sábado, 17 de setembro de 2011

Máquina fotográfica...

Ganhei uma máquina fotográfica da minha filha. Vermelha e digital. Embora a cor lembre as calçinhas da Marta, juro que não faço parte do time. Vou retratar flores e quando souber manejar a máquina com mais destreza talvez até faça um curso, pode ser que o povo do Focopoint me aceite. Será? Sei que o horário não é bom, são 11 horas da manhã, mas fotografei toda e qualquer flor que encontrei pelo caminho. Agora preciso descobrir como transferir as mesmas para o computador sem ler o manual. Se conseguir, vou ilustrar o texto com algumas. Incrível!! Não só fiz as fotos como levei o material para o computador. Vou repetir a façanha? Não sei. Foi na base da tentativa/ erro/acerto. Empírico. Método usado pelos pintores holandeses para pinturas maravilhosas. Em ambos os casos, o processo passou longe da perspectiva renascentista. Guardada à devida distância, pois não sou nenhum Van Eyck da fotografia, o jeito de fazer foi o mesmo. E depois dizem que a teoria na prática é outra... não é!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A guerra dos sexos


Mirian Goldenberg diz que nós, mulheres, estamos presas a chavões e escancara o pensamento feminino ao dizer que “vira e mexe” alguma mulher diz:
- Homem só quer sexo, mulher quer amor.
- Todos os homens são galinhas, além disso, são machistas e infiéis.
- Os homens têm medo das mulheres bem sucedidas.
- Homens ficam inseguros quando o salário da mulher é maior.
- Homens são infantis, bobos e imaturos.
- Homens odeiam discutir a relação.
- Eles detestam mulheres inteligentes.
Bom, eu não sei que tipo de mulher diz isso (embora já tenha ouvido todas essas frases infindável número de vezes).
Em meu novo livro – que será lançado em outubro e tem o título de Encontros Paralelos – num dos contos o personagem homem discute a relação da primeira à última linha. Poucos homens são tolos o suficiente para preferirem a linda burra à linda inteligente. Claro que entre uma medonha inteligente e chata e uma bonitinha que embora inculta seja engraçada e companheira eles optarão pela bonitinha, isso é tão lógico!
Tenho uma amiga que sofre de TOC. A cada vinte e quatro horas tira todos os móveis do lugar, varre, encera, esfrega, lustra, troca lençóis a cada 48 horas e toalhas de rosto todos os dias. Será que se o marido encontrar uma feinha menos obcecada não a trocará? E será porque ela tem 60?
Outro dia ouvi alguém dizendo que trocar uma de cinqüenta por duas de vinte e cinco é o maior clichê. E olhe que quem falou é um homem interessantíssimo. Ele até confessou ter tido uma namorada de vinte e poucos... mas ficou desencantado quando ela dormiu ouvindo sopranos magníficas entoarem o Va Pensiero e a mais conhecida passagem de Madame Butterfly. Ah, coitada, não conhecia as óperas e nem todo mundo gosta muito de ópera, mesmo – eu intercedi.
- Mas ela queria sair às onze da noite e voltar às 5 da manhã!
É, se quiser trocar por alguém mais jovem o homem terá que pagar pela diferença.
Mirian conta de um jornalista, seu conhecido, que disse: “é até engraçado, as mulheres se consideram únicas, especiais, diferentes. Já nós, os homens seríamos todos iguais. É como se elas fossem de uma espécie mais civilizada, superior e nós os primitivos, seres inferiores”.
Bom, tem hora que a gente acha isso, mesmo (rssssss...) mas é só de vez em quando. Geralmente amamos os homens e os vemos com os olhos mais complacentes deste mundo, vejam o caso de Rosa e Baptista.
Na próxima semana outro ponto de vista. Aguardem.

domingo, 11 de setembro de 2011

Chateau Marmont

A Sunset Boulevard, rua de 39 KM que passa por inúmeros bairros de Los Angeles, é aquela mesma do Crepúsculo dos Deuses, onde ficava a casa da ex-diva decadente Gloria Swansone, no filme vítima dos encantos de William Holden. Depois do filme, a Sunset voltou a ser foco quando os clubs foram para lá. A Sunset Strip é lar do Whiskie A Go Go, onde os Doors gravaram aquela famosa introdução "from Los Angeles, California, The Doors" que todos ouvimos tantas e tantas vezes, The Rainbow, The Roxy, o infame The Viper Room, então casa de Johnny Deep onde River Phoenix morreu de overdose na calçada na companhia de Martha Plimpton e Joaquin Phoenix, e terminando na curvinha fátidica do Chateau, onde a entrada quase nunca é pela frente.
Eu entrei pela parte de trás mesmo sem ser celebridade. Nada como encostar o carro, descer batendo cabelo e com cara de habituê, sem reserva, fiz happy hour na beira da piscina apinhada da geração gravadora e indie losangelense e jantei no quadrado mais exclusivo. Exclusivo na verdade nem tanto. O Chateau é conhecido como refúgio de celebridades rebeldes, Greta Garbo passava meses sem sair do seu bangalo, John Belushi morreu de overdose no jardim, Benício Del Toro e Scarlett Johansan foram transando da garagem ao quarto dele sem nenhuma interrupção, Keanu Reeves se mudou de vez no auge dos 90, quando montou uma banda, os membros do Led Zepellin entraram de moto no lobby, um dos bangalos serviu de cenário para a cena da jabela de Rebelde sem causa, Elizabeth Taylor cuidou de Mantgomery Clift após seu acidente em seu quarto, Lindsay Lohan se mudou por um breve período após usa primeira prisão, John Frusciante deu uma entrevista a Rolling Stone que fez com que fosse convidado a ser retirar, Britney Spears foi banida do recinto quando teve uma crise histérica dentro do restaurante e Sofia Copolla rodou seu quarto longa no espaço... E essas são apenas algumas das histórias. Dividido em "castas" o hotel, que tem lá seu ar de mansão mal assombrada, possui suites, quartos e bangalos variados chegando a custar U$ 4 mil a noite. A área dos bangalos é a mais exclusiva e inatingível, só sendo hóspede ou groopie de muito gabarito, dá para passar pelo portãozinho branco.

sábado, 10 de setembro de 2011

Sobre os horrores de mudar para a NET....

A Telefônica oferece um serviço muito ruim principalmente em condomínios. Recebi há umas três semanas um telefonema de um vendedor da Net oferecendo um pacote com tv digital, internet, wifi e telefone por um preço razoável e aceitei. Esperei uma semana pelos técnicos. Um belo dia, uma força de expressão, pois chovia torrencialmente eles apareceram, olharam e disseram que não poderia trabalhar devido a chuva. Tudo bem, marcamos outro dia. Veio outro técnico e disse que não dava para executar o serviço por causa da tubulação. Chamei o eletricista e o pedreiro e eles garantiram que estava tudo bem. Liguei para o vendedor e veio outro técnico. Ele fez o escritório, mas não ligou a internet, pois precisava esperar alguém fazer a parte da tv, afinal era um pacote. Veio outro senhor e fez o serviço.A Internet continuou parada e eu sem telefone. Reclamei. Isso era na terceira semana.Veio um outro técnico que passou a amanhã aqui para colocar um fio de extensão para o telefone e por volta de 12:30 horas deu um papel que eu assinei e ele foi embora. A noite o telefone tocou e eu ao lado da extensão não ouvi barulho nenhum. Desci as escadas e atendi no escritório. Tenho seis pontos de extensão, e o sujeito mexeu em todos e não conseguiu colocar a extensão em nenhum. O fio simplesmente camuflado na tomada, ao pegá-lo soltou na minha mão, pode um negócio desses. Surtei. Liguei para o vendedor que não atendeu, é claro (ele nunca atende depois que vende o tal pacote...) e deixei um recado mal-educado na caixa. Liguei também para o coronel, meu vizinho que comentou: se você tivesse conversado comigo não teria feito, a reclamação no condomínio é constante. Logo depois o vendedor ligou e eu contei-lhe a conversa. Ele garante que o serviço é ótimo. Duvido, por experiência própria. Se você mora em Bauru e vive no Lago Sul, não cometa o mesmo erro que eu. Não assine a Net. Existe um provérbio antigo que diz ruim com ele pior sem ele. Isso pode ser aplicado a telefônica, embora eu sem internet e sem telefone quero tentar uma terceira alternativa, senão terei de voltar para a Telefônica. Ah, eles fizeram a portabilidade, só que agora como vou cancelar a Net, ele me disse que terei que ligar e falar com o pessoal da outra empresa. É ser fino demais!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Confissão

Não tenho inveja de quem é bonito... nem de quem é rico... dos inteligentes tenho um pouco, dos lógicos um pouco mais, mas dos que viajam eu morro de inveja. Sinto vergonha de contar isso mas neste grupo fechado chamado Internet sei que ninguém irá me julgar, rotular ou crucificar.

A gula só me pega de vez em quando. Sou complacente e não me considero gulosa, mas uma mulher forte com bom apetite, pois não chego à intoxicação nunca, e como esse pecado está relacionado ao egoismo e à cobiça, não me enquadro. Aliás, preciso rever A Comilança, lembram que foi proibido durante a ditadura militar?

Avareza? A Avareza é o apego excessivo e descontrolado aos bens materiais e ao dinheiro, priorizando-os e deixando o espiritual em segundo plano. Nada a ver comigo. O avarento prefere os bens materiais, trata algo, que não é Deus, como se fosse Deus. Vontade exagerada, desejo descontrolado de possuir qualquer coisa? Nunca, sou super desligada e exceto uma certa bolsa que acabei não comprando - e essa é uma história ridícula que um dia ainda contarei - não me lembro de ter desejado algo desse jeito.

A Luxúria, o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material? Uau, nem quando mocinha, nem quando adulta e muito menos agora na maturidade. A luxúria também pode ser entendida em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões” aí talvez, mas não paixão carnal, só intelectual, aquelas obsessões para fazer uma coisa, terminar uma pesquisa, saber mais e mais... Será que encaixa? Não, não encaixa. Luxúria consiste no apego aos prazeres carnais, corrupção de costumes; sexualidade extrema, lascívia e sensualidade... tenho certeza de que não.

A Ira,o intenso e descontrolado sentimento de raiva, ódio, rancor que pode ou não gerar sentimento de vingança. É um sentimento mental que conflita o agente causador da ira e o irado. A ira torna a pessoa furiosa e descontrolada com o desejo de destruir aquilo que provocou sua ira.Educada em colégio de freiras belgas, ex aluna do colégio Bandeirantes e da PUC, não, não sou possuída pela ira. Uma raivinha de vez em quando isso não posso negar, mas essa coisa violenta e incontrolável? Não.

A Preguiça, o preguiçoso vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, em negligência, desleixo, morosidade, lentidão e moleza, de causa orgânica ou psíquica, que a leva à inatividade acentuada. Aversão ao trabalho, frequentemente associada ao ócio, vadiagem. Nunca! Chego a ser hiperativa. Não sou preguiçosa, mesmo.Procrastinadora, isso em certas épocas eu sou. Procrastinação também é pecado e ligado à preguiça mas como fugir ao ditado - sabedoria popular - "por que fazer hoje se posso fazer amanhã"?

A Soberba é associada ao orgulho excessivo, arrogância e vaidade. Segundo São Tomás de Aquino, a soberba é um pecado tão grandioso que deveria ser tratada em separado do resto e merecer uma atenção especial. Não, não sou soberba, não me orgulho de quase nada (exceto de meu neto que é o neto mais bonito deste mundo) e das minhas filhas, do meu marido, da minha casa, mas, bom, isso é porque sou de Câncer e os cancerianos adoram sua família.

Então chegamos à inveja. O invejoso ignora suas próprias bênçãos e prioriza o status de outra pessoa no lugar do próprio crescimento espiritual. O invejoso deseja as posses, o status, as habilidades e tudo que outras pessoas têm e conseguem. O invejoso ignora tudo o que é para cobiçar o que é do próximo. A inveja é freqüentemente confundida com a avareza, o desejo por riqueza material, a qual pode ou não pertencer a outros.

Acho que não, não sou invejosa, reconheço minhas bênçãos, gosto da minha vida. Não cobiço tudo dos outros... só as viagens... se cobiço então sou invejosa... Sou? Ou não sou? Agora me sinto shakespeariana:
"To be, or not to be, that is the question:
Whether 'tis nobler in the mind to suffer
The slings and arrows of outrageous fortune,
Or to take arms against a sea of troubles,
And by opposing end them?"

domingo, 4 de setembro de 2011

LAX

Quem nunca foi a Los Angeles não é capaz de mensurar o quão a cidade é incrível. Não exala glamour ou história como Paris ou modernidade como Londres ou a doçura de Praga. Mas é incrível e só quem esteve é capaz de entender. Começando pelo aeroporto deliciosamente colocado no centro do cidade e charmosamente chamado LAX, passando pelas freeways e caindo em Malibu, Los Angeles é Hollywood de ponta a ponta. Cheguei a conclusão de que o romance Uma linda mulher não poderia acontecer em outro lugar senão em Los Angeles, a cidade da Sunset Strip com o Chateau Marmont cravado em desgraças, contraversões e muito rock 'n' roll, da Rodeo Drive que não consta em nenhum GPS e de Malibu, bem, Malibu. De gente bonita e segregada, cada um dentro do seu carro, com o seu copinho da Starbucks, a caminho da sua academia ou pet shop. Hoje, se ganhasse na Mega Sena não teria nenhum dúvida: alugaria um bangalo no Chateau e tomaria sol com espumante do Napa, intercalando com dias na praia em Santa Monica, é claro.








sábado, 3 de setembro de 2011

Mirra...commiphora myrrha!!!!

Imaginem que ganhei a muda de uma planta bem bonita. Perguntei se crescia, a resposta foi não: tem tamanho pequeno. Coloquei perto de uma escada e ela foi crescendo devagar. Hoje descobri que dá flores. Como agora sou uma fotógrafa amadora, mas fotógrafa, lá estava eu transformando a planta em imagens eternas. As flores são levemente perfumadas e a árvore deve estar com um metro de altura. Então, lembrei-me que o doador havia comentado qualquer coisa sobre a essência ter sido ofertada ao menino Jesus juntamente com o ouro e incenso. Pensei: impossível, dizem que a mirra cresce até 5 metros de altura sendo bastante espinhosa. A minha é delicada, cheirosa, não, não pode ser... Uma rápida pesquisa e descubro que é mirra, mesmo. A palavra, de origem hebraica, significa amargo. As folhas são iguais e as características descritas, no livro sobre plantas, correspondem aquilo que tenho no quintal. As flores são lindas. Dela extrai-se uma resina por destilação a vapor, cuja seiva tem propriedades medicinais servindo como anti séptico, anti inflamatório, desodorante, desinfetante, diurético, dentre outras finalidades, além disso, protege os pés contra as rachaduras de inverno, sendo remédio para resfriados, bronquites, gengivas sangrentas. Enfim, um óleo santo, ou um santo remédio, sei lá.
Os egípcios, sempre eles, empregavam a mirra no culto ao deus Sol( alô, alô Akenathon, meu faraó preferido)) e como ingrediente na mumificação. Hoje é usado como incenso em missa e outras celebrações religiosas, como na umbanda. Sua origem? O nordeste da África, mas vai bem, em locais ensolarados e terrenos bem drenados. Floresce na primavera. Embora seja outono (inverno?) a minha está carregada de flores. Não procuro entender a natureza, ela se vira sozinha. Olho para o quintal pensando: mirra, quem diria!