sábado, 26 de novembro de 2011

Wikileaks: quanto custa mudar o mundo.

Gosto de ler e o escândalo provocado por Assange com a divulgação de documentos secretos do Departamento de Estado do governo dos Estados Unidos não me deixou indiferente em relação aos fatos, embora eu só fale daquilo que tenha um mínimo de conhecimento. Então, somente agora após a detalhada leitura do livro de David Leigh, o jornalista investigativo do The Guardian, eu posso tentar comentar os fatos.
Relembrando: existe um negócio chamado copy right, basta olhar nas capas internas dos livros, onde tem um aviso dizendo da proibição de reproduções. Por outro lado o copy left usado pelo povo ligado à rede pode ser copiado a vontade. Pede-se citar a fonte, por favor. Essas discussões eram comuns em minhas salas de aulas quando a gente tocava no assunto dos direitos autorais, porém estou divagando, o interessante nesse caso é o vazamento. Não preciso apresentar aos leitores o empresário australiano Julian Assange. Atualmente é figurinha carimbada. A Rolling Stone italiana publicou uma foto dele sem camisa, lembrando David Bowie, na capa de um número recente dizendo: “um vilão platinado ameaça os poderosos do planeta passando-se por cyberpunk.” Isso lembra astro de rock, Andy Warhol ou as duas coisas? Quando ouvi falar dele a primeira vez o termo empregado foi hacker. Geralmente são duas as categorias: os bonzinhos querendo transparência e tudo certinho e aqueles que vivem atazanando a vidinha da gente clonando cartões de crédito ou mandando vírus para os computadores, só pelo prazer de fazer maldade. Não vou qualificar o senhor Assange, pois não o conheço. Mas, sua atitude está sendo comparada aos atentados de 11 de setembro, uma espécie de terrorismo dentro dos novos meios de comunicação. Porém, quando os jornalistas classificaram a divulgação desses papéis comparando os acontecimentos estão, possivelmente, dizendo nas entrelinhas que o fato mudou a história da internet e talvez até da segurança nacional do país prejudicado e dos não envolvidos, também...
Eu me diverti lendo o livro. O Julian me pareceu um sujeito comum, como um Dom Quixote querendo salvar o mundo... As revelações de alguns documentos são de estarrecer! A maioria, dos seres humanos antenados com a modernidade, sabia, só não falava. Confidenciais ou secretos, assim eram chamados os papeis publicados por um site e três grandes jornais do mundo. Documentos relacionados com as guerras no Oriente e telegramas trocados entre funcionários de embaixadas americanos com a posição oficial e o comentário real/exato sobre fatos ou a relação diplomática entre diversos países tanto do Oriente como do Ocidente com o governo dos Estados Unidos revelou-se bastante esclarecedora quanto ao julgamento/opinião sobre nós, o terceiro mundo. Aprendi com eles o termo cleptocracia. Gostaram? Refere-se a políticos e políticas corruptas da América Latina, de países africanos e do Oriente em geral. Enfim, o homem fez um estrago, na opinião de alguns especialistas. Falaram até do Brasil! Acho que ajudou os sonhadores a deixarem o devaneio de lado e caírem na real, já que no real muito político se atolou faz tempo...
Assange recebeu uma quantidade enorme de documentos de um soldado, especializado em computação, indignado com a descoberta de que a teoria na prática era outra. O jovem não teve dúvidas copiou e entregando tudo ao wikileaks. Encontra-se preso por traição! Julian, o messias da internet, está passando por maus pedaços. Foi acusado de estupro por uma feminista que lhe ofereceu o apartamento vazio quando foi a Suécia fazer palestras e por uma jovem que “raptou o moço” após uma conferencia e levou-o para dormir em sua casa. As mocinhas queriam deitar-se ao lado do mais famoso australiano do planeta, mulherengo, machão e pensavam só em dormir? Conta outra, garotas. No dia seguinte pretendiam oferecer a ele um bom café da manhã? Uma delas até fez menção a isso, pode? Não estou defendendo o homem, estou imaginando... As mulheres estão com a razão de acordo com a Justiça do país onde vivem e faturaram uma boa grana com a brincadeira. É armação, dizem. Se sim, os vingadores escolheram o local e as pessoas certas para o canguru cair na armadilha!



Nenhum comentário: