domingo, 8 de maio de 2011

Bondade

Aproveitando o dia das mães, a semana muito estranha que tive e o fato de que por acaso acabei revendo na TV um filme que me impressionou muito a primeira vez que vi, vou repetir o tema...

Sei que todo mundo sempre acha que tem bom gosto e senso de humor. Eu acho que tenho bom gosto, senso de humor e sempre me considerei uma boa pessoa. Boa quase boba, sabe? Não tenho muita malícia e as vezes demoro a perceber que as pessoas a minha volta podem não ser tão boas assim.
Revi, mais uma vez, chorando bem, Um sonho possível.
Bom, não sei quanto de realidade há de fato no filme e quanto é maquiagem hollywoodiana buscando um Oscar para Sandra Bullock mas o filme é incrível. E se a verdadeira Leigh Anne é tão bacana quanto a personagem, fico feliz em ver que ainda existe gente boa no mundo. E se não for, bom, infelizmente, não sou conhecida como alguém que não se deixa enganar...
Esta semana passei por mais uma pouca e boa ao descobrir que estava sendo boicotada por alguém muito perto e que eu considerava amiga de verdade. Bom, passou passou passou... mas esse ranço de maldade fica e aí ter o apoio da família e ver que ainda existe gente legal no mundo, dá um quentinho no coração...

A todas as mães, sempre cheias de bondade, compreensão e amor para dar, que seu dia (que é todo dia, vamos combinar) seja incrível.



sábado, 7 de maio de 2011

Etiqueta

Etiqueta é o conjunto de regras no trato com as pessoas. Se a gente fosse da área da moda etiqueta seria outra coisa. Qualquer dia a gente fala disso. Rígida nos tempos de Luis XIV e seus descendentes, ela foi afrouxando com o correr dos tempos. Luis XIV escrevia bilhetes aos membros de sua corte dando as dicas de como se comportar na corte. Os franceses tentaram me ensinar essa rígida etiqueta deles, mas eu não conseguia atinar com o fato de ter de colocar a pera, maçã ou banana em prato de sobremesa e ficar lutando com a faca e o garfo para tirar a casca, fininha viu? Então, quando eu entrava na cozinha e pegava uma banana e descascava até a metade e começava a comer, madame Blanche, esse era o nome da empregada, me olhava como se ela estivesse no zoológico vendo um macaco. Era tão francesa e se sentia tão superior a brasileira que se dava ao luxo de me encontrar na rua e não me dirigir a palavra. Sabe o que ela fazia? Passeava com o cachorro de madame Chirac. Talvez seja isso, o cão era racista!
Voltando a etiqueta. Sei que ela foi criada para ajudar o pobre ser humano a ser humano... Talvez, essa seja a razão da etiqueta estar tão em voga. Hoje em dia quando se procura um emprego à postura faz a diferença. Pessoas com conhecimento de regras comportamentais sentem-se a vontade em qualquer local ou situação e isso reflete positivamente na vida delas. Li que para ser educação você não deve recusar ninguem no Orkut ou Facebook. Vocês já imaginaram isso? Quantas pessoas "amigas" a gente teria num site desses? Se for assim, sou sem etiqueta, ou sem educação mesmo, pois nunca aceito pessoas estranhas no Face. Conto nos dedos da mão a quantidade de amigos virtuais que possuo. São amigos e não estranhos ou amigos de amigos, de amigos... Creio que o bom senso é a melhor solução para esses ambientes. Hoje em dia a etiqueta é simples: aprimore-se e seja educado com todos. Coma com os talheres certos. Sirva o vinho no copo adequado e deixe as regras seculares de lado. Vista-se de acordo com a ocasião e ponto final.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Por email

Fala ae galerinha, tudo bom?

Espero que sim...



se você ainda acha que não há renovação na música popular brasileira, melhor rever os seus conceitos. Embora ainda estejam longe de programas populares (por opção? por falta de oportunidade? Enfim...), muitos novos artistas estão fazendo música em alto e em ótimo som. Ainda bem!!! E, quem estiver em São Paulo durante a próxima semana, poderá conferir alguns bons nomes. Na terça, por exemplo, a banda Do Amor, que tem entre os seus integrantes Gabriel Bubu, que fazia parte do Los Hermanos (era o quinto elemento, um tanto quanto calado, próximo à bateria do Barba), toca no Studio SP, no bacana Cedo & Sentado. O show tem início às 22h... No mesmo dia e no mesmo local, rola a apresentação da banda argentina Onde Vaga.



algumas estações de metrô depois (para ir ao Studio, basta descer na estação metrô Consolação), rola o show da Blubell (no Sesc Vila Mariana... para ir, desça no metrô Ana Rosa!), a partir das 20h30, também na terça. Já falei da moça em outros "boletins culturais". Dona de uma voz ímpar, ela lançou, no ano passado, o singelo "Eu Sou do Tempo em que a Gente se Telefonava", seu primeiro álbum solo (recomendadíssimo). O horário é um tanto quanto ingrato, mas tentarei, antes de ir ao Studio, dar uma passada no Sesc Vila Mariana...



na quinta, é a vez da Tiê se apresentar no Studio SP, a partir das 23h. Recentemente, a moça, do elogiado "Sweet Jardim", lançou "A Coruja e o Coração", no qual ela mantém, nas canções, um tom intimista para lá de singelo. Sem contar que a voz dela é daquelas que dá vontade de ficar ouvindo a noite inteira... sem exagero, viu!? rs. De uma geração anterior, Jussara Silveira se apresenta, no mesmo dia, no Sesc Belenzinho, a partir das 21h.... Já fui a um show dela e posso afirmar que é imperdível!



E, por fim, a molecada da banda Eddie sobe ao palco do Studio SP (já percebeu que lá é o lugar das bandas novas, né!?), no sábado, a partir da 1h. Nunca fui ao show deles, mas alguns amigos já foram e me falaram que a diversão é garantida. Mistura de mangue beat com rock e outros ritmos...



Saindo da área musical e mergulhando no cinema, vale destacar a estreia da comédia francesa "Como Arrasar um Coração?", que tem no elenco o astro francês Romain Duris ("Albergue Espanhol", "Paris", "Bonecas Russas", "Exílios"); "Contracorrente", filme com temática gay peruano em cartaz em apenas um cinema da cidade (Espaço Unibanco), e "O Discurso do Rei", vencedor do Oscar, que pode ser visto no aconchegante Cine Segall.



no teatro, vale dar uma passada no Sesc Pinheiros, onde o espetáculo "DNA - Somos Todos Muito Iguais", que mistura artes cênicas e circenses, está em cartaz. Trata-se de mais uma montagem do Circo Roda.



e, por fim, no Sesc Belenzinho, está rolando a mostra "Geração 00 - A Nova Fotografia Brasileira", que reúne 170 obras de novos nomes da fotografia nacional. Aliás, aproveite a visita à unidade para apreciar a praça enorme que tem por lá...



e os melhores da semana passada foram as atuações mais do que precisas de Cássia Kiss e Aílton Graça em "Bróder", que marca a estreia do ótimo Jeferson De em longas-metragens, e a versão bacanuda que o grupo Eva e o Nando Reis fizeram, na quarta, na Clash Club, de “Onde Você Mora?” e “Beija-Flor”, durante o show da banda baiana liderada por Saulo Fernandes.



é isso!

espero encontrá-los por aí!

até mais

se cuidem!

alan


quinta-feira, 5 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

terça-feira, 3 de maio de 2011



"Why can't we speak another language, one we all agree on
When when men look outside, do they see houses
Instead of the fields they grew from
We are Constantly uprooted from them, making us tiresome and fearful
Can you get up right now, endeavor to freefall (Off)

You can fall if you want to It's just a matter of how far
You've treasured our home town
But you've forgotten where you are
And it will stay with you until you're mind's been found
and it has been found wondering around

With that skipping rope, the trampoline
The crafty smoke that made us choke
But we didn't give up hope
It's just the simple ways, of getting paid
The carelessnes of running away
I wish I stayed
I wish I stayed
I wish I stayed

Patterns all aranged in my background
It's pillars and posts keeping this country on form
Letters were all sent with no addresses
So that people can't discover
Always undercover
Why do i always draw triangles
Instead of words this paper so deserves

You see
I don't own my clothes but i own my mind
And it's not what you've lost
But it's what you find.
I don't own my clothes but i own my mind
And it's not what you've lost
But it's what you find.

With that skipping rope, the trampoline
The crafty smoke that made us choke
But we didn't give up hope
It's just the simple ways, of getting paid
The carelessnes of running away
I wish I stayed
I wish I stayed
I wish I stayed

cos you can fall if you want to
It's just a matter of how far
You've treasured our home town
But you've forgotten where you are
And it will stay with you until you're mind's been found
and it has been found wondering around

With that skipping rope, the trampoline
The crafty smoke that made us choke
But we didn't give up hope
It's just the simple ways, of getting paid
The carelessnes of running away
I wish I stayed
I wish I stayed
I wish I stayed"

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Livros


O salão de beleza de Cabul, por Deborah Rodriguez

Entre os anos 2002 a 2007, a cabeleireira Dedorah Rodriguez deixou os EUA e viajou com um grupo de ajuda humanitária para o Afeganistão. Lá, percebeu que era mais útil no que fazia melhor e montou um salão-escola de beleza na capital, Cabul. "Deu muito certo, foi um sucesso", conta ela. Deborah resolveu então contar seu êxito no livro. No entanto, a obra se tornou polêmica aos olhos do governo local, ela sofreu ameaças e teve de sair foragida do país.
Devorei as 230 páginas em dois dias. O melhor foi entender um pouco mais sobre os conflitos da região do Oriente Médio, o ônus da imigração e a discriminação religiosa/étnica.
Eis trechos do livro:

"A família de Robina deixara Cabul quando ela tinha cinco anos, pouco antes do início da guerra com a União Soviética e muito antes de alguém ouvir falar em Taleban. Fixaram residência no Irã porque o pai dela era um grande admirador do Xá Mohammed Reza Pahlevi, um governante pró-ocidental cujos esforços para modernizar o país incluíam o direito de voto para as mulheres. Mas o xá também provocara um forte ressentimento tanto entre democratas quanto entre clérigos islâmicos. Sua deposição, em 1979, abriu caminho para o Aiatolá Khomeini e a revolução que criou uma república islâmica no Irã. O pai de Robina, porém via o xá como uma força motriz essencial para a modernização do Oriente Médio. Chegou mesmo a batizar uma de suas filhas com o nome da terceira esposa do Xá.
Crescendo no Irã, Robina tinha vantagens com as quais muitas garotas nem sequer podiam sonhar. Tinha pais amorosos que de maneira alguma desgostavam do fato de ter três filhas; amavam-nas exatamente como amavam os três filhos homens que tinham. A família também era bastante próspera; por isso ela e as irmãs nunca ficaram sem comida ou passaram necessidades. O pai era um atacadista de roupas e perfumes e sempre levava para casa, para a mulher e as filhas, amostras de seus produtos. As mulheres da família cobriam-se de longos véus quando saíam à rua, especialmente porque o clima no Irã tornava-se cada vez mais difícil para as mulheres. Mas, em casa, usavam calças compridas e camisetas de mangas curtas, como se fossem garotas de Michigan.
E, ao contrário do que acontecia com a maioria das garotas afegãs, a mãe e o pai de Robina não pretendiam casá-la à força com um homem do qual não gostasse.
[...]

De início, o Irã recebera de muito bom grado aqueles imigrantes, mas a tolerância foi se esgotando à medida que mais e mais afegãos cruzavam a fronteira por causa das guerras. Depois de algum tempo, o governo iraniano começou a impor restrições aos afegãos que viviam em seu território. Tornou-se difícil para eles encontrar empregos, comprar casas e carros e até mesmo ter telefones. Robina contou-me que muitos iranianos passaram a hostilizar os afegãos que eram seus vizinhos, acusando-os de ocupar todos os bons empregos e de superlotar as escolas.
[...]

O pai perdeu o emprego como atacadista. Entrou num negócio industrial com um iraniano, mas foi roubado pelo sócio e descobriu que não tinha direito a qualquer reparação judicial. Dois de seus irmãos tornaram-se alfaiates, mas não era fácil conseguir trabalho para sustentar toda a família.
[...]

Como era cada vez mais difícil ser afegão no Irã, as três irmãs decidiram tentar a oportunidade de uma vida melhor na América (*), mesmo que aquilo significasse uma breve estada em Cabul. Elas só ouviam coisas ruins sobre a cidade - sobre a guerra, sobre a pobreza. Tinha ouvido dizer que era o pior lugar do mundo para uma mulher, mas decidiram arriscar tudo.
(*) não havia embaixada americana em Teerã, estava fechada desde a crise dos reféns que se seguiu à queda do xá, em 1979, e para obter vistos, as garotas teriam de retornar ao Afeganistão.
[...]

Assim, Robina e suas irmãs fizeram o que praticamente nenhuma mulher afegã faz: viajaram sozinhas, sem acompanhante masculino.
[...]

Porque viviam sozinhas, todos concluíam que elas tinham de ser prostitutas. (*)
(*) O plano de irem para os Estados Unidos não deu certo e elas não puderam voltar para o Irã, porque tinham aberto mão de seus cartões de identificação ao se mudar para Cabul.
[...]

Você deve imaginar que as outras mulheres afegãs sentiam muita pena de Robina e de suas irmãs. Grande engano. Até mesmo as minhas garotas, elas mesmas, que haviam rompido tantas barreiras para frequentar a escola e começar a garantir o próprio sustento, até mesmo elas passaram a olhar Robina com frieza quando ouviram dizer que ela e as irmãs viviam sozinhas. E Robina piorou ainda mais a situação ao quebrar outro tabu. Ela saiu duas vezes com um rapaz ocidental. Aquilo bastou para que o resto de minhas garotas a evitasse como se ela tivesse gripe aviária.
[...]

Então, certo dia, Sam entrou no salão durante uma aula da terceira turma, olhou em volta e fez uma cara feia. "Por que todo mundo que estuda nesta escola é hazara?" Eu não sabia, mas o fato é que duas de minhas professoras eram hazaras e tinham me ajudado a selecionar uma turma inteira composta de hazaras. Dali em diante, Sam participava de todas as entrevistas e me ajudava a evitar que, inadvertidamente, eu favorecesse um grupo étnico em detrimento de outro. Equilibrávamos todas as turmas, não apenas em termos étnicos, mas também por religião e região.

Fonte:blog Letras aos Pedaços (www.letrapedacos.blogspot.com)