Twin Peaks, a série de David Lynch, estreou na televisao em 1990, teve 30 espisodios, se transformou numa febre americana, e posteriormente embora em menor escala, mundial e mudou os padrões de séries de TV.
Ao longo do ano em que foi exibida, a pergunta era "Quem matou Laura Palmer" e canecas, agendas, tortas, livros... eram vendidos ao som de Angelo Badalamanti e Julee Cruise.
Até hoje existe um encontro anual no estado de Washington para peakers, os fãs assiduos.
Eu era uma desses. Felizmente ou infelizmente, nunca estive presente em um desses encontros mas sim, em determinado momento fui fotografada enrolada em plastico e Laura Palmer foi por muitos anos minha fantasia para qualquer festa a fantasia. Claro que nunca fui identificada, mas ate ai, estava de Laura Palmer e isso era tudo o que importava.
Sonhava com Cooper, desenvolvi uma queda por James, queria uma melhor amiga Donna e meu amor por David Lynch, que ja era grande, aumentou exponencialmente.
Se eu achava sua obra incrivel até aquele momento, em Twin Peaks, com tempo para desenvolver as personagens e tramas, de incrivel passou a sem palavras.
E a influencia ao modo de pensar e as referencias visuais foram tão grandes, que até hoje, de vez em quando alguém faz uma citação ou homenagem, a ultima foi idéia de James Roday, o protagonista e produtor de Psych, uma série que eu até acho divertida. E com a ajuda de Dana Ashbrook, o Bobby da série original e amigo de Roday, a equipe reuniu alguns atores icone da série tais como Sheryl Lee (Laura ela mesma), Sherilynn Fenn (Audrey), Ray Wise (Leland) entre outros tantos... e esta tudo la, diluido obviamente, mas esta, a voz de Crusie, as dancinhas, as tortas, a morta enrolada em plastico, os saltos de Fenn... so faltou uma visita de Lynch como Gordon, mas ai seria pedir demais.
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