"Confio na minha capacidade de desistir das pessoas por mais que eu demore em fazer isso."
Sonia Rodrigues
Esta semana desisiti de Ariane Mnouchkine, ao final do primeiro ato. É, desisti. Não gostei do espetáculo, peguei a bolsa e saí ao final do primeiro ato e não tenho nenhuma vergonha em falar. Estou desistindo um tanto também dessa tal intelectualidade também. Os muito sábios me cansam com suas certezas ilógicas. Não entendo esse mundo feito de certezas. Dos semióticos e hipermodernos já desisti há anos... Me cansam um tanto todos esses rótulos, essa barreiras criadas para nos diferenciar e separar cada vez mais altas. Me cansa essa gente que é notoriamente superior. Superioridade é um perigo desde que o homem saiu da caverna e lançou "aquele olhar" a seu colega que ainda não havia feito o mesmo.
Não que esteja eu aqui pregando a mediocridade, não estou. Ou a banalidade... não não não.
Acho que estou aqui somente dizendo que no final de tudo, somos somente carne e osso, pele e emoções correndo por essa carcaça velha e inútil.
Somente.
domingo, 9 de outubro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
A fria Finlândia e os abraços quentes do Baptista.

A Finlândia fica no fim do mundo e tem como capital Helsinque. Seus habitantes falam uma língua estranha pertencente ao ramo fino úgrico ligado ao estoniano. Se eu entendo alguma coisa? Nada, Baptista vai me explicando tudo. A segunda língua é o sueco, também não compreendo uma palavra, porém fico derretida igual sorvete no calor, quando o Baptista gentilmente acaricia meu joelho, e fala baixinho no meu ouvido a piadinha de algum brincalhão sobre ele viver me agradando em público, algo pouco comum nessas terras geladas!
Conheci Espoo, Kauniainem e Vantoo, além da capital, é claro. Agora ele quer atravessar o país de norte a sul ou de sul a norte, não sei. São 18 horas de viagem e 1 445 km com várias paradas pelo caminho, assim espero! O país tem um ótimo nível de renda e desde 1970, ano do início da construção de um estado, dito de bem estar social, até 1990, quando passou por uma forte recessão ao reformular seu sistema econômico através de privatizações e cortes de impostos foi consolidando uma economia globalizada e liberal tornando-se especialista em produtos químicos e eletrônicos. Foi um dos primeiros a adotar a moeda européia, o euro. Por conta desse avanço técnico ganhei um Nokia de última geração do Baptista, só preciso aprender a manusear. Posso contar um segredo? O celular é rosa choque e veio embrulhado em uma calcinha da Victoria`s Secret!!! Afinal estamos em lua de mel, mesmo assim fiquei vermelha de vergonha. Assanhado ou descarado? Ele garante que a culpa é minha. Tenho mania de dormir usando somente algumas gotas de 24 Foubourg, da Hermes. Disse que a escala será em Paris para eu poder comprar perfume. Vou aproveitar para adquirir muitos, muitos pijamas, fechados como de uma freira, ele me paga!
A Finlândia foi um país agrário até 1960 e hoje produz alta tecnologia devido a um sistema educacional excelente. As crianças ficam na escola dos 7 aos 16 anos, depois podem optar por trabalhar, continuar os estudos na Escola de Comércio, que orienta-os para diferentes profissões ou vão para o abitur, onde são preparados para o vestibular e ensino superior. São vinte universidades e trinta institutos politécnicos, onde mais de 30% dos estudantes estão na área de ciências. A educação finlandesa está classificada como a melhor do mundo!

O povo é educado e a gente respira cultura. Piano é instrumento popular, convivendo com uma infinidade de bandas sinfônicas, além de techno e trance, a música dos jovens. Em 2007, a soprano Tanja Turunen, ex-vocalista do Nightursh foi considerada a voz da Finlândia. Uma pena não poder continuar jogando conversa fora, mas o Baptista está me chamando, quer a camiseta de volta...
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
Coldplay
A volta do Rock in Rio pra o Rio gerou muita notícia, muito barulho e trouxe, em um curto período de tempo, muita música boa. Teve também muita bobagem e problemas de transmissão ao vivo (fui dormir no show do Red Hot porque o som estava péssimo mesmo com a banda mandando ver no palco) mas que lindo de ver aquela roda gigante iluminada, aquela gente toda, tudo aquilo e toda aquela energia pulsante que só a música é capaz de gerar.
Ontem foi a noite de Coldplay e me programei para ficar em casa e valeu muito.
Coldplay é uma banda que amei já no primeiro single, o hoje clássico Yellow. E minha cópia do cd Parachutes literalmente parou de tocar depois de um tempo de tão gasta. A rush of blood to the head teve mais ou menos o mesmo destino. A favorita, se é que dá para escolher assim, foi por muito tempo In my place. Sóbria e bem composta.
X&Y foi um álbum que recebi com ressalvas, já um pouco cansada da posição de celebrity band e de todas as fofocas sobre Chris Martin e Gwyneth Paltrhow, ouvi pouco mas não há como deixar passar Fix You, uma balada de salvação de beleza quase desumana.
Viva la vida, com produção de Brian Eno, chegou com uma bomba e o show, mais megalomaníaco passou pelo Brasil, mas não fui...
De Mylo Xyloto, a expectativa de certas mudanças apontadas no single Every Teardrop Is a Waterfall...
Ontem posso dizer de maneira piegas que me reencontrei com a banda e lembrei que seja celebridade, blaze ou seja lá o que for, Chris Martin e sua turma fazem acima de tudo música de muita qualidade mantendo sua integridade artística e com poesia. O show, absolutamente competente, é de derreter qualquer coração e a homenagem em forma de medley de Rehab e Fix You, uma sacada que mistura nostalgia e exibe em poucas palavras tudo o que muita gente pensou sobre a morte precoce de Amy Winehouse.
É show para guardar no coração e desenterrar todos os cds da banda e passar tudo agora para o ipod.
sábado, 1 de outubro de 2011
A ciência antecipando-se ao real...

A realidade virou ficção e aconteceu mais de trinta anos depois de exibição do primeiro episódio. Deve ter gente se perguntando do que estou falando. Refiro-me a famosa “space opera” um grande sucesso nas telonas do mundo no século passado: Star Wars, uma série de seis filmes escrita por George Lucas. No Brasil teve como tradução Guerra nas Estrelas. Em 1977, e depois a cada três anos era exibido um filme. Muito tempo depois vieram os outros três. Pronto cheguei. Quem não se lembra da cena onde Luke aprecia um belo por de sol, melhor dizendo de sóis, afinal eram duas enormes estrelas. Pura ficção, embora ao sair do cinema naquela noite eu tenho pensado na frase de Pascal o silêncio desses espaços infinitos me apavora... Se fosse hoje pensaria: mundo do espelho retrovisor, pois aqui e acolá diante de nós jazem os desertos de vasta eternidade, ou mais ou menos isso, eu teria que consultar Alexander Pope. Para surpresa do mundo científico a NASA anunciou a descoberta, através do observatório espacial Kepler, de um planeta do tamanho de Saturno batizado com o nome de Kepler-16b que possui dois sóis!!! Queria ver a carinha daquele povo que vivia debochando quando eu dizia preferir filmes de ficção cientifica. Sou ou não sou avant garde? Os cientistas dizem não existir vida no planeta, ele é frio, temperaturas variando de menos 70 e 100 graus celsius. Tão gelado quanto Praga! Do ponto de vista feminino como o ano tem 229 dias melhor permanecer onde estou, mesmo que tenha me ocorrido à idéia macabra de que as coisas conservam-se melhor em congelador. Isso tem equivalência para corpos humanos? Pode ser, pois aquele judeu maluco da bomba atômica não disse que as pessoas no espaço sideral envelhecem lentamente? Luke Skywalker traga sua nave espacial já para cá, eu vou para Tatooine e ainda levo Mimi Yoda, minha gatinha, e um velhinho encantador, culto, cheio de vida, que topa qualquer parada ao lado dessa mulher tão louca!
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