Dia desses escrevi sobre a modernidade e sua superação. Alguns autores conhecidos alegam que o mundo vive o final de uma época iniciada com o Renascimento e conhecida como Era moderna. Não pactuo desse pensamento. Acredito que após a segunda guerra a vida, os seres humanos e a tecnologia mudaram tanto que habitamos um novo mundo, cujo momento é conhecido pela maioria como MODERNO e que os especialistas chamam de pós-moderno, era da informação, hipermodernidade, etc. dependendo de qual corrente o pesquisador segue. Eu, particularmente aprecio as ideias de um autor italiano Omar Calabrese. Descolado, ele aceita todas as excentricidades desse mundo moderno e ainda por cima classifica-as de neobarrocas. Não deixa de ter razão, pois desde o barroco passando pelas vanguardas do princípio do século XX, a arte passa a ser concebida como uma experiência múltipla, diferente da contemplação do objeto artístico. No começo do século XXI a questão tem se tornando mais complexa, embora as transformações nos sistemas visuais venham ocorrendo desde a renascença, com um dispositivo conhecido como câmera escura, aparelho que quase todos os grandes artistas uso, assim como atualmente eles empreguem tecnologia mais contemporânea, como câmera de vídeo, máquina fotográfica ou computador.O que é moderno? Não sei, o moderno é paradoxal e não se deixa imobilizar por definições. O cd, dvd, transplante de órgãos, o casamento entre ciência e arte, entre arte e tecnologia, o entusiasmo pela ecologia, o extraforte, o superdoce, o minúsculo e o gigantesco, a estética do feio, o kitsch, enfim tudo é moderno... A popularização da internet e a realidade virtual estão apontando as novas tendências das estéticas tecnológicas como as mídias interativas e os hibridismos entre música, som ambiente, fotografia, animação, enfim toda a parafernália dos mais recentes softwares. É esperar para ver!
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