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domingo, 15 de dezembro de 2013

Mundo pequeno

A geração dos anos 1960 é responsável por grandes transformações ocorridas no mundo atual. Pois bem, tem mais uma. Stanley Milgram (1933-1984) da Universidade de Yale realizou uma pesquisa que resultou em polêmica, mas o resultado oferecido pelo psicólogo comprovou sua verdade. Ele enviou alguns pacotes para moradores da cidade de Wichita (Kansas) pedindo as pessoas que mandassem para um conhecido que acreditasse faria a encomenda chegar ao destinatário. Pasmem: diversas entregas chegaram após passar por seis pessoas, em média.
Hoje navegando pela Internet não é difícil descobrir que um amigo está conectado a uma pessoa ligada a personalidades da política, da mídia, do meio cultural, mas na década de 1960 trocar informações on line em tempo real era enredo para filme de ficção científica!
A experiência tornou-se conhecida como teoria dos seis graus de separação e inspirou peça de teatro e filme no final do século XX. Resumindo na teoria científica do psicólogo americano bastam seis laços de amizade para que duas pessoas estejam ligadas.
Pensei logo: eu e Brad Pitt. Mas, tem a Angelina Joli e o Baptista... Melhor não ficar imaginando coisas... Algo semelhante está sendo desenvolvido pelo site Yahoo, via Facebook e seus 750 milhões de usuários. Na página Small World você está sendo convidado a enviar uma mensagem para um desconhecido de um país qualquer selecionado pelos administradores do projeto. Para se tornar um remetente basta ter uma conta na rede social.
Pensei em tudo isso com a volta do sete graus de separação. Não conheço o Thiago Roque, nem a Camila Tibet, o Fernando Azevedo ou o Alan Faria e cá estou eu participando de um blog e escrevendo ao lado deles. Sim, Milgram estava certo, embora o número sete seja mais exato para os pesquisadores da Microsoft.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Clique em cancelar para corrigir a falha...

Queria escrever um comentário sobre O Laptop de Leonardo. Liguei o computador, cliquei em arquivo, em novo, em word e ao renomear recebi a resposta: se a extensão do arquivo for alterada, pode tornar-se inutilizável. Quem nunca recebeu aviso dessa máquina infernal do tipo EAX=00000010 CS=1775?
Uma ironia, pois o autor do livro descreve como esse Renascimento 2.0 vai melhorar a qualidade de vida da população, fala maravilhas da tecnologia de ponta e eu aqui refletindo sobre os dissabores do usuário quando os computadores não estão em harmonia com necessidades primárias.
A questão é: como desafiar os projetistas a focar-se no indispensável? Afinal, o que se quer são aparelhos simples adaptados ao sujeito comum. Agora, parece-me o momento certo da indústria atender as exigências desse consumidor. Onde estão os gênios gráficos e os Leonardos do web-design, perguntei-me após ver os protótipos de inventos do artista numa exposição. Fiquei imaginando como seriam os computadores projetados por ele. Talvez fosse contratado para pensar diferente dando aos softwares compatibilidade entre velhas e novas máquinas. Ele desenharia ferramentas e processadores de textos fáceis. Gigabytes em quantidade ou banda larga para quem necessita e tecnologia simplificada atendendo gente como a gente. Escreveria manuais inteligíveis ajudando o usuário a transpor a brecha entre o saber e o precisar. Essas coisas não acontecem somente com computadores.
Dia desses, entrei no carro do meu marido. O painel do rádio parecia um disco voador, tal a quantidade de botões e círculos coloridos. Transponham o problema para televisores e/ou liquidificadores nossos de cada dia.
Mas, voltando à ciência computacional, onde estão às alternativas para meros mortais? Está desatualizada, dirão os jovens. Tenho um pendrive com uma boa memória na bolsa e uso um Iphone com uma boa quantidade de recursos, então não estou tão por fora assim. Procuro me informar sobre as novidades aproveitando o que tem utilidade para mim. A maioria dos usuários é assim.
Se da Vinci vivesse hoje, daria ênfase à alta qualidade, porém não faria como os engenheiros do ramo tratando seres humanos como desprovidos de inteligência e nem se comportaria como os designers de sistema acreditando que em breve haverá um programa de interfaces automático. Não, ele buscaria soluções pensando no bem estar do homem e disseminaria esse conhecimento atingindo os extremos da sociedade: especialistas e leigos. Como não apareceu nenhum Leonardo na área, o único recurso é clicar em cancelar para corrigir a falha... deles ou nossa?