domingo, 10 de abril de 2011

Landslide

Lendo o texto da nossa querida Rosa só consigo pensar que no fundo, mulheres são todas iguais. E não gostei de As Pontes de Madison quando assisti mas de vez em quando penso em alugar e rever porque tenho muitas amigas que amaram. Assim como sua amiga também tenho saudade de amar. E tenho um amigo querido, o sumido Rogério, que tem uma teoria que me preocupa: talvez cada um de nós só tenha direito reservado a um amor. Daquele que você não esquece, que faz tremer? Um amor somente.
Já conversamos muito sobre o assunto e por mais que entenda seu ponto de vista quando ele inclusive usa minha vida como exemplo , no entanto, não consigo não sentir dor no coração ao pensar nessa possibilidade. Feliz ou infelizmente, muito cedo, me apaixonei perdidamente e por questões que hoje não vem ao caso, não fui em frente com esse amor. Se me arrependo? Já me arrependi, já sofri, já me arrependi mais um pouco e então coloquei a história toda na gaveta porque afinal, a escolha havia sido minha. Hoje o rapaz é casado há anos e deve ter pelo menos um par de filhos. A última vez que o vi, uns 4 anos atrás, estava em Maresias almoçando com um amigo em uma segunda feira nublada após o encerramento de um projeto maravilhoso que coordenei com sucesso. Não sei ao certo se ele me viu, estava com a mulher, a filha e uma babá.
Lembro que pensei que aquela podia ter sido eu, mas se fosse, eu não teria tido todas as experiências que tive desde que nunca mais o vi. Escolha, né? Gosto muito do meu trabalho mesmo enlouquecendo e até mesmo ficando doente com ele. Adoro a possibilidade de estar entre tanta gente que admiro e fazer o que faço.

Se cada um tem direito a um amor, este talvez tenha sido o meu. Desde então tive paixões várias. Não nego que tenho beijado muitos sapos nessa vida. Mas entre ficar quieta e beijar sapo, a opção do sapo sempre é uma tentativa, né?
Recentemente achei que estava apaixonada mais uma vez. Um cara que conheço há anos mas reencontrei graças as voltas que o mundo dá. E me encantei. E me encantei com tudo o que pensei que o rapaz era, mesmo depois ele provando não passar perto do cavaleiro bondoso, gentil, honesto, o salvador da pátria talentoso que eu achava que ele era. Não era. E com isso beijei mais um sapo e até derramei algumas lágrimas no processo. Deixar de acreditar é sempre complicado.
Esse sempre é um problema, invento a pessoa na minha mente e faço dela o que bem entendo. E aí a realidade nunca é páreo para a minha versão da pessoa...
Talvez o Rogério esteja certo e meu direito ao amor tenha sido usado ainda na adolescencia e tenha queimado meu cupom. Talvez não. Talvez um dia desses eu me arrependa de ter escrito este texto. Talvez eu me apaixone e depois de 3 anos descubra que não era amor... quem sabe.

Nenhum comentário: