"Foi só por um segundo
todo tempo do mundo
e o mundo todo se perdeu
ficou só você e eu..."
Maria Rita
Mocinha estudava junto com outras tantas mocinhas e mocinhos. Um desses Mocinhos, de outra classe, de outra série inclusive, voltava a pé com Mocinha. Moravam perto. Não eram amigos na escola. Longe disso. Mas voltavam juntos á pé. Conversando. E ela não se lembra, possivelmente não havia notado, mas o Mocinho a convidada para atividades variadas. Ela aceitava os convites e esquecia. O Mocinho gostava da Mocinha. Mandou flores uma vez, inclusive. A Mocinha, perdida em seu mundo, com suas aventuras e seus amigos, nunca lhe deu uma chance. Os anos passaram. O Mocinho mudou de cidade. A Mocinha também. Nunca mais se viram. 15 anos depois se reencontraram na internet. Santa Internet. As conversas foram retomadas com rapidez. Viraram amigos, finalmente. Virtuais, porém amigos. E o fim do ano chegou. Hora de visitar família, rever amigos. E então, na mesma cidade, a Mocinha e o Mocinho se encontraram para um chopp. Coisa de adulto. Ótimas conversas. Assuntos que vão e vem. E o Mocinho se declara, quase bravo por ter sido esnobado tantas vezes tantos anos atrás. Dessa vez se declara com clareza. E o beijo é doce. O colo quente. Olhos brilham. E dormem abraçadinhos fazendo promessas mil. Promessas que nenhum dos dois devem cumprir, mas até aí, quem se importa.
domingo, 23 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
Museu, o filho de Orfeu
No século VI a.C. Dioniso teve permissão para entrar no refinado mundo helênico, pois a Grécia retomou certos cultos aos deuses estrangeiros. A misteriosa religião representava a reintegração do irracional na concepção do divino, e recebeu em terras gregas o nome de orfismo. O termo derivado de Orfeu, o poeta do sorriso nos lábios e da lira nas mãos, passava longe do sofrimento até conhecer Eurídice. Ele tentou resgatá-la do inferno, mas vencido pela curiosidade olhou para trás transformando a amada em “escultura”.
Orfeu teve um filho: Museu. Ele legou ao mundo uma vasta produção artística, além de ter compilado a obra do pai. Museu, como Orfeu, tinha o poder de ver a poética dos objetos e despertar o sentimento do belo nas pessoas. O museu, como local, possui a função de templo das artes, depósito de bens culturais, com o mesmo sentido da palavra museulium, o ato do filho, de recolher e juntar fragmentos das composições do pai. O Museu como lugar revela uma função crítica ao reconhecer a importância do material selecionado e repassar através de exposições a informação contida nesses documentos testemunhais, enquanto sua ação é poética, buscando o significado e a valorização da produção artística colecionada. O templo habitado pelas musas tinha o nome de mouseion. Recebia oferendas e diferentes materiais exibidos ao público mediante o pagamento de uma pequena taxa! Seria o embrião do museu atual?
Desde épocas remotas existiam conjuntos de obras espalhadas pelo mundo. Um colecionador famoso como Nabucodonosor apreciava antiguidades, mania imitada por sacerdotes da Mesopotâmia. O Egito não ficava atrás reunindo objetos, aos quais se juntaram obras escritas, formando a Biblioteca de Alexandria. Colecionar fazia parte da história da cultura humana e na Renascença o acervo Medici, em Florença, era invejável evidenciando que a história da arte não é evolução do simples para o complexo ou do primitivo para o sofisticado, mas a história de formas criativas produzidas pela imaginação humana na pintura, tapeçaria, arquitetura, escultura, etc.
No século XVII, algumas instituições e suas coleções tomaram o aspecto que possuem hoje repetindo a postura crítica do Museu poeta. O trabalho profissional de reunir, selecionar e guardar peças para mostrar em um espaço chamado museu revela-se subjetivo e cheio de significados. A produção cultural quando exposta acaba recebendo, através do olhar do espectador moderno, outro valor e nova significação. Daí a importância do Museu como irradiador de cultura com suas ações práticas e exposições didáticas e/ou educacionais dirigidas a um público cada vez mais ávido de informação.
Orfeu teve um filho: Museu. Ele legou ao mundo uma vasta produção artística, além de ter compilado a obra do pai. Museu, como Orfeu, tinha o poder de ver a poética dos objetos e despertar o sentimento do belo nas pessoas. O museu, como local, possui a função de templo das artes, depósito de bens culturais, com o mesmo sentido da palavra museulium, o ato do filho, de recolher e juntar fragmentos das composições do pai. O Museu como lugar revela uma função crítica ao reconhecer a importância do material selecionado e repassar através de exposições a informação contida nesses documentos testemunhais, enquanto sua ação é poética, buscando o significado e a valorização da produção artística colecionada. O templo habitado pelas musas tinha o nome de mouseion. Recebia oferendas e diferentes materiais exibidos ao público mediante o pagamento de uma pequena taxa! Seria o embrião do museu atual?
Desde épocas remotas existiam conjuntos de obras espalhadas pelo mundo. Um colecionador famoso como Nabucodonosor apreciava antiguidades, mania imitada por sacerdotes da Mesopotâmia. O Egito não ficava atrás reunindo objetos, aos quais se juntaram obras escritas, formando a Biblioteca de Alexandria. Colecionar fazia parte da história da cultura humana e na Renascença o acervo Medici, em Florença, era invejável evidenciando que a história da arte não é evolução do simples para o complexo ou do primitivo para o sofisticado, mas a história de formas criativas produzidas pela imaginação humana na pintura, tapeçaria, arquitetura, escultura, etc.
No século XVII, algumas instituições e suas coleções tomaram o aspecto que possuem hoje repetindo a postura crítica do Museu poeta. O trabalho profissional de reunir, selecionar e guardar peças para mostrar em um espaço chamado museu revela-se subjetivo e cheio de significados. A produção cultural quando exposta acaba recebendo, através do olhar do espectador moderno, outro valor e nova significação. Daí a importância do Museu como irradiador de cultura com suas ações práticas e exposições didáticas e/ou educacionais dirigidas a um público cada vez mais ávido de informação.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
"Quero que você me dê o que tiver de bom para dar"
Seu nome - Vander Lee
Ontem alguém me disse que nosso maior problema é que a linguagem, um código relativamente simples e comum, não é suficiente para que sejamos capazes de nos entender. Verdade. O meu elefante nunca será igual ao do outro. E no caos que anda minha vida, a angústia sentimental que havia se acoplado, foi abatida a tiros de fuzil. Não morreu, mas mudou de nível. Como no playstation. Melhor assim. Estou muito sem tempo para dores de cabeças desnecessárias. Quero amor, romance, um colo quentinho, alguém que cuide de mim quando eu estiver gripada e que tenha saudade no meio do dia. Não quero outra coisa e quando me perco na tentativa de encontrar é porque me perco com uma tendência grande demais... Eu tentando ser Carrie Bradshaw sempre acabo sendo meio farsa. Mas estou melhorando nesse aspecto. Vai passar. Vai passar. Tudo sempre passa. Esse é meu novo mantra.
Enquanto isso, cruzo um ex whatever, um desses que você beijou mas não pode dizer que é ex namorado ou ex amor porque não teve profundidade para tal, e me pergunto: por que mesmo? É engraçado isso, uma vez passado o turbilhão, muitas vezes criado pela sua expectativa e vontade, você é capaz de ver a olhos nus que aquela pessoa não tem nada que te interesse. Mas esse é um acontecimento até que comum vindo de uma mocinha que tende a ver o melhor das pessoas, se apaixona por idéias e palavras que muitas vezes não são verdadeiras. Personagens.
Seu nome - Vander Lee
Ontem alguém me disse que nosso maior problema é que a linguagem, um código relativamente simples e comum, não é suficiente para que sejamos capazes de nos entender. Verdade. O meu elefante nunca será igual ao do outro. E no caos que anda minha vida, a angústia sentimental que havia se acoplado, foi abatida a tiros de fuzil. Não morreu, mas mudou de nível. Como no playstation. Melhor assim. Estou muito sem tempo para dores de cabeças desnecessárias. Quero amor, romance, um colo quentinho, alguém que cuide de mim quando eu estiver gripada e que tenha saudade no meio do dia. Não quero outra coisa e quando me perco na tentativa de encontrar é porque me perco com uma tendência grande demais... Eu tentando ser Carrie Bradshaw sempre acabo sendo meio farsa. Mas estou melhorando nesse aspecto. Vai passar. Vai passar. Tudo sempre passa. Esse é meu novo mantra.
Enquanto isso, cruzo um ex whatever, um desses que você beijou mas não pode dizer que é ex namorado ou ex amor porque não teve profundidade para tal, e me pergunto: por que mesmo? É engraçado isso, uma vez passado o turbilhão, muitas vezes criado pela sua expectativa e vontade, você é capaz de ver a olhos nus que aquela pessoa não tem nada que te interesse. Mas esse é um acontecimento até que comum vindo de uma mocinha que tende a ver o melhor das pessoas, se apaixona por idéias e palavras que muitas vezes não são verdadeiras. Personagens.
sábado, 15 de outubro de 2011
Um grão de sal...
Não sei se eu deveria começar dizendo três tiros mataram Gandhi ou de advogado a líder político. Amado pelos oprimidos, pelos pacifistas do mundo inteiro, respeitado por amigos e não tão amigos assim, Moandas Gandhi nasceu em 1869 e morreu em 1948. Tornou-se conhecido como Mahatma, que mal traduzido poderia ser o homem santo.
Conforme costume de sua terra foi dado em casamento aos treze anos de idade o que não o impediu de seguir para Londres e formar-se advogado. Exerceu sua profissão por vinte anos na África do Sul, onde descobriu a discriminação racial.
Seu engajamento político e social teve inicio nessa época. Postulava a não violência. Seu pensamento não era novo vinha de outros intelectuais como Ruskin, Thoreau, Tolstoi e do poema ético teológico Baghavad Gita, espécie de sermão das montanhas dos indianos. Leu a Bíblia e não gostou do que viu. De volta à Índia sentiu o anseio de seu povo por liberdade, mas percebeu que esse caminho seria longo. Tornou-se um militante de suas ideias conhecidas como satyagraha. Não se destacava pela cultura, não chefiava nenhum exército, aparentemente não tinha poder, entretanto era reverenciado e honrado como um chefe de estado e um herói verdadeiro. Notou que a majestosa imobilidade da montanha contava tanto quanto a fúria do oceano, portanto optou pela inércia e por ser um bom súdito de sua majestade para poder dialogar. Começou a desenvolver auto suficiência educando os filhos e cuidando deles, retomou o velho costume da tecelagem e com seu exemplo os indianos voltaram ao tear manual. Em pouco tempo até os deputados vestiam a túnica branca de algodão e fabricação caseira para irem ao Parlamento. Lutou contra leis injustas, estimulou greves, rezou, jejuou pela libertação de seu país. O mahatma ficou preso por muito tempo e decidiu passar da não violência para a não cooperação. Assim escreveu ao vice rei comunicando sua intenção de arrastar a população a desobediência civil em relação ao monopólio governamental do sal. O inglês não se dignou responder. Marchou ao lado de outros lideres e do povo em direção ao mar e colheu um grão de sal. A população do país inteiro fez o mesmo. Pronto, estava infringida a lei. Para a monarquia era uma derrota moral e psicológica.
A Inglaterra percebeu que os indianos queriam a liberdade a qualquer preço. O país ganhou sua carta de alforria e o Paquistão foi criado para abrigar a parte muçulmana da Índia, com a perda de muitas vidas. Gandhi estava triste e não participou da festa, pois para ele a alegria estava na luta propriamente dita e não na vitória.
Pouco tempo depois o homem santo, o mahatma, foi assassinado deixando um legado de paz jamais posto em pratica numa região mística e religiosa, porém uma terra violenta e de paixões desenfreadas, onde muçulmanos e indianos continuaram a lutar. O pai da Independência, como é chamado, o apostolo da não violência, não teria lugar no seu país hoje. Afinal, a Índia, um pobre país do terceiro mundo, foi o primeiro a fabricar uma bomba atômica!
Conforme costume de sua terra foi dado em casamento aos treze anos de idade o que não o impediu de seguir para Londres e formar-se advogado. Exerceu sua profissão por vinte anos na África do Sul, onde descobriu a discriminação racial.
Seu engajamento político e social teve inicio nessa época. Postulava a não violência. Seu pensamento não era novo vinha de outros intelectuais como Ruskin, Thoreau, Tolstoi e do poema ético teológico Baghavad Gita, espécie de sermão das montanhas dos indianos. Leu a Bíblia e não gostou do que viu. De volta à Índia sentiu o anseio de seu povo por liberdade, mas percebeu que esse caminho seria longo. Tornou-se um militante de suas ideias conhecidas como satyagraha. Não se destacava pela cultura, não chefiava nenhum exército, aparentemente não tinha poder, entretanto era reverenciado e honrado como um chefe de estado e um herói verdadeiro. Notou que a majestosa imobilidade da montanha contava tanto quanto a fúria do oceano, portanto optou pela inércia e por ser um bom súdito de sua majestade para poder dialogar. Começou a desenvolver auto suficiência educando os filhos e cuidando deles, retomou o velho costume da tecelagem e com seu exemplo os indianos voltaram ao tear manual. Em pouco tempo até os deputados vestiam a túnica branca de algodão e fabricação caseira para irem ao Parlamento. Lutou contra leis injustas, estimulou greves, rezou, jejuou pela libertação de seu país. O mahatma ficou preso por muito tempo e decidiu passar da não violência para a não cooperação. Assim escreveu ao vice rei comunicando sua intenção de arrastar a população a desobediência civil em relação ao monopólio governamental do sal. O inglês não se dignou responder. Marchou ao lado de outros lideres e do povo em direção ao mar e colheu um grão de sal. A população do país inteiro fez o mesmo. Pronto, estava infringida a lei. Para a monarquia era uma derrota moral e psicológica.
A Inglaterra percebeu que os indianos queriam a liberdade a qualquer preço. O país ganhou sua carta de alforria e o Paquistão foi criado para abrigar a parte muçulmana da Índia, com a perda de muitas vidas. Gandhi estava triste e não participou da festa, pois para ele a alegria estava na luta propriamente dita e não na vitória.
Pouco tempo depois o homem santo, o mahatma, foi assassinado deixando um legado de paz jamais posto em pratica numa região mística e religiosa, porém uma terra violenta e de paixões desenfreadas, onde muçulmanos e indianos continuaram a lutar. O pai da Independência, como é chamado, o apostolo da não violência, não teria lugar no seu país hoje. Afinal, a Índia, um pobre país do terceiro mundo, foi o primeiro a fabricar uma bomba atômica!
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Na semana passada recebi esta carta, que Rosa publicou no sábado e fiquei estática. Li e reli tantas vezes que acabei esquecendo de postar meu texto. Vocês podem imaginar uma coisa dessas? Tá certo que o lançamento de Encontros Paralelos está me deixando um pouco mais ocupada mas nada justifica, foi mesmo a alienação provocada pelas palavras de Rosa que me fez viajar com ela e Baptista, a razão do esquecimento.
Minha xará me deixou encantada com suas notícias. Vida longa ao novo par! Fiquei um pouco invejosa desse encantamento, das brincadeiras tão joviais como usar uma calcinha como embalagem para uma surpresa. Ah! o amor!!! Fiquei felicíssima, mesmo, que cumplicidade há entre eles!
E aqui vai meu texto da semana passada: uma simples reflexão sobre o escrever
Escrever um livro é um processo. Tanto pode começar pela ideia como pode começar pela vontade de escrever e publicar.
Se tiver início pela vontade de publicar é preciso buscar uma história.
Se começou pela ideia, perfeito. Basta desenvolvê-la. Aí podem surgir, no mínimo, dois tipos de texto: o longo que poderia ser classificado como novela (o menos longo) ou romance (o mais longo) e o texto curto.
O texto breve poderá ser um conto ou uma crônica. A crônica exige uma ligação com o cotidiano: notícia de jornal, fato marcante, atual. O conto permite viagens do seu autor. Pesca de memórias, escavações no inconsciente ou no subconsciente ou invenção pura e simples. Como diz uma amiga, para escrever um conto basta ter olhos abertos e ouvidos espertos.
Essa foi minha escolha. É o jeito mais livre de se escrever. O romance submete o autor à pesquisa e investigação – se o autor for sério, claro – exige um tempo muito grande de emersão na própria história que está sendo criada e consome, às vezes, anos do escritor.
O conto surge, não poucas vezes, inteiro, mas não sempre. Geralmente passo alguns dias com eles pensando em detalhes, sutilezas que tornem a leitura interessante e agradável. Escrever é fácil... qualquer criança de seis, sete anos consegue. Difícil é prender um leitor às palavras escritas e levá-lo ao fim da história.
Pensar no final, por vezes, obriga a alterar o início. Acredito que conceber histórias seja um mistério.
Tenho amigos que atribuem a inspiração a espíritos... ou seja, alguém, do outro lado da vida, vem soprar em nossos ouvidos palavras ou histórias fazendo-nos parceiros. Há uma série de escritores que se colocam à disposição e psicografam obras atribuídas a seres que já estão no além. Eu prefiro acreditar ter recebido um dom e ser a criadora de meus personagens e enredos embora me socorra de orações e tenha fé em Deus.
Todo esse papo vem a propósito do lançamento de Encontros Paralelos que acontecerá no dia 19, às 20h na Assenag – Rua Fuás de Matos Sabino, q.1, em Bauru. Todos os leitores deste blog estão convidados.
Minha xará me deixou encantada com suas notícias. Vida longa ao novo par! Fiquei um pouco invejosa desse encantamento, das brincadeiras tão joviais como usar uma calcinha como embalagem para uma surpresa. Ah! o amor!!! Fiquei felicíssima, mesmo, que cumplicidade há entre eles!
E aqui vai meu texto da semana passada: uma simples reflexão sobre o escrever
Escrever um livro é um processo. Tanto pode começar pela ideia como pode começar pela vontade de escrever e publicar.
Se tiver início pela vontade de publicar é preciso buscar uma história.
Se começou pela ideia, perfeito. Basta desenvolvê-la. Aí podem surgir, no mínimo, dois tipos de texto: o longo que poderia ser classificado como novela (o menos longo) ou romance (o mais longo) e o texto curto.
O texto breve poderá ser um conto ou uma crônica. A crônica exige uma ligação com o cotidiano: notícia de jornal, fato marcante, atual. O conto permite viagens do seu autor. Pesca de memórias, escavações no inconsciente ou no subconsciente ou invenção pura e simples. Como diz uma amiga, para escrever um conto basta ter olhos abertos e ouvidos espertos.
Essa foi minha escolha. É o jeito mais livre de se escrever. O romance submete o autor à pesquisa e investigação – se o autor for sério, claro – exige um tempo muito grande de emersão na própria história que está sendo criada e consome, às vezes, anos do escritor.
O conto surge, não poucas vezes, inteiro, mas não sempre. Geralmente passo alguns dias com eles pensando em detalhes, sutilezas que tornem a leitura interessante e agradável. Escrever é fácil... qualquer criança de seis, sete anos consegue. Difícil é prender um leitor às palavras escritas e levá-lo ao fim da história.
Pensar no final, por vezes, obriga a alterar o início. Acredito que conceber histórias seja um mistério.
Tenho amigos que atribuem a inspiração a espíritos... ou seja, alguém, do outro lado da vida, vem soprar em nossos ouvidos palavras ou histórias fazendo-nos parceiros. Há uma série de escritores que se colocam à disposição e psicografam obras atribuídas a seres que já estão no além. Eu prefiro acreditar ter recebido um dom e ser a criadora de meus personagens e enredos embora me socorra de orações e tenha fé em Deus.
Todo esse papo vem a propósito do lançamento de Encontros Paralelos que acontecerá no dia 19, às 20h na Assenag – Rua Fuás de Matos Sabino, q.1, em Bauru. Todos os leitores deste blog estão convidados.
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