Os leitores não acostumados com história antiga ou teorias malucas precisam saber da existência de uma crença, não comprovada, que os americanos são descendentes dos povos caldeus e egípcios e atravessaram o estreito de Bering - liga América do Norte/Ásia - para se instalarem no novo mundo. Verdade ou não, a arquitetura mexicana possui características de ambas.
Primeiro o homem inventou a mão! A partir daí seus utensílios, com técnica e estética. Os monumentos arquitetônicos são exemplos da criatividade humana desde os primórdios da civilização. Arquitetura vem do grego archos (primeiro) e tekton (pedreiro). Em latim o termo era magister operis, traduzindo pode-se dizer que seria o mestre de obras ou arquiteto. A arquitetura nasceu como ciência, indústria e arte na Mesopotâmia. As construções eram de alvenaria, sem fundações, com escadarias, rampas, paredes aparelhadas na vertical, colunas, ausência de janelas no primeiro pavimento, pátios internos. Arcos e abóbada são as características mais fortes desses edifícios e estão presentes no México, somente na arquitetura dos maias. Eles são abundantes também na arte romana (Coliseu) e românica (catedrais da Idade Média). Hoje nos edifícios novos ou reformados, classificados de pós-modernos, como o shopping Iguatemi/São Paulo ou a Rua Batista de Carvalho, em Bauru.
Além dos palácios e templos, a pirâmide truncada, conhecida como zigurat compõem as ruínas mexicanas. Na Mesopotâmia ela era composta de sete andares e cada um tinha o nome e a cor de um planeta. De baixo para cima: Saturno/negro; Vênus/branco; Júpiter/púrpura; Mercúrio/azul; Marte/vermelho; Lua/prata e Sol/ouro. No último andar estava o observatório astrológico. Quanta cor! E repare leitor que embora a modernidade se vanglorie de suas descobertas, eles conheciam praticamente todos os planetas. Progressão ou regressão? A astrologia e astronomia nasceram aí. A título de curiosidade, nessa região ficavam os famosos jardins suspensos da Babilônia e daí saiu também um dos primeiros textos escrito há mais de 6.000 anos: Gilgamesh, rei de Uruk, obra mais difundida por volta de 2.340 a. C.
Embora, alguns historiadores afirmem que a civilização egípcia foi a mais avançada da antiguidade, a Mesopotâmia chegou à escrita 200 anos antes dela, além de ter criado o primeiro sistema bancário. Isso bem antes dos templários!
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