sábado, 3 de dezembro de 2011

E se o mundo não teve começo...

Dan Brown, autor de Fortaleza Digital, Ponto de Impacto, Anjos e Demônios e O Código da Vinci, dentre outros, é considerado um escritor de ficção científica... Como a discussão aqui vai girar em torno do big bang não vou entrar em polemica sobre os temas de Brown. Lembrei-me dos quatro primeiros sucessos dele por ter lido a declaração de um dos pais da cosmologia física contemporânea. Alguém está curioso para saber o que foi que ele disse? “Existem dois caminhos para se chegar à verdade, e decidi trilhar ambos.” Georges Lemaître deve estar se referindo ao fato de ser físico e padre!
Isso lembra algo? Sim, Anjos e Demônios, um dos livros de Brown, tem como personagem principal um cientista que é padre. Lemaître confessa não ter conflitos, pois a ciência nunca abalou suas convicções religiosas. O paleontólogo Stephen Jay Gould disse recentemente que ciência e religião produzem conhecimentos diferentes, mas como água e óleo, dois elementos que não se misturam, mantêm um contato íntimo.
Desde tempos imemoráveis, os homens contemplam o céu com um sentimento de encantamento e medo, então todas as culturas tentaram explicar o mistério da existência do mundo. Para alguns esse velho novo mundo sempre existiu. Para outros, ele surgiu de uma grande explosão: big bang. Só faltam as provas. Nem a religião e nem a ciência conseguem os tais papéis, pois precisam das firmas reconhecidas!
No livro de Dan Brown tudo acontece dentro de um laboratório na Suíça Teria o autor se baseado no Cern – Laboratório Europeu de Pesquisa Nuclear para desenvolver sua história? O objetivo desse laboratório é justamente descobrir se o universo tem uma pré história, e se sim, qual seria ela. Vou revelar uma dessas pesquisas e qualquer semelhança com o livro do moço não é mera coincidência, não, não é. Lá pelas tantas ele descreve uma experiência parecida com essa: dentro de um tubo circular cercado de imãs um par de elétrons percorre um circuito de 27 km em velocidade superior à da luz e quando se chocam provocam um pequeno big bang. Verdade? Sim, a mais pura verdade, de acordo com relatos de cientistas envolvidos na pesquisa. Eles alegam que a experiência comprova as teorias de Einstein que estabelece equivalência entre energia e massa. Essas partículas subatômicas aceleradas, ao se dispersarem, ficam maciças e iguais as que dominavam o universo primitivo. Os cientistas afirmam que elas coagularam quando o espaço resfriou. Ah, essa história está muito longe de ser completada. Faltam aí os fótons e os quarks e como explicar a efervescência inicial. Quem preparou o fogo e colocou o caldeirão pra ferver? E essas novas teorias: das cordas, das dobras, dos universos dispostos em escalões? Socorro Giordano Bruno, alguém precisa reescrever sobre a expansão luminosa do universo de uma maneira mais simples e bela e parar de mergulhar as pessoas nesses labirintos de ilusões óticas e voltar à ideia inicial dos hindus: o mundo não teve começo e nem terá fim.

Um comentário:

Rosa Leda disse...

O primeiro passo é conseguir, com nosso limitado saber, imaginar ausência de tempo e espaço. Algo existe, esse algo explode e surgem milhares de alguinhos... isso é fácil mas ausência de tempo e espaço???