sábado, 31 de janeiro de 2009

Apegos


Uns têm apego à vida, outros ao vil metal. Políticos apegam-se ao poder. Meu filho é apegado a viagens e minha filha conjuga o verbo gastar... o dinheiro da mãe, é claro. O dela fica com o tio, aplicado na Bolsa de Valores. O citado tio é meu irmão. Um engenheiro mecânico que entende de economia e outras coisas mais. Diga-se a seu favor, foi o terceiro engenheiro pós-graduado em segurança, no Brasil. Ele dá assessoria pra Deus e o mundo. O todo poderoso dá-lhe mais atenção que os homens. Se os responsáveis pelas áreas energéticas do país prestassem um pouco de atenção aos seus conselhos muitos apagões teriam sido evitado. Ele tem algum apego? Não sei, mas tem um ego bem grande, embora isso não seja defeito numa família onde se tenta descobrir quem possui o maior.
Vamos aos apegos. Quando criança minha filha poderia ser classificada de mão fechada. Durante as férias o irmão esbanjava tudo no primeiro dia e ela guardava o seu rico dinheirinho, possivelmente imaginando um jeito de fazê-lo crescer. Agora ela encontrou... Naquela época, o Rio de Janeiro era nosso destino quase mensal.
Nem uma volta pelo calçadão de Copacabana estimulava seu desejo de consumo. Eram bons tempos. Hoje cultiva apego aos perfumes, às roupas de grife e famosos costureiros. Marcelo Quadros e Alexandre Herchcovitch são os preferidos. A intimidade é grande. Os moços convidam para lançamentos de coleções e avisam sobre as liquidações.
Sempre fui um pouco hippie, mas ela tem a quem puxar. Eu gosto de tudo que é bonito, de biquínis a trajes a rigor, de roupa de cama, mesa, banho a pratos e talheres. Mas, confesso meu apego descarado por bolsas de marca, e põe marca nisso. Posso sair com uma bermuda cortada de uma velha calça jeans e uma rasteirinha, mas a bolsa, bem ela é sempre assinada por um bom estilista. A minha menina é ardilosa e conhece a mãe. Convida para um café no Iguatemi. Sentadas em uma mesa do Gero onde o café e a sobremesa custam os olhos da cara, ela dá a noticia. A Zara está liquidando aquelas roupas ma-ra-vi-lho-sas. Entro na loja e pego a saia de seda marrom, cuja etiqueta está colada nas nuvens, tal o valor da peça. Deixo aquela de lado e provo uma camisetinha minúscula só no tamanho, pois mesmo em promoção o preço é maiúsculo. A filha não fica atrás, caí de boca nas bem cortadas calças. Vestem como uma luva. Saímos de lá carregadas e com bônus para irmos a um badalado salão de beleza, com direito às taças de champagne e tudo mais. Pudera, deixei todo meu salário lá. Só isso? Não daqui a pouco tem as pontas de estoque do Alê, do Marcelo e do Fause. É claro que eu vou levar a culpa. Afinal ela era tão controlada e a mãe mostrou-lhe como é divertido andar pelos shoppings e praticar a compraterapia. Faz bem para a alma, cura stress, dor de cotovelo, ansiedade, depressão e emagrece. Quer coisa melhor que isso? Pode dizer: isso é coisa de perua louca. Mesmo assim, vamos aos apegos ou as compras, como preferirem, nem que seja em supermercado, pois ali também tem tanta coisa bonita, mas, cuidado algumas engordam...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Desistir?

Confesso: ontem, pensei em largar, jogar tudo para o outro e pegar a estrada. O motivo? Não sei bem! Cansaço? Bem capaz! Fui embora, ouvindo o rádio do celular, cuja bateria já se esgotava, pensando nisso. Qual desculpa posso dar para ir embora? Pensava nisso...
Ao mesmo tempo, refletia que era apenas a culpa do cansaço e da vontade de, simplesmente, assistir a Big Brother (sim, eu gosto!) e dormir... queria dormir! Queria novamente o cheiro dos meus pais e o cheiro de São Paulo. Poder ir ao Espaço Unibanco e, durante a semana, planejar uma passada em algumas das baladas de música eletrônica de São Paulo. Sim, sim, eu estou gostando de música eletrônica!
Mas, nada como um dia após o outro, não é mesmo? Nada como fazer aquilo de que gostamos! Vim trabalhar... ainda estou conhecendo... figueiras, termos jurídicos e policiais, temas relativos ao meio ambiente... tudo tão novo! E, embora continue na redação do jornal até agora (20h55... ah, e só devo ir embora depois da meia-noite!), a vontade de desistir passou! A primeira coisa que farei ao sair daqui é ligar para casa.
Ontem, no desespero de querer jogar tudo para o alto, liguei para casa, chorei para a minha mãe e disse: "terça, estarei indo embora". Hoje, eu quero ficar e cumprir a minha responsabilidade até o final... Afinal de contas, assim há de ser! E, mais do que nunca, é assim que eu quero que seja!
Avante, como diz um amigo meu!
até mais
se cuidem! Todos nós! E finalmente a sexta chegou!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

ele

ele não sabe o que é amar.
não, senhor. não faz a menor idéia.
pobre diabo. nunca chegou perto. jamais teve fagulha deste bem-querer.
justiça seja feita: tentou, uma única vez. passou longe. gosto de bolacha amanhecida.
cuspiu. e cerrou as portas.
na infância, trocava as manifestações de carinho pela cabeça baixa, envergonhada, medrosa, assustada com o desconhecido.
na adolescência, herege convicto, nunca acreditou que beijos e experiências trocadas, roubadas, às vezes até permitidas nos muros da cidade poderiam acender-lhe chama do verbo.
hoje, faz tanta falta... se soubesse...
mas sabe o que é certo. mas sabe o que é ser bacana. mas sabe de suas necessidades.
escova os dentes. trata o garçom com educação. tem tesão.
mas amor, nadica. sem pé cansado nem chinelo velho.
ninguém para discutir se o pivete vai chamar joão ou petrus.
não acha no supermercado. já procurou na farmácia. nos dois locais, só encontrou solidão na promoção – comprou dez quilos para não deixar faltar na despensa.
vidinha ordinária. de dar dó.
sem frio na barriga, abraço aconchegante, beijo na testa.
sem precipício. só a constante queda livre.
poesia cega, surda e muda. amputada. à base de morfina.
conhecia só o silêncio ensurdecedor de seus próprios demônios no final de noite.
um dia, ela, deitada e envolta pelo desejo, disse a ele: “me ame”.
ele a colocou de quatro.
amém.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Pra compensar meu sábado de chororô, meu domingo, minha segunda e minha terça estão relativamente bons apesar de estar meio insone outra vez. 

Domingo foi dia de almoço de aniversário da minha irmã em casa e cinema à noite. Fui assistir ao filme “Austrália” que é bem legal, bem longo, daqueles tipo o Batman Cavaleiro das Trevas, com mil histórias que começam e terminam, ou até mesmo comparável ao “E o Vento Levou” como li na crítica de algum jornal... É muito romance e tragédia... mas vale bem o ingresso na minha opinião. 

A semana vai ser de hipocondria, além disso. Tenho visita a todos os “istas” existentes... Vou ao dermatologista, ao tricologista, ao urologista, ao cardiologista e claro, ao dentista. Tudo isso pra garantir que não vou morrer no México nos próximos 6 meses ao menos, nem ficar careca e nem envelhecer demais, além de não ficar com um sorriso amarelo. 

Juntando-se a isso, resolvi compensar o tempo sem nadar e agora estou fazendo natação pela manhã e à noite. Já foram 10,5 km em 2 dias. Ridículo e exagerado, já que estou todo dolorido. Mas o único esporte do qual realmente gosto é a natação. O resto é por obrigação mesmo... e na verdade, ouvi de alguns que estou mais magro, o que faz valer. 

Além dos diversos “istas” e da academia, resolvi ir na balada hoje, jantar no novo restaurante do Alex Atala amanhã, andar de Kart na quinta e fazer uma balada FORTE na sexta. 

Não satisfeito, agora tenho dois trabalhos aqui na empresa: o que eu fazia antes e o novo no México. Em plena segunda-feira de chuva torrencial o infeliz teve até de parar o carro numa rua qualquer, ligar o notebook e começar uma conferência telefônica com o chefe no México que está 4 horas de fuso atrás. O trânsito não andava e o horário marcado chegou. Foi a melhor solução encontrada. 

Na verdade o que quero dizer é que é realmente incrível como quando temos um milhão de coisas pra fazer e um monte de planos conseguimos fazer tudo num tempo estrito. Conversava sobre isso com um amigo meu uns dias atrás e ele comentou a mesma coisa. A palavra que comanda a vida é o “estímulo”. 

Basta ter um amigo que te chame pra fazer algo diferente, um trabalho que te motive, uma mudança que requeira que não haja arrependimentos por não ter tido/feito experiências na cidade em que vive hoje que achamos energia, tempo e disposição pra tudo. Por isso vamos correr atrás. Inclusive para em plena terça-feira, conseguir escrever um texto um pouco mais longo no blog... quando antes no sábado não era suficiente. 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009


Sou rosa sem ser rosada mas gosto de jardins. As rosas precisam do Sol e aridez, eu gosto de dias nublados e coisas fofas. Sou Leda sem ter afinidade com aves e um romance com um cisne nunca passou pela minha cabeça, mas que a história da outra Leda, a princesa, é bem sensual, isso é. Arrepiei quando li, no Jornal de Poesia, o poema de Selma Alves Rocha.

"Suave se aproxima em branca plumagem
Cercando Leda no aquecer das penas,
Garboso, empina as asas, distende o carmim olhar
E toca-lhe a pele, com o bico, apenas...
Leda não se move, lânguida
na misteriosa sedução perene,
nem crendo, afasta os joelhos lentamente,
abrindo-se ao Cisne, infrene.
O abraço de asas em vigor é assalto
co'a força do bico na nuca, e presa
sob o peito robusto, o desejo lhe arrebata
no leque de penas que em Leda adentra..."


Depois de nove meses Leda botou dois ovos de onde nasceram seus filhinhos Castor e Pólux... Será que o parto foi de cócoras?
Em todo caso de vez em quando incorporo uma Leda princesa e saio por aí conquistando... o mundo.
Não é super excitante ficar umas horas no céu e descer à terra num lugar nunca d'antes visitado?
Nem sempre é preciso o avião. São Luiz do Paraitinga fica ali mesmo, perto de Taubaté, e é linda! Casario colonial bem conservado, comidinhas de antigamente e um colorido maravilhoso.Fundada em 1769 além do centro histórico tem fazendas centenárias do período áureo do café, trilhas e aventuras:para os mais afoitos: trekking, canoagem e o rafting. Ah, sempre é bom viajar.
O Gabrielli vem de antepassados toscanos. Ah, linda Toscana, dos Chiantis encorpados e dona de todas as glórias e medalhas com seu aclamado Brunello de Montalcino, ouro entre os vinhos italianos. Vinho pede papo, amigos, pão e, se estiver muito bom, mesmo um Ciao, ci vediamo na próxima segunda.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Rascunhos

I. Caros leitores, estamos passando por algumas alterações e como vocês vão notar temos, a partir de amanhã, uma nova blogueira para a felicidade geral da galera e a alteração da ordem das postagens da seguinte forma:

2º - Rosa Gabrielli
3º - Rogério Francisco
4º - Luciano Ramos e/ou Camilla Telbet
5º - Thiago Roque
6º - Alan de Faria
sábado - Rosa Bertoldi
domingo - Janaina Fainer


II. Lúdico, da Cia Druw com coreografia de Miriam Druwe, que assina a direção junto com Cristiane Paoli Quito é todo inspirado em Kandinsky e imperdível.
OK, adoro dança contemporânea e costumo me divertir com sinuosidades, ritmos, eloquência, loucuras... e esse é lindo e meigo e fresco e doce... delicioso.

SESC SP Consolação – Teatro Anchieta
Rua Dr. Vila Nova, 245
De 17 de janeiro a 28 de fevereiro - sábados às 11h
Entrada Gratuita – Retirar o convite com 1 hora de antecedência



III. Se naquele momento ele pudesse gritar, o teria feito. Ali, naquele momento, sentado do outro lado da mesa daqueles olhos azuis com um copo de chopp na mão, teria gritado. O sorriso debochado, o vestido de alcinha e aquela mão, a mão dO CARA em seu ombro. Naquele momento ele a odiava mais que tudo.
Por que as mulheres são assim? Por que a mão em seu ombro não era sua? Por que ela precisava de tudo? Se ele pudesse teria gritado até que seus olhos mudassem de cor, até que O CARA sentado a seu lado saisse encolhido feito um cachorro. Fugisse.
Naquele momento tudo o que ele queria era que ela levantasse, sorrisse, andasse até ele, talvez sentasse em seu colo, beijasse sua orelha e lhe dissesse que ele era seu homem. Mas isso não aconteceria naquele momento ou em qualquer outro. Ela havia escolhiso. E não o havia escolhido. Ela havia escolhido o certo, O CARA nem bonito nem feio e sem lá muita opinião com loção de barba básica, gel no cabelo e camisa polo. Ela havia optado pela tranquilidade, pelo sossego, a certeza de que ele não a amava e nunca a amaria. O amor é tempestuoso e em sua vida não havia espaço para alterações de marés.
Ele a amava, a desejava e nunca seria correto. Ficava de pau duro só de ouvir seu nome mesmo que fosse usado em outra pessoa. Mesmo sabendo que ela não era mais sua.
A desejou já na primeira vez que a viu, de uma maneira inocente e real como só as crianças desejam. Tinha 12 anos e ela 11. Já era linda, anjo loiro que atravessava calma a rua a caminho do colégio. Os olhos azuis sorrindo. Ela não o notava, pensou, para depois descobrir que era fingimento. Ali ela já era sua. E assim o foi por anos. Perto, longe, dormindo, acordada, ela era sua e só isso importava.
Até que um dia decidiu mudar. Ela pediu, cobrou, ameaçou e mudou. Isso ele não podia fazer, não podia abandonar tudo pelo que lutara tanto nem mesmo para estar ao seu lado. Abriu mão dos olhos azuis. E sofreu. Em silêncio.
E aqui está, sentado com um chopp na mão vendo O CARA com a mão no seu ombro. Se pudesse gritar o faria mas sorri.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Fiz de tudo prá terminar o dia sorrindo. Juro!

Inspirei-me em Sex and the City e fui às compras na Oscar Freire. Gastei bastante... não foi suficiente. Achei que a feijoada com amigos à qual fui convidado potencializaria a alegria. Ainda não foi. A siesta pós feijoada tinha tudo prá ser perfeita. Foi. Mas ainda não foi suficiente. Margueritas com pizza e charuto com amigo. Nada... 

Terminei o dia cabisbaixo. Não sei o que fazer... 

Não estou infeliz. Estou inseguro e sem saber o que fazer com algumas informações... E agora esse negócio da mudança começou a pegar forte...Enfim....

Como agora escrevo de terça, prometo escrever algo melhor... Hoje não estou conseguindo...


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

herself

era só escuridão quando ela abriu os olhos.
na verdade, decidira que era o fim da linha.
levantou do colchão velho e rasgado, arrastou a combinação calça de moleton cinza mais camiseta do iggy pop pela cozinha, acendeu uma vela, pegou caneta e papel. mas não sabia bem o que ia escrever.
afinal, nos cursos de etiqueta, não ensinam como uma dama deve se portar em um suicídio.
bocejou, tomou um copo com água. respirou fundo. e começou.
primeiro, pensou se tinha alguém a agradecer. não, não tinha.
então, pensou se tinha alguém a ofender. não, não tinha.
algum enigma para deixar, alguém que poderia ficar com peso na consciência, ex-namorado, cachorro, qualquer um?
nada.
ê, vidinha de bosta. tá mais do que na hora de colocar ponto final nessas reticências.
deixou a idéia do bilhete de lado (cá entre nós, bem blasé, né?). agora, o importante era pensar em como colocar um ponto final em 27 anos de reticências.
primeira opção: tiro. abriria a boca, colocaria o três-oitão dentro, puxaria o gatilho. simples - se tivesse um três-oitão.
segunda opção: se jogar do viaduto, cair e ser atropelada (pra garantir, né?). mas já eram 3 da manhã, e aquela cidade de merda não tinha trânsito nesse horário. e caso se jogasse e não morresse? se sobrevivesse, iria subviver - e poderia ser pior do que já estava.
ok, próxima opção: overdose de remédio. tomaria um vidro de qualquer coisa que terminasse com o sufixo -ina e tava tudo certo. só que lembrou que era homeopata e, puta que pariu, só tinha floral e bolinhas de açúcar em casa - maldita seja a medicina alternativa!
começou a ficar angustiada - mas isso era bom, já que era sentimento de suicida.
faca! ela tinha uma faca em casa! poderia enfiar no peito, cortar os pulsos, rasgar a jugular, sei lá! contudo, o resultado poderia ser igual ao da segunda opção - com bônus de ter que fazer aqueles acompanhamentos psicológicos com gente mais doida do que ela. deixou de lado.
botar fogo na casa? poderia colocar os vizinhos do prédio em risco. queria um suicídio, não dezenas de homicídios.
também não podia se jogar da janela, morava no primeiro andar. se bobear, nem a perna quebraria.
bateu desespero - mas isso era bom, já que era sentimento de suicida.
correu para o quarto, pegou o livro do hemingway, deu uma folheada nas páginas, tinhas algumas passagens sublinhadas.
assistiu de novo ao filme da sofia coppola, deu um pause numas cenas, tentou refrescar a memória.
colocou no diskman aquele cd do inxs que adorava, tinha até suicide blonde (tá certo, ela era ruiva, mas sempre imaginou aquela música era sua...).
nada. nem uma fagulha sem-vergonha, miserável e molestada de idéia.
estava enlouquecendo - mas isso era bom, já que era sentimento de suicida.
de repente, viu que a chama da vela tinha se apagado, mas existia luz. sol desperto, mais um dia solitário anunciado na folhinha da geladeira.
conclusão: cansa esse negócio de ser suicida.
voltou para o colchão rasgado, para sua escuridão, para mais um pouco de sono, para mais um pouco da sua vidinha pálida.
lembrou apenas que, à tarde, tinha horário no salão de beleza. sabia, ao menos, que ia pintar o cabelo de loiro.
se acordasse de madrugada, ao menos, a música seria sua, afinal.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

SPFW

"A 26ª edição da SPFW Inverno 2009, que ocorre de 18 a 23 de janeiro/09, irá celebrar os Brasileirismos, representados pela leveza e pela felicidade que povoam o imaginário do brasileiro, e sua relação única com o mundo que o cerca. O Brasil é reconhecido mundialmente por sua diversidade cultural e racial, e pela felicidade intangível, representada em suas várias manifestações e celebrações. A moda faz parte deste ícone de brasilidade, como um pilar na construção de nossa identidade. A alegria e o humor presentes nessas manifestações refletem mais do que uma característica do povo brasileiro, mas um potencial criativo que, muitas vezes, deixa sua marca nas passarelas."

Segue o line up do que ainda resta:

QUARTA-FEIRA 21/01
12h00 Reinaldo Lourenço
14h30 Erika Ikezili
15h30 OESTUDIO
16h30 Ellus
17h45 Ellus
19h00 Wilson Ranieri
20h00 V.ROM
21h15 Animale

QUINTA-FEIRA 22/01
15h00 Maria Bonita
16h00 Simone Nunes
17h00 UMA Raquel Davidowicz
18h00 Reserva
19h00 Samuel Cirnansck
21h00 André Lima

SEXTA-FEIRA 23/01
14h00 Gloria Coelho
15h30 Amapô
17h00 Jefferson Kulig
18h00 Maria Garcia
19h00 Alexandre Herchcovitch (masc)
20h30 Neon

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Clique em cancelar para corrigir a falha...

Queria escrever um comentário sobre O Laptop de Leonardo. Liguei o computador, cliquei em arquivo, em novo, em word e ao renomear recebi a resposta: se a extensão do arquivo for alterada, pode tornar-se inutilizável. Quem nunca recebeu aviso dessa máquina infernal do tipo EAX=00000010 CS=1775? Uma ironia, pois o autor do livro descreve como esse Renascimento 2.0 vai melhorar a qualidade de vida da população, fala maravilhas da tecnologia de ponta e eu aqui refletindo sobre os dissabores do usuário quando os computadores não estão em harmonia com necessidades primárias.
A questão é: como desafiar os projetistas a focar-se no indispensável? Afinal, o que se quer são aparelhos simples adaptados ao sujeito comum. Agora, parece-me o momento certo da indústria atender as exigências desse consumidor. Onde estão os gênios gráficos e os Leonardos do web-design, perguntei-me após ver os protótipos de inventos do artista numa exposição recente. Fiquei imaginando como seriam os computadores projetados por ele. Talvez fosse contratado para pensar diferente dando aos softwares compatibilidade entre velhas e novas máquinas. Ele desenharia ferramentas e processadores de textos fáceis. Gigabytes em quantidade ou banda larga para quem necessita e tecnologia simplificada atendendo gente como a gente. Escreveria manuais inteligíveis ajudando o usuário a transpor a brecha entre o saber e o precisar. Essas coisas não acontecem somente com computadores. Dia desses, entrei no carro do meu marido. O painel do rádio parecia um disco voador, tal a quantidade de botões e círculos coloridos. Transponham o problema para televisores e/ou liquidificadores nossos de cada dia. Mas, voltando à ciência computacional, onde estão às alternativas para meros mortais? Está desatualizada, dirão os jovens. Tenho um pendrive com uma boa memória na bolsa, então não estou tão por fora assim. Procuro me informar sobre as novidades aproveitando o que tem utilidade para mim. A maioria dos usuários é assim.
Se da Vinci vivesse hoje, daria ênfase à alta qualidade, porém não faria como os engenheiros do ramo tratando seres humanos como desprovidos de inteligência e nem se comportaria como os designers de sistema acreditando que em breve haverá um programa de interfaces automático. Não, ele buscaria soluções pensando no bem estar do homem e disseminaria esse conhecimento atingindo os extremos da sociedade: especialistas e leigos. Como não apareceu nenhum Leonardo na área, o único recurso é clicar em cancelar para corrigir a falha... deles ou nossa?

domingo, 18 de janeiro de 2009

Tempos atrás tive um relacionamento como esse cara que achava minha adoração por Jane Austen absolutamente incongruente. Por quê, perguntava e recebia sempre um não combina como resposta.
Sempre achei que essa pequena atitude mostrava na verdade o quanto o tal rapaz não me entendia e possuia uma visão completamente distorcida dessa que vos escreve.
Posso ser uma moça moderna e relativamente independente, mandona e ansiosa (como faz questão de apontar sempre que possível minha mãe) mas também adoro Jane Austen. Orgulho e preconceito e Persuasão são meus absolutos favoritos. Já li e reli várias vezes e sofri com a arrogância de Lizzi, os preconceitos bobos de Darcy, os desencontros de Anne e Wentworth, amo aquelas tardes inglesas de jogos e tédios, os casamentos, as formalidades, o cortejo, os amores avassaladores, os finais sempre felizes, o climão século XIX... a-do-ro!
E até tentei ver O Clube de Leitura de Jane Austen (The Jane Austen Book Club , EUA, 2007) quando esse foi exibido na Mostra mas acabei optando por ouro filme e nunca mais havia pensado na assunto. Até que o vi na locadora e aluguei.
O filme é uma graça, captura e brinca bem com o clima das obras da autora e mostra que sim, dentro desse mundo de celulares, cartões de créditos e pouco contato humano, existe sim espaço para romance e amizade e sonho. A apresentação dos créditos enquanto vemos cenas tão corriqueiras desse mundo moderno é por si só uma sacada. Sim, somos dependentes de celulares e passamos apuros quando o sistema de qualquer loja não aceita cartão de débito ou crédito e assim a vida vai...
Voltando a questão sobre ser ou não ansiosa, sou. Não nego. Mas muitas vezes minha absoluta facilidade em resolver e produzir é vista como ansiedade. Mesmo não sendo. Tenho uma amiga ótima produtora de cinema que é muito pior do que eu, ela pensa rápido, acorda no meio da madrugada para resolver pendências e fala muito muito rápido. Se isso é ansiedade? Não, eu vejo como competência mas não sei ao certo como o resto do mundo a vê.
Engraçado isso, né? Às vezes as pessoas que deviam mais conhecer e ser em capazes de enxergar os outroas são quem o menos fazem. Às vezes só somos visiveis e compreensíveis aos que não nos conhecem tanto assim.
Talvez por isso Austen ainda faça tanto sucesso, porque assim que Willoughby aparece sabemos que sua integridade não é da melhores.



sábado, 17 de janeiro de 2009

Atualizando


Pois é...parece que o blog deu uma esfriada... Eu até achei que não ia ser assim, mas acabei realmente me esquecendo, achando que não tinha nada prá contar...

Os últimos acontecimentos porém - e o puxão de orelha, se é que posso chamar de puxão de orelha um sms pedindo prá eu escrever - acho que merecem um comentário.

Aparentemente, minha vida está tomando algum rumo. Foi oficializada minha transferência para o México. De viajante intercontinental para alguém normal. Finalmente vou fixar residência. Ainda que seja num lugar estranho para a maioria.

Não vou morar no D.F. do México onde provavelmente 90% dos estrangeiros do país devem morar. Ficarei em Cuernavaca, a 60km do México. Muito melhor porque aguentar rodízio, falta d'água e trânsito infernal.... era melhor ficar em casa mesmo...

Mas estou otimista. 

Não consigo achar problemas nem coisas ruins nisso tudo, além de saudade. Mas saudade daria se eu fosse transferido prá Campinas e já tenho tantos features eletrônicos com câmera, microfone e TODOS meus amigos me falaram que já querem vir prá cá eventualmente... E espero que venham mesmo porque eu só aceitei a proposta porque todos falaram isso.

Enfim... vamos esperar os desafios e dificuldades... Espero contar com todos e assim que eu estiver instalado, aguardo todos para uma visita, afinal, mi casa és su casa...

Saludos Cordiales.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Da Folha Online

06/01/2009
As barbaridades sobre Gaza
por Sérgio Malbergier

A brutal ofensiva de Israel contra os ataques do grupo extremista islâmico palestino Hamas na faixa de Gaza excita comentaristas de várias especialidades a expor seus pensamentos sobre o complexo conflito árabe-israelense.
É um festival de crimes contra a história, a razão e, muitas vezes, contra os cerca de 14 milhões de judeus no mundo.
As barbaridades mais ofensivas, e por isso disparadas com mais gana, são as indignas comparações com o nazismo e com o os guetos onde os nazistas e seus muitos colaboradores europeus confinavam os judeus da Europa antes de exterminá-los.
Conheço bem essa história. Os irmãos e os pais de meus avós poloneses foram aniquilados no gueto de Cracóvia, no sul da Polônia. Ao contrário do Hamas, eles nunca lançaram nem sequer pensaram em lançar foguetes contra cidades polonesas ou alemãs, nunca quiseram exterminar poloneses ou alemães, nunca endoutrinaram suas crianças no ódio antipolonês ou antialemão.
Mas mesmo assim abundam pelo mundo, e na mídia brasileira, autoproclamados 'humanistas' que veem na ação do Exército israelense traços das ações nazistas, um artifício imoral que minimiza a barbárie nazista e maximiza a ação israelense.
Abundam ainda aqueles que, como os nazistas, se dedicam à desumanização dos judeus israelenses, que querem transformá-los em lobos atrás do sangue das crianças palestinas, em pessoas sem alma que querem destruir Gaza pelo prazer de matar palestinos.
Um chegou a escrever com impunidade que a metade dos israelenses que não apoia a ação de seu Exército em Gaza (na verdade o apoio à ação na pesquisa citada é maior do que 50%) "é a parte da humanidade no Estado de Israel".
O 'humanista' colocou na coluna dos não-humanos mais da metade dos israelenses, então vamos chamá-lo só de meio-nazista, já que para a ideologia hitlerista nenhum judeu era humano.
O mesmo híbrido ("humanista" e meio-nazista) escreve ainda que o Estado de Israel foi "instituído por não-judeus" e é fruto do "humanitarismo que proporcionou a criação" do Estado judeu.
O Estado de Israel é na verdade resultado da barbárie nazista, o oposto do tal 'humanitarismo'. O nazismo e seus voluntariosos colaboradores europeus expuseram a necessidade básica de se criar um Estado judeu como forma de evitar novas tentativas de extermínio.
E o Estado judeu não foi uma mera concessão da atrasada consciência culpada do mundo, que nada fez para impedir os campos de extermínio nazistas apesar das evidências claras do que acontecia na Europa.
Ele nasceu dos esforços das lideranças judaicas muito anteriores à Segunda Guerra (porque a ligação dos judeus com Israel é milenar e o antissemitismo genocida é um mal pré-nazista), que promoviam a imigração clandestina à Palestina britânica apesar de ela ser proibida por Londres, inclusive durante o extermínio nazista.
Há ainda teses novas, como a de que os israelenses suportam a ofensiva porque vivem sob a censura de seus meios de comunicação, que os impede de tomar conhecimento do que se passa em Gaza, quando as TVs e os jornais do país estão cheios de relatos e imagens das lamentáveis mortes de civis palestinos durante o bombardeio e a invasão de Gaza e milhares de israelenses saem às ruas para protestar contra ela.
E o que os supostos 'humanistas' que desumanizam os israelenses têm a dizer sobre o islamofascimo niilista e antissemita em marcha acelerada pelos países do Oriente Médio? O que disseram quando o Hamas lançava dezenas de foguetes diariamente contra a população civil de Israel, buscando e provocando a reação israelense? O que disseram quando o presidente do Irã, já convidado a visitar o Brasil pela ativa Chancelaria brasileira, ameaçou 'varrer Israel do mapa' e busca ativamente, com pouca resistência global, uma bomba atômica para poder realizar seu desejo manifesto?
Nada.
Devem achar que a maioria dos israelenses, não sendo humana, não merece seu "humanismo".
A desumanização de Israel em curso em alguns setores do planeta é um dos maiores equívocos contemporâneos, fruto do antissemitismo, da ingenuidade e da ignorância.
Até as pedras dos cemitérios da Palestina e de Israel sabem que a única saída para o trágico conflito árabe-israelense é a criação de um Estado palestino viável que viva em paz e segurança ao lado do Estado de Israel.
Sucessivas eleições em Israel elegeram maiorias que buscavam justamente esse objetivo de dois Estados. Inclusive o governo atual, cuja principal bandeira era a retirada das tropas e colônias israelenses dos territórios palestinos.
A primeira ação nesse sentido foi a retirada total de Gaza, que se transformou em campo de lançamento de foguetes contra a população civil do sul de Israel, como a linha dura israelense, na oposição, previu que aconteceria.
A disposição de Israel para novas retiradas está mortalmente abalada. Vai depender muito do resultado da ofensiva atual.
Quando as armas se calarem, e esperemos que se calem o quanto antes, os terroristas do Hamas, e seus patronos na Síria e no Irã que guiam suas ações, clamarão vitória (assim como seu irmão mais velho, o Hizbollah, clamou vitória sobre os cadáveres de mil libaneses e o escombro de suas casas!).
É uma ideologia niilista, um culto da morte, onde morrer é vencer.
Assim, terroristas do Hamas disparam foguetes contra Israel cercados de mulheres e crianças, do meio de cidades super povoadas, torcendo para que um míssil israelense aniquile essas mulheres e crianças, cujos cadáveres, expostos quase como prêmios, são uma de suas maiores "vitórias" pois convencem alguns "humanistas" de plantão que os israelenses não são humanos.
E serão os "humanistas" de plantão os primeiros a decretar a derrota de Israel e a vitória do islamofascismo, como aquela infame manifestação esquerdista em Londres com os cartazes "somos todos Hizbollah".
Espera-se que os humanistas sem aspas pensem diferente e coloquem a derrota dos objetivos do Hamas como a única saída possível dessa guerra.
E ela não precisa vir das bombas de Israel, mas de negociações internacionais para um novo arranjo em Gaza que anule a capacidade do Hamas de levar o povo que diz defender a novas tragédias lamentáveis.

P.S: Embora seja óbvio, mas para não ser declarado um não-humano impunemente nas páginas dos jornais, vai aqui um esclarecimento: eu, como a esmagadora maioria dos israelenses, sou pela paz e contra a morte de civis inocentes em qualquer parte do mundo.

Sérgio Malbergier é editor do caderno Dinheiro da Folha de S. Paulo. Foi editor do caderno Mundo (2000-2004), correspondente em Londres (1994) e enviado especial a países como Iraque, Israel e Venezuela, entre outros. Dirigiu dois curta-metragens, "A Árvore" (1986) e "Carô no Inferno" (1987). Escreve para a Folha Online às quintas.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

vivo

corta, enfia o dedo, rasga a pele, deixa sangrar.
esfrega no asfalto, fura com pregos, lixa com arame farpado, bate na madeira - mas três vezes, por favor, que é pra afastar o azar...
dilacera a carne, quebra o osso, espalha o músculo, faz o corpo cuspir dor.
acrescente 2 xícaras (chá) de querosene, deixe de molho por 12 horas e leve ao fogo por 2 minutos, o tempo pra flambar.
deixa infeccionar. deixa apodrecer. oferece ao urubu de banquete - mas com classe, brinda com mercúrio-cromo.
sai do pé, ganha canela, joelho e coxa, embrulha o estômago com fita cor azia, espalha pelo peito, trava braços, torce pescoço, aperta a cabeça.
mas não mata.
porque carne e osso é subproduto, sobra de ilusões e tentativas frustradas de uma criação dita divina.
sonho é maior.
é sopro transcendental, matéria-prima que se renova, cresce, amadurece, envelhece... e vive.
onipresente e divino - sim, o sonho é. simplesmente é.
sonho dá diarréia em urubu.
você não escolhe ser feito de carne e osso.
mas escolhe morrer apenas como carne e osso.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Curtas



Aproveitando o ensejo do texto da Rosa, segue a programação de exposições do Centro da Cultura Judaica, um lugar que sempre tem uma programação bacana e está de restaurante novo.

Com uma história de três mil anos e uma grande importância para a humanidade, Jerusalém é a cidade- ícone para três grandes religiões monoteístas: Cristianismo, Judaísmo e Islamismo. A exposição "Jerusalém pela Paz" vem colocar a atualidade desta cidade milenar ao alcance dos habitantes e visitantes da cidade de São Paulo, com fotografias, painéis, slides e maquetes divididos em três partes: "Jerusalém de Ontem", "Jerusalém de Hoje" e "Jerusalém de Mil Faces".

Resultado de uma pesquisa fotográfica em Zefat, na Galiléia, norte de Israel, cidade considerada mística, onde estiveram os grandes cabalistas e sábios. As vinte e três imagens - do mar, das pessoas, dos costumes e artes locais - retratam a luz especial e as cores pastel características desta região desértica e montanhosa. A exposição conta também com a projeção de imagens e uma trilha sonora com músicas típicas.

Centro da Cultura Judaica
Rua Oscar Freire, 2.500 - São Paulo
a lado da estação de Metrô Sumaré
De terça a sexta das 11h00 às 18h00
Até 1º de março
Entrada franca

E reestreia nessa sexta Leitura Cênica História de Amor do Teatro da Vertigem na sede deles. A sede é nova e merecidíssima.



História de Amor (Últimos Capítulos) de Jean-Luc Lagarce
Sede do Teatro da Vertigem
Rua 13 de Maio, 240 – 1º Andar - Bela Vista – São Paulo
de 16 de janeiro até 8 de fevereiro
sábados às 21h e domingos às 20h
Entrada franca

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Velha Guerra... novos ataques

Dia desses ouvi um comentário acido sobre a guerra na faixa de Gaza.
Eu particularmente não dou opinião sobre o problema que considero de toda a humanidade. Vou refletir escrevendo. Os judeus são de origem semita, como os assírios, árabes ou fenícios. Os semitas vivem na região há mais de cinco mil anos. Quem duvida pode consultar os livros de história e a Mesopotâmia (hoje Iraque) está lá p’ra não me deixar mentir. Segundo o Gênesis, Abraão, natural de Ur, mudou-se para a Palestina seguindo conselho de D’us. Todos sabem que tanto judeus como árabes são descendentes de seus filhos, um de Sara, outro de Agar.
O território ficou dividido entre as doze tribos de Israel por muitos anos. Expulsos de suas terras se estabeleceram no Egito. Primeiro formaram uma comunidade e depois foram escravizados. Saíram de lá 1.300 a.c. seguindo Moisés. Aquele retratado por Miguel Ângelo com as duas tábuas contendo os dez mandamentos. O Penteteuco/Torá (em hebraico, Leis) é atribuído a Moisés, também. Vocês concordam que era um retorno? Para comemorar o fato festejam Pessach até hoje.
Um reino foi criado e Davi foi um dos primeiros governantes. Durante seu reinado Jerusalém tornou-se capital e seu filho Salomão construiu o templo. Após a morte de Salomão, a região ficou dividida em Israel e Judá. Em 587 a.c. Nabucodonosor ocupou e destruiu Jerusalém. De novo, os judeus tornaram-se escravos, agora na Babilônia.
Nessa ocasião apareceram os profetas que alertaram o povo de Israel sobre questões políticas, éticas e religiosas. Durante o reinado de Ciro, os judeus voltaram a Israel e desfrutaram um pouco de paz por quatro séculos. Em 166 a.c. o templo foi profanado outra vez e de novo purificado. A festa de Hanukkah comemora esse evento.
Até 37 a.c. as coisas ficaram calmas. Nessa época os romanos descobriram a região e dela se apoderaram. Herodes governou até 4 a.c. Foi durante seu reinado que nasceu Jesus Cristo. Em 70, o imperador Tito saqueou e incendiou Jerusalém. As ruínas da muralha da cidade são conhecidas como o Muro das Lamentações. Em 132 os judeus reconquistaram o local e a Judéia passou a ser chamada de Palestina. Em 324 Constantino construiu a Igreja do Santo Sepulcro. Em 638, Jerusalém conquistada pelo califa Omar, transformando-se na sede das três grandes religiões monoteístas e alvo das cruzadas. Jerusalém está situada num planalto a 735 m. acima do nível do mar. Possui mais ou menos 700 mil habitantes. Ela está dividida em cidade antiga composta de quatro bairros: cristão, judeu, armênio e mulçumano. Na cidade nova está o parlamento de Israel. A capital do Estado é Telaviv. Além de sinagogas e igrejas cristãs, Jerusalém abriga diversas mesquitas. Desde o século XIX havia na Europa uma iniciativa para criar um lar para os judeus na região de sua antiga pátria.
Em 1947 o mundo estava consternado com o massacre ocorrido na segunda guerra e uma resolução da ONU fundou dois países Israel e a Palestina, respectivamente destinados a judeus e árabes, mas eles rejeitaram a partilha e invadiram o território sendo derrotados pelos israelenses. Em 1964 é fundada a OLP que não reconhecia o direito do Estado judeu de existir. Em 1967, aconteceu a guerra dos seis dias.
Foi nessa época que Israel ocupou a faixa de Gaza. Em 1982, Israel invadiu o sul do Líbano para deter ataques terroristas de radicais mulçumanos, 2.000 pessoas são assassinadas por milicianos cristãos libaneses, aliados de Israel, um triste episódio.
Em 1988, Arafat reconhece o Estado judeu e em 1993, assinou um acordo de paz. Pela iniciativa recebeu o Nobel da Paz. Em 1994, Arafat tornou-se responsável pela administração da faixa de Gaza e dizem que fazia vista grossa as atividades do Hamas e de outros grupos terroristas.
Os atentados da Al Qaeda contra o Word Trade Center tiveram sérias conseqüências no Oriente Médio, pois como reação os Estados Unidos invadiram o Afeganistão governado pelos talibãs, uma milícia islâmica radical. Mesmo assim, o grupo comandado por Bin Laden continua promovendo atentados.
O que está acontecendo nesse momento foi provocado pelo Hamas. O grupo direciona seus mísseis contra mulheres e crianças, tanto que os abrigos são distantes somente 15 segundos de prédios freqüentados por civis. Idosos e deficientes nem sempre conseguem chegar a tempo aos locais. A reação israelense aconteceu após três dias de ataques e os jornais acusaram Israel de iniciar o conflito. Sarkozy afirmou em entrevista que os terroristas começaram a briga. Não querem a paz, eles querem a região toda para eles, pois se tivessem intenção de dividir teriam feito isso em 1948 ou quando Arafat era vivo. A invasão do Iraque só piorou a situação. O presidente do Irã é anti-israelense chegando a declarar que o holocausto não existiu. O único país árabe que mantêm relações diplomáticas com Israel é o Egito. A guerra é velha e injusta para todos os habitantes da região. A pergunta é: a comunidade composta de 21 países árabes quer realmente a paz? Israel é só um e única democracia dali. Se, os árabes realmente querem paz, deveriam provar isso com ações, unindo-se em favor desse objetivo comum e lembrando que D’us falou “não cobiçaras a casa do teu próximo, não desejarás a sua mulher, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença.” Completou dizendo: “não matarás...” Eu diria: não matarás crianças, velhos e inocentes... Para acontecer isso, primeiro o Hamas precisa parar de contrabandear munição para Gaza. Segundo esquecer atos terroristas lembrando que se eles são donos da terra, os judeus chegaram lá primeiro e estão abrindo mão dela desde sempre em prol de uma paz duradoura. Atendendo pedido de Sarkozy, ou teria sido de Carla Bruni? Israel vai interroper diariamente os ataques por algumas horas, para entrada de ajuda humanitária aos palestinos. É tudo culpa de Abraão, não tenho dúvidas!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Golden Globe

Veja abaixo a lista completa dos vencedores.

Cinema:
Melhor filme de drama - Slumdog Millionaire



Melhor filme de comédia ou musical - Vicky Cristina Barcelona
Melhor diretor - Danny Boyle, por Slumdog Millionaire
Melhor ator (drama)- Mickey Rourke, por The Wrestler
Melhor atriz (drama) - Kate Winslet, Foi apenas um Sonho
Melhor ator (comédia ou musical) - Colin Farrell, por Na Mira do Chefe
Melhor atriz (comédia ou musical) - Sally Hawkins, por Simplesmente Feliz
Melhor atriz coadjuvante - Kate Winslet, O Leitor
Melhor ator coadjuvante - Heath Ledger, por Batman - O Cavaleiro das Trevas
Melhor filme estrangeiro - Waltz With Bashir, Israel
Melhor filme de animação - Wall-E
Melhor roteiro - Simon Beaufoy, por Slumdog Millionaire
Melhor trilha sonora - Slumdog Millionaire
Melhor canção - The Wrestler", de "The Wrestler

Televisão:

Melhor série (drama) - Mad Men
Melhor ator em série (drama) - Gabriel Byrne, por In Treatment



Melhor atriz em série (drama) - Anna Paquin, True Blood
Melhor série (comédia ou musical) - 30 Rock
Melhor ator em série (comédia ou musical) - Alec Baldwin, por 30 Rock
Melhor atriz em série (comédia ou musical) - Tina Fey, por 30 Rock
Melhor minissérie ou filme para TV - John Adams
Melhor ator em minissérie ou filme para TV - Paul Giamatti, por John Adams
Melhor atriz em minissérie ou filme para TV - Laura Linney, por John Adams
Melhor ator coadjuvante por série, minissérie e filme para TV - Tom Wilkinson, por John Adams
Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie e filme para TV - Laura Dern, por Recount

domingo, 11 de janeiro de 2009

Expressos

“Nascemos com um prazo limitado para interpretar o mundo. (…) Dar sentido ao mundo é um ato criativo. Uma visão do mundo é uma narrativa.”
Cordilheira - Daniel Galera


Desde de que foi anunciado o projeto Amores Expressos de Rodrigo Teixeira foi polêmico. Primeiro porque os escritores não escolhidos para realizar as viagens, que renderam os livros e possivelmente filmes causaram um auê na imprensa. Por quê? Porque originalmente o projeto seria desenvolvido com dinheiro da Lei Roaunet, ou seja, dinheiro de incentivo fiscal (leia-se: dinheiro público).
Acho impressionante como as pessoas surtam em certos casos quando algo é realizado com dinheiro público. OK, o dinheiro é meu, seu, mas isso não deveria dar o direito a seres humanos menos talentosos de questionar o trabalho alheio. Principalmente quando projeto incentivado é inovador como nesse caso.
Mas vamos voltar ao Amores Expressos. depois de tanta picuinha o Rodrigo Teixeira acabou deixando de fazer o projeto com a Roaunet, e a tal da grana acabou destinada ao show da Ivente Sangalo, atitude que estranhamente nunca é questionada mesmo com ingressos vendidos ao mesmo público (dono do dinheiro) a pequenas fortunas. Vai entender a cabeça das pessoas!
E lá seguiram os dezessete escritores de diferentes gerações a cidades variadas: Adriana Lisboa (Paris), Amilcar Bettega (Istambul), André de Leones (São Paulo), Antonia Pellegrino (Bombaim), Antonio Prata (Shangai), Bernardo Carvalho (São Petersburgo), Cecília Giannetti (Berlim), Chico Mattoso (Havana), Daniel Galera (Buenos Aires), Daniel Pellizzari (Dublin), João Paulo Cuenca (Tóquio), Joca Reiners Terron (Cairo), Lourenço Mutarelli (Nova Iorque), Luiz Ruffato (Lisboa), Paulo Scott (Sydney), Reinaldo Moraes (Cidade do México) e Sérgio Sant`anna (Praga).
E ano passado o primeiro livro, Cordilheira, de Daniel Galera foi lançado enquanto os documentários (sim, foram rodados 16 documentários) eram finalizados. E tudo sem incentivo fiscal!

No final do ano passado, chegou as livrarias "Cordilheira" de Daniel Galera quase na mesma época que a notícia de que a Cia das Letras não vai lançar a coleção inteira e sim somente os títulos escritos por autores "seus".
Triste demais isso, porque desde o início era o máximo ver realizado um projeto de literatura desse porte... ainda com a chance de formar uma coleção e virar filme então... e agora não mais.
É, dessa vez, como já diziam as crianças, o mal venceu. O olho gordo, a inveja, as picuinhas renderam a fragmentação de um projeto até então, único nesse país de leitores de Paulo Coelho.
Pobre da população que se deixa levar ao som de reclamações bobagens e axé.

sábado, 10 de janeiro de 2009

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sacada

Impressionante a sacada que Renata Jesion, que desde que "apareceu" é uma atriz sensacional, teve e já estou fazendo a propaganda.

Atriz transforma casa em teatro virtual; veja no Vila Dimenstein
da Folha Online

No local, não há plateia, nem bilheteria, mas ainda sim trata-se de um teatro. Uma atriz resolveu inovar e encenar suas peças dentro de casa. Sua sala adaptada serve como palco para internautas assistirem aos espetáculos que ficam disponíveis na internet.



Renata Jesion conta que o projeto surgiu depois que fez uma peça e não havia ninguém na platéia para ver a apresentação. "Já que é para fazer para ninguém, vou começar a fazer para ninguém na minha casa."
No site www.teatroparaalguem.com.br, a pessoa encontra a estrutura de uma casa com quarto, sótão, banheiro, sala e porão. Em cada um desses cômodos, o internauta pode clicar e acessar uma página que oferece diferentes atrações.

Gilberto Dimenstein, 48, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

?

dia de fuzilamento. alinham-se no antigo muro dúvidas e questionamentos.
não se permite mais perguntar. as interrogações estão banidas dessa cidade feito leprosos.
não há motivo para confusão.
não há razões para desentendimentos.
não há tema para discussão.
as perguntas, feito putas de batom vivo e panos baratos, não se equilibram mais em salto alto pelas esquinas, oferecendo-se aos carros e aos imbecis.
vez ou outra, um anúncio no classificado chama a atenção.
questionar sem camisinha. além de imoral, o ministério da saúde adverte.
se alguém tem uma dúvida, guarda pra si. se fizer mal, que vá fazer terapia. que vá chutar um cachorro sarnento.
que meta uma bala na cabeça.
mas não encha o saco autoritário dos cheios-de-si que comandam o dia-a-dia.
os questionamentos mais antigos, que já lutaram pelo país na segunda guerra, não têm mais direitos.
nem eles. e foda-se o estatuto.
e a gramática também.
movimento a favor das exclamações. e das reticências.
ruas invadidas. interrogações linchadas. enterradas em vala pública.
aquele anzol de ponta-cabeça é coisa do demônio.
esse sim, pestilento. cão sem mãe. gosta de colocar pergunta na cabeça de gente boa.
gosta de uma dúvida. gosta é do estrago. aleluia.
não importa mais se ela te ama, se a carne está no ponto, se amarelo é a cor da estação.
nem se o calçado é 38, se o rio tem piranha, se o gol foi de mão.
tira a sujeira dos óculos e volta a escrever. e que saiam apenas certezas publicadas no jornal de amanhã.
nada de lamentos retirados do antigo muro.
que ouve todos os últimos desejos, todos em forma de questão, todos gritados silenciosamente.
neste eco de incertezas, todos se calam.
às dúvidas, restam apenas os corações solitários como porto seguro.
e, em questão de tempo, sem vida.
e não pergunte o porquê.

[inspirado no "livro das perguntas", de pablo neruda. thaís nucci, obrigado pelo presente]

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Programa de índio ou essa não é minha praia...

As expressões parecem atuais, não é? Caetano Veloso responderia enfaticamente: sim! Depois pensando melhor diria, não, nem tanto... Na adolescência dos meus filhos, a expressão relacionava-se as férias no Guarujá e arredores. Eu sempre tentava ir fora da temporada devido à quantidade de gente e a falta de estrutura das cidades praianas. Algumas vezes faltava água para beber e só a farmácia possuía o precioso líquido.
Isso nunca acontecia no Rio de Janeiro. Descobri que eles tinham um longo preparo, datado dos tempos imperiais. Programa de índio era índio de verdade indo banhar-se nas areias brancas de Copacabana. Contam os livros de história que os nacionais divertiam-se durante horas na orla marítima.
O primeiro a se aventurar em banho de mar por aquelas bandas foi D. João VI devido a uma inflamação na perna. Ele usou a água salgada para se curar. Então, a corte passou a imitá-lo em seu programa medicinal. Horário: das 4 às 5 horas da manhã e com uma recomendação, as mulheres deveriam usar calções até o tornozelo, touca e sapatos de pano. Mesmo assim, molhavam só os pés.
A passagem do uso terapêutico para o lazer está relacionada às transformações urbanas ocorridas na cidade. As pessoas iam sem se alimentar – condição necessária para o banho – ficavam um pouco no sol e saiam para o desjejum, razão pela qual surgiram os cafés, convertidos nos quiosques atuais. Em 1917, o decreto 1143, avisava que os cariocas só podiam ir à praia entre 1º de abril e 20 de novembro, das 6 às 18 horas. A lei descrevia o traje adequado e proibia barulho em demasia no local. Existiam seis postos de salva-vidas ao longo de Copacabana e os freqüentadores passaram a usá-los como referência.
Após a primeira guerra, uma vida saudável ao ar livre e a prática de esportes foi estimulada. Natação, remo ou salto ornamental exigia trajes de banho confortáveis. Com o tempo, eles ficaram cada vez menores, até as atuais releituras das tangas originais dos primeiros usuários, os índios. Então, se esses antigos habitantes surgissem de repente, mesmo não reconhecendo a praia tomada pela avenida, que por sua vez, aterrada acabou dentro do mar, talvez se encaixassem em alguma turma. Cada um deles iria em busca de sua tribo, pois elas dividem os espaços na areia em função do seu status social. As expressões programa de índio ou essa não é minha praia, atualmente estendidas às diferentes situações, ainda caberiam aos turistas. Quando eu for fazer um programa de índio dirijo-me a qual tribo? Qual é minha praia?
Na dúvida, fico com a piscina do hotel, pois mesmo perguntando ao Caetano, não chegaria a qualquer conclusão. Lévi-Strauss não gostou da baia de Guanabara, seria a provável resposta. Sei, mas como fica essa paulista em relação a sua praia, hein?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Porque o tempo não pára

"Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára
Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára
Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro
Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára"

O tempo não pára - Cazuza

domingo, 4 de janeiro de 2009

Jogo

Há muitos anos o fim de ano para mim é voltar para Bauru e descansar, ver família, amigos e curtir. É bacana. Sempre. Às vezes de uma maneira mais Woody Allen e com histórias que rendem para os próximos meses de terapia e posts do blog outras só bacana.
E dessa vez está sendo especialmente divertido pelo simples fato de estar acompanhando de longe, via Jornal da Cidade, a transição para o governo do Rodrigo Agostinho.
Acho o máximo saber que a cidade será governada por um cara da minha idade e que estudou no Colégio São José, frequentava carnaval no BTC, tomava umas cervejas, caia na balada no Tequila, é gente normal e não se acha melhor que os outros... Juventude, minha gente, e é disso que o mundo precisa, de gente jovem, disponível, cheia de ideologia e fôlego para realizar. E que não quer só sentar a bunda na cadeira, fazer aliança, vender a alma a preço de banana e tentar acidamente atrapalhar a vida de quem faz.
Gente que sonha e sonho... Pôxa, sonho é tudo nessa vida, né? O mundo é feito de sonhos e desde sempre foi essa matéria que gerou qualquer tipo de evolução. Sei lá eu quem inventou a ponte mas a invenção não teria acontecido se não a pessoa não tivesse sonhado cruzar um rio... e não adianta me dizer que os homens só fazem as coisas para conquistar as mulheres porque isso não é verdade!
É por ter sonhos. Acordado, dormindo, a gente sempre sonha... e ter sonhos realizados, ou mesmo ver alguém realizando um, é de um barato sem igual.
Mas estou sendo gelatinosa e isso não é modo de começar o blog nesse novo ano.
O que eu quero dizer é parabéns, meus caros, muita gente está torcendo pelo sucesso de TODOS vocês!
E que 2009 seja SENSACIONAL a todas as pessoas de bem!



E comecei bem o ano no quesito filmes, aluguei Ao entardecer, um drama lindo e cheio de super atrizes que vale ser visto, Capítulo 27 – O Assassinato de John Lennon, com um Jared Leto feio e dando um show e PS: Eu te amo que é bonitinho e vale pela participação de Jeffrey Dean Morgan, ex- Gray's Anatomy e Sobrenatural e atual Watchmen, que é O charme.

Ao Entardecer (Evening, 2007)
Direção: Lajos Koltai
Roteiro: Susan Minot e Michael Cunningham, baseado em livro de Susan Minot
Produção: Jeff Sharp
Com: Vanessa Redgrave, Toni Collette, Claire Danes, Glenn Close, Meryl Streep, Natasha Richardson, Patrick Wilson, Hugh Dancy, Mamie Gummer.

Capítulo 27 - O Assassinato de John Lennon (Chapter 27, 2007)
Direção e roteiro: J.P. Schaefer com base no livro de Jack Jones
Com: Jared Leto, Lindsay Loham, Judah Friedlander, Matthew Humphreys.

PS: Eu te amo (PS: I love you, 2007)
Direção: Richard LaGravanese
Roteiro: Steven Rogers e Richard LaGravanese, baseado em livro de Cecelia Ahern
Produção: Wendy Finerman, Broderick Johnson, Andrew A. Kosove e Moly Smith
Com: Hilary Swank, Gerard Butler, Lisa Kudrow, Gina Gershon, Kathy Bates, Harry Connick Jr, Jeffrey Dean Morgan.

E como desafio a meus queridos colegas blogueiros, abaixo instruções que devem ser seguidas e publicadas juntamente com seus posts futuros...

Instruções:

1. Pegue o livro mais próximo de você;
2. Abra o livro na página 23;
3. Ache a quinta frase;
4. Poste o texto em seu blog junto com estas instruções.

"One afternoon, alone in a cafe, we ordered coffee, and Allen and Neal produced a Benzadrine inhaler."
Off the road (twenty years with Cassady, Kerouac and Guinsberg) de Carolyn Cassady

Estava morrendo de preguiça e desde que comprei esse livro em Londres peguei nele de vez em quando mas só sentei para ler mesmo agora. É até que engraçado ver o tanto que esse povo do Movimento Beatnik era muito abobado e o quanto marketing é tudo!

sábado, 3 de janeiro de 2009

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009