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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELA PAZ

A Bíblia conta que Deus perguntou: "Onde está o teu irmão Abel?". E Caim respondeu "Não sei. Acaso sou o guarda do meu irmão?" (Gn 4, 9).
Se pensarmos bem: sim, somos guardas de nossos irmãos. Quando amamos  gostamos de compartilhar. A loja em que compramos por um bom preço ou onde encontramos aquele objeto de nosso desejo, o médico que resolveu nossas dores, o restaurante que faz o melhor prato, o pensamento interessante ou engraçado encontrado no Facebook... Não seria essa uma forma de “guardar” nosso irmão de dissabores indo a lugares diferentes? Não seria um cuidado para que o outro também fique feliz? Só se faz isso se houver paz em nosso interior.

Ser pessoa significa sermos guardas uns dos outros! Contudo, quando se quebra a harmonia, se produz uma metamorfose: o irmão que devíamos guardar e amar se transforma em adversário a combater, a suprimir.

Nossa paz interior evita a agressividade. Quando tentamos minimizar a dor alheia, não estamos guardando o outro?
Extrapolando o âmbito pessoal, só o amor -na forma de consciência ecológica- nos faz recolher um lixo que não é nosso, retirar objetos indevidos de lugares de passagem, pensar na reciclagem. Só o amor – na forma de consciência política – nos faz entrar na campanha deste ou daquele candidato. Não estaríamos,  então,  sendo guardas dos irmãos, poupando-os de resíduos e de políticos inconscientes?  
Com nossos atos buscamos a paz, a harmonia.

Qualquer retrospectiva do ano que passou mostrou-nos inúmeras cenas de guerras, de violências, de tragédias, de morte. Como harmonizar a busca da paz com a realidade que é violenta? Faz sentido falar de paz numa sociedade competitiva e com os olhos voltados para a morte, a disputa, a auto defesa, num mundo caótico?
Como deixarmos de nos surpreender com as atitudes corretas já que a correção, os princípios morais e éticos deveriam ser a regra e não a exceção? O gari encontra uma carteira cheia de dinheiro e devolve ao dono... isso é notícia de jornal não porque mereça aplauso mas por ser inusitado. Não deveria ser comum? O político comparece a todas as sessões legislativas: “Nossa! Que espetáculo!” Mas isso não seria o comum?

Como disse o Papa Francisco, ontem:” É possível percorrer o caminho da paz? Podemos sair desta espiral de dor e de morte? Podemos aprender de novo a caminhar e percorrer o caminho da paz?”... “! Que cada um olhe dentro da própria consciência e escute a palavra que diz: sai dos teus interesses que atrofiam o teu coração, supera a indiferença para com o outro que torna o teu coração insensível, vence as tuas razões de morte e abre-te ao diálogo, à reconciliação: olha a dor do teu irmão – penso nas crianças: somente nelas... olha a dor do teu irmão, e não acrescentes mais dor, segura a tua mão, reconstrói a harmonia perdida; e isso não com o confronto, mas com o encontro! Que acabe o barulho das armas! A guerra sempre significa o fracasso da paz, é sempre uma derrota para a humanidade.”...” perdão, diálogo, reconciliação são as palavras da paz: na amada nação síria, no Oriente Médio, em todo o mundo! Rezemos, nesta noite, pela reconciliação e pela paz, e nos tornemos todos, em todos os ambientes, em homens e mulheres de reconciliação e de paz. Assim seja.”
Paz e amor em 2014!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Natal

O Natal é um saco.
A declaração irreverente me deixou alarmada. Como pode alguém não perceber o tamanho do Natal?
É data simbólica, sim, mas cercada de tanta vontade de amar, tão comovente na desproporção entre o amor de Deus e o que vivemos nesta Terra!
O Natal nos devolve às origens humildes da fé. Fé, vi o pensamento publicado no Facebook, é dar o passo e depois Deus coloca o chão. A dicotomia entre a angústia de gastar (o que às vezes não se tem) e a alegria de dar o que se comprou é óbvia. Fazem isso os pais, os filhos, os enamorados, os amigos... e o olhar agradecido do presenteado enche de amor os corações.
Mas, voltando à fé, os materialistas são obrigados a viver um tempo de amor e, aí sim, dizem "o Natal é um saco". Para seres não amáveis, não amorosos, suportar beijos e abraços, orações, bênçãos distribuídas, presentes simples que por vezes não significam nada mas exigiram horas de pesquisa, é quase insuportável... e eles, os materialistas, não entendem. Tudo isso porque (dizem) Jesus nasceu?
Acreditam ser um amor imposto, veem no Natal um acontecimento falso em que se comemora, em data inventada, o nascimento de um ser que não é. Não há Deus, não há filho, não há Espírito Santo e menos ainda Espírito de Natal. É um conhecimento que não têm, não há espaço para gestos de amor (com hora marcada) em suas vidas. Facilmente retribuirão colocando algumas notas  dentro de um envelope e entregando para que o amigo faça o que bem entender.
Neste período de preparação para as festas é bom lembrar que: "A fé é uma forma de conhecimento que suscita uma forma de vida. O que domina no Natal é a força transformadora da livre e convicta adesão a Deus, ao "Deus que é" e à sua palavra eficaz, criadora das coisas e da bondade do
coração e da vida social. "