remember compliments you receive, forget the insults; if you succeed in doing this, tell me how.
Keep your old love letters, throw away your old bank statements.
Stretch.
Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds I know still don't.
Get plenty of calcium.
Be kind to your knees, you'll miss them when they're gone.
Maybe you'll marry, maybe you won't, maybe you'll have children, maybe you won't, maybe you'll divorce at 40, maybe you'll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary. Whatever you do, don't congratulate yourself too much or berate yourself, either. Your choices are half chance, so are everybody else's. Enjoy your body, use it every way you can. Don't be afraid of it, or what other people think of it, it's the greatest instrument you'll ever own.
Dance. Even if you have nowhere to do it but in your own living room.
Read the directions, even if you don't follow them.
Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly.
Get to know your parents, you never know when they'll be gone for good.
Be nice to your siblings; they are your best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.
Understand that friends come and go, but for the precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography in lifestyle because the older you get, the more you need the people you knew when you were young.
Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live in Northern California once, but leave before it makes you soft.
Travel.
Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you'll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders.
Respect your elders.
Don't expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund, maybe you'll have a wealthy spouse; but you never know when either one might run out.
Don't mess too much with your hair, or by the time you're 40, it will look 85.
Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it's worth.
But trust me on the sunscreen."