sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cidade do México

Assim que a cidade já estava mais visível que um borrão visto do alto, via-se muitas casas coloridas e muitas piscinas na região próxima ao aeroporto. Ao tocar o chão, o piloto, muito bem humorado soltou um rock and roll e disse "não deixem a música enganar vocês, estamos na Cidade do México". Adorei! Adoro gente espirituosa e bem humorada.
O calor, o barulho e a bagunça podem ser consideradas uma constante no México. Assim como o quase constante cheiro de comida no ar.
Assim como São Paulo, a Cidade do México é uma megalópole com todas as vantagens de desvantagens da categoria. Marcada pela violência, outra constante do país dominado pelo tráfico e por uma corrupção desenfreada, e pelo trânsito, a cidade ferve em horário de pico e é um desses lugares em que é melhor o turista não se dar ao trabalho de ler os jornais. Nela também encontra-se o Templo Mayor, cravado no coração da cidade e descoberto em uma escavação na década de 60, a ruína localiza-se ao lado e, infelimente, abaixo da Catedral Metropolitana, como prova viva da dominação espanhola católica. A região central, Zócalo e Alameda Central, é cravejada de museus (alguns completamente desnecessários tais como o da Caricatura), restaurantes, lojas e belos hotéis, sendo o mais conhecido o Grand Hotel, que vale uma passadinha pelo seu ar cinematográfico.
Eu pretendia almoçar lá mas aparentemente esse não é um hábito já que o restaurante, conhecido pelo seu buffet de café da manhã, estava fechado para o almoço em prova sincera de que os mexicanos tem sim um certo parentesco com os portugueses!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

De volta

E enquanto eu estive no México, com pausa para 10 dias na Califórnia, muita coisa conteceu por aqui nesse Brasil. Algumas surpreendente, deve assumir, outras bem pouco. Dilma começou a botar as asinhas para fora e até que fez bonito ao declarar repudio ao Irã. O Bruno foi preso o que eu duvidava que fosse aontecer, teve tornado em Minas Gerais e o Aécio jura que não teve nada a ver com isso. O show do U2 em São Paulo esgotou, choveu muito em Bauru e teve até gente morrendo, o teatro municipal alagou, o Kevin Coster passeou no Recinto Mello de Moraes, o prefeito subiu numa escada para ajeitar detalhes de uma enfeite de Natal antes de uma apresentação no Jornal da Cidade (foto na primeira página dada a importância do fato!)...
Bom, mas estou aqui para passar impressões sobre o México.
Sempre que ouvia falar em México sempre pensava em calor e pimenta. Bom, estava certa, há pimenta em tudo e o calor desértico está lá no ar a mais de 2 mil metros de altitude e nas pessoas.
A cultura mexicana moderna é formada pela do dominador espanhol mesclada com a do dominado asteca, sem contar a americana, mas por enquanto vamso deixar essa de fora. E muito do charme e mistério do país vem da decaída civilização asteca e seus resquícios.
Teotihuacán, "o lugar onde homens se tornam deuses", é uma das cidades mais impressionantes do país e a visita vale a pena mesmo com o calorão e os infinitos degraus.
Muito bem conservada, mesmo com o artesanado com ares de feito na China, as ruínas emanam poder de cada pedra e o fato de que embora a estrutura tenha sido decodificada (Templo do Sol, Templo da Lua, Templo de Quetzalcoatl, avenida dos mortos, etc) o uso real das pirâmides, a origem e o dia a dia da civilização permanecem um mistério.

Fiz essa visita acompanhada do muito gentil amigo blogueiro desaparecido Rogério, e presenciamos uma cena muito bizarra: um jovem rapaz preso em uma camisa de força era escoltado por um homem mais velho. Visita terapêutica? Será que o rapaz estava obcecado que era um antigo guerreiro asteca? Ou tratava-se de um artista plástico realizando uma intervenção? Tudo é possível nessa vida.
Em minha eterna busca acabei visitando mais duas ruínas, a de Cuernavaca, pequena mas bem conservada, e a de Tepoztlán, que acabei sem coragem de escalar uma montanha por uma hora e meia para chegar ao templo... mas o que vale é sempre a intensão, não é?
Sei que o texto não está genial mas só quero mostrar algumas coisas lindas e divertidas que tive a chance de ver.
Desculpa a invasão do dia mas aproveitei a brecha...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010



Trecho do livro da Sonia Bridi, contando suas histórias quando era correspondente da Globo na China.
(Para você entender: Paulo é o marido, Mariana a filha de 20 anos, Pedro o filho de 3 anos, e Fafá a babá do menino).

"Uma dor de cabeça me persegue há dias. Na volta ao hotel, Paulo está calado. Pego em sua mão e sinto que ele está queimando. Num gesto automático passo a outra mão na sua testa. A febre é alta.
- Há quanto tempo você está assim ? - indago.
- Sei lá, não estou bem desde cedo.
Abro a porta do apartamento e estão todos mal. Pedro tossemuito e está bastante congestionado. Mariana sente dor na garganta e por todo o corpo. Fafá assoa seguidamente o nariz, diz que havia servido chá mas todos continuam se sentindo mal.
Em viagem com as crianças sempre carrego uma caixa de primeiros socorros, com muitos produtos naturais e homeopáticos e também um termômetro e um antipirético. Cada um de nós toma uma dose de própolis e outra de vitamina C, e passo a verificar as temperaturas.
Todos estamos um pouco febris, mas Paulo bate nos 40 graus. Duas horas depois de tomar um tilenol, a febre não cede. Peço socorro à embaixada, e logo chega o médico indicado por eles. É brasileiro, tem nome árabe, e é especialista em medicina chinesa. Ahmed Yousif El Tassa é magrinho, tem fala mansa, entra com uma malinha na mão e pergunta:
O médico começa pelo caso mais grave. Examina Paulo, diz que pode dar remédios convencionais, mas propõe um tratamento pela medicina tradicional chinesa. Paulo não confia em medicina alternativa, sempre chamando de placebo meus remédios homeopáticos. Desta vez, entretanto, está tão mal que fica quieto. O doutor Ahmed explica que vai fazer um procedimento chamado guaxá - uma raspagem nas costas, usando uma espátula, como se fosse um pente sem dentes, e um óleo vermelho. Começa raspando em cima, provocando um vermelhidão subcutâneo, e vai até a cintura.
O guaxá é uma prática milenar chinesa, que vai rompendo os pequenos vasinhos junto à pele. Acredita-se que assim as toxinas são eliminadas.
(Deixa as costas tão feias, durante uma semana, que nos Estados Unidos uma família de emigrantes chineses - pais e avós - foram parar na cadeia acusados de abuso, porque a professora viu as costas do menino e achou que ele tinha sido espancado. A história foi até transformada em filme, chamado Guaxá).
Enquanto raspa, o médico pede a Paulo que informe quando a náusea começar. No seu delírio de febre, Paulo ainda tem lucidez para pensar que está sendo abusado pela mulher doida e o médico saído sabe-Deus-de-onde. Acha ridículo acreditar que uma raspagem nas costas baixará a febre ou provocará náuseas. Mas apesar de sua descrença, a febre baixa repentinamente, e ele sente náuseas, sim. Passado o mal-estar, o médico faz uma sessão de quiropraxia - estalando todas as articulações do corpo - entrega uma série de remédios à base de ervas, com as instruções de uso, e passa a cuidar do próximo.
Estávamos há poucos dias na China. É normal que o corpo sofra com a diferença de temperatura de mais de 40 gráus - deixamos o verão de 30 gráus no Brasil para enfrentar 10 gráus negativos em Pequim - enfraquecendo o sistema imunológico, e facilitando a infecção pelos virus do novo ambiente, que são diferentes dos que já nos infectaram antes. O doutor Ahmed ouve o pulmão e o peito do Pedrinho, faz uma massagem na mão dele, entre o indicador e o polegar, e avisa que ele pode ter ânsia de vômito.
- Vômito por causa de uma massagem na mão, doutor ? - Agora a incrédula sou eu.
Alguns minutos depois preciso sair correndo com Pedro no colo para o banheiro. Tudo o que congestionava o seu peito é posto para fora.
Mariana, Fafá e eu somos tratadas com algumas agulhas de acupuntura e, depois de 4 horas, o médico se vai, deixando todos melhores e com uma pilha de remédios chineses que iremos tomar direitinho.
É a noite da conversão do Paulo. Desde então, ele passa a acreditar que existe mais alguma coisa, entre o céu e a terra além do que a indústria química-farmacêutica pode explicar."

domingo, 5 de dezembro de 2010

E hoje parto em direcao ao Brasil. Passo por Miami, ou se,a minhas mals estao todas super organizadas porque aquela gente é louca mas sabe fazer vestido barato como ninguém!
Semana que vem publico fotos e impressoes... se valeu? E como!
Beijos e até daqui a pouco.

sábado, 4 de dezembro de 2010