sábado, 27 de agosto de 2011

Alfabeto

Falei que o alfabeto teve sua origem na Mesopotâmia e Egito. No México elementos gráficos já existiam desde a época olmeca, bem antes da era cristã. Os suportes dessa escrita são variados. Em entalhes, alto relevo em pedra ou madeira e pintados, recipientes de cerâmica serviam para transportar mensagens religiosas numa escrita muito colorida, que cobria muros, edifícios e monumentos. Eram relativos à observação de fenômenos naturais astronômicos ou marcavam o início e fim de governos. Havia diferenças entre a escrita maia linear e a asteca. Existem ainda manuscritos ditos pictográficos que são verdadeiros quadros-textos onde um mesmo elemento tem um significado e um significante, então o sentido é dado pelo próprio desenho. Tlacuiloa significa escrever pintando e designava a arte do escriba. Havia uma convenção plástica com um simbolismo forte, onde a ordem e o sentido da leitura eram determinados pelo pintor-escritor. As cores constituem peças fundamentais, pois cada uma tinha um valor fonético. Requintado, não é? Mesmo assim, o esporte preferido dos astecas era jogar uma espécie de futebol com a cabeça dos inimigos.
Com exceção da ilha de Creta, a maioria, das construções, está arruinada, seja no Oriente, seja no Ocidente, impossibilitando imagens para constatação das verdades relacionadas à arquitetura antiga. Existem algumas pinturas e referências de historiadores, como Heródoto, ou filósofos, como Platão, que relataram suas viagens e descreveram essas civilizações. O historiador bateu tanta perna que acabou chegando ao acampamento dos citas, os ouvires-ciganos da antiguidade, que vivam onde hoje está a Russia. Suas jóias são verdadeiras obras de arte! Quem nunca ouviu dizer que os prédios e as estátuas gregas eram todas coloridas? Essa brancura clássica é algo recente, mas mesmo assim, se eu topasse com a estátua da Venus de Milo colorida desmaiaria de susto!

Um comentário:

Rosa Leda disse...

Pena eu nunca ter sido sua aluna (na escola)... essas aulas são deliciosas e sempre quero mais.