sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

por email


Fala ae galerinha, tudo bom?
Espero que sim...
espero que todos tenham um ótimo 2011. Muita saúde para que possamos nos encontrar pelos cinemas, teatros, exposições e shows da vida, não é mesmo?
E, falando em shows, 2011, ao menos em São Paulo, começa muito musical... Na quinta, a cantora potiguar Roberta Sá inicia uma mini-temporada no Sesc Pompeia. Acompanhada do Trio Madeira Brasil, ela apresentará o show de seu mais recente disco, "Quando o Canto É Reza", no qual presta uma homenagem ao compositor baiano Roque Ferreira, responsável por sucessos na voz de Maria Bethânia e Zeca Pagodinho, por exemplo. No repertório da apresentação sucessos dos outros dois trabalhos-solo de Roberta, "Braseiro" e "Que Belo Estranho Dia para se Ter Alegria", também devem estar presentes... Trata-se de uma oportunidade bem bacana para ver, ao vivo e a cores, uma das revelações da MPB. Devo assistir ao show na quinta mesmo...
na sexta, dia 7, a banda de forró Bicho de Pé sobe no palco do Canto da Ema, um dos poucos lugares de São Paulo que sobreviveu ao "boom" do forró pé de serra da década de 90. No estilo do Bicho de Pé, nada de tecno melody, tão comum em bandas de forró do norte do país e que fazem um tremendo sucesso à margem das grandes gravadoras. No som da banda vale mesmo é o xote, o forró pé de serra... A casa abre às 22h30... eu devo ir, relembrando o meu tempo de pé-sujo-unespiano... hahahahahaha
e, no novíssimo Sesc Belenzinho, Moska, que lançou no ano passado o ótimo "Muito Pouco", faz show no dia 8 (sábado), no estilo voz e violão. Para se emocionar... se der tempo, eu saio da redação (estarei de plantão) e vou correndo assistir à apresentação do músico carioca.
e quem vai show da Amy Winehouse? Eu vou... de pista comum/normal.
no cinema, começa a temporada de estreias de candidatos ao Oscar. Se não conseguiu assistir ainda, vá ao cinema ver "A Rede Social", dirigido pelo ótimo David Fincher... recomendo, e muito! Se curte cinema latino-americano, estão em cartaz no Belas Artes "Dois Irmãos", de Daniel Burman, e "Abutres", do Pablo Trapero, dois dos mais talentosos cineastas do país vizinho.
espero encontrá-los por aí....
é isso
até mais
se cuidem!
feliz 2011!
alan

 

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ENTREATOS

(Artigo escrito e publicado em 31.12.2010 no JC)



Dentro de algumas horas, Luís Inácio Lula da Silva deixará, ao menos formalmente, o Palácio da Alvorada e a Presidência da República. Após oito anos de mandato, inúmeras viagens internacionais, vários pontos percentuais a mais no PIB e uma taxa de aprovação, até onde sei, jamais vista numa democracia do ocidente, Lula voltará para São Bernardo do Campo para viver – espera-se – como um cidadão comum. Mas os feitos, positivos e negativos, de seu mandato continuarão pairando no ar de Brasília por longo tempo e dificilmente serão ignorados por qualquer pessoa que pretenda analisar o Brasil do início de século XXI.


O conjunto de características impressionantes (repito: positivas e negativas) do país nos últimos oito anos acabam por fazer com que nossas atenções continuem voltadas sobre a própria figura de Lula, mesmo sabendo que depois de amanhã ele será um ex-presidente. Ainda assim, seu magnetismo carismático faz com que se continue analisando seu governo e suas atitudes. Por tais motivos é que venho indicar a todos que, assim como eu, permanecem curiosos em relação ao que mudou (ou não) no Brasil nesse período, um documentário gravado em 2002, produzido e dirigido por João Moreira Salles, às vésperas da eleição de Luis Inácio Lula da Silva. Trata-se de “Entreatos: Lula a 30 dias do poder”.


O documentário, aparentemente despretensioso, não passa de uma colagem de inúmeras cenas dos bastidores, da intimidade de Lula e de seus companheiros, como Palocci, José Dirceu e Gilberto Carvalho durante a reta final da campanha presidencial de 2002. Com a câmera na mão, o diretor seguiu Lula e sua equipe, registrando o que ocorria atrás das câmeras de TV, programas e debates eleitorais. O filme, entretanto, se torna um documento histórico fundamental ao fazer notar alguns traços da personalidade – defeitos e virtudes - de Lula, percebidos pela opinião pública ao longo do mandato e que de certa forma explicam o modo com que ele governou o país.


Lá é possível notar que Lula permanece, o tempo todo no comando de sua equipe. Seu olhar atento é por vezes ameaçador. Contudo, com a mesma facilidade, a postura de ameaça se torna doce e afável, em uma contínua tentativa de seduzir os interlocutores. Aliás, a tentativa de seduzir todos que o cercam parece ser o maior trunfo e o grande cacoete de Lula, o que denota sua vaidade exacerbada. Outro traço interessante perceptível no filme é visão que Lula tem de si mesmo. Vangloria-se inúmeras vezes de sua falta de estudo formal, a ponto de ser aconselhado por Ricardo Kotcho a não tocar mais no assunto durante a campanha. Além disso, Lula vê sua (então possível) eleição como o resultado da tomada de consciência por parte das classes trabalhadoras do Brasil, das quais ele se julga um porta-voz algo messiânico. Notável é ainda a capacidade de improvisação de Lula nas mais variadas situações, bem como sua muitas vezes apontada – por ele mesmo – verborragia. Mas talvez o elemento mais revelador do filme seja a aversão de Lula aos rituais e formalidades institucionais, principalmente os da liturgia do cargo. Em certa passagem ele mesmo menciona seu incômodo com os ritos militares, inerentes à Presidência.


A somatória dos traços mais notáveis de Lula – o ímpeto sedutor, a retórica fácil e o mal-estar diante dos ritualismos e formalidades – talvez explique inúmeros percalços desses oito anos. Mas, muito mais do que isso, mostra como partes do Brasil e parcelas de sua população pouco mudaram em sua mentalidade personalista desde que Sergio Buarque de Holanda indicou em seu “Raízes do Brasil” a figura do “homem cordial” brasileiro, avesso aos rituais, sempre tentando criar uma “ética de fundo emotivo”, em que aos amigos se dá tudo e aos inimigos nada. É a autoridade carismática levada ao extremo.


E mesmo sabendo de tudo isso, quando Lula fala, todos escutam, e a maioria obedece, geralmente com um sorriso no rosto. Não é por outra razão que o maior legado de Lula para o Brasil será a inquebrantável ausência de carisma de Dilma Rousseff. Vai ser bom pro povo brasileiro.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Olivier Clerc

A rã que não sabia que estava sendo cozida.


Imagine uma panela cheia de água fria, na qual nada, tranquilamente, uma pequena rã. Um pequeno fogo é aceso embaixo da panela, e a água se esquenta muito lentamente. (Fiquem vendo: se a água se esquenta muito lentamente, a râ não se apercebe de nada!). Pouco a pouco a água fica morna e a rã, achando isso bastante agradável, continua a nadar. A temperatura da água continua subindo... Agora a água está quente mais do que a rã pode apreciar; ela se sente um pouco cansada, mas, não obstante isso, não se amedronta. Agora, a água está realmente quente, e a rã começa a achar desagradável, mas está muito debilitada; então, suporta e não faz nada. A temperatura continua a subir, até quando a rã acaba simplesmente cozida e morta.

Se a mesma rã tivesse sido lançada diretamente na água a 50 graus, com um golpe de pernas ela teria pulado imediatamente para fora da panela. Isto mostra que, quando uma mudança acontece de um modo suficientemente lento, escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, reação alguma, oposição alguma, ou alguma revolta. Se nós olharmos para o que tem acontecido em nossa sociedade desde há algumas décadas, podemos ver que nós estamos sofrendo uma lenta mudança no modo de viver, com a qual nós estamos nos acostumando. Coisas que nos teriam feito horrorizar 20, 30 ou 40 anos atrás foram, pouco a pouco, banalizadas e hoje apenas incomodam um pouco ou deixam completamente indiferente a maior parte das pessoas.

Em nome do progresso, da ciência e do lucro, são efetuados ataques contínuos às liberdades individuais, à dignidade, à integridade da natureza, à beleza e à alegria de viver; efetuados lentamente, mas inexoravelmente, com a constante cumplicidade das vítimas, desavisadas e, agora, incapazes de se defenderem. As previsões para nosso futuro, em vez de despertarem reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa a não ser nos preparar psicologicamente para aceitarmos algumas condições de vida decadentes, aliás, dramáticas.

O martelar contínuo de informações, pela mídia, satura os cérebros, que não podem mais distinguir as coisas... Quando eu falei pela primeira vez destas coisas, era para um amanhã. Agora, é para hoje!!! Consciência, ou cozido, precisa escolher! Então, se você não está, como a rã, já meio cozido, dê um saudável golpe de pernas, antes que seja tarde demais.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Que venha 2011

Esse ano foi um ano muito corrido e cheio de emoções. Coordenei a programação da VCP, trabalhei muito, fui para Buenos Aires com amigos queridos, saí da SEC para uma nova aventura que acabou se revelando ser nada do combinado, chutei o balde, fui para o México finalmente visitar o Rogério, fomos dar um role na Califórnia, voltei para o Brasil, voltei para a SEC... 2010 foi um ano de aprendizado e amadurecimento.
2011 promete e vai cumprir!

Agora a tradicional retrospectiva...

Melhor Filme: A origem

Melhor Filme do ano passado que só viu nesse: Os amantes

Melhor Filme Ruim: The romantics com Katie Holmes

Música: Stylo - Gorillaz feat. Mos Def and Bobby Womack

Banda que eu não conhecia: The XX

Melhor livro: Só garotos, Patti Smith

Melhor livro antigo que só leu nesse: Comer, rezar, amar

Lances mais Descolados: ver Love - The Beatles do Cirque du Soleil em Las Vegas (por acaso!)



Melhor espetáculo: In On It

Mau momento: lies...

Bom momento: crescer com o meu trabalho

Excelente Momento: festas de fim de ano em família (há tempos não dava tanta risada)

Melhor viagem: Califórnia de carro... on the road, baby ...

Celebridade do Ano: os vampiros de True Blood e a Hebe

Coisas MAIS LEGAL da internet: Utorrant

Melhor meio de comunicação: nextel e facebook (ainda)

Melhor programa da televisão: Glee

Temas recorrentes: amigos e trabalho... trabalho e amigos...

Sonho de consumo: um apartamento bem bacana

Melhor compra: vestidos na H&M, Calvin Klein e Kenneth Cole...

Tipo de homem: hetero, solteiro e descomplicado

Viagem que gostaria de fazer: há de ser um retorno para a Califórnia (de carro, ponta a ponta por algo como um mês!)

Em quem você tacaria uma torta na cara: essa resposta fico devendo... a resposta pode ser ofensiva

Show: Elza Soares com Sandália de Prata no Comitê no dia do meu aniversário

CD: Nina Becker - Azul e vermelho



Coisa deleitável: ser feliz (always!)

sábado, 1 de janeiro de 2011

2011: um novo ano no ocidente

Em grande parte do mundo o ano novo se consolidou há uns 500 anos. Desde o Egito Antigo de 3.750 a.C. quando Orion/Sirius alinhava-se com a estrela Canopus ao centro da Via Láctea, exatamente à zero-hora sobre as pirâmides de Gizé, passando pelo calendário babilônico de 2.800 a.C. chegando ao gregoriano, o reveillon mudou de data diversas vezes. A celebração na Mesopotâmia começava na lua nova do equinócio da primavera. Atualmente isso seria em 19 de março. Nessa data os espiritualistas comemoram o ano novo esotérico. Desde meados de dezembro com o tumulto das festas venho pensando no assunto. E para cada Feliz Ano que eu desejei, pensava: mas, qual? O gregoriano é claro! Esse calendário é uma herança do império romano. De Numa Pompilius até Julio César reinava uma confusão só, pois os anos não eram contados e sim nomeados em homenagem aos cônsules. Enquanto, os assírios e persas festejavam essa passagem no dia 23 de setembro e os gregos em 21 de dezembro para os romanos o ano principiava em 1º de março. Com o calendário de Júlio César passou a ser celebrado em 1º de janeiro, dia dedicado a Jano, deus dos portões. A reforma do papa Gregório III, em 1582, consolidou a data. Então está tudo certo. Será? Alguns povos ainda comemoram em datas diferentes. Na China, a festa acontece em fins de janeiro e início de fevereiro. No Japão e na Índia apesar das diferenças de calendários o apelo comercial está alterando muitas solenidades tradicionais e o ano novo está sendo festejado junto com o Ocidente. A comunidade judaica tem um calendário próprio, assim como os islâmicos.
Recentemente foi comemorado o Rosh Hashaná. Considerado como o ano novo, começa no primeiro dia do sétimo mês do calendário judaico: Lúach, 5771. Ele é oficial em Israel e vale para os judeus em todo o mundo. Está baseado no sol e na lua, enquanto o gregoriano tem como suporte o sol e o islâmico à lua. Em vez de feliz ano novo, a saudação é “que você seja inscrito e selado no Livro da Vida”. O período do grande feriado torna-se a escolha entre a virtude e o pecado e aqueles que se arrependem estão no caminho certo para serem inscritos no Livro da Vida, daí a saudação trazendo consigo a promessa de um ano bom. Na tradição judaica o livro é fechado no Yom Kipur. Os dez dias entre as duas datas são conhecidos como os dias de temor. O Rosh Hashaná é também de lembrança, rememorando a história de Isaac.
No islamismo o ano novo é celebrado na metade do mês de maio. A contagem corresponde a Hégira, em árabe, emigração, cujo ano zero é 622, data em que o profeta Maomé deixou a cidade de Meca estabelecendo-se em Medina.
Isso sem falar no calendário republicano francês de 1772. O ano teve início em 22 de novembro, data em que foi instaurada a República principiando a meia-noite no equinócio de outono. A eliminação das festas religiosas, dos nomes dos santos e do domingo indispôs grande parte da população contra ele. Teve curta duração e em 1806 o gregoriano voltou a vigorar. O reveillon que em francês significa despertar voltou ao 1º de janeiro. Então... Feliz Año Nuevo! Heureuse Nouvelle Année! Buon Anno! Happy New Year! Shaná Tová! Feliz Ano Novo! São os meus votos aos leitores do setegrausdeseparacao.