quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Natal

O Natal é um saco.
A declaração irreverente me deixou alarmada. Como pode alguém não perceber o tamanho do Natal?
É data simbólica, sim, mas cercada de tanta vontade de amar, tão comovente na desproporção entre o amor de Deus e o que vivemos nesta Terra!
O Natal nos devolve às origens humildes da fé. Fé, vi o pensamento publicado no Facebook, é dar o passo e depois Deus coloca o chão. A dicotomia entre a angústia de gastar (o que às vezes não se tem) e a alegria de dar o que se comprou é óbvia. Fazem isso os pais, os filhos, os enamorados, os amigos... e o olhar agradecido do presenteado enche de amor os corações.
Mas, voltando à fé, os materialistas são obrigados a viver um tempo de amor e, aí sim, dizem "o Natal é um saco". Para seres não amáveis, não amorosos, suportar beijos e abraços, orações, bênçãos distribuídas, presentes simples que por vezes não significam nada mas exigiram horas de pesquisa, é quase insuportável... e eles, os materialistas, não entendem. Tudo isso porque (dizem) Jesus nasceu?
Acreditam ser um amor imposto, veem no Natal um acontecimento falso em que se comemora, em data inventada, o nascimento de um ser que não é. Não há Deus, não há filho, não há Espírito Santo e menos ainda Espírito de Natal. É um conhecimento que não têm, não há espaço para gestos de amor (com hora marcada) em suas vidas. Facilmente retribuirão colocando algumas notas  dentro de um envelope e entregando para que o amigo faça o que bem entender.
Neste período de preparação para as festas é bom lembrar que: "A fé é uma forma de conhecimento que suscita uma forma de vida. O que domina no Natal é a força transformadora da livre e convicta adesão a Deus, ao "Deus que é" e à sua palavra eficaz, criadora das coisas e da bondade do
coração e da vida social. "

2 comentários:

Camilla disse...

Vou ser honesta, do Natal só gosto da reunião de pessoas. Mas para uqem está me busca de fé, seu texto, Rosa, é pra pensar... e pensar... pensar...

janirabastos@gmail.com disse...

Rosa Leda:
Nenhuma festa pode ser um saco. Aqueles que assim pensam deveriam ir para uma ilha deserta. Sou festeira por natureza e por enquanto só não comemoro Ramadã, no mais até ano indiano e chines eu acabo comemorando. Tirando a comercialização do momento, a data tem uma importância grande para o ocidente, então Viva o Natal!