domingo, 25 de janeiro de 2009

Rascunhos

I. Caros leitores, estamos passando por algumas alterações e como vocês vão notar temos, a partir de amanhã, uma nova blogueira para a felicidade geral da galera e a alteração da ordem das postagens da seguinte forma:

2º - Rosa Gabrielli
3º - Rogério Francisco
4º - Luciano Ramos e/ou Camilla Telbet
5º - Thiago Roque
6º - Alan de Faria
sábado - Rosa Bertoldi
domingo - Janaina Fainer


II. Lúdico, da Cia Druw com coreografia de Miriam Druwe, que assina a direção junto com Cristiane Paoli Quito é todo inspirado em Kandinsky e imperdível.
OK, adoro dança contemporânea e costumo me divertir com sinuosidades, ritmos, eloquência, loucuras... e esse é lindo e meigo e fresco e doce... delicioso.

SESC SP Consolação – Teatro Anchieta
Rua Dr. Vila Nova, 245
De 17 de janeiro a 28 de fevereiro - sábados às 11h
Entrada Gratuita – Retirar o convite com 1 hora de antecedência



III. Se naquele momento ele pudesse gritar, o teria feito. Ali, naquele momento, sentado do outro lado da mesa daqueles olhos azuis com um copo de chopp na mão, teria gritado. O sorriso debochado, o vestido de alcinha e aquela mão, a mão dO CARA em seu ombro. Naquele momento ele a odiava mais que tudo.
Por que as mulheres são assim? Por que a mão em seu ombro não era sua? Por que ela precisava de tudo? Se ele pudesse teria gritado até que seus olhos mudassem de cor, até que O CARA sentado a seu lado saisse encolhido feito um cachorro. Fugisse.
Naquele momento tudo o que ele queria era que ela levantasse, sorrisse, andasse até ele, talvez sentasse em seu colo, beijasse sua orelha e lhe dissesse que ele era seu homem. Mas isso não aconteceria naquele momento ou em qualquer outro. Ela havia escolhiso. E não o havia escolhido. Ela havia escolhido o certo, O CARA nem bonito nem feio e sem lá muita opinião com loção de barba básica, gel no cabelo e camisa polo. Ela havia optado pela tranquilidade, pelo sossego, a certeza de que ele não a amava e nunca a amaria. O amor é tempestuoso e em sua vida não havia espaço para alterações de marés.
Ele a amava, a desejava e nunca seria correto. Ficava de pau duro só de ouvir seu nome mesmo que fosse usado em outra pessoa. Mesmo sabendo que ela não era mais sua.
A desejou já na primeira vez que a viu, de uma maneira inocente e real como só as crianças desejam. Tinha 12 anos e ela 11. Já era linda, anjo loiro que atravessava calma a rua a caminho do colégio. Os olhos azuis sorrindo. Ela não o notava, pensou, para depois descobrir que era fingimento. Ali ela já era sua. E assim o foi por anos. Perto, longe, dormindo, acordada, ela era sua e só isso importava.
Até que um dia decidiu mudar. Ela pediu, cobrou, ameaçou e mudou. Isso ele não podia fazer, não podia abandonar tudo pelo que lutara tanto nem mesmo para estar ao seu lado. Abriu mão dos olhos azuis. E sofreu. Em silêncio.
E aqui está, sentado com um chopp na mão vendo O CARA com a mão no seu ombro. Se pudesse gritar o faria mas sorri.

4 comentários:

Anônimo disse...

só vc para subir na mesa no show da Cachorro Grande mesmo
q show
bjs

Anônimo disse...

gostei o texto
foi voce quem escreveu?

beijos

Anônimo disse...

nossa não sabia que voce escrevia assim.
voce é uma moça de muitos talendos...

beijos

Janaina Fainer disse...

muitossssssssss