domingo, 9 de março de 2014

SETE DIAS NO MUNDO DA ARTE


O livro foi escrito por Sarah Thornton. A autora conta com um bom humor sensacional seu contato com a arte a partir de um leilão da Christie’s realizado todo mês de novembro em New York. Ela descreve os tipos exóticos frequentadores desse mundo tão pequeno através de um passeio de sete dias. O leilão é o primeiro dia. O segundo
ela passa ao lado de críticos de arte classificando seis diferentes papéis exercidos por essa gente estranha: artista, marchand, curador, crítico, colecionador, leiloeiro. Para Sarah Thornton esse universo partilha um princípio: nada é mais importante do que a própria arte. De acordo com a autora muita gente até acredita nisso!  Em seguida ela embarca para a Suíça onde se realiza a mais importante feira de produção artística  contemporânea do planeta se perguntando quando a bolha vai explodir. Eu me faço a mesma pergunta sempre... e nem sou entendida em arte. Leio essas coisas para agradar o Baptista, esse homem turrão decidido a fazer de mim uma intelectual. Ele precisava ter ido ao casamento da Leticia Sabatella. O padre disse algo interessante. O homem casa acreditando na mudança da mulher, porém quem se transforma é ele. Baptista não percebeu que, de sério e mal-humorado, está feliz e risonho. De sedentário passou a atleta, guardadas as devidas proporções. Falando em proporções vamos voltar ao assunto principal, arte. De certa maneira a feira e a visita ao ateliê têm algo em comum, a produção e comercialização da obra. Nesse perambular a autora descobre 1) o mundo da arte é uma aldeia; 2) feiras são menos estressantes que leilões; 3) obras comercializadas em feiras nem sempre são vendidas pelo maior preço e sim ao mais respeitável colecionador, o praticante da compra em profundidade, cujo acervo seja coerente. Viva! Fica claro para o leitor que o nome do livro refere-se à síntese de uma pesquisa maior distribuída em uma semana. O quarto dia foi dedicado ao Prêmio Turner, da Tate Britain, conjunto de três galerias e um museu. A Tate Gallery é a mais visitada do mundo seguida pelo Moma. O prêmio anual tem quatro correntes finalistas. Uma de suas observações é que as pessoas do mundo da arte falam como se fossem íntimas de todos, chamando poderosos pelo primeiro nome: Jay, Larry, Damien, etc. De volta a New York após passar pela Suiça e Grã Bretanha vai ao encontro do editor da Artforum. Poderosa eu? Trata-se da revista mais conhecida no mundinho artístico, consequentemente, Knight Landsman é tão respeitado quanto o papa.  Para a arte Artforum tem a mesma importância da Vogue para a moda. De acordo com o editor da revista – prefere o anonimato – 95% da arte contemporânea não pode ser levada a sério. Sério??? Eu ainda estou no quinto dia. Aí tem coisa... 

4 comentários:

janirabastos@gmail.com disse...

Mudando de área minha cara Rosa? Parabéns pela escolha do livro. Eu adorei. E gostei do seu texto também. Um dia a gente acaba fazendo parceria.

Camilla disse...

Adorei a história do livro e a gostosura do seu texto. E o Batista tá ficando famoso hein?

rosabertoldi@gmail.com disse...

Pois é, Camilla quem me apresentou o Baptista foi a Rosa Leda. Aposentado e descansando na praia eles se conheceram na pousada. Na volta ela convidou alguns para jantar e lá fui eu. O meu curriculo é pesado... Pode rir. Ele juiz aposentado e quieto no canto dele. De repente a gente casou e foi passar a lua de mel da Finlândia. Quase congelei, mas sobrevivi e estou feliz!

Camilla disse...

Rosa, que legal! congelou-se, agora transborde eternamente em felicidade.