sábado, 4 de junho de 2011

La vien un rose...

Cantou Edith Piaff, embora eu particularmente acredite que ela não teve uma vida tão cor de rosa assim. Alguns dizem tudo azul...então poderia dizer que sua vida não foi azul. Cor, cores estão, sempre, associadas a alguma cidade. Bauru, a capital da terra branca, Ourinhos e sua terra vermelha como sangue. São Paulo, mesmo com toda sua gama de divertimentos e cultura é cinza aos meus olhos, assim como Roma parece-me ter um ar cor de rosa. Não consigo dar cor a Paris, de Edith Piaff. Seria rosa como Roma? Não... também, não é verde apesar da quantidade enorme de parques, nem branca, como sugere "cidade luz". Essa luz é cultura irradiada para todo o ocidente. Paris é uma festa, como dizia Hemingway. Paris é um horror como insinuou Van Gogh. Paris é avant garde, Paris é conservadora. Essa dualidade está presente em sua arquitetura. Ande por ela e olhe para cima e verá a combinação de construções antigas e super modernas. O próprio Louvre é um exemplo disso com sua pirâmide de vidro. Será Paris uma cidade poluída? Nunca procurei saber. Respiro aquele ar meio retrô, meio avançado com tanto gosto esquecida de quase tudo. Por que Paris exerce esse fascínio sobre mim? Não sei... Mas quando penso Europa, quando, penso museus, penso Paris. Lembro-me dela ao tomar um bom vinho tinto ou branco, se tiver bolinhas, uhau...champagne, viva os franceses! É por isso que Piaff dizia que la vien un rose? Sim, depois de uma ou duas taças, Paris também, deve tornar-se cor de rosa. A posição de Paris tornou-a uma das principais cidades da França no século X e de lá para cá não perdeu sua posição como um dos principais focos das artes, das finanças e da cultura em geral. Pouco se sabe sobre a sua história antes dos romanos. Seu nome é de origem celta e deriva de uma de suas tribos Lutetia Parisiorum. Paris está implantada sobre o Sena, onde se situam duas ilhas: Île de la Cité e a Île Saint Louis. Fluctuat nec mergitur, a expressão pode ser traduzida por: é sacudida por ondas, mas não afunda! O rio corta e separa a cidade em duas partes: lado esquerdo e direito que são ligados por 30 pontes em arcos. A cidade é murada e separada dos subúrbios, porém ligada a eles por um rodoanel de 35 quilometros. Intra muros vivem uns 2.000.000 de habitantes.

4 comentários:

Alexandre Henrique disse...

¨La bohème, la bohème
Ça voulait dire tu es jolie
La bohème, la bohème
Et nous avions tous du génie¨

Charles Aznavour

Não podia ler um post destes sem ciatr o mesmo... Ahh Paris, você tinha espírito, é como o gênio canta, ¨Et nous avions tous du génie.¨

Rosa Bertoldi disse...

Alexandre:
Você consegue explicar esse fascínio que temos por Paris? Pareço boba sentada no café da rue Cujas, em frente a Sorbonne (Quartier Latin) onde passei fazendo pesquisa por um semestre e cada vez que volto a emoção é a mesma.Rosa Bertoldi

Alexandre Henrique disse...

É porque Paris deve ser feita de pedaçinhos do céu, deve ser por isso, querida; Rosa Bertoldi

Rosa Leda disse...

É inexplicável, mesmo. Conheci uma senhora que, casada há 45 anos, ia a Paris há 40 anos, passar o aniversário de casamento...Nos primeiros cinco anos juntaram dinheiro para comprar uma casa. Quando a encontrei estava sozinha no avião... o marido morrera no ano anterior, mas estava feliz, ia passar aquele dia na Place des Vosges, haviam feito 40 pic-nics ali.