sábado, 25 de fevereiro de 2012

Kurt Cobain: o todesquini de dente de sabre


Infelizmente hoje pedimos licença a Rosa Bertoldi para ocupar seu espaço com um texto escrito pela minha mãe, Janira Fainer Bastos

A família chamava-o amarelinho de nariz rosa... Embora com dentes de sabre, nunca usou a não ser para brincar. Era conhecido no condomínio até pelos pedreiros. Como todo bom gato dormia durante o dia e andava a noite. Somente o frio intenso fazia com que permanecesse dentro de casa enroladinho em cobertor, pois ele procurava uma boa cama sempre. Dificilmente brigava com os outros animais, só com a Juju, mas ela é brava pra xuxu. A velha siamesa vai sentir falta dessas rosnadas, a confusão não passava disso.
Meigo, educado, carinhoso, ele chegou pequenino viu e venceu o lugar, quase uma floresta. Brigou com gatos selvagens e não selvagens, com furão, brincou com galinha de angola e toda a bicharada solta por aí. A última arte foi juntar-se ao cachorro para caçar um passarinho no quintal, que foi salvo dos dois pelas mãos da minha filha. O dia parecia normal. Café sendo coado, as frutas batidas numa gostosa vitamina, a mesa posta para o café da manhã. Um vizinho chamando...
Kurt comendo e depois miando na porta de entrada. A bronca: você já vai sair rueiro?  Meu marido entrando e gritando alto, o Kurt, o gato, ele foi atropelado... Não deu muitos passos, aconteceu em frente à casa vizinha. Perguntei quem foi? Ele disse não importa, está morto. Eu pensei e meu coração aos pedaços.


2 comentários:

Rosa Leda disse...

Que pena! Ele era um tanto indiferente mas bonito e com olhos lindos

janaina disse...

Olá, Rosa,

ele era um doce de criatura e muito meigo com a família... mas realmente não dava muita atenção as visitas. bjs