sábado, 2 de abril de 2011

Os seres humanos devem aprender a se adaptar ao que é inevitável

A frase está no I Ching escrito em 1.500 a.c. e no Velho Testamento, também... Os cristãos consideram o antigo e o novo testamento como um único volume, a Bíblia, palavra derivada do grego, livros. O termo no judaísmo é sefarim e tanakh, lei entendida como guia, ajudando a lembrar seu conteúdo: Torah. A história da formação da Bíblia, uma compilação de escritos em hebraico e aramaico no Gênesis é controversa. Antes da era cristã existia uma tradução para a Grécia destinada aos judeus ali residentes conhecida como Septuagint/Vulgata dos Setenta. Quase nada se sabe sobre os primórdios do cristianismo, pois os seus seguidores trataram de suprimir textos que seriam de muita ajuda para os pesquisadores atuais. Um dos únicos historiadores dessa época é Flavius Josefus, um fariseu que viveu e escreveu em Roma. O cristianismo é uma reinterpretação do judaísmo. Sua pedra basilar, o Pentateuco, encontra-se no livro cristão, alias todo texto ditado a Moisés pelo Deus dos judeus nunca foi rejeitado pelo cristianismo, embora haja um abismo separando a religião moderna daquela praticada na forma primitiva.
Queiram ou não, a religião deveria ser uma busca da verdade, da qual ninguém deveria ter medo. Jesus Cristo, um dos poucos homens extraordinários, um incomodo para Zaratustra, Gautama, Buda ou Maomé não está morto, embora um pesquisador sério devesse fazer distinção entre ele e a religião praticada em seu nome, ela sim meio morta. Jesus era judeu e possivelmente um gnóstico. Seria essa é a razão do sumiço de documentos tão importantes, como os Códices, encontrados em Nag Hammadi? Teriam sido enterrados por membros da antiga seita cristã? Sim, ao sentirem o perigo, na medida em que a visão católica associava a Igreja a uma instituição triunfante. Por isso a descoberta tem uma importância vital para todas as religiões. O conteúdo do achado é gnóstico e impulsionou as pesquisas no século XX. O engraçado nisso tudo é o fato da nova religião ter-se apropriado do deus judeu dizendo o contrário. Na Idade Média tentaram uma interpretação mais real do judaísmo, através da Cabala, que é gnóstica, porém os estudiosos acabaram desacreditados. Para vocês sentirem que não são somente os católicos que desejam permanecer no escuro.
Gnosticismo era um conjunto de correntes religiosas e filosóficas sintetizadas, cuja presença é percebida nos primeiros escritos do cristianismo. Essas ideias foram consideradas heréticas por volta do ano de 130 começando pelo Egito. A palavra significa conhecimento divino, comunhão, tendo como base as filosofias da Babilônia combinadas com elementos da astrologia. Os cristãos gnósticos mesmo perseguidos aparecem na evolução cultural da humanidade: séculos I/II = Egito; séculos III/IX = nestorianos; século X = paulicianos; século XI = cátaros e cavaleiros de Malta; século XII = Templários; século XIII = irmãos do livre espírito; século XIV = rosa-cruzes; século XV = academia platônica; século XVI = ordem de cristo; século XVII = os irmãos asiáticos; século XVIII = os martinistas; século XIX = sociedade teosófica.
Quando li a frase que dá título ao post pensei nisso tudo imaginando a inevitabilidade de uma ruptura profunda na interpretação do cristianismo. Hoje existe um conceito universal de religião articulando um esquema baseado na evolução como um processo que tem por objetivo a realização efetiva da essência universal de qualquer crença. Talvez isso aconteça em breve. Falam em profecias sobre o último papa, sobre o anticristo, enfim sobre o final dos tempos... Esse anunciado término pode ser uma reviravolta cultural, histórica e religiosa sem precedentes na história da humanidade.

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