segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

VIAJANDO PELA INDIA (3)

Essas maravilhas da humanidade ficam no estado de Maharashtra (Índia), mais ou menos perto de Pune, a cidade onde fiquei primeiro.

Cabe aqui um esclarecimento sobre “mais ou menos perto”. É que para nós, com o nível de estradas e o tipo de trânsito que temos em SP, 140 km é pouco e pensa-se em termos de uma hora e meia de viagem no máximo. Lá na Índia gasta-se uma hora e meia para percorrer 40 km. Os 160 km que separam esses dois pontos exigiram quase seis horas de viagem.
Ajanta e Ellora são dois conjuntos de cavernas escavadas em montanhas de basalto. A maior cidade próxima é Aurangabad que deve seu nome ao último dos grandes imperadores Mughais, Aurangzeb.


Ajanta tem pinturas rupestres de inspiração
budista que remontam ao século II a.C. As grutas são um testemunho sem interrupção da história religiosa do budismo, durante um período de 700 anos. O Budismo, filosofia de vida baseada integralmente nos profundos ensinamentos do Buda para todos os seres, revela a verdadeira face da vida e do universo.
No
século XVII começou a desaparecer, e lentamente Ajanta foi esquecida. As grutas foram redescobertas por um oficial da Companhia das Índias Orientais (uma organização formada por mercadores londrinos e durante dois séculos e meio transformou os privilégios comerciais na Ásia em um império centrado na Índia) em 1819, depois de vários séculos. Intrigado pelo visual de uma formação fora do comum, o seu grupo aventurou-se a ir mais baixo para descobrir Ajanta. Desde então tem havido muitos esforços de restauração para conservar as grutas especialmente as pinturas.
Através de Ajanta nós podemos aprender sobre as várias facetas da vida antiga na
Índia – desde os trajes do povo, o trabalho artístico dos artesãos e as crenças religiosas daquela época até à posição política e econômica dos governantes.
Hoje, as grutas de Ajanta são um dos principais destinos turísticos da
Índia e foram declaradas Património Mundial da Unesco em 1983.
Ellora, chamada localmente de Verul, tem 34 cavernas artificiais escavadas ao longo de 2 km nas montanhas Charanandri para criação de templos e mosteiros Budistas, Hinduístas e Jainistas.
O grupo de templos foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1983, e representa a epítome deste estilo de arquitetura na Índia. A construção ocorreu entre os séculos V e XIII, e compreende 12 grutas Budistas, 17 Hinduístas e 5 Jainistas. Mas o templo mais impressionante e famoso de Ellora é o Kailasanatha Temple.

Todos os templos dedicados ao deus Shiva foram cavados de cima para baixo e de lá foram retirados mais ou menos 85 mil metros cúbicos de rocha. Fico imaginando o seguinte: uma pessoa em pé em cima de uma montanha de pedra, olha para baixo e diz "Hmmm... ótimo lugar para construir um templo de 81 metros de altura... legal!", daí essa mesma pessoa pega uns amigos que começam com algumas rudimentares ferramentas a cavar o chão de pedra. Não dá para saber como a coisa toda aconteceu mas o resultado foi maravilhoso!

O Budismo, filosofia de vida baseada integralmente nos profundos ensinamentos do Buda para todos os seres, revela a verdadeira face da vida e do universo. Lentamente Ajanta foi esquecida. As grutas foram redescobertas por um oficial da Companhia das Índias Orientais (uma organização formada por mercadores londrinos que durante dois séculos e meio transformou os privilégios comerciais na Ásia em um império centrado na Índia) em 1819, depois de vários séculos. Intrigado pelo visual de uma formação fora do comum, o seu grupo aventurou-se a ir mais baixo para descobrir Ajanta. Desde então tem havido muitos esforços de restauração para conservar as grutas especialmente as pinturas.

Hoje, as grutas de Ajanta são um dos principais destinos turísticos da Índia e foram declaradas Património Mundial da Unesco em 1983.

As grutas Budistas são as mais antigas, tendo sido escavadas entre os séculos V e VIII, quando a seita Mahayana floresceu na região. As Hinduístas foram criadas entre os séculos VII e X, e incluem o famoso templo Kailasa, cuja construção se deve possivelmente ao Rei Krishna I. Por fim, as Jainistas datam de entre os séculos X e XIII. Ao longo do tempo a região caiu em relativa obscuridade, embora haja relatos históricos de viajantes mencionando a magnificência do conjunto. A proximidade de tantos templos pertencentes a religiões diversas atesta a harmonia e tolerância religiosa que reinava na época de sua construção.

Atualmente o sítio é administrado e protegido pelo governo da Índia, que executa ações periódicas de preservação no patrimônio arquitetônico e artístico do sítio arqueológico, bem como subsidia diversos projetos de pesquisa em várias especialidades científicas de interesse para a sua conservação e programas de educação para estudantes.


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