Na semana passada não pude postar por uma razão diferente.
Apesar de estar prá lá e prá cá viajando a trabalho durante a semana, aproveitei o final de semana prá visitar meus avós paternos, especialmente meu svô que completou 90 anos de vida alguns meses atrás. Não há internet nem celular onde ele mora hoje... Uma praia péssima no litoral sul de São Paulo, que fez suas vidas MUITO mais fácil e melhor do que viver em SP.
Meu avô é a prova viva de que prá toda regra, há exceções. Nasceu em 22 de agosto de 1918. Por volta de 1927 começou a fumar - aos 9 anos de idade - mantém-se fumando até os 90 anos. Casou-se aos 30 anos de idade, algo atípico para sua geração. Travalhava numa indústria de combustíveis, que todos bem imaginam, não se preocupava em nada com a saúde de seus empregados e o que já deve ter inalado de gasolina....só ele sabe...
Recentemente passou por um problema de saúde e deixou todos preocupados, mas voltou prá casa e finalmente nota-se alguma dificuldade em sua respiração. Meu avó tornou-se um velhinho somente aos 90 anos prá mim... Foi interessante.
Interessante também foi ouvi-lo contando detalhes de suas histórias de trabalho ocorridas no ano de 1967 com detalhes que poucos de nós teríamos de nossas histótias. Notei que ele fazia isso prá mostrar a seu filho e neto que estava bem. Que estava lúcido. Náo me lembro de ter escutado esse tipo de história antes. Minha avó enche tanto o saco dele que ele quer mostrar que a chata é ela... acho que é isso.
Minha avó é mais nova que meu avô. Tem só 84 anos. Há 20 anos, meu pai já se preocupava com sua saúde e nos obrigava a passar os Natais todos junto a ela, pois "aquele poderia ser o último". Ela deve tomar uns 40 comprimidos por dia prá pressão alta, coração, diabetes desde aquela época. Chegou um momento que desencanamos dos Natais com ela porque afinal concluímos que ela é o próprio Highlander.
Continua tomando seus 40 comprimidos diários, no entanto, esquece um dia, toma no outro... Adora churrasco, morre de comer doce....
É interessante quando vemos tantos estudos e estatísticas de saúde criticando tanto as coisas e temos do nosso lado a prova viva de que nenhuma delas se confirma. Sei que estatísticas náo sáo exatas, mas é interessante mesmo assim...
Sou grato pelo DNA que me passaram. Sei que me passaram porque do meu lado materno, minha avó tem 82 anos e mora só, viaja só e anda de onibus só por São Paulo. Meu avô, infelizmente faleceu antes de eu nascer de cirrose hepatica - nesse caso, confirmando as estatística - mas na média sua herança genética é positiva, já que nenhum deles sofria de problemas cardíacos, diabetes ou outra doença crônica. No caso da minha avó paterna, só pode ser erro de diagnóstico médico... O que ela come e toma de remédio não faz sentido nenhum. Se ela realmente tivesse algo já era prá ter dado tudo errado....
Eu continuo naquela situação de nunca ter ido a um velório ou enterro. Nenhuma das pessoas que me cercam jamais faleceu, o que é estranho aos 31 anos. Nem amigos, nem parentes (tio do pai não conta). Ao mesmo tempo que é algo bom é algo que tem me incomodado bastante nos últimos dias, pois não é possível simular ou preprarar-se antes e a galera, como vocës notaram, já tá ficando BEM encaminhada prá isso na minha famíli..
Só espero um dia chegar ao ponto em que eles chegaram. Respondendo que "SIM" quando o neto perguntou se tudo tem valido a pena...
Um comentário:
querido,
que bom ter notícias suas
que bom q sua família vai bem
precisamos marcar um encontro eu, vc e o lu dia desses, né?
bjs
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