quarta-feira, 20 de abril de 2011

Yom HaShoah - Dia de Lembrança do Holocausto


"Espere 20 segundos antes de fechar este email. Esta mensagem pede que você faça um pequeno ato para relembrar seis milhões (6.000.000) de vidas judias perdidas durante o Holocausto. Por favor, envie esta mensagem a quem você saiba ser judeu, e peça a eles que reenviem a outros. Se conseguirmos 6 milhões de emails antes de 20 de abril, estaremos devolvendo a Deus a dádiva de termos 6 milhões de judeus que lembram os 6 milhões que pereceram.
Obrigado"


terça-feira, 19 de abril de 2011

Um pai fala ao seu filho...

Tu me perguntas meu filho, porque é diferente esta noite de todas as noites. Porque todas as noites chametz e matzá, e esta noite somente matzá. Porque todas as noites comemos verduras diversas, e esta noite somente maror.
Porque molhamos os alimentos duas vezes.
Porque comemos reclinados
Eu te agradeço meu filho. Agradeço-te por perguntares. Porque se me perguntas não posso esquecer, se indagas não posso ficar calado. Por tua voz inocente, meu filho, fala a nossa consciência. Tua voz me conduz à verdade.
Porque esta noite é diferente de todas as noites meu filho?
Porque nesta noite lembramos. Lembramos os que foram escravos no Egito, aqueles sobre cujo dorso estalava o látego do Faraó.
Lembramos a fome, o cansaço, o suor, o sangue, as lágrimas.
Lembramos o desamparo dos oriundos diante da arrogância dos poderosos.
Lembramos com alívio: é o passado. Lembramos com tristeza: é o presente.
Ainda existem Faraós. Ainda existem escravos. Os Faraós modernos já não constroem pirâmides, mas sim estruturas de poder. Os Faraós modernos já não usam apenas o látego, submetem corações e mentes mediante técnicas sofisticadas. Seus escravos se contam aos milhões, neste mundo em que vivemos... Não sejas como o ingênuo, que ignora os dramas de seu mundo. Não sejas como o perverso, que os conhece, mas nada faz para mudar a situação.
Pergunta, meu filho tudo o que queres saber - a dúvida é o caminho para o conhecimento. Mas, quando te tornares sábio, procura usar a tua sabedoria em beneficio dos outros. Reparte-a, como hoje repartimos a nossa matzá. Segue o conselho de nossos sábios, e lembra a saída do Egito, não só na noite de Pessach, mas todos os dias de tua vida.
Moacyr Scliar

segunda-feira, 18 de abril de 2011



Enquanto Pilatos, sentado no tribunal, tentava decidir se libertava Jesus ou Barrabás sua mulher mandou-lhe um recado: - “Não se envolva com esse justo” (Mt 27, 19)

Mais piedosa, mais sensível ou mais perspicaz, a mulher sem nome, em segundo plano nesta história, desempenha um papel importante: roga aos poderosos pelo filho de Deus. Ela diz ainda “esta noite, em sonhos, sofri muito por causa dele”.

Ao lermos o versículo todo podemos nos permitir duas interpretações à sua intervenção.


Primeira: uma mulher sensível e misericordiosa, que vê a injustiça que se pratica contra Jesus e calcula quanto a humanidade sofrerá ao tomar consciência do imenso amor do filho de Deus que entregou sua vida para nos redimir.

Segunda: uma mulher egoísta e crédula que tem medo de passar por algum sofrimento e tenta evitá-lo.


Que Deus nos perdoe por todas as vezes em que fomos prudentes, generosos ou “justos” exclusivamente para evitarmos nosso próprio sofrimento!

Boa Semana Santa para todos e que a Páscoa ilumine suas vidas.

domingo, 17 de abril de 2011

Bolo de mel...



Bolo de mel

Ingredientes
3 colheres (sopa) de óleo
1 xícara de açúcar
3 ovos
1 xícara de mel
1/2 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
2 1/4 xícaras de farinha de trigo
1/2 colher (chá) de gengibre
1 colher (chá) de canela
1/2 colher (chá) de anis
1/2 colher (chá) de noz-moscada
1/2 colher (chá) de cravo moído
2 colheres (sopa) de café instantâneo
1 xícara de suco de laranja
1 xícara de uvas passas
1 xícara de amêndoas moídas (opcional)

Preparo
Bata o óleo junto com o açúcar na tigela maior da batedeira,
acrescentando as gemas e o mel. Na tigela menor, misture os
ingredientes secos, adicionando-os, alternadamente, com o suco de
laranja à tigela maior, batendo sempre. Por fim, acrescente as uvas
passas, as amêndoas e as claras em neve, misturando a mão. Despeje em
forma não untada e asse por 50 minutos em forno moderado e
pré-aquecido.

sábado, 16 de abril de 2011

Lembra-te

No final do mês de abril, católicos e judeus estarão comemorando a Páscoa, cujo início se dá no domingo de ramos e termina no domingo seguinte: a páscoa. Pessach, no ano de 2011 será celebrada entre os dias 18 e 27 de abril. Pouco antes de morrer, Moisés exortou seu povo a não esquecer o passado. "Lembra-te dos dias de outrora, considera os anos de geração a geração; pergunta a teu pai, e ele te informará, aos mais velhos, e eles te dirão." (Deuteronômio, 32,7)
Lembra-te! A Páscoa judaica recorda a libertação do povo de Israel do Egito, conforme narração do Êxodo. De acordo com a Toráh e a Bíblia, também, foram enviadas 10 pragas sobre o povo egípcio. Antes da décima, Moisés foi instruído a pedir que cada família de judeus sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais das portas com esse sangue. Nessa noite comeram o cordeiro acompanhado do pão ázimo e de ervas amargas. Na madrugada um anjo feriu de morte todos os primogênitos do Egito, inclusive o filho do faraó. O rei para terminar com a ira de D'us libertou o povo de Israel. É importante notar que Pessach significa a passagem do anjo da morte e não a travessia dos hebreus pelo mar Vermelho ou outra passagem qualquer. Pessach é a festa central do judaísmo e serve de conexão entre o povo e sua história. Portanto: "a cada geração todo ser humano deve se ver como se ele pessoalmente tivesse saído do Egito, pois está escrito: você contará aos seus filhos, neste dia, D'us fez estes milagres por mim, quando eu saí do Egito."

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A Ilha flutuante

Quando amanheceu lá estava ela. Uma ilha! Bem em frente à minha janela! De onde terá vindo? Deixou nosso lago tão lindo! Quando chegou? Terá surgido porque garoou? Antes do anoitecer, ali, eu não a pudera ver... À noite eu contemplara aquela llinda vastidão e da ilha, confesso, não havia vestígio, não. Na ilha havia um cão, placidamente sentado, olhando para o meu lado. Seria ele o comandante desta estranha nau errante? A ilha a flutuar, movia-se lentamente. Este fato era intrigante, um estranho acidente. À sua popa três patos, nadavam assim como quem nada teme. Seriam eles empurradores, ou da ilha o próprio leme? O “capitão” levantou-se e examinou as amarras. Os patos se agitaram e à primeira lufada, a navegar recomeçaram. Numa árvore um macaquinho, pendurado pelo rabo. Acenou-me, o atrevido, que sorria como um nababo. Latia ordens, o comandante, muito sério e responsável, de casa eu ouvia tudo, desse fato inexplicável. À distância eu percebia a fúria com que latia, e assim ficou atestado o nível de sua energia. Distraí-me alguns momentos e quando à janela voltei, já nada da ilha se via, tristemente constatei. Lia nas margens da represa enquanto a tarde caía, ouvi passos na areia e olhei. Era o cão que ali surgia. Cheirou-me e deitou-se ao meu lado. Colocou sua pata em meu colo. E surpresa constatei quanto era esse cão educado! Será que queria conversar? Perguntei-lhe sobre a ilha. Abandonara sua família? Olhou-me parecendo decidir se contava ou não a verdade. Eu era uma estranha, afinal, a perguntar de sua herdade. Suspirou e pôs-se a olhar-me, dizendo sem vacilar, apenas uma palavra como a querer explicar: - Garças! Mantive-me quieta a esperar que viesse uma explicação. Um tanto hermético, deveras, o temperamento do cão. - Muitas garças ocuparam minha linda embarcação... Discordam de minhas idéias, da vida não têm noção. Batem asas, ameaçadoras, bicam as raízes, e arrancam a grama... nisso elas são professoras. Por isso fiquei irritado, larguei-as sós com os patos. - De onde vieram? - As garças? - Não, vocês, com a ilha. - Não de muito longe... nas últimas chuvas nos desgarramos e gostei da vida errante... agora é continuar e ver onde chegamos. Vacilou por instantes mas decidiu continuar. - Os patos me acompanharam, só os carneiros ficaram, as garças foram chegando e assim me incomodando. Já viajamos há meses. - E agora que em terra está, daqui o que fará? - Penso seriamente em parar, hora de aposentar. Parecia sonolento e, relaxando, dormiu. Devia estar cansado das lutas na nau errante. Seu sono não era tranqüilo, sua respiração ofegante. Também eu adormeci, acompanhando seu suspirar, de repente, eu dormi. O sol baixando no horizonte, já inclinava seus raios, escondendo-se atrás do monte. Por causa disso, talvez, ou por sentir-me aquecer, despertei meio assustada e nada do cão ao meu lado. A ilha está à minha frente, as garças nela pousadas com suas pernas encolhidas, na areia parecem espetadas. O macaco de longe me acena, o cão a ladrar suas ordens, e na força do seu nado os patos perdem as penas. Vieram buscar seu comandante? Que história é essa da ilha, essa incrível nau errante? A nau sem rumo, sem meta, talvez esperasse a noite para se por em alerta. O cão olhou-me em despedida, e voltado à proa latiu, o sinal para dar a partida. Os patos aceleraram, o macaco outra vez acenou e destes fatos estranhos, ninguém mais nunca falou.

domingo, 10 de abril de 2011

Landslide

Lendo o texto da nossa querida Rosa só consigo pensar que no fundo, mulheres são todas iguais. E não gostei de As Pontes de Madison quando assisti mas de vez em quando penso em alugar e rever porque tenho muitas amigas que amaram. Assim como sua amiga também tenho saudade de amar. E tenho um amigo querido, o sumido Rogério, que tem uma teoria que me preocupa: talvez cada um de nós só tenha direito reservado a um amor. Daquele que você não esquece, que faz tremer? Um amor somente.
Já conversamos muito sobre o assunto e por mais que entenda seu ponto de vista quando ele inclusive usa minha vida como exemplo , no entanto, não consigo não sentir dor no coração ao pensar nessa possibilidade. Feliz ou infelizmente, muito cedo, me apaixonei perdidamente e por questões que hoje não vem ao caso, não fui em frente com esse amor. Se me arrependo? Já me arrependi, já sofri, já me arrependi mais um pouco e então coloquei a história toda na gaveta porque afinal, a escolha havia sido minha. Hoje o rapaz é casado há anos e deve ter pelo menos um par de filhos. A última vez que o vi, uns 4 anos atrás, estava em Maresias almoçando com um amigo em uma segunda feira nublada após o encerramento de um projeto maravilhoso que coordenei com sucesso. Não sei ao certo se ele me viu, estava com a mulher, a filha e uma babá.
Lembro que pensei que aquela podia ter sido eu, mas se fosse, eu não teria tido todas as experiências que tive desde que nunca mais o vi. Escolha, né? Gosto muito do meu trabalho mesmo enlouquecendo e até mesmo ficando doente com ele. Adoro a possibilidade de estar entre tanta gente que admiro e fazer o que faço.

Se cada um tem direito a um amor, este talvez tenha sido o meu. Desde então tive paixões várias. Não nego que tenho beijado muitos sapos nessa vida. Mas entre ficar quieta e beijar sapo, a opção do sapo sempre é uma tentativa, né?
Recentemente achei que estava apaixonada mais uma vez. Um cara que conheço há anos mas reencontrei graças as voltas que o mundo dá. E me encantei. E me encantei com tudo o que pensei que o rapaz era, mesmo depois ele provando não passar perto do cavaleiro bondoso, gentil, honesto, o salvador da pátria talentoso que eu achava que ele era. Não era. E com isso beijei mais um sapo e até derramei algumas lágrimas no processo. Deixar de acreditar é sempre complicado.
Esse sempre é um problema, invento a pessoa na minha mente e faço dela o que bem entendo. E aí a realidade nunca é páreo para a minha versão da pessoa...
Talvez o Rogério esteja certo e meu direito ao amor tenha sido usado ainda na adolescencia e tenha queimado meu cupom. Talvez não. Talvez um dia desses eu me arrependa de ter escrito este texto. Talvez eu me apaixone e depois de 3 anos descubra que não era amor... quem sabe.