domingo, 29 de junho de 2014

Então, use criminosos ou judeus...

Frase atribuída a Hitler, após ouvir as explicações de seu ministro sobre a prisão de oito agentes alemães em missão de espionagem no território norte americano. Todos foram condenados à morte.  De acordo com o ajudante de ordens do Fürher, em vez de se sentir humilhado pelo tratamento descortês Canaris sorriu e repetiu a frase...  use criminosos ou judeus... A partir daí começou a organizar uma operação para salvar judeus, através da ABWEHT, algo correspondente ao serviço de espionagem britânico. Se o assunto não fosse tão sério a vontade é de rir. Afinal ele estava seguindo literalmente sugestões de seu chefe maior. Acabei de ler Guerreiros de Hitler, um presente do Baptista. Não, não sou uma neonazista. Gosto de História Moderna. O autor Guido Knopp vem trabalhando com acontecimentos referentes aos anos de 1940 e publicando com frequência suas descobertas. Nesse caso, ele conta o desempenho de seis importantes lideres de alta patente do exército alemão durante a segunda guerra. Começando por Rommel, o ídolo e seu cúmplice Keitel passando pelo maior estrategista de todos os tempos: o marechal de campo Erich von Meinstein relata fatos e boatos dos homens relacionados a Hitler, fala de virtudes e defeitos.

Um deles Friedrich Paulus, o conquistador de Stalingrado foi  transformado em lenda. Mas, após cinco meses cercado pelos russos acabou por se render para salvar seus soldados. Motivo? Foi abandonado à própria sorte pelo ditador. Permaneceu na Russia por muitos anos. Depois foi viver na Alemanha Oriental ministrando cursos e fazendo palestras. O aviador e ator de cinema Ernst Udet, filho de um rico empresário estava acostumado a uma vida boa e por conta de sua paixão: voar, acabou sendo um dos homens mais próximos de Hitler. Ele acreditou no discurso do sujeito e ao saber das atrocidades cometidas pelo regime deu um tiro na cabeça. Mesmo assim Hitler montou um circo e fez um enterro de herói para o jovem. A triste noticia veiculada pelos meios de comunicação da época era que ele havia morrido testando um novo avião! E por último o conspirador Wilhelm Canaris, aquele que salvou famílias inteiras de judeus por sugestão de Hitler. O livro me parece tendencioso, todos muito bonzinhos para meu gosto, mas vale a pena conferir...

2 comentários:

Ros Leda disse...

Estive em Leningrado e visitei o monumento que foi construído em memória ao cerco. Não há como não nos emocionarmos com o monumento em si e com a história do cerco. O coração que pulsava, único ruído no rádio, dizia aos russos que ainda havia vida. Três anos sem comida... o pão de Leningrado todo o lixo encontrado moído e misturado a um pouco de farinha, distribuído à população faminta com a recomendação de comerem o pãozinho em três partes. Quando, desesperados de fome, ingeriam o pão todo morriam por causa da toxidez dos componentes... dá pra não se comover? Guerras são inexplicavelmente idiotas.

rosabertoldi@gmail.com disse...

Rosa Leda:
A história se repete sempre. Acho que a humanidade apesar de todo avanço tecnológico está regredindo: é a única explicação! Acho que sou reencarnação de alguem que viveu na Europa na década de 1930, pois algo me diz que as coisas estão começando de novo!