domingo, 4 de julho de 2010

Reciclagem

"E não adianta ficar bravo com o mundo, ele te leva pra onde quiser."
(Máquina de pinball - Clarah Averbuck)

Este é um texto programado já que neste exato momento estou em Buenos Aires. O texto abaixo foi publicado há muuuuuuitos anos no meu antigo blog A verdadeira identidade de Lois Lane que nem existe mais... mas estava fuçando numas coisas e achei e resolvi publicar porque achei bonito mesmo ele não tenho mais nada a ver comigo.

Tem um texto do Jabor em que lá pelas tantas, essa mulher diz "Dizer o quê? Que eu te amava feito uma louca?" e um dos meus problemas na vida é esse. Eu amei como uma louca e desde então, não mais.
A verdade? A verdade é que ainda não me recuperei de você. Ainda penso em você, sonho com você e procuro você no Orkut.
A verdade é que se tivesse que escrever um Songbook como o de Nick Hornby ele teria 31 músicas que de certa forma estão ligadas a você, ou a emoção e o peso enorme que você ainda me faz ter no coração.
A verdade? A verdade é que ainda passo na frente da casa na qual você nem mora mais e ainda me pergunto onde foi que eu errei.
A verdade é que acho que nunca vou amar como amei você e que seu filho não é meu mas já pode estar a caminho.
A verdade? A verdade é que ainda me arrependo de ter rido de você quando você, bêbado, me pediu em casamento. Acho que ninguém nunca mais vai fazer isso. E se fizer, não vai ser tão bonitinho.
A verdade é que tenho vontade de te ver sempre que ouço Pulp, Cure ou até mesmo Nirvana...
A verdade é que tem filmes que vejo e me lembram seu cheiro.
A verdade é que esqueço e vivo sem você na minha cama, na minha vida, rindo das minha piadas péssimas.
A verdade? A verdade é que queria saber se você, lá no fundinho, ainda pensa em mim e perguntar se você ainda é o mesmo ou se eu precisaria de um manual de instruções?

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