domingo, 30 de novembro de 2008

Selvagem

Depois de muito vi Na natureza selvagem. Digo depois de muito porque havia tentado ver em Londres, depois em São Paulo algumas vezes e por fim desencanei. Já havia gravado a trilha sonora e acabei comprando o dvd antes mesmo de ver. E minha nossa, escrevo esse texto após recuperar meu folêgo.
Quem é essa pessoa? Que mundo é esse? E principalmente, a que ponto chegamos no mundo em que nada mais a não ser dinheiro e sucesso a qualquer preço importam? Qual é o problema?
Ver Na natureza selvagem mostra que há bondade no mundo, na verdade, que o mundo é cheio de gente bacana e bonita no sentido mais básico da palavra.
Baseado em fatos verídicos o filme mostra dois anos na vida de Christopher McCandless, rapaz de classe média alta que abriu mão de tudo por rebeldia, por vontade, por acreditar, não sei o que pensar ao certo. E nesse abrir mão se colocou em um mundo que nos é escondido: o mundo da natureza, onde a cadeia é seguida, onde o que se planta é o que se colhe, onde o respeito e a integração são peças essenciais à sobrevivência. É bonito demais de ver a jornada desse menino e, principalmente, as experiências que ele adquiri através de pessoas sensacionais.
O diretor Sean Penn esperou dez anos para rodar o filme, baseado no livro reportagem de Jon Krakauer, pois queria ter a certeza da aprovação da família McCandless.
Valeu a pena.



Ficha Técnica
Título Original: Into the Wild
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 140 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2007
Site Oficial: www.intothewild.com
Direção: Sean Penn
Roteiro: Sean Penn, baseado em livro de Jon Krakauer
Com: Emile Hirsch, Marcia Gay Harden, William Hurt, Jena Malone, Brian Dierker, Catherine Keener, Kristen Stewart, Hal Holbrook, Zach Galifianakis, Vince Vaugh

PS 1_ Essa foi uma semana sensacional, fora de Sampa produzindo com uma equipe afinada e bacana numa cidade linda. Muito trabalho mas as noies e a madrugada tambem tem sido bem felizes. Quarto de hotel de primeira com um corredor so para a gente. Me divertindo muito e talvez quem sabe... ate a semana que vem!
PS 2_ Feliz aniversario, Karin.

sábado, 29 de novembro de 2008

DIAS DE PRAZER


Ao contrário do que foi dito, eu não estava de férias em Madrid na semana passada. Fui prá Madrid de férias em julho.
No final de semana passado eu fui somente passar o final de semana em Madrid. É. Isso mesmo. Aproveitei o feriado, minhas milhas e passei 3,5 dias na Europa. Até prá mim soou um pouco ridículo dessa vez, mas ratificando a idéia de que as viagens inesperadas e não tão planejadas são as melhores, o final de semana foi melhor do que as férias...

Primeiro porque eu não estava sozinho dessa vez. Segundo porque estava frio. Terceiro porque dessa vez até balada eu fiz com direito a Coca Cola de EUR 10,00 a garrafinha, o que deprime qualquer um.

O cardápio dessa vez foi algo à parte também. Concluí que se come melhor no inverno, porque há mais disposição de comer. No verão estava 40 graus e nem fome tive. Agora, aos 7 graus com sol de rachar, tudo parecia um pouco mais agradável por lá.

Provei um risoto de limão ESPETACULAR preparado por uma brasileira que levou a receita daqui prá lá. Numa das refeições, uma garrafa de Cava (champagne espanhola) com sorbet de limão (alguém pode me indicar uma sorveteria que venda sorbet, por favor?) foi consumida de sobremesa. Mais uma foi acompanhada de chocolates belgas... 

Comer REALMENTE é a melhor coisa da vida na minha opinião. definitivamente é algo em que não se pode economizar eternamente.... Em algum momento temos de abrir o bolso e ir a bons restaurantes prá comer e beber algo melhor preparado que o usual.

Até a viagem de avião foi excepcional. Voei de volta com uma conexão em Lisboa. O vôo da TAP veio VAZIO (dos 8 assentos disponíveis na fileira 16, só o meu veio ocupado). Serviram bacalhau de almoço.

Pude assistir a dois filmes durante a viagem: um romântico meio chatinho. Não lembro o nome. Também assisti a um programa da Globo a respeito da vinda da família real portuguesa ao Brasil em 1808, que foi EXCELENTE. Pena que só havia dois episódios disponíveis no vôo. Por fim, alguns episódios de "Two and a half Men"que é super divertido.

Podem ter notado que apesar de ter feito tudo isso, estou um pouco sem assunto prá comentar. Minha cabeça está focada em uma coisa somente que é meu desconhecido destino profissional. Espero que realmente cumpram o prazo da próxima semana, seja a decisão boa e ruim.

Por fim, mudando um pouco de assunto, recomendo que assistam ao filme dos irmão Coen "Queime depois de ler"que estreou no cinema. É no mínimo insólito, mas diverte e choca ao mesmo tempo.



Saudações

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A voz da experiência

Um poeta chinês escreveu: “recriar algo com palavras equivale a viver duas vezes.” Lembrei-me da frase, após conversar com meus consultores para construção, enquanto suava a camisa caminhando na esteira da academia de ginástica. Eles acabaram de construir uma casa e estão curtindo as suas delícias, depois de esquecidas as tristezas dos embates com engenheiro, arquiteto, mestre de obras, pintores, etc, etc. Atualmente, encontram-se envolvidos em um curso de jardinagem e usando termos, tais como: hibridação, pólen, bulbo, semente, irrigação, alporquia, enxertia, poda e até calendário lunar. E, eu acreditando que o tal calendário lunar tivesse sido substituído pelo Julio César da Cleópatra, há muito e muitos anos.
Eles, como eu, encarregaram-se da supervisão da obra, um feito propiciado por nossa total ignorância em relação ao assunto. As experiências e os relatos de ambos me fazem rir. Às vezes, é claro, estou rindo dos meus próprios problemas. Mas, não é um privilégio que a gente possa libertar-se com um riso sardônico dos entraves e constrangimentos do nosso dia a dia?
Toda essa divagação gira em torno de algumas questões ocorridas durante a construção de minha casa. Uma viga foi colocada fora do lugar e o teto da garagem rebaixado. Parei a obra. Como rebaixaram o teto? Mudaram uma viga de lugar? Qual era o problema? Não dá para negociar com o arquiteto e o mestre de obras? É uma questão estética ou capricho? Iluminação ou proporcionalidade? São perguntas feitas por ambos e ao mesmo tempo. Ela pondera que certas decisões são aparentemente irracionais, mas imagine como o trabalho de um arquiteto é diferente. Eles são arrojados e suas soluções são criativas, todo mundo vai aprender mais e tudo ficará mais bonito... depois a pressa é inimiga da perfeição. Ainda bem que a ela não usou o termo tão funcional, a máxima da arquitetura moderna. Eu teria uma crise histérica em plena academia, pois não acredito na famosa frase a forma é a função. Praticidade e conforto são meus lemas. Por isso busquei um condomínio para viver. É o espaço pós-moderno por excelência.
Sua explicação continua: na minha casa após um formidável volume de trabalho realizado, uma viga foi retirada do lugar com a mesma facilidade com que se arranca um dente mole. Como ela sabe, se não é dentista nem mestre de obras, só Freud explica.
Por isso, resolvi escrever, para viver o fato duas vezes e encontrar a solução mais equilibrada. A viga ficou onde estava e o teto foi rebaixado, para depois subir uns trinta centímetros. Na ocasião, eu fiquei com a impressão que ia haver pedido de demissão em massa, sem trocadilho... .

domingo, 23 de novembro de 2008

TENHAM MEDO

TPM é uma merda. Não há outra maneira de explicar. É uma situação bizarra porque você, a vítima tpmica, tem certeza absoluta de que está sendo muito chata mas no entanto, o ser chata é mais forte do que você. É como se por alguns dias seu corpo fosse dominado por alieníginas cruéis ou algo tipo Solaris do mal.
Paula Lavigni, a mega produtora, diz que são dias que as mulheres deveriam ser enjauladas. Não posso dizer que discordo.
Hormônios. Sim, eles são ao aliens que nos invadem, mulheres vítimas tpmicas, mas ao contrário daqueles que lutam contra Signourney Weaver, estes são indestrutíveis e muito, muito poderosos.
Falando nisso, será que a coitada da Signourney Weaver além de ter que lutar contra monstros gosmentos tinha tpm? Será que era por isso que a equipe dela nunca sobrevivia a nenhum dos filmes?
Só sei que por alguns dias você, a vítima tpmica, é capaz de coisas que até D'us duvida. É um tal de brigar por qualquer coisa, se sentir mortalmente ofendida com bobagens e chorar com filmes cafonas...
No meu caso, o lado briguento aflora e por dias sou insuportável. Tenho uma amiga que diz que na tpm sou uma mistura mortal de fiscal do Sarney com Shannen Doherty (lembra da Brenda de Barrados no Baile que brigava com todo mundo?)... ou seja, absolutamente capaz de cometer atrocidades mas incapaz de evitá-las.
Isso me leva a crer que o número de ditadoras sanguinárias deveria ser maior. Ou que Hitler e Mussolini na verdade eram meros joguetes na mão de fêmeas enlouquecidas. Não sei como nenhum historiados nunca criou nenhuma teoria acerta do tema.
E neste momento, além de tpmica estou gripada, ou seja, monstro em estado de fúria e de nariz escorrendo, por isso peço desculpas antecipadamente e prometo só voltar ao convívio social em alguns dias.

Fases da vida de uma mulher:

Fase um: Ovulação. Não tão enlouquecedora quanto as duas anteriores mas ainda influente. Faz com que a vitima tenha atitudes inesperadas e períodos de meiguice extremada. É quando brincam com bebês alheios, adotam gatinhos, acham a Lua refletida no vidro do carro ultra romântica...

Fase dois: TPM, o nível de insanidade beira o desumano, é durante tal período que começam as guerras (porque os homens reagem), terminam relacionamentos (porque os homens não reagem), porteiros pedem demissão, além das tradicionais brigas com vizinho, lixeiro, cachorro e tudo que passar pelo caminho da moça em franca ebulição. Peitos doem, pernas incham, calça aperta e tudo fica incrivelmente maior e irritante.

Fase três: Menstruação. Tão trágica quanto a anterior já que gera desconforto. Terror dos namorados. Para os casados chega a ser motivo de divórcio.



*Sim, as fotos são de Ms Britney Spears porque tenho certeza de que a musa pop só cometeu as atrocidades fotografadas em dias de TPM

sábado, 22 de novembro de 2008

Out of the office - auto reply

O autor desse espaço está temporariamente incomunicável curtindo merecidas férias em Madri... mas voltará cheio de aventuras para contar.



sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Stop. Play. Moon.

O autor desse espaço enforcou a sexta pós feriado da Consciência Negra para festar... porque a gente precisa festar de vez em quando.
Voltará inteiro e cheio de fofocas logo logo.



quinta-feira, 20 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Para Karin... com karinho

Disse um filósofo que a arte pode ser classificada em apolínea e dionisíaca. Essa divisão se aplica aos seres humanos? Se sim, sou racional e não racional ao mesmo tempo, ou melhor, às vezes, eu sou eu, apolínea, racional, intelectual respeitada e outras, eu sou meu pseudônimo, o avesso de mim, dionisíaca. A maior parte do tempo eu gostaria de ser só ela. Livre, solta, sem grandes compromissos, falando aquilo que bem entende. Poucos sabem dessa história de dois nomes. Quando o Jornal da Cidade lançou um livro com os textos dos cinco cronistas, na mesa estavam somente quatro. Eu fiquei lá assistindo e me deliciando com o anonimato.
Um jornalista, fazendo a reportagem do lançamento me abordou perguntando se eu era uma das cronistas. Respondi: só escrevi a orelha. Ele foi embora, sem nem agradecer. Afinal o que é a orelha de um livro? Ah, o segundo é só meu e todo ilustrado.
A Janaina fez a apresentação. Ficou bem bonito. A livraria do Espaço Unibanco colocou na vitrine, pode?
Oh, Karin, você andou brava comigo, mas era tudo brincadeira... Não é bom, poder rir a vontade das bobagens cometidas? Coitada de mim, o avesso de mim mesma... A gente se conhece há tanto tempo. Você é parte da minha família. Pretendo dividir com você uma porção de coisas. Quero mostrar e dar – por que não? – um exemplar de cada um dos livros publicados com minhas crônicas, além da metade de um móvel bem antigo recheado de peças de cristal e outras bugigangas, os pratos...
Quer saber, toda festa o Nivaldo acaba quebrando alguma coisa. Não sei se guardo tudo e compro coisas novas, se dou a vocês as sobras, se divido o armário em dois, se faço uma cópia... isso é kitsch? Mas, quem vai saber qual a peça verdadeira depois que a falsa estiver pronta e ao lado da outra?
Escuta aqui Karin, você não ouse ir embora para o Canadá. E não adianta responder: é meu karma viver longe dos amigos. De acordo com Sua Santidade, o Dalai Lama (tão lindinho com aqueles óculos de aros redondos...) karma designa uma força ativa significando que o resultado dos acontecimentos futuros pode ser influenciado por nossas ações. Então, supor karma como uma energia independente predestinando o curso de toda uma vida é incorreto. Portanto, você tem duas alternativas: primeira, pensar em permanecer no Brasil e estar bem. Segunda, se ele estiver errado, assim mesmo, você precisa transformar aquele seu dinamismo todo, em força interior, para enfrentar a difícil tarefa de ficar – e ficar bem – para ensinar tudo que aprendeu em sua temporada européia. Isso não é um conselho, é uma ordem dada por essa irreverente e indisciplinada Rosa Bertoldi, e considere como seu karma me ter como amiga.
Isso sim é karma no pior sentido, hein? Mas, Sua Santidade, o Dalai Lama, Deus, Adonai, Alá, Cristo, ou qualquer nome que os humanos dão aos seus santos vai olhar com o mesmo carinho que eu tenho olhado para você, pode crer.

domingo, 16 de novembro de 2008

F.R.I.E.N.D.S

“Deixa o dia dia passar / deixa dormir pra sonhar / acordar pra tentar / ser como estar / deixa calmo / feliz / deixa quieto / devagar / sossegado / deixa / depois que a gente deixar / depois / bem depois / a gente pensa em alguma coisa pra fazer / alguma coisa pra mudar / alguma coisa que possa justificar / que não podemos mais simplesmente deixar.”
Simplesmente deixar - Bruno Levinson


Ia discutir a crise do blog que chegou aos sete meses mas diz esse cara que eu conheço e que é ótimo que a vida é feita de crises e que sem crise não existe criatividade e o que é a vida sem criatividade?
Estou feliz. Estou bem, correndo feito louca, por horas sem tempo para ver meus amigos, mas feliz. Cresci muito. E sei que ano que vem será a continuação desse crescimento. Então vamos ao que interessa. Pegando a deixa do Alan sobre Grey's Anatomy, sabe o que acho que toca na série. A amizade das personagens que são tão diferentes entre si e no entanto se entendem e encontram pontos de contato.
Pensando nisso, devo agradecer sempre pela minha sorte em ter amigos ótimos. Semana passada e essa são exemplos típicos disso. Fim de semana passada, peguei Marcos, meu querido amigo que no momento vive na ponte aérea Rio/SP, e fomos ter um sábado de paulistanos. Almoço de comida baiana, exposição, livraria, cerveja e encontrar mais amigos. Tudo com muita conversa para matar a saudade e fofocas mil...
Em plena terça feira, no auge da correria parei tudo para jantar na casa da Lívia Maria com Joana e amigos e recarregar as baterias. Comida japonesa feita em casa. Boa conversa. Gente interessante. Norteña.
Esse está sendo um ano bacana em termso de anizade, fiz quatro aquisições importantes(Marcos, Jo, Mari e Lívia) que vieram de trabalho e hoje são parte querida da minha vida.
E no fim de semana aproveitei a folga para ver meus queridos bauruenses. Família e amigos.
Fabíola é minha irmã mais irmã que irmã e sabe disso. Sábado acordamos em fashion descontrol. Fomos até Jaú e comprei três sapatos. Dia de piscina e cervejinha e noite de comida japonesa. Obrigada.
E se tudo der certo, essa semana vejo Alan e Rogério. O Luciano não tenho muita esperança de ver tão cedo porque ele não dado muita notícia. Vida de casado é assim.
Rogério tem viajado muito e Alan tem trabalhado e ido a shows como louco. Agora a temporada de internacionais acabou. Só não podemos fechar o ano sem ver Marcelo Camelo, não é, amigo? E augustar dia desses.
Bom, posso dizer que nesse domingo de sol (já estou indo para a piscina, Bia) não posso em absoluto reclamar de solidão.
Ah, e no auge desse momento amigos, reapareceu na minha vida Karin, de quem a foto nunca havia saído do meu quadro de recados, o que me fez feliz e feliz e feliz.
Desculpe o momento sãotantasemoções leitores, mas é que realmente estou passando por um momento bem feliz da vida.



sábado, 15 de novembro de 2008

Brincando com as Estatísticas

Na semana passada não pude postar por uma razão diferente.

Apesar de estar prá lá e prá cá viajando a trabalho durante a semana, aproveitei o final de semana prá visitar meus avós paternos, especialmente meu svô que completou 90 anos de vida alguns meses atrás. Não há internet nem celular onde ele mora hoje... Uma praia péssima no litoral sul de São Paulo, que fez suas vidas MUITO mais fácil e melhor do que viver em SP.

Meu avô é a prova viva de que prá toda regra, há exceções. Nasceu em 22 de agosto de 1918. Por volta de 1927 começou a fumar - aos 9 anos de idade - mantém-se fumando até os 90 anos. Casou-se aos 30 anos de idade, algo atípico para sua geração. Travalhava numa indústria de combustíveis, que todos bem imaginam, não se preocupava em nada com a saúde de seus empregados e o que já deve ter inalado de gasolina....só ele sabe...

Recentemente passou por um problema de saúde e deixou todos preocupados, mas voltou prá casa e finalmente nota-se alguma dificuldade em sua respiração. Meu avó tornou-se um velhinho somente aos 90 anos prá mim... Foi interessante.

Interessante também foi ouvi-lo contando detalhes de suas histórias de trabalho ocorridas no ano de 1967 com detalhes que poucos de nós teríamos de nossas histótias. Notei que ele fazia isso prá mostrar a seu filho e neto que estava bem. Que estava lúcido. Náo me lembro de ter escutado esse tipo de história antes. Minha avó enche tanto o saco dele que ele quer mostrar que a chata é ela... acho que é isso.

Minha avó é mais nova que meu avô. Tem só 84 anos. Há 20 anos, meu pai já se preocupava com sua saúde e nos obrigava a passar os Natais todos junto a ela, pois "aquele poderia ser o último". Ela deve tomar uns 40 comprimidos por dia prá pressão alta, coração, diabetes desde aquela época. Chegou um momento que desencanamos dos Natais com ela porque afinal concluímos que ela é o próprio Highlander.

Continua tomando seus 40 comprimidos diários, no entanto, esquece um dia, toma no outro... Adora churrasco, morre de comer doce....

É interessante quando vemos tantos estudos e estatísticas de saúde criticando tanto as coisas e temos do nosso lado a prova viva de que nenhuma delas se confirma. Sei que estatísticas náo sáo exatas, mas é interessante mesmo assim...

Sou grato pelo DNA que me passaram. Sei que me passaram porque do meu lado materno, minha avó tem 82 anos e mora só, viaja só e anda de onibus só por São Paulo. Meu avô, infelizmente faleceu antes de eu nascer de cirrose hepatica - nesse caso, confirmando as estatística - mas na média sua herança genética é positiva, já que nenhum deles sofria de problemas cardíacos, diabetes ou outra doença crônica. No caso da minha avó paterna, só pode ser erro de diagnóstico médico... O que ela come e toma de remédio não faz sentido nenhum. Se ela realmente tivesse algo já era prá ter dado tudo errado....

Eu continuo naquela situação de nunca ter ido a um velório ou enterro. Nenhuma das pessoas que me cercam jamais faleceu, o que é estranho aos 31 anos. Nem amigos, nem parentes (tio do pai não conta). Ao mesmo tempo que é algo bom é algo que tem me incomodado bastante nos últimos dias, pois não é possível simular ou preprarar-se antes e a galera, como vocës notaram, já tá ficando BEM encaminhada prá isso na minha famíli..

Só espero um dia chegar ao ponto em que eles chegaram. Respondendo que "SIM" quando o neto perguntou se tudo tem valido a pena...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ainda há tempo...

Toda vez que assisto à série "Grey's Anatomy", confesso, dá vontade de ser médico. No entanto, quando vejo sangue, logo desisto da idéia e fico contente em ser jornalista. Ao mesmo tempo, porém, me emociono a cada história narrada naquele hospital fictício. Se você não assistiu ainda à série, perca o seu tempo baixando os episódios pela internet... vale muito a pena! Falando nisso, o final da quarta temporada me espera....
até mais




quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Poesia

Para Camilla Tebet

“... O meu mundo não é como o dos outros,
quero demais, exijo demais,
há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo,
pois estou longe de ser uma pessimista;
sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada,
uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades...sei lá de quê!”
Florbela Espanca

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Belkis/Nicaula ou a rainha de Sabá

Torá ou Pentateuco, um dos livros sagrados dos judeus, é composto de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. No Gênesis existe uma referência a Sabá (Shva), filho de Raamá, filho de Cuxe, filho de Cam, filho de Noé. A questão sobre se a rainha de Sabá era ancestral dos hamitas, considerados sobreviventes da arca de Noé, ou dos semitas, descendentes de Sem, suscita debates até hoje.
Em maio de 2008, os pesquisadores da Universidade de Hamburgo anunciaram que arqueólogos alemães descobriram em Aksum, cidade sagrada da Etiópia, os restos do palácio da rainha de Sabá. Da existência de Belkis, ninguém tinha dúvidas, só à arqueologia precisava de provas concretas. O cinema imortalizou sua relação com Salomão. Nas passagens bíblicas tratando do assunto não há sinal de amor entre eles. Cinema sem romance não é cinema, ainda mais, em Hollywood.
Mas, a tradição etíope afirma com segurança que o rei Salomão seduziu e engravidou sua convidada, um assunto de importância considerável para esse povo, pois a linhagem de seus imperadores remontaria àquela união.
Conhecida no velho e novo testamento como a rainha do sul, foi indicada pelo próprio Jesus, juntamente com os ninivitas, para julgar a geração de contemporâneos dele. As interpretações cristãs das escrituras enfatizam tanto os valores históricos, quanto os metafóricos da narrativa. Sua visita ao rei de Israel pode ser comparada ao casamento da Igreja com Cristo, onde Salomão seria o “ungido” e ela representaria uma população de gentios submetida ao messias. Sua castidade foi descrita como um presságio da Virgem Maria. Os três presentes levado ao reino de Israel – ouro, incenso e mirra – estão ligados às oferendas dos magos. No livro de Isaías existe uma referência ao fato: “todos virão de Sabá, trarão ouro e incenso e publicarão os louvores do Senhor.”
Giovanni Boccaccio, em sua obra Sobre as Mulheres Famosas seguindo exemplos anteriores refere-se à rainha de Sabá como Nicaula afirmando ser ela soberana da Etiópia, do Egito e da Arábia. Piero della Francesca pintou um afresco sobre o assunto. Hieronymus Bosch optou por retratá-la com o rei Salomão no colar usado por um dos magos. No Doutor Fausto, de Christopher Malowe, existe uma referência a ela, quando Mefistófeles está tentando persuadir Fausto da sabedoria das mulheres.
O encontro de ambos foi um enfrentamento de duas forças, afirmam alguns autores. Belkis é descrita como uma anomalia de pés cobertos de pêlos, a prova de sua origem demoníaca. Acredito nessa possível luta entre as forças do bem e do mal, embora me ponha a pensar na contradição disso tudo. Se, foi citada por Jesus como instrumento no julgamento final, isso significa que era do bem ou do mal? Se do bem, Salomão era do mal? Se ela fazia parte dos gentios representava o mal? Convertida tornou-se do bem? Estranho, muito estranho...

domingo, 9 de novembro de 2008

É dia de descanso

Semana de colocar a vida em dia. Possibilidades surgindo. Sincronicidade louca nesse mundão. Quando se está no caminho certo é assim mesmo que acontece. As coisas fluem. Obrigada. Obrigada. Obrigada.
Essa semana fugi do trabalho no meio da tarde e fui ao Museu da Língua Portuguesa e a Pinacoteca, comprei um livro do Artur Barrio e desde então só faço ver isso. Artista de verdade é assim,, criador, e não requentador da própria obra mudando só o título. Disso o país está cheio. Nos teatros, nas galerias, nas ruas... Talento, minha gente, cadê os Machados de Assis dessa geração? Os Nelson Rodrigues? Ou será que está tudo tão esvaziado que estamos fadados a entrar para a história como uma geração de auto covers. De criadores de um trabalho só fragmentado em cópias de si mesmo. Quantidade nem sempre é qualidade.
E não é que a 28º Bienal é assunto mesmo? Ontem sentei num boteco e um cara na mesa do lado brandia sua absoluta decepção com a bienal. "E o dinheiro é público!" O dinheiro é público sim senhor. E a bienal é para quem quiser. E quem não quiser que fale mal ao menos. Propaganda é sempre bom. Eu já fui duas vezes e não acho a melhor bienal da vida mas, na boa, existe uma MELHOR bienal? Não é coxinha para a gente decidir se gosta mais com catupiry ou sem. É arte. E levantamento de questões. E deve ser vista como tal.



sábado, 8 de novembro de 2008

Para ler

"De tudo, ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que precisamos continuar...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...
Portanto, devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro..."
Fernando Pessoa

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Para ver

Segue a programação desse fim de semana na bienal. É só clicar na imagem que fica legível.



quinta-feira, 6 de novembro de 2008

borrão

cigarros, nacos de esmalte e tristes lembranças no cinzeiro.
jogou tudo no lixo. mas o lixeiro não levou pra longe a dor.
fica o cheiro, sabe... embrulha o estômago e as idéias.
noites cada vez mais longas, dias cada vez menos coloridos.
ela não sabe onde errou.
não faz idéia qual ônibus perdeu.
e não tem mais saco de fazer pedidos a uma estrela cadente.
já tentou ouvir the cardigans. mas o sorriso não vem.
até o senhorio já reclamou. ameaçou aumentar o aluguel.
as caminhadas madrugada afora estão mais freqüentes.
passos curtos, leves, contados... afastam a tristeza, mas aproximam a incerteza.
e as respostas, prostitutas que são, fogem das esquinas.
apressadas, com suas saias curtas, seus saltos baratos, o batom a retocar.
e ela? ela continua caminhando.
continua perguntando.
continua vivendo.
se vale a pena, ainda não descobriu.
e agradece ao que se acostumou a chamar de deus por isso.
porque quando descobrir que não vale...
bom, deixe-a caminhar mais um pouco.
passos curtos, leves, contados...
talvez pra sempre.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Crime passional ou homicídio qualificado?

Peço perdão por emitir opinião sobre assunto tão delicado. Vejo homens matando mulheres pelo simples motivo do ciúme, a minha vida toda. Em um júri, defesa e acusação terão versões diferentes para a história, história que é sempre a mesma: crime de morte cometido sob a justificativa do amor. Eu também me lembro de ter ouvido a frase quem ama não mata. E não mata mesmo. O tempo da legitima defesa da honra acabou faz tempo, mas de Euclides da Cunha a Marcos Pimenta Neves, os assassinos ficaram impunes e a culpa recaiu sobre os ombros da vitima. Não li as reportagens, não vi a Ana Maria Braga transmitindo o enterro da Eloá, nem por isso desconheço o caso e farei aqui minha previsão: o sujeitinho não vai para a cadeia.
De acordo com a lei 11.464/2007 de autoria do ex-ministro Márcio Thomas Bastos, o assassino responde em liberdade provisória pelo homicídio. Réu primário, a moça era uma vagabunda, o pai dela responde processo, a turminha não se reunia para estudar, e sim para bagunçar, e assim por diante. Pode até haver desculpa mais contundente: as moças eram lésbicas. Então, por que a insistência dele em tê-la de volta? Enfim, deve ter um advogado de defesa preparando a cama macia na qual o criminoso vai se deitar. Mulher mata por ciúme? Vocês ouviram ou leram alguma coisa sobre o assunto? Não vale a Dorinha Duval, pois é exceção.
Em geral, o caso é o seguinte, o marido foi embora com outra e deixou-a com um montão de filhos para criar. Ela trabalha para educar a criançada. Tempos depois, o sujeito volta. O dinheiro acabou ou ele está doente no hospital. A boa companheira avisa a ex-familia e desaparece. E pior a mulher vai lá e leva o felizardo para casa. Ah, mulheres...
O Brasil possui mais de 50% de habitantes do sexo feminino. Desse total, quantas têm filhas? Vocês já pensaram que podem viver um drama igual ao da mãe da Eloá? Não está na hora de criar um movimento com slogan: mulheres unidas contra crimes passionais?
Na verdade estou colocando para fora a minha tristeza por ver a vida de uma garota de quinze anos perdida por algo tão fútil. Acredito ser a única sentimental a imaginar como seria a obra completa de um dos maiores pintores brasileiros, Almeida Junior, brutalmente assassinado por ciúme. Como estaria hoje Ângela Diniz? E a jornalista Sandra Gomide? De Doca Street ou de Pimenta eu tenho noticias: livres e soltos por aí. Veja bem, não sou contra o sexo masculino. Nem adepta da necrofilia, viu padre Beto? Tenho um filho, uma nora e uma filha, sem contar os agregados. Sou contra a irracionalidade, a brutalidade de se premeditar a morte de alguém por motivo tão torpe. O desfecho é estudado nos mínimos detalhes, não tenho dúvidas. Só por curiosidade, em linguagem jurídica é crime passional ou homicídio qualificado?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Para pensar



Everybody's Free (to wear sunscreen)
Mary Schmich - Chicago Tribune

"Ladies and Gentlemen of the class of '97... wear sunscreen.
If I could offer you only one tip for the future, sunscreen would be IT.
The long term benefits of sunscreen have been proved by scientists whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience.
I will dispense this advice now.
Enjoy the power and beauty of your youth. Never mind. You will not understand the power and beauty of your youth until they have faded. But trust me, in 20 years you'll look back at photos of yourself and recall in a way you can't grasp now how much possibility lay before you and how fabulous you really looked.
You are NOT as fat as you imagine.
Don't worry about the future; or worry, but know that worrying is as effective as trying to solve an algebra equation by chewing bubblegum. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind; the kind that blindside you at 4pm on some idle Tuesday.
Do one thing every day that scares you.
Sing.
Don't be reckless with other people's hearts, don't put up with people who are reckless with yours.
Floss.
Don't waste your time on jealousy; sometimes you're ahead, sometimes you're behind. The race is long, and in the end, it's only with yourself.
Remember compliments you receive, forget the insults; if you succeed in doing this, tell me how.
Keep your old love letters, throw away your old bank statements.
Stretch.
Don't feel guilty if you don't know what you want to do with your life. The most interesting people I know didn't know at 22 what they wanted to do with their lives, some of the most interesting 40 year olds I know still don't.
Get plenty of calcium.
Be kind to your knees, you'll miss them when they're gone.
Maybe you'll marry, maybe you won't, maybe you'll have children, maybe you won't, maybe you'll divorce at 40, maybe you'll dance the funky chicken on your 75th wedding anniversary. Whatever you do, don't congratulate yourself too much or berate yourself, either. Your choices are half chance, so are everybody else's. Enjoy your body, use it every way you can. Don't be afraid of it, or what other people think of it, it's the greatest instrument you'll ever own.
Dance. Even if you have nowhere to do it but in your own living room.
Read the directions, even if you don't follow them.
Do NOT read beauty magazines, they will only make you feel ugly.
Get to know your parents, you never know when they'll be gone for good.
Be nice to your siblings; they are your best link to your past and the people most likely to stick with you in the future.
Understand that friends come and go, but for the precious few you should hold on. Work hard to bridge the gaps in geography in lifestyle because the older you get, the more you need the people you knew when you were young.
Live in New York City once, but leave before it makes you hard; live in Northern California once, but leave before it makes you soft.
Travel.
Accept certain inalienable truths, prices will rise, politicians will philander, you too will get old, and when you do you'll fantasize that when you were young prices were reasonable, politicians were noble and children respected their elders.
Respect your elders.
Don't expect anyone else to support you. Maybe you have a trust fund, maybe you'll have a wealthy spouse; but you never know when either one might run out.
Don't mess too much with your hair, or by the time you're 40, it will look 85.
Be careful whose advice you buy, but, be patient with those who supply it. Advice is a form of nostalgia, dispensing it is a way of fishing the past from the disposal, wiping it off, painting over the ugly parts and recycling it for more than it's worth.
But trust me on the sunscreen."

domingo, 2 de novembro de 2008

De beijos roubados

Nick Hornby diz que as pessoas se apaixonam tanto porque elas adoram estréias. Novidade. Tudo é moda. Deve ser verdade. Não que estar junto há algum tempo não tenha suas delícias mas beijar pela primeira vez alguém que se deseja há algum tempo é sempre uma experiência única.
E ma-ra-vi-lho-sa!
É um calor que sobe meio frio na espinha, um bambear de pernas, um arrepio na nuca e o cheiro da pele que chega em uma distância nunca antes atingida, todas as alterações de velocidade que o corpo sofre, a respiração que de repente ganha peso e o gosto, temperatura e textura desse corpo estranho que tem aí seu primeiro contato íntimo. Descobrir ritmo, calor, sabor de outra pessoa é quase como descobrir um continente.
Aí que delícia é beijar alguém que se deseja pela primeira vez. E não estou falando desses beijos tortos que a gente eventualmente lasca em malucos na balada por efeito do álcool ou qualquer outro aditivo, estou falando de beijo que já foi sonhado, imaginado e até milimetricamente dissecado antes, muito antes, de acontecer de fato.
Beijo daqueles que a gente já criou histórinhas antes de dormir imaginando como seria, qual seria o passo que levaria da situação paquera para a ação inicial. Beijos, beijos e mais beijos. Porque geralmente uma vez que o primeiro é lascado segue-se uma sucessão deliciosamente interminável. Já notaram que depois do primeiro beijo a noite se perde em termos de conversa. Assuntos não mais interessam.
Eu já disse que sou péssima de paquera? Sou horrível. Nunca fui boa e acho que há menos que pare a vida para ter aulas com uma versão feminina do Will Smith eu nunca vou melhorar. Não sei jogar. Não gosto de jogo. Sou absolutamente pró sinceridade. E na paquera não existe sinceridade. Só jogo. Então estou sempre em desvantagem.
É uma olhadela de lá, uma pegada no braço de cá. Um se fazer de desinteressada e coisa e tal e tal e coisa que eu sofro.
Nunca tive muita paciência na arte de esperar com cara de blazé a boa vontade alheia. E também sou mestra em não notar quando estou sendo cantada. Demoro dias, meses, anos para notar. Todo mundo já sabe e disse que fulaninho quer algo e eu continuo achando que é amizade. Já dei foras homéricos. E levei tantos outros para balancear.
E já levei cantadas boas. Uma das melhores me fez feliz mas rendeu pouco. Cantada boa nem sempre é garantia de química boa. Química é um negócio engraçado mesmo porque não dá para forçar. Ou acontece ou não. Gente é um negócio engraçado, né?

sábado, 1 de novembro de 2008

Taking Control of my Life

Algumas semanas depois de não escrever, reapareço. 
Juro que não foi falta de vontade ou de inspiração. Simplesmente me esqueci na primeira e na segunda, eu realmente não tive condições.

Por algum tempo, sinto que perdi o controle da minha vida. Por mais que eu tenha opinião e decida, sempre acabo dependendo de alguém prá resolver o mais importante... e isso já está me cansando. A próxima semana é o Dead Line. Ou decidimos que sim ou que não. Uma grande mudança está por vir e eu não tive tempo nem de pensar direito sobre o assunto... De ficar feliz ou triste... De conversar a respeito de detalhes com amigos... De planejar o futuro... Tudo vai ser atropelado. Não posso nem marcar uma programação de Natal e Ano Novo, porque não sei ainda onde estarei.

Nas duas últimas semanas estava chegando ao escritório às 5 da manhã. Tudo bem que estava indo dormir às 21h, mas mesmo assim é um pouco deprimente. Imagine colocar o relógio prá despertar as 4. Achei que era o melhor, já que trabalho melhor pela manhã. Tive 5 jantares de negócios em 8 dias. Duas vezes foram em churrascaria. Bem na semana em que decidi fazer dieta. Alguém tem idéia do quão cansativo é ciceronear gringos? Cansa MUITO mais que trabalhar...

Já estou viajando de novo, com dificuldade prá me acostumar com o fuso horário aqui no México, que agora é de 4 horas. Assim que me acostumar, volto pro Brasil...já sei que vai ser assim.

Não fui ao cinema, não terminei meu livro, como bom neurótico comprei o DVD da Marisa Monte que ainda nem saiu na pré-venda do Submarino antes que acabe (como se acabasse...), não fui a nenhum bar, encontrei somente 1 amigo que foi em casa um dia desses prá jogar video game no último mês... 2 amigos, porque também fui levar uma encomenda da Janaína outro dia e acabei indo de bico num evento onde admito que fiquei deslocado.

Apesar de tudo isso, sinto que estou novamente tendo algum controle da minha vida. Imaginem como estava antes. Estou tentando acreditar que é um momento. Espero que seja...

Aproveito prá deixar uma coisa legal que vi na internet agora há pouco... Clipe no Excel. Realmente ainda há espaço prá idéias...