sábado, 30 de abril de 2011

Agatha Christie

Agatha Clarissa Mallowan nasceu em 1890 e morreu em 1976. Trata-se de umas das mais conhecidas autoras de romances policiais. De acordo com as informações publicadas na mídia vendeu quase o mesmo tanto de livros que Shakespeare e a Bíblia. Pudera, a mulher é mesmo um gênio do crime. Acabei de ler um livro dela com pequenas histórias e me diverti muito. Fico imaginando a figura do detetive, embora tenha visto algumas personificações no cinema, nada se compara a descrição que madame Agatha faz dele e de sua mania de perfeição! Embora, eu me pegue empurrando um tapete ou outro para colocar no esquadro ou botando simetria em alguns objetos a mania não chega perto da esquizofrenia de Poiret. Talvez isso faça dele o melhor detetive do planeta, ou da Inglaterra, ele com certeza pensa que é o melhor do mundo! Porém, a autora não fica atrás. Descobri que quando foi abandonada pelo marido por causa de outra mulher, ela deixou sua casa e simulou um acidente. Encontrada em um hotel usando o sobrenome da tal fulana, alegou haver perdido a memória. Verdade ou não, acabou sendo um tremendo golpe de mestra, pois foi a primeira vez que a Inglaterra usou aviões em busca de uma pessoa desaparecida. Era a vida imitando a arte, ou seria a arte imitando a vida? Teria ela simulado o desaparecimento para castigar o ex-marido? Se sim, deve ter se divertido com o estardalhaço e não ficou nem um pouco traumatizada com o insucesso do relacionamento, pois voltou a se casar e daí sim foi "até que a morte os separe." O segundo marido era arqueólogo e com ele Agatha viajou muito, conhecendo o mundo e obtendo noções de arqueologia empregadas em alguns livros. A rainha do crime, como era conhecida, criou além de Poiret uma personagem tranquila e divertida que passou grande parte do tempo tricotando e desvendando crimes: Miss Marple, talvez inspirada nela mesma. Não vou comentar os livros. Eles são extremamente conhecidos e um dos melhores, em minha opinião, é Morte no Expresso Oriente, uma vingança premeditada.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Por email

ala ae galerinha, tudo bom?
Espero que sim...

sobreviveram ao show do U2 e à 7ª Virada Cultural, dois dos grandes eventos deste primeiro semestre em terras paulistanas? Pois bem, eu fui ao show dos irlandeses liderados pelo Bono (sem palavras) e não prestigiei a virada que lota as ruas do centro... Quem sabe no ano que vem, não é mesmo?

de qualquer maneira, a vida cultural paulistana segue em ritmo forte. Ainda bem. O destaque dos próximos dias é o In-Edit Brasil, festival cinematográfico que joga luz sobre documentários sobre os mais diferentes estilos musicais. O bacana é que tem produções para todos os gostos, desde para aqueles que gostam do samba tradicional até para os punks, que morrem de saudade da época do Sex Pistols, por exemplo. As sessões rolam no MIS, no CineSesc (um dos melhores cinemas da cidade, na minha opinião), na Livraria Cultural e no Olido (aproveite e dê um rolê pelo centro, sem os palcos montados para a Virada Cultural). Neste festival, eu pretendo assistir aos filmes "Nas Paredes da Pedra Encantada" (sobre um obscuro álbum gravado por Zé Ramalho e Lula Cortês, que morreu neste ano), "Upside Down" (sobre a gravadora que descobriu o Oasis, por exemplo), "Pedrinha de Aruanda" (sobre a Maria Bethânia), "Soul Train" (sobre a cultura afro-americana nos EUA) e "High on Hope" (sobre as primeiras raves no Reino Unido).

fugindo do festival, está em cartaz o primeiro longa-metragem de Jeferson De, diretor de curtas premiadíssimos como "Carolina", "Bróder", que coloca na tela um retrato bem bacana da periferia de São Paulo - no caso, o Capão Redondo, tantas vezes cantado nas letras do Racionais. Falando em periferia, o Sesc Belenzinho inaugura a mostra Estética da Periferia, na terça, na qual Criolo Doido e Ed Rock, entre outros, vão se apresentar e debater assuntos relativos à realidade desses locais. Vale ainda destacar "Cópia Fiel", que tem Juliette Binoche como protagonista.

na área teatral, quem puder vá ao Sesc Belenzinho na quinta, quando será encenada a peça "Hospital da Gente", de um grupo de Taboão da Serra (olha só o bairrismo!!!!). Baseado em textos de Marcelino Freire, a peça tem no elenco uma mendiga, uma bêbada, uma prostituta e outras mulheres que questionam o estado em que se encontram... Outros destaques são o monólogo "A Árvore Seca", em cartaz no teatro Imprensa, e a mostra do premiadíssimo grupo XIX de Teatro, que, na Vila Maria Zélia, revisita os seus trabalhos, como "Hygiene". E, por fim, vale ficar de olho no projeto do Teatro da Vertigem, que abriu o seu espaço para jovens diretores: por lá, está em cartaz "Família Vende Tudo".

nas artes plásticas, fica em cartaz até amanhã (domingo), no Instituto Moreira Salles, uma exposição em homenagem a Thomas Farkas, um dos principais nomes da fotografia brasileira. Outros destaques são as exposições "Sob o Peso dos Meus Amores", no Itaú Cultural, e "O Mundo Mágico de Escher", no CCBB.

e os melhores das semanas que se passaram foram o show do U2, as sacadas inteligentes dos diálogos de "Pânico 4" e o texto de "Savana Glacial".

é isso
espero encontrá-lo(a) por aí!
até mais
se cuida!
alan

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Piadinha boa

Na época da ditadura podíamos acelerar nossos Mavericks acima dos 120km/h sem a delação dos radares, mas não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental, mas não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos tomar nossa redentora cerveja após o expediente, sem o risco de sermos jogados à vala da delinqüência, mas não podíamos falar mal do presidente.
Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei negão), credos (esse crente aí) ou preferências sexuais (fala sua bicha) e não éramos processados por isso, mas não podíamos falar mal do presidente.
Íamos a bares e restaurantes cujas mesas mais pareciam Cubatão em razão de tantos fumantes, os quais não eram alocados entre o banheiro e a coluna que separa a chapa, mas não podíamos falar mal do presidente.
Cantava a menina do contas a pagar ou a recepcionista sem medo de sofrer processo judicial por assédio, mas não podia falar mal do presidente...
Hoje a única coisa que podemos fazer é falar mal do presidente!
Que merda!

(Autor desconhecido)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

terça-feira, 26 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O que os homens olham?


Eles prestam mais atenção no rosto das mulheres quando procuram envolvimento sério - e focam no corpo quando procuram sexo

Se você é uma mulher que procura ter um relacionamento a longo prazo, um novo estudo sugere que o rosto é seu principal recurso. Mas se quiser só diversão com os homens, foque no seu corpo.

Pesquisadores da Universidade do Texas em Austin descobriram que o interesse dos homens pelo rosto ou corpo das mulheres depende se ele está interessado em um relacionamento curto ou longo. Estudiosos especulam que o corpo feminino dá dicas de seu estado de fertilidade enquanto o rosto indica seu valor como parceira a longo prazo.

As mulheres, por outro lado, não mudam suas preferências de acordo com o tipo de relacionamento que estão buscando.

No estudo, o aluno de psicologia Jaime Confer e seus colegas recrutaram 375 estudantes que foram orientados a olhar para fotos de pessoas descritas como possíveis parceiras para longos ou curtos relacionamentos. Os participantes tiveram que escolher se gostariam de ver o rosto ou corpo da imagem.

Um quarto dos homens olhou o corpo e não o rosto quando foram informados de que a parceira em potencial era para um relacionamento a longo prazo, enquanto 51% fizeram isso quando informados de que a mulher era candidata a um relacionamento curto.

"A prioridade dos homens muda dependendo do que eles querem em uma parceira. Os traços do rosto têm maior importância quando o objetivo é uma relação a longo prazo”, disse Confer. As descobertas do estudo foram publicadas na edição de setembro passado, do jornal científico Evolution and Human Behavior.

Fonte: IG

sábado, 23 de abril de 2011

A pérgula

Sou uma mulher prática. Será? Bem, eu penso ser racional, objetiva, direta, etc, etc... Também, imagino-me assentada. Porém, cheguei a seguinte conclusão: não possuo nenhuma dessas qualidades. Estou constantemente procurando coisas para fazer. Se, canso de escrever, saio à cata de um trabalho manual, tipo limpar o jardim ou a calçada. E haja folhas, galhos ou poeira para remoção. Deixo o computador, se estou corrigindo um texto e minhas costas doem e procuro o que? Defeito no coitado do quintal. Tenho diferentes suportes para plantas e uma pérgula imaginada e feita - o marceneiro fez e minha filha impermeabilizou - num piscar de olhos. Tenho a impressão de possuir um exército de duendes, pois tudo parece ficar no lugar em pouco tempo. Isso tem um custo. Mas, não vou discutir a questão com vocês. Pensem: pérgula! Foi o que pensei também ao ver uma planta crescendo exageradamente. Começando pelo começo. Pérgula é um passeio ou abrigo nos jardins, feito de duas séries de colunas paralelas, de madeira, de alvenaria ou mármore servindo de suporte a trepadeiras. Trepadeiras? Planta da família das convolvuláceas. Entenderam? Como não???????? Vou explicar de novo. Sou impaciente e vivo procurando coisas para fazer. Meu hobby é jardinagem. Fui aluna da Teresa, uma bióloga sensacional. Tudo que sei sobre jardins, aprendi com ela. Pronto, agora todos sabem. Sou formada em jardinagem, além de outras coisas mais. Atrapalhada, eu? Não existe ninguém mais objetiva nas redondezas. Resumindo: no ano novo, o meu vizinho perguntou-me: que planta é essa? Uma trepadeira, respondi.
Cresce rápido e por isso é conhecida como sete léguas. Eu temia isso, disse-me ele. Sua mulher completou: cuidado, se for para o telhado pode arrancar as telhas! Eu ri, embora tenha acreditado neles por duas razões: 1) vizinho é fazendeiro. 2) ele não mente. E a planta cresceu, conforme o previsto. Eu encaminhei para a beirada do telhado imitando a casa de um filme da Merryl Streep. Dia desses o paisagista veio fazer uma inspeção no jardim e alertou: não deixe a tal planta passar dessa coluna para não escurecer a varanda. A convolvulácea fechou uma escada e eu não queria cortar, pois estava linda e florida!
Ela precisa de uma pérgula. Contratei o profissional. Ele veio acompanhado de um ajudante. Comprei a madeira e sujeito entregou somente as colunas. As outras viriam no dia seguinte. Os homens começaram o trabalho e nada da madeira. Ele fez uns consertos na varanda, fincou as colunas, subiu uma parte do muro, pois a ideia era fincar as toras na parede, conforme o modelo visto na revista Natureza e quando conseguiu colocar tudo lá e rebocar o mundo caiu! Quer dizer desabou uma chuva que arrastou todo o concreto sujando o chão e a calçada. Um horror! Coitado do homem. Tudo pronto, o resto era por conta do pedreiro/pintor/ajudante geral, enfim, do baiano, como ele chamava o outro. O ajudante faria os reparos no muro, a limpeza e a pintura do chão. Para mim sobrou pintar a mesinha e duas cadeiras francesas, esses móveis de jardins comuns na Europa e raros no Brasil, então eu cuido com o maior carinho. E seria minha diversão de fim de semana. Como choveu a noite toda, os homens não apareceram. Amanhã terminam, com certeza, e vou poder puxar a sete léguas para cima da pérgula e começar a decoração daquele canto. Escrevo e penso: só comigo, acontecem essas coisas. O meu lado racional responde: sete léguas, hein... quem procura, acha!