sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Madonna e George

Ok, confesso que não aguento mais ler as exigências da Madonna no país. São privadas brancas, que ela, inclusive, vai levar para casa, não sei quantos energéticos, academia de musculação etc. Mas, para mim, a mais absurda é: apenas 13 pessoas podem dirigir à palavra a ela. Vejamos: ela tem três filhos! Sobram dez... quantos bailarinos? Uns cinco, seis? Sobram, assim, três pessoas. Um produtor? Dois. Um assessor para tudo? Um. O pseudonamorado, jogador de beisebol? Fim! Ninguém mais pode falar com ela... será que ela vai falar com o público que irá lotar o Maracanã e o Morumbi? Enfim... coisas de gente famosa! E você, o que exigiria?
Eu não sei o que exigiria.... Cerveja gelada? Amigos por perto? Bolo de chocolate? Toalha? Meu, vai se fuder... eu só queria subir no palco e fazer um show sensacional... Falando em show sensacional, até o fim deste ano, posto um texto com os melhores e os piores do ano na minha modesta opinião. Ainda falando sobre show, li que a Alanis Morissette fará vários shows no país em fevereiro e março... Será que, desta vez, ela vem a São Paulo? Bom, se ela fará show no Piauí, capaz que ela passe por terras paulistanas, sim!

Mudando de assunto, eu terminei de ver todas as temporadas de "Grey's Anatomy". Sim, sim! Agora, sigo a "temporada" normal, ou seja, a quinta, em exibição nos EUA! Começou morna, confesso, mas depois (está no décimo episódio) melhorou, e muito! Há histórias de cortar o coração. Qual seria a primeira palavra que diria depois de cinco anos sem falar?
A baixa (e bota baixa nisso!) é a possível saída do personagem George (T.R. Knight) da série... ele era um dos meus favoritos... Confesso: já lamento a possível saída dele...

falando ainda em séries de TV, comecei a assistir a duas na semana passada. A quarta temporada do sensacional "Lost". Ok, é foda, mas fico mais perdido a cada episódio... e me pergunto: como amarrar tantas histórias confusas? E "Desperate Housewives" (desde a primeira temporada), que tem um humor negro fudido de bom...

até mais
se cuidem!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

De jardim, horta e comida...

Victor Hugo e Alexandre Dumas foram famosos lidando com panelas. Os franceses consideram todo entendedor de arte um gourmet e todo gourmet um bom cozinheiro. Pretensiosa, acredito entender de arte em geral e de quebra ser uma mulher que sabe cozinhar. Algumas vezes acontecem gafes. Certa vez, um casal foi convidado pelo meu marido para um jantar. Pensei: vou servir codornas com uvas feitas ao vinho. Minha filha comentou se não seria conveniente acrescentar uma massa. E se forem vegetarianos? Não são, afirmei. Eles haviam nos convidado para um churrasco. Por via das dúvidas acrescentei rondelli ao cardápio. Escolhi um vinho adequado e aguardei. Como bons brasileiros chegaram atrasados, preferiram cerveja e comeram somente a massa, pode?
Outras vezes sou um sucesso. Recentemente, fui passar um final de semana na fazenda de uma amiga e cheguei lá numa tarde gelada de sábado. Muito prática ela comentou: vamos fazer uma festa do queijo e do vinho. Meu marido retrucou: com esse frio? Eu acho melhor uma sopa. Ela respondeu: Não sei lavar nem um garfo quanto mais cozinhar. Ele disse: a Rosa sabe fazer uma sopa de abóbora. Zé Teixeira, administrador e emprego de confiança da fazenda, que estava por perto mastigando a ponta de seu cigarro de palha, com seu olhar matreiro dando uma risada, ele comenta: abóbora, sei não. Pensei cá com meus botões, veremos. Ele lambeu os beiços. Outro dia servi vatapá a um pequeno grupo. Um dos participantes, muito exagerado comparou nossa reunião a Festa de Babette. Um elogio é claro. O filme de Gabriel Axel conta à história de uma mulher que, ao receber uma herança, oferece um banquete dos deuses para alguns conhecidos, regado a Clos de Vougeot, um vinho francês antológico. Não entendo muito de vinhos. Por essa razão dei para buscar informações sobre espumantes tais como prosecco e lambrusco. Os entendidos afirmam serem eles leves e apropriados para o nosso calor. Mas, vamos da adega à cozinha.
Diversas espécies de plantas se prestam ao uso culinário e medicinal. Cebola e alho ajudam a aumentar a resistência ao câncer. Pessoas que ingerem alimentos ricos em antioxidantes são menos propensas a doenças do coração. Grãos de soja, semente de linhaça, erva-doce possuem níveis substanciais de fitoestrógenos. Mulheres pós-menopausa podem se beneficiar do efeito estrogênico fornecido por eles. Flores de sabugueiro são boas para dar banho em criança com sarampo, mas também podem ser empanadas. Os brotos da abobreira dão a tradicional sopa de cambuquira. No meu quintal planto flores, se elas não emplacam, semeio abóbora, tomate, pimenta, berinjela, maxixe, misturando tudo com pitangueira, girassol, primavera, dama da noite, pé de jasmin etc. Tenho até um mini pomar, onde reina uma jabuticabeira, presente de um amigo. E como todo jardim florentino tem um pé de laranja lima, o meu não fica atrás. Local usado à noite para descansar sentindo o perfume de frutas e flores e filosofar... Filosofar sobre o prazer do fazer. A satisfação no ato de criar uma obra de arte, um jardim ou uma horta está muito mais na busca do que na conquista, pois a ênfase está no processo e não no resultado. Os tomates são mirrados e todas as sementes de berinjelas resultaram em apenas dois exemplares, em compensação os mini girassóis enfeitaram o meu Natal. Entretanto, o divertido é fazer sem esperar recompensa, embora no meu caso ela tenha vindo em forma de flores e frutos.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Oasis

Chegar em casa depois de muitos dias trabalhando em outra cidade é um misto de uhu delícia e nossa, adorava aquela cama de hotel. E rebordosa. E bota redordosa nisso. Fazer o corpo entender que o pique daquela semana era o pique daquela semana leva pelo menos dois dias. E dias que eu não tenho e então meu corpo pira. Tenho sono em horários bizarros mas viro a madrugada de olhão arregalado. Mas vale a pena. Ai como vale a pena. Semana passada foi genial. Adoro minha equipe de trabalho e a gente se diverte muito. Trabalha muito também. E conhece gente bacana e toma cerveja com malucos na madrugada. Sim, eu amo o que eu faço! Obrigada, obrigada, obrigada.
Sigo mais uma vez para o paraíso. E dessa vez é o paraíso de verdade. Dias de sol, trabalho e sol. Cerveja e sol. Amigos, sol, trabalho e cerveja. Mas antes tenho esses dias de São Paulo...
E ouvi essa música do Oasis e lembrei o quanto é boa.



"Hold up
Hold on
Don't be scared
You'll never change whats been and gone
May your smile (may your smile)
Shine on (shine on)
Dont be scared (dont be scared)
Your destiny may keep you warm
Cos all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out
Get up (get up)
Come on (come on)
Whyre you scared? (Im not scared)
You'll never change
What's been and gone
Cos all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out
Cos all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out
Were all of us stars
Were fading away
Just try not to worry
Youll see us some day
Just take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out
Stop crying your heart out
Stop crying your heart out"


sábado, 6 de dezembro de 2008

Arenavirus

Alguns posts atrás eu comentei a respeito de um vírus mortal que tinha sido identificado na África e que algumas pessoas que tinham sido contaminadas com o vírus haviam falecido.

Eis que essa semana, lendo os jornais nacionais, fiquei sabendo que um Sulafricano que estava a trabalho no Brasil faleceu e JUSTAMENTE com o vírus que comentei.

E ainda falavam que não havia risco de contaminação, mencionavam que não deveriam "entrar em pãnico". No entanto, apesar de saber que somente em contato com fluidos/secreções da pessoa contaminada, fico receoso com essas coisas.

Imaginem que um sulafricano no Rio, como todo turista estrangeiro, poderia ter aproveitado para conhecer algo que somente a mulher carioca tem. Não adianta sermos hipócritas... Grande parte da galera vem prá cá prá isso mesmo.

Essa mulher - não vamos estender prá outras opções sexuais, prá facilitar as coisas - pode ter sido contaminada e ainda não sabe. Em seguida, presta "serviços" a outras pessoas... E por aí tudo vai...

Devo ou não ficar preocupado? Nâo se esqueçam que logo no início do blog eu já tinha falado que sou neurótico... Enfim...Estou acompanhando tudo que sai na imprensa sobre o assunto...

Saudações a todos.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Aproveitando o espacinho, segue uma dica bacana.



Programação

SÁBADO – Dia 06

Saguão
18h – Música
Tribores
Grupo formado em 2002, o trio reuniu-se com o objetivo de apresentar uma forma própria, diferenciada e
divertida de tocar e fazer musica, dando ênfase à percussão, no sentido de expor a habilidade e a
qualidade técnica de seus integrantes, num show que explora os movimentos do ato de tocar percussão.
Com um repertório de músicas próprias o intuito do grupo é aproximar o gênero da musica erudita à
popular, utilizando inclusive técnicas da percussão escocesa.

Saguão
19h - Circo
Circo Invisível
De forma imagética e com muito humor, o mímico Edgar Bustamante recria o universo mágico do circo apresentando números como: adestrador de elefantes, mágico Rudine, atirador de facas, entre outros.

Teatro
20h – Dança
“Pedrinho Sapopemba”
Após um ano de vivências artístico-culturais e ensaios desenvolvidos por profissionais do meio artístico
com jovens dos distritos de Cidade Tiradentes e Sapopemba os Pedrinhos estão prontos para mostrar
todo o potencial destes jovens que participam de Fábricas de Cultura. Trazendo ao palco a dança, a
música, o teatro e o circo, os espetáculos são criados considerando o repertório cultural de cada
localidade e as expressões trazidas por cada jovem do projeto.

Saguão
21h – Música
Ceumar
Ceumar tem três discos gravados: “Dindinha 2000”, “ Sempre Viva 2003” e “Achou! De 2006”, este junto
com Dante Ozzetti. No começo de 2009, Ceumar lançará um trabalho inédito somente com canções de
sua autoria. Ceumar que já se apresentou em Itajaí, Santa Catarina, promete cantar seus maiores
sucessos neste espetáculo no Sérgio Cardoso para as vítimas de Santa Catarina.

Saguão
21h30 – Música
Badi Assad
Nos palcos, a brasileira Badi Assad revela-se uma das artistas mais completas e virtuoses do momento.
Com o encanto de uma diva, ela canta, dança, toca violão e transforma seu próprio corpo numa
percussão – tudo ao mesmo tempo! Com mais de oito CDs lançados pelo mundo (o mais recente é
Wonderland, de 2006, considerado pela BBC de Londres um dos 100 melhores álbuns do ano e o 27º
destaque do ranking da Amazon.com), Badi também já foi eleita (no mesmo ano em que Ben Harper)
uma das melhores violonistas do planeta pela revista americana Guitar Player.

Saguão
22h - Circo
Ricardo Malerbi, “Uma Série de Surpresas”
Ricardo Malerbi é mágico e co-fundador do grupo “Oculto do Aparente”, cuja 1ª realização foi o
espetáculo “Além da Mágica”, o qual dirigiu. Apresenta no Teatro Sérgio Cardoso um ato internacional
com música predominantemente brasileira onde uma série de efeitos mágicos se encadeiam provocando
espanto e encantamento.

Teatro
22h30 – Música
LUDOV
Depois de anos cantando juntos, passando por diversas bandas e diversas encarnações, Vanessa Krongold (vocal), Mauro Motoki (guitarra, teclado), Habacuque Lima (guitarra, baixo) e Paulo Chapolin (bateria), já sabem o que querem, como fazer, e não poderiam deixar de ser autênticos, mesmo que não quisessem. Na estrada desde 2002, o quarteto paulistano já lançou dois discos: O Exercício das Pequenas Coisas e o recente Disco Paralelo e conquistou um público cativo e fiel.
No Video Music Brasil, em 2004, receberam o prêmio videoclipe revelação com a música Princesa, e no ano seguinte, três indicações com Kriptonita.

DOMINGO – Dia 07

Saguão
0h – Música e Dança
Mutrib - Música dos Balcãs e Betty Gervitz - danças circulares
O grupo Mutrib nasceu da convergência dos interesses musicais multiculturais de alguns dos maiores instrumentistas do cenário musical paulistano, pensando nas conexões culturais do mediterrâneo oriental como um grande eixo da cultura mundial, que interliga, desde a Antiguidade, Ocidente e Oriente, num caldeirão musical de grande efervescência. O show é um amplo mosaico dessas culturas, uma grande
viagem musical que vai do Magreb, atravessando Turquia, Palestina, Síria, Israel, e chegando ao leste europeu (Albânia, Grécia, Macedônia, Romênia e Bulgária).

Saguão
1h – Performance
Mariana Piza, “Formas-Me”
Performance na qual o público e a performer estarão envolvidos em uma mesma ação. A performer Mariana Piza, vestida com um macacão de peças de LEGO, estará em exposição em uma cadeira de tubos de PVC. O público será construtor da obra a partir da interação com a performer, encaixando outras peças no macacão, compondo sua forma.

Teatro
1h15 – Música
MARINA DE LA RIVA
Filha de mãe brasileira e pai cubano, a cantora estreou no ano passado em CD com seu nome, no qual funde a música e os ritmos da ilha de Fidel à tradição da nossa MPB. Com participação de Chico Buarque em uma das faixas, o repertório é sensual e dançante, refinado como a mistura de Cuba com Brasil. Marina destaca-se como uma das principais revelações de novas intérpretes nacionais, tendo ganhado o prêmio de melhor intérprete revelação da APCA em 2007.

Teatro
2h – Teatro
Risoterapia
Risoterapia é uma comédia com texto e interpretação de Nilton Rodrigues, na qual o enredo é conduzido por cinco personagens (o médico que desenvolveu o método da Risoterapia como cura, a pessimista, o toc, a botocada e a atriz). A loucura, as neuroses, os preconceitos, o estresse contemporâneo e outras questões relevantes da sociedade são temas do espetáculo, que de forma bem humorada proporciona reflexão e riso aos espectadores.

Teatro
2h30 - Música
CACHORRO GRANDE
Eles se conheceram nas ruas de Porto Alegre, ainda nos anos 90. Ralaram e se divertiram, fazendo shows pelo país até chegarem ao grande público, em 2005, com Pista Livre. Agora, com o novo Todos os Tempos, quarto álbum, a banda se mostra pronta para ampliar ainda mais o grande número de fãs que já curtem seu som inspirado no rock dos anos 60 e 70.

Saguão
10h - Teatro Infantil
“Os Três Porquinhos”, Grupo Furunfunfun
Espetáculo dramático-musical que transcende o universo infantil e atinge também o público adulto. Os conflitos entre natureza e cultura, o velho e o novo, verdade e mentira, discórdia e conciliação, são apresentados numa linguagem acessível, privilegiando sempre a improvisação e a participação da platéia, recontando de maneira criativa, a arquetípica história dos três Porquinhos.

Saguão
11h – Música
Léa Freire e Teco Cardoso Quinteto
Léa Freire “flautas”, Teco Cardoso “sax”, Tiago Costa “teclado”, Fernando de Marco “contra-baixo” e Edu Ribeiro “bateria”. Cinco dos mais renomados instrumentistas brasileiros apresentam um repertório com choros, sambas, maracatus e outros ritmos, unindo o popular ao erudito, o formalismo à improvisação com o melhor da música brasileira.

Saguão
11h40 – Circo
Circo Vox
O espetáculo “Curta A Temporada” tem o estilo do novo circo, misturando palhaços, ilusionistas, acrobatas, contorcionista e malabarista à magia do canto, luz negra e imagens em vídeo, possibilitando de maneira cômica e nonsense um espetáculo de visual apurado e linguagem contemporânea. Sem apresentador e animais, o público se entretém do início ao fim. Os personagens Bobí (Gallo Cerello) e
Judite (Elena Cerântola) dividem o picadeiro com Zirabel (Bia Karfig) e a feroz Tânia de Oliveira.

Teatro
12h – Teatro de Improvisação
Jogando No Quintal
O Jogando no Quintal entrou em seu 6º ano em cartaz. O improviso é o tema central do espetáculo, baseado na estrutura de um jogo de futebol, onde os palhaços do elenco criam as cenas na hora a partir de temas sugeridos pelo público, que também atua elegendo as melhores improvisações.

Saguão
13h - Música
Òctrombada, “Miscelânia e Kinconkros-Pra Cantar e Imaginar”
Desde 2001 o ÓcTrombada desenvolve seu trabalho nas áreas artística e educacional com música e teatro para públicos de todas as idades. Formado por artistas/educadores, pesquisa sua linguagem com
um criativo trabalho cênico utilizando a voz e a percussão corporal. Numa mescla de dois espetáculos do seu repertório, “Miscelânea” e “Kin Con Krof – pra cantar e imaginar”, o grupo canta divertidas canções pra rir, emocionar e embolar a língua!

Saguão
13h30 – Música
Caracaxá, “De Recife à São Paulo”
Fundada no ano de 2003, a Cia Caracaxá trabalha a música e dança das diferentes nações de maracatu, inspirada nas particularidades de cada uma delas, referentes aos baques e composições e através de arranjos idealizados pela própria Companhia promovem releituras de standards da musica e da dança do Maracatu Nação de Baque Virado, folguedo popular tradicional do Estado de Pernambuco existente a
mais de dois séculos.

Teatro
14h – Dança
“A Joaninha”, Ballet Stagium
"Danças da Ilha de Santa Cruz" coreografado por Décio Otero e dirigido por Marika Gidali possibilitou um amplo estudo da história do Brasil. Danças étnicas, contemporânea, danças de roda sacra e profana, dança de rua, a mistura das músicas eruditas e populares e o estudo do poema "Navio Negreiro", de Castro Alves, aproximaram a criança da nossa diversidade cultural. Enfatizou-se, também, a
conscientização do Estatuto da Criança e do Adolescente, tornando os alunos e seus familiares conhecedores da possibilidade de uma sociedade mais justa.

Saguão
15h - Contação de Histórias
Giba Pedroza
Giba Pedroza é contador de histórias e pesquisador de literatura infantil e tradição oral há vinte anos. Em 2004, lançou o CD Livro Girasonhos Roda de Estórias, no qual realizou diversos espetáculos e recebeu diversos elogios da critíca.
Lança agora o CD Contos de Todos os Cantos, que nasceu da fusão de seu trabalho com os trabalhos da cantora, instrumentista Renata Mattar. Neste disco apresentam músicas e histórias tradicionais, literatura e cultura infantil de diversos povos, fazendo um passeio lúdico por contos, trava-línguas, cantigas populares e canções, uma celebração da cultura infantil e tradicional de alguns países.

Saguão
15h30 - Contação de Histórias
Lidia Engelberg
A atriz Lídia Engelberg conta histórias utilizando exclusivamente a voz, o corpo e o espaço. A apresentação terá duas histórias: um conto de fadas (“A Bruxa Salomé”), um causo (“Gretel a Esperta”).

Saguão
16h – Música
Soprando Notas
Formado oficialmente em 2005, Soprando Notas é o resultado de um trabalho que existe há 33 anos. É composto por 15 Flautistas que variam de 08 a 30 anos, o grupo de Flauta Doce e Vozes com a regência de Dani Godoy (filha de Amilton Godoy do Zimbo Trio) , vem mostrando com um repertório difícil, cheio de improvisos ,com arranjos de Amilton Godoy, o que tem de melhor em nossa música brasileira e no Jazz.

Saguão
17h – Música
Banda Paralela
A Banda Paralela foi fundada em meados de 1993 através do encontro informal de alguns músicos da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Fazer música de vários estilos a partir de instrumentos de sopro e percussão virou a assinatura do grupo. A farda colorida inspirada nas fanfarras caiu tão bem que virou uniforme. O show se completa com a musicalidade e virtuosismo dos integrantes que, através dos
criativos arranjos, surpreendem o público do início ao fim. De maxixe a dance music, tudo é possível apenas com os instrumentos acústicos. São 7: saxofone barítono, escaleta, saxofone alto, trompete, trombone, bumbo e caixa/prato.

Teatro
18h- Dança
“Pedrinho Cidade Tiradentes”
Após um ano de vivências artístico-culturais e ensaios desenvolvidos por profissionais do meio artístico com jovens dos distritos de Cidade Tiradentes e Sapopemba os Pedrinhos estão prontos para mostrar todo o potencial destes jovens que participam de Fábricas de Cultura. Trazendo ao palco a dança, a música, o teatro e o circo, os espetáculos são criados considerando o repertório cultural de cada
localidade e as expressões trazidas por cada jovem do projeto.

SERVIÇO
Virada Cultural SOS SANTA CATARINA
Dias: das 18h do dia 06 às 18h do dia 07
Local: Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista
Toda a programação é Gratuita
Entrada: Água potável, produtos de higiene pessoal (fralda descartável infantil e geriátrica, absorventes, sabonetes, toalhas, cotonetes, papel higiênco), produtos de limpeza (sacos de lixo,lonas plásticas, desinfetantes, rodos, água sanitária), roupas, sapatos e cobertores para serem enviados à população de Santa Catarina.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

solidão

desde pequena, solidão sonhava em ser professora - influência direta da mãe, distância, que lecionou durante anos e anos no colégio da cidade.
magrinha, cândida, áurea de paz e de sorriso sempre colado ao rosto (parecia ter nascido com ele), não tinha um (aluno, pai, professor) que não se encantasse por ela.
dava aulas aos pequenos - que, além das primeiras letras e operações matemáticas, descobriam os primeiros sintomas da paixão em sala de aula - claro, isso não constava no conteúdo programático.
e não só os meninos. as meninas também.
não sabiam se era a saia sempre no joelho, que escondia as coxas (era um exercício de imaginação delicioso fazer a imagem do corpo da solidão por baixo dos panos), mas sempre deixava marcar a bunda ao virar-se de costas para a classe.
talvez fossem as blusinhas, meigas, disfarçando os seios perfeitos, mas que pareciam implorar para ser arrancadas do corpo de imediato.
quem sabe a fala mansa, parecendo sussurrar "me deseje" a cada bom dia ou mesmo pedido de silêncio.
poderia até ser o jeito de olhar, castanho, direto, desconcertante, a fuzilar concentração - eu juro, tinha gente que desviava o rosto para não ser atacado por um desses e cair na armadilha desse amor, platônico e impossível, mas sem volta.
não sabiam.
o que se sabia é que todos se apaixonavam por solidão.
e solidão não dava bola pra ninguém. ninguém mesmo.
à boca pequena, corria que um amor juvenil trouxe lágrimas demais. a partir desse dia, solidão resolveu se dedicar apenas ao trabalho. nem bicho de estimação ganhava mais o coração da jovem professora.
agora, as lágrimas vinham das crianças, com o final do ano letivo.
todas apaixonadas. todas querendo vivenciar, no auge de uma inocência doce, fagulha do bem-querer da professora.
que ria.
solidão achava graça dos presentes, das declarações nas provas e trabalhos, nas cartinhas colocadas à mesa durante o recreio, dos pequenos que faziam questão de serem reprovados para continuarem ali por mais um ano.
não se abalava. nunca. o mesmo jeito cândido. o mesmo sorriso.
todo ano era assim. ao soar do sinal da entrada, é hora de se apaixonar. ao soar do sinal do fim das aulas, cada um leva consigo um pouco da solidão.
é o dever de casa.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Plutão

Caronte e Plutão dois personagens da mitologia grega ressuscitaram nas discussões dos astrônomos. O primeiro era o condutor de um barco cujo trajeto pelo rio Styx ia dar no submundo do senhor dos infernos. A parceria continua. Caronte é o satélite do planeta Plutão. Para ser exata do ex-planeta rebaixado à condição de anão. Plutão é o regente de Escorpião, signo do presidente da república.
Uma rápida pesquisa histórica e sou conhecedora de alguns segredos da astrologia. Ela se desenvolveu na Mesopotâmia, terra da escrita coneiforme, aquela dos caracteres em forma de cunha. Com uma região composta de grandes planícies, a observação do céu era fácil, por isso a Astronomia e sua extensão, a astrologia tornou-se a principal ciência desse povo. Nesse ramo, o conhecimento dos sacerdotes era notável. Entretanto, a matemática, a medicina e o direito também não ficavam atrás, imaginem o Código de Hamurabi e sua máxima olho por olho e dente por dente. Bons tempos! De seus templos, umas torres altas, que serviam também como celeiro de alimentos e observatório astronômico, a classe sacerdotal exercia seu poder. Nessa época, a ciência não existia como hoje, e a religião absorvia a função de ampliar a sabedoria dos povos. Essas torres ou zigurates possuíam sete andares, a soma dos cinco planetas vistos a olho nu mais o sol e a lua, os luminares. Em cada andar predominava a cor correspondente ao corpo celeste, por exemplo: Saturno/negro, Marte/vermelho, Mercúrio/azul etc. Como atualmente conhecemos oito e alguns anões, não avançamos tanto assim... Mas, voltando à astrologia, o mapa astral mais antigo é de Sargão I datado de 2.350 AC. Terá o astrólogo dito a verdade a ele? Foi desbancado pouco depois.
A exclusão de Plutão não deve alterar seu simbolismo em mapas astrológicos, pois sua influência é para a vida toda, quer ele seja planeta ou não. Será esse novo anão companheiro daqueles anões do Congresso? Não sei. Só sei que o presidente tem Plutão na casa 5. De acordo com os entendidos existe uma grande probabilidade dele sofrer um grande terremoto nas suas contas bancárias. Não vai sobrar nada e ainda pode ter uma doença crônica agravada. Credo, tudo isso por causa do tal Plutão, uma simples bola de gelo em forma de asteróide? Pensando bem... pode ser... Não é uma previsão, eu não entendo nada disso, só fiz uma consulta.
Porém, o senhor Lulla da Silva não precisa se preocupar, afinal um ex-planetinha só não faz verão... ou faz? Olha aí a operação Xeque-Mate, sem falar na Navalha, no Renan, no compadre e no Vavá, quem diria... faz tráfico de influência, afirmam os jornais. Mas, o Senado, a Câmara dos Deputados e as nossas frouxas leis não permitirão que eles sejam atingidos pela fúria de Caronte e Plutão, essa dupla implacável. Uma pena, quem dera o Código de Hamurabi ainda estivesse em vigor!

Ilustração de Wanda Cardim

Este texto é parte de Com Textos, meu livro de crônicas que está a venda nos endereços abaixo:

em Bauru:
Ju Machado – Escritório de Arte – Rua Saint Martin 17-7. Tel: (14) 3223-1294
em São Paulo:
MERCEARIA SÃO PEDRO - Rua Rodésia nº 34, Vila Madalena. Tel: (11) 3815-7200
LIVRARIA DO ESPAÇO UNIBANCO - Rua Augusta nº 1475. Tel: (11) 3141.2610

ou pelo email rosabertoldi@gmail.com