O livro
foi escrito por Sarah Thornton. A autora conta com um bom humor sensacional seu
contato com a arte a partir de um leilão da Christie’s realizado todo mês de
novembro em New York. Ela descreve os tipos exóticos frequentadores desse mundo
tão pequeno através de um passeio de sete dias. O leilão é o primeiro dia. O
segundo
ela passa ao lado de críticos de arte classificando seis diferentes
papéis exercidos por essa gente estranha: artista, marchand, curador, crítico,
colecionador, leiloeiro. Para Sarah Thornton esse universo partilha um
princípio: nada é mais importante do que a própria arte. De acordo com a autora
muita gente até acredita nisso! Em
seguida ela embarca para a Suíça onde se realiza a mais importante feira de
produção artística contemporânea do
planeta se perguntando quando a bolha vai explodir. Eu me faço a mesma pergunta
sempre... e nem sou entendida em arte. Leio essas coisas para agradar o
Baptista, esse homem turrão decidido a fazer de mim uma intelectual. Ele
precisava ter ido ao casamento da Leticia Sabatella. O padre disse algo
interessante. O homem casa acreditando na mudança da mulher, porém quem se
transforma é ele. Baptista não percebeu que, de sério e mal-humorado, está
feliz e risonho. De sedentário passou a atleta, guardadas as devidas
proporções. Falando em proporções vamos voltar ao assunto principal, arte. De
certa maneira a feira e a visita ao ateliê têm algo em comum, a produção e
comercialização da obra. Nesse perambular a autora descobre 1) o mundo da arte
é uma aldeia; 2) feiras são menos estressantes que leilões; 3) obras comercializadas
em feiras nem sempre são vendidas pelo maior preço e sim ao mais respeitável
colecionador, o praticante da compra em profundidade, cujo acervo seja
coerente. Viva! Fica claro para o leitor que o nome do livro refere-se à
síntese de uma pesquisa maior distribuída em uma semana. O quarto dia foi
dedicado ao Prêmio Turner, da Tate Britain, conjunto de três galerias e um
museu. A Tate Gallery é a mais visitada do mundo seguida pelo Moma. O prêmio
anual tem quatro correntes finalistas. Uma de suas observações é que as pessoas
do mundo da arte falam como se fossem íntimas de todos, chamando poderosos pelo
primeiro nome: Jay, Larry, Damien, etc. De volta a New York após passar pela
Suiça e Grã Bretanha vai ao encontro do editor da Artforum. Poderosa eu?
Trata-se da revista mais conhecida no mundinho artístico, consequentemente,
Knight Landsman é tão respeitado quanto o papa.
Para a arte Artforum tem a mesma importância da Vogue para a moda. De
acordo com o editor da revista – prefere o anonimato – 95% da arte
contemporânea não pode ser levada a sério. Sério??? Eu ainda estou no quinto
dia. Aí tem coisa...
4 comentários:
Mudando de área minha cara Rosa? Parabéns pela escolha do livro. Eu adorei. E gostei do seu texto também. Um dia a gente acaba fazendo parceria.
Adorei a história do livro e a gostosura do seu texto. E o Batista tá ficando famoso hein?
Pois é, Camilla quem me apresentou o Baptista foi a Rosa Leda. Aposentado e descansando na praia eles se conheceram na pousada. Na volta ela convidou alguns para jantar e lá fui eu. O meu curriculo é pesado... Pode rir. Ele juiz aposentado e quieto no canto dele. De repente a gente casou e foi passar a lua de mel da Finlândia. Quase congelei, mas sobrevivi e estou feliz!
Rosa, que legal! congelou-se, agora transborde eternamente em felicidade.
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