segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Na semana passada recebi esta carta, que Rosa publicou no sábado e fiquei estática. Li e reli tantas vezes que acabei esquecendo de postar meu texto. Vocês podem imaginar uma coisa dessas? Tá certo que o lançamento de Encontros Paralelos está me deixando um pouco mais ocupada mas nada justifica, foi mesmo a alienação provocada pelas palavras de Rosa que me fez viajar com ela e Baptista, a razão do esquecimento.

Minha xará me deixou encantada com suas notícias. Vida longa ao novo par! Fiquei um pouco invejosa desse encantamento, das brincadeiras tão joviais como usar uma calcinha como embalagem para uma surpresa. Ah! o amor!!! Fiquei felicíssima, mesmo, que cumplicidade há entre eles!

E aqui vai meu texto da semana passada: uma simples reflexão sobre o escrever
Escrever um livro é um processo. Tanto pode começar pela ideia como pode começar pela vontade de escrever e publicar.

Se tiver início pela vontade de publicar é preciso buscar uma história.

Se começou pela ideia, perfeito. Basta desenvolvê-la. Aí podem surgir, no mínimo, dois tipos de texto: o longo que poderia ser classificado como novela (o menos longo) ou romance (o mais longo) e o texto curto.

O texto breve poderá ser um conto ou uma crônica. A crônica exige uma ligação com o cotidiano: notícia de jornal, fato marcante, atual. O conto permite viagens do seu autor. Pesca de memórias, escavações no inconsciente ou no subconsciente ou invenção pura e simples. Como diz uma amiga, para escrever um conto basta ter olhos abertos e ouvidos espertos.

Essa foi minha escolha. É o jeito mais livre de se escrever. O romance submete o autor à pesquisa e investigação – se o autor for sério, claro – exige um tempo muito grande de emersão na própria história que está sendo criada e consome, às vezes, anos do escritor.

O conto surge, não poucas vezes, inteiro, mas não sempre. Geralmente passo alguns dias com eles pensando em detalhes, sutilezas que tornem a leitura interessante e agradável. Escrever é fácil... qualquer criança de seis, sete anos consegue. Difícil é prender um leitor às palavras escritas e levá-lo ao fim da história.

Pensar no final, por vezes, obriga a alterar o início. Acredito que conceber histórias seja um mistério.

Tenho amigos que atribuem a inspiração a espíritos... ou seja, alguém, do outro lado da vida, vem soprar em nossos ouvidos palavras ou histórias fazendo-nos parceiros. Há uma série de escritores que se colocam à disposição e psicografam obras atribuídas a seres que já estão no além. Eu prefiro acreditar ter recebido um dom e ser a criadora de meus personagens e enredos embora me socorra de orações e tenha fé em Deus.

Todo esse papo vem a propósito do lançamento de Encontros Paralelos que acontecerá no dia 19, às 20h na Assenag – Rua Fuás de Matos Sabino, q.1, em Bauru. Todos os leitores deste blog estão convidados.

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