Dia desses ouvi um comentário acido sobre a guerra na faixa de Gaza.
Eu particularmente não dou opinião sobre o problema que considero de toda a humanidade. Vou refletir escrevendo. Os judeus são de origem semita, como os assírios, árabes ou fenícios. Os semitas vivem na região há mais de cinco mil anos. Quem duvida pode consultar os livros de história e a Mesopotâmia (hoje Iraque) está lá p’ra não me deixar mentir. Segundo o Gênesis, Abraão, natural de Ur, mudou-se para a Palestina seguindo conselho de D’us. Todos sabem que tanto judeus como árabes são descendentes de seus filhos, um de Sara, outro de Agar.
O território ficou dividido entre as doze tribos de Israel por muitos anos. Expulsos de suas terras se estabeleceram no Egito. Primeiro formaram uma comunidade e depois foram escravizados. Saíram de lá 1.300 a.c. seguindo Moisés. Aquele retratado por Miguel Ângelo com as duas tábuas contendo os dez mandamentos. O Penteteuco/Torá (em hebraico, Leis) é atribuído a Moisés, também. Vocês concordam que era um retorno? Para comemorar o fato festejam Pessach até hoje.
Um reino foi criado e Davi foi um dos primeiros governantes. Durante seu reinado Jerusalém tornou-se capital e seu filho Salomão construiu o templo. Após a morte de Salomão, a região ficou dividida em Israel e Judá. Em 587 a.c. Nabucodonosor ocupou e destruiu Jerusalém. De novo, os judeus tornaram-se escravos, agora na Babilônia.
Nessa ocasião apareceram os profetas que alertaram o povo de Israel sobre questões políticas, éticas e religiosas. Durante o reinado de Ciro, os judeus voltaram a Israel e desfrutaram um pouco de paz por quatro séculos. Em 166 a.c. o templo foi profanado outra vez e de novo purificado. A festa de Hanukkah comemora esse evento.
Até 37 a.c. as coisas ficaram calmas. Nessa época os romanos descobriram a região e dela se apoderaram. Herodes governou até 4 a.c. Foi durante seu reinado que nasceu Jesus Cristo. Em 70, o imperador Tito saqueou e incendiou Jerusalém. As ruínas da muralha da cidade são conhecidas como o Muro das Lamentações. Em 132 os judeus reconquistaram o local e a Judéia passou a ser chamada de Palestina. Em 324 Constantino construiu a Igreja do Santo Sepulcro. Em 638, Jerusalém conquistada pelo califa Omar, transformando-se na sede das três grandes religiões monoteístas e alvo das cruzadas. Jerusalém está situada num planalto a 735 m. acima do nível do mar. Possui mais ou menos 700 mil habitantes. Ela está dividida em cidade antiga composta de quatro bairros: cristão, judeu, armênio e mulçumano. Na cidade nova está o parlamento de Israel. A capital do Estado é Telaviv. Além de sinagogas e igrejas cristãs, Jerusalém abriga diversas mesquitas. Desde o século XIX havia na Europa uma iniciativa para criar um lar para os judeus na região de sua antiga pátria.
Em 1947 o mundo estava consternado com o massacre ocorrido na segunda guerra e uma resolução da ONU fundou dois países Israel e a Palestina, respectivamente destinados a judeus e árabes, mas eles rejeitaram a partilha e invadiram o território sendo derrotados pelos israelenses. Em 1964 é fundada a OLP que não reconhecia o direito do Estado judeu de existir. Em 1967, aconteceu a guerra dos seis dias.
Foi nessa época que Israel ocupou a faixa de Gaza. Em 1982, Israel invadiu o sul do Líbano para deter ataques terroristas de radicais mulçumanos, 2.000 pessoas são assassinadas por milicianos cristãos libaneses, aliados de Israel, um triste episódio.
Em 1988, Arafat reconhece o Estado judeu e em 1993, assinou um acordo de paz. Pela iniciativa recebeu o Nobel da Paz. Em 1994, Arafat tornou-se responsável pela administração da faixa de Gaza e dizem que fazia vista grossa as atividades do Hamas e de outros grupos terroristas.
Os atentados da Al Qaeda contra o Word Trade Center tiveram sérias conseqüências no Oriente Médio, pois como reação os Estados Unidos invadiram o Afeganistão governado pelos talibãs, uma milícia islâmica radical. Mesmo assim, o grupo comandado por Bin Laden continua promovendo atentados.
O que está acontecendo nesse momento foi provocado pelo Hamas. O grupo direciona seus mísseis contra mulheres e crianças, tanto que os abrigos são distantes somente 15 segundos de prédios freqüentados por civis. Idosos e deficientes nem sempre conseguem chegar a tempo aos locais. A reação israelense aconteceu após três dias de ataques e os jornais acusaram Israel de iniciar o conflito. Sarkozy afirmou em entrevista que os terroristas começaram a briga. Não querem a paz, eles querem a região toda para eles, pois se tivessem intenção de dividir teriam feito isso em 1948 ou quando Arafat era vivo. A invasão do Iraque só piorou a situação. O presidente do Irã é anti-israelense chegando a declarar que o holocausto não existiu. O único país árabe que mantêm relações diplomáticas com Israel é o Egito. A guerra é velha e injusta para todos os habitantes da região. A pergunta é: a comunidade composta de 21 países árabes quer realmente a paz? Israel é só um e única democracia dali. Se, os árabes realmente querem paz, deveriam provar isso com ações, unindo-se em favor desse objetivo comum e lembrando que D’us falou “não cobiçaras a casa do teu próximo, não desejarás a sua mulher, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença.” Completou dizendo: “não matarás...” Eu diria: não matarás crianças, velhos e inocentes... Para acontecer isso, primeiro o Hamas precisa parar de contrabandear munição para Gaza. Segundo esquecer atos terroristas lembrando que se eles são donos da terra, os judeus chegaram lá primeiro e estão abrindo mão dela desde sempre em prol de uma paz duradoura. Atendendo pedido de Sarkozy, ou teria sido de Carla Bruni? Israel vai interroper diariamente os ataques por algumas horas, para entrada de ajuda humanitária aos palestinos. É tudo culpa de Abraão, não tenho dúvidas!
3 comentários:
assunto por demais delicado, coragem em escrever sobre ele. acredito que sempre há uma posição partidária nestas questões, mas... acredito também que guerras são sempre humanamente injustas e todos são culpados. incrível que quando li seu texto, me pareceu por demais banal os motivos dessa guerra. não adianta. enquanto o ser humano for provido desse tipo de pensamento e atitude, em que a posse e o ego são prioridades, viveremos em conflitos. aliás... cada vez mais me convenço que não sabemos viver em paz. nem nas pequenas questões do cotidiano, o que dirá nas grandes questões mundiais. e já nem sei se são realmente esses os valores devidos. talvez, a grandeza esteja no cotidiano, nos detalhes, nas atitudes diárias. Fico com Gandhi: Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo.
nossa, rosa, ontem vi uma matéria que era bem bacana e mostrada QUAIS OS REAIS motivos políticos por tras dessa guerra... e aí a gente vê o quanto mais de coisa tem envolvida.
Ótimo texto.
bjs
oi Janaina, claro q me lembro de vc sim ! :)
Como está ??
Obrigada pela indicação dos livros, é bom ter indicação de pessoas diferentes, fora do nosso círculo.
passe sempre por lá !
bjos
LuRussa
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http://euleio-lurussa.blogspot.com
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