terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O deus Sol dos incas

O império inca foi um dos estado-nação da América conquistado pelos espanhóis em 1533. Acredito que todos ouviram falar de suas árvores de ouro e prata. Verdade? Não sei. A única certeza é que uma quantidade exorbitante de ouro e prata saiu daqui para a Europa, naquela época. Na semana passada, falei de Akhenaton, o filho do sol e sua religião monoteísta no Egito Antigo. Coincidentemente, estou lendo Uma breve História do Mundo e Geoffrey Blainey vai entrelaçando a história de uma civilização, a outra, de maneira bastante didática. Descobri no livro como ocorreram as migrações dos povos asiáticos pelo planeta e como eles chegaram até o continente americano. Ao discorrer sobre os incas fala de sua avançada agricultura, do cultivo do milho, da batata doce e da coca, usada como analgésico. Misturada com cal era mastigada pelos sacerdotes, pois transmitia excitação à mente ajudando-os nas profecias realizadas nos templos. Dessa planta veio o aditivo secundário que, até 1905, fazia parte da receita da Coca-cola. Vem daí o boato/fato do refrigerante viciar? Mas, uma Coca gelada nesse calor é refrescante. Outra droga indígena era o tabaco. Caetano cantou uma verdade: o cigarro é uma invenção dos índios da América Latina. Em vez de processar as fábricas, os advogados podem querer acionar os índios... pelos males provocados pelo fumo. Vou deixar assuntos delicados de lado e pensar nos caminhos pavimentados dos incas unindo os dois oceanos, ou na semelhança entre a religião egípcia e inca na adoração ao disco solar. Religiosos, tinham o sol e a lua como deuses, cuja ajuda solicitavam a toda hora. Após a morte viviam sob seu calor, enquanto o inferno era gelado. O imperador divino descendia desse deus masculino. O sol regulava o calendário, enquanto a lua, deusa das mulheres protegia a fertilidade e o nascimento das crianças. Eram diferentes dos egípcios na questão oferendas, pois sacrificavam crianças nos templos. Para satisfazer a curiosidade do leitor vou contar que mesmo a civilização inca sendo numerosa, ela estava em crise, antes da chegada dos espanhóis. Menos de trezentos homens comandados por Cortés acabaram por desmoronar com o vasto império, que juntamente, com os maias e astecas compunham a América Latina daquele momento.

domingo, 28 de dezembro de 2008

de 2008

Seguindo o exemplo do Alan e Roges este é um post mix de lista do Nick Hornby com retrospectiva... 2008 foi um ano sensacional para boa parte do mundo já que foi o ano de acontecimentos inesperados: a Dercy Gonçalves morreu, o Guns 'N' Roses lançou um cd novo, a Ivete ficou grávida, a Xuxa voltou a namorar o Safir, a América elegeu um presidente negro, a Cicarelli voltou a TV, a Piovani tomou porrada, Suri Cruise foi fotografada com o dedo no nariz, Britney Spears voltou com força total, o Lula passou alguns dias no Brasil, o Bush quase tomou uma sapatada...
Viajei muito, conheci partes da Europa e agora quero voltar e voltar e voltar, trabalhei muito, viajei muito a trabalho, conheci muita gente, fiz amigos ótimos, curti os antigos com prazer, li, ouvi música, conheci novidades, abri portas, oxigenei... ufa, esse foi um ano realmente sensacional...

Melhor filme: Um beijo roubado (eu sei que é de 2007 mas eu só vi em 2008) e Control (idem)
Melhor filme bobo: Horton e os mundo dos Quem (o que é a Katie?!)



Melhor espetáculo de teatro: Alma imoral momólogo sensacional baseado no livro do Nilton Bonder e com Clarice Niskier e Pina Bausch no Opera Garnier em Paris (desculpa mas é verdade!)
Música: The fear da Lily Allen e Janta do Marcelo Camelo
Melhor CD: MGMT
Melhor show: Justice (mesmo com frio) e Madonna
Mlehor livro: Extremamente alto e incrivelmente perto do Jonathan Safran Foer me fez chorar no caminho de Viena a Trieste e transformou Foer no meu autor do coração
Banda que eu não conhecia: Berlam Belozo e a Banda Larga (luxo!)
Lance mais descolado: vichi vichi vichi
Melhor investimento: arriscar
Bom momento: muito trabalho
Excelente momento: viajar pela Europa e passear por Paris com minha mãe
Uma coisa legal: conhecer o Inhotim
Estrela do ano: Britney volta com tudo
Mico do ano: 28º Bienal
Melhor meio de comunicação: e-mail
Casal do Ano: Michael Cera e Ellen Page
Melhor programa da televisão: House
Redescoberta do Ano: Cachorro Grande e Autoramas



Uma coisa surreal: terremoto em São Paulo
Temas recorrentes: trabalho, trabalho, trabalho

sábado, 27 de dezembro de 2008

Avaliação

Não estou sendo disciplinado prá escrever no blog, assim como não estou sendo disciplinado com nada na minha vida. Não termino nada do que começo, e não sei exatamente porquê...

Essa perda de interesse pelas coisas acho que é a grande coisa negativa do ano de 2008.

Nunca viajei tanto na minha vida, o que é bom... Nunca gastei tanto no cartão de crédito, o que pode não ser bom prá uns, mas no final das contas é meio que interessante... Acho que comprei TUDO o que queria comprar do mundo. Sempre sobram detalhes, mas nada mais me apetece. Comecei o ano em Bauru, fui prá Cuba, Colômbia, México, Estados Unidos, Argentina, África do Sul, Espanha, França, Palmas-TO, Curitiba, Brasília... E estou indo de encontro ao meio conceito pessoal de riqueza: ser rico significa ter histórias prá contar, e acho que tenho bastante.

Li bons livros, assisti a bons filmes, comi melhor do que nunca e ainda vou terminar o ano com duas garrafas de Veuve Cliquot que tenho de abrir. Conheci as melhores marcas de charutos do mundo, fui a show de blues... Não engordei mais que 2 kg - e já estou em vias de perdê-los - voltei a nadar... enfim...apesar de ser um reclamão de marca maior, não acho que tenho nada negativo prá falar, exceto de que minha disciplina não foi a melhor... Acho que é perdoável.

Esperemos 2009, que deve vir com MUITA novidade logo de cara... 

Sucesso e muita coisa boa prá todos no que vem por aí...

Um grande beijo,

Rogério

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O NATAL: ontem e hoje

Criança da era digital acredita no Papai Noel ou só em presentes? Quando penso em Natal lembro meu pai convidando a família para um passeio e retornando, sorrateiramente, deixava dentro de um vaso, as pulseiras que minha irmã e eu queríamos ganhar do velho Noel. Alegria pelo mimo, tristeza pela confirmação de algo pressentido: o bom velhinho não existia. A festa cristã do Natal é resultado de uma síntese de comemorações antagônicas. A Igreja de ontem conhecia somente a celebração anual da Páscoa da Ressurreição. Entre os séculos IV a VII, aliando princípios judaicos e pagãos, os cristãos criaram um almanaque próprio ao unir o calendário lunar e o solar. Como alguns festejos estavam inseridos no cotidiano das pessoas, a Igreja preferiu reinterpretá-los no seu contexto, quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano.
Em 371, Constantino declarou por lei o dia do sol como feriado. Os cristãos fizeram o mesmo chamando-o de domingo. Nesse momento, as festividades natalinas nasceram. As discussões em torno do cristianismo encontraram nessa louvação oportunidade para confirmar a crença na Encarnação do Verbo, enquanto afastava os fiéis dos festejos pagãos do solstício de inverno. Os romanos realizavam a comemoração do renascimento do sol em 25 de dezembro, trocando presentes com votos de boas festas. Em 534, o papa Líbero oficializou a data como do nascimento de Jesus. A contraposição de ambas apoiava-se no simbolismo de Cristo como o sol da justiça e luz do mundo.
Na Roma dessa época, Natal comportava apenas uma missa celebrada na basílica vaticana, durante o dia. No século VI apareceu em um nicho junto à basílica de Santa Maria Maior, uma réplica do estábulo de Belém. Praesepium, nome de origem hebraica, significando manjedoura, passou a ser celebração da vinda ao mundo do filho de Deus.
Em 1223, São Francisco teve a idéia de encenar um presépio na cidade de Greccio, perto de Assis, para auxiliar um grupo de fiéis analfabetos. O teatro era uma das poucas formas de representação popular, e essa foi à maneira que ele encontrou para ajudá-los a visualizar e entender a importância da celebração. Dessa forma o santo acabou difundindo essa manifestação religiosa tão inseparável das festas natalinas, quanto à árvore conífera.
Atualmente essa tradição atinge o mundo ocidental.
Para festejar o dia de Natal vamos olhar para o céu em busca da estrela guia, cantarolar baixinho Noite Feliz, enfeitar uma grande mesa com branco e dourado para receber os amigos. Nela estarão as castanhas, o peru, o panetone, o champagne, enfim as comidas e bebidas típicas dessa data, brilhando com a iluminação das velas, um símbolo da luz divina.
Os pacotes serão colocados ao lado da árvore, pois criança moderninha não acredita em Papai Noel. O espírito natalino é de trocar presentes, de alegria, de contentamento e qualquer semelhança com a Roma Antiga não é mera coincidência. Após o segundo ou terceiro brinde, você como eu talvez pense: tal e qual na festa do solstício de inverno, ontem e hoje um evento mundano.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O melhor e o pior de 2008

Sei que hoje não é o meu dia de escrever, mas tomei a liberdade de escrever antes mesmo de pedir autorização a vocês... Posso? Trata-se de um texto que iria escrever na última sexta, mas foi tanta correria que eu esqueci... Pois bem, farei a clássica lista dos melhores e piores do ano de 2008...

Começarei falando de shows...
Melhor show: R.E.M, no Via Funchal, no dia 11 de janeiro. Nada como 28 anos de estrada para colocar a molecada no chinelo... Ah, e o Michael Stipe é a terceira pessoa do rock da qual quero ser amigo. A primeira é o Bono, mas eu acredito que ele não existe. A segunda é o Dave Grohl.
Melhor segundo show: Dave Matthews Band, no festival About Us, no dia 28 de setembro. Dave Matthews mostrou simpatia e puta vontade de estar no palco... e olha que foram mais de duas horas de show.
Melhor show nacional: Teresa Cristina, no Sesc Pinheiros, no dia 8 de janeiro. Pela graciosidade da moça carioca, tímida e brilhante no palco.
Melhor show nacional que não canso de assistir: Nando Reis, no Citibank Hall, no dia 9 de maio. É sempre bom cantar os hits do ruivo.
Show nacional que ainda não me toca: Orquestra Imperial, no Tom Brasil, no dia 24 de janeiro. É divertido, mas, longe da Lapa, acho que ficam perdidos...
Sem vergonha própria: Engenheiros do Hawai, no Citibank Hall, no dia 1º de maio

Agora é música, o assunto:
Melhor hit antigo de balada: "Show me Love", de Robin S. Quando tocou, eu fui ao céu, ao inferno, para todos os lugares...
Música que me fez querer dançar: "I Kissed a Girl", de Katy Perry
Música que me fez chorar ao ouvi-la: "Everybody Hurts", do R.E.M.
Não canso de cantar "Essa Menina", na voz de Bruna Caram
Melhor música na melhor cena de um seriado: "Open Your Eyes" em uma cena final de "Grey's Anatomy"
(Quase) a maior injustiça do ano: "Dança do Quadrado"... a música é da Unesp Bauru!
Momento apoteótico: "Like a Prayer" cantada por quase 70 mil pessoas no primeiro show da Madonna em São Paulo.

Cinema...
Melhor cena que não aconteceu: o não-beijo entre o Mark e a Juno em "Juno"
E eu pensava que era um filme bom... "Cloverfield - O Monstro"
Melhor filme nacional: "Estômago"
Atriz mais bonita em um filme... Rosane Mulholland em "Falsa Loura"
Filme que fez com que eu tivesse vontade de abandonar tudo e ir para o outro lado do mundo... "Na Natureza Selvagem"
Hem!?: "Otávio e as Letras"
Bola preta: "Bodas de Papel"
Me casaria com a Natalie Portman em "Um Beijo Roubado"...
Melhor filme estrangeiro: "Antes que o Diabo Saiva que Você Está Morto"
Melhor ator estrangeiro: Philip Seymour Hoffman e Edward Norton (ok, ele fez "Hulk", mas continua sendo fodástico!)
Me senti nos anos 80 ao assistir "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal"
Injustiçado: "O Fim dos Tempos"
Chorei ao ver "O Escafandro e a Borboleta"
Viva o sexo e a liberdade: "Shortbus"
Melhor atriz estrangeira: Julianne Moore (o Fernando Meirelles é foda!)

Baladas
Passei frio, mas dancei: Skol Beats
Pirei quando o Chris Cox começou seu set com "Don't Tell Me" em uma balada na The Week
Surreal: a festa da Zapping no inferninho Love Story...
Não conheço ainda o Studio SP

Na telinha...
Torci para que Izzie e George ficassem juntos em "Grey's Anatomy"
Dou risada com o humor negro de "Desperate Housewives"
Fico perdido a capa episódio de "Lost"
Me divirto com o quadro "Meda" e com o "CQC"
Passei madrugadas acordado assistindo aos jogos olímpicos

é isso!
até mais
se cuidem!

domingo, 21 de dezembro de 2008

Pronta para 2009

Este foi um ano bom. Na verdade esse foi um ano ótimo. A reviravolta que dei na vida no final o ano passado só gerou bons frutos. Não me arrependo, não tenho saudade, só me pergunto por que não fiz isso antes? Mas tudo tem a sua hora e esse foi um ano de realizações, de trabalho, de reconhecimento, de diversão, de delícia...
E segunda passada foi um dia para agradecer e curtir. Depois de quatro meses entre pré e produção, acabou. Pelo menos essa etapa, agora é pós e esperar o produto ficar pronto. Estúdio logo no começo do ano.
E na segunda, eu, minha fiel escudeira Joana e o homem logística Marco desencanamos do mundo e caímos no marzão de Santiago para tirar a zica, renovar as forças e só curtir. Passamos o dia abusando do Iedo, nosso fiel motorista, e passeamos o Litoral Norte felizes.
Obrigada Universo, por esse ano incrível. Obrigada por essas pessoas ótimas com quem eu tenho a sorte de conviver.
Obrigada.
Agora falta pouco para a virada e 2009 já promete.

Ah, e nos 45 do 2º tempo, na quinta pela manhã, ganhei um convite para o show da quinta feira da Madonna e lá fui eu. E falar o quê? Madonna é MADONNA, né? A mulher tem 50 anos, não é a melhor cantora do mundo mas ELA É A MADONNA! O show é cheio de pirotecnia e tem momentos de quase desmaiar.
Claro que meu momento favorito foi Human Nature com o vídeo da Britney presa e enlouquecendo dentro de um elevador.



Ah, feliz Chanucá!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

AKHENATON, O FILHO DO SOL

Dia desses assisti a uma palestra onde o padre Beto diferenciou com propriedade o significado de misticismo e místico, ao discorrer sobre cultura judaica. Na hora eu pensei em Akhenaton e Nefertiti, o casal esotérico mais célebre da história. A região do Nilo foi extraordinária, tanto do ponto de vista do poder material, quanto do religioso. Uma viagem ao Egito não deixa ninguém indiferente, pois os deuses gravaram profundas marcas nos monumentos desse solo onde ecoam as vozes de Queóps, Ramsés II, Alexandre, Cleópatra... Mas, vamos falar na aventura de Amen-hotep IV que se transformou em Akhenaton, espírito atuante de Aton. Ele criou uma nova religião e construiu uma cidade inteira: Tell-el-Amarna. Sua viagem interior deu ao povo egípcio, novas leis espirituais. Um místico como São João da Cruz brilhou para si mesmo. Akhenaton, ao contrário, fez sua união com a divindade se derramar sobre uma civilização, afinal ele era o faraó do Egito. O aspecto mais espantoso disso tudo é a atualidade de sua mensagem. A oração cotidiana da cristandade, o Pai Nosso, é herança de Aton. Ao pesquisar Akhenaton, eu me aproximei de alguém com uma força espiritual enorme. Ele colocou questões éticas e religiosas de vital importância para toda a humanidade. Mas, quem foi Akhenaton? Um jovem rei que se insurgiu contra sacerdotes corrompidos, recusando-se a admitir verdades estereotipadas, libertou os escravos, acabou com os altos impostos e destituiu os exércitos egípcios. Fundou uma religião com um deus único, onde se vislumbra o atual monoteísmo. Na verdade, restaurou um movimento que vinha ocorrendo desde o quarto império, pois às pirâmides estão diretamente ligadas ao culto solar. Desposou Nerfetiti escolhida fora da nobreza, como uma espécie de desafio lançado contra o grão-sacerdote de Amon. Ela entra na história ao se casar com Amenófis, nome helenizado de Amen-hotep. Casamento pouco convencional, pois o encontro deles provocou um enlace de amor e essa paixão destruiu todas as barreiras da etiqueta. Estes são os fatos expostos com crueza. Porém, ao me deparar com Akhenaton fiquei surpresa com a pureza de seu ideal. Era um profeta. Um pregador conhecedor da teologia solar tão querida na região de Heliópolis.
Tal ensinamento inebriou o futuro faraó. Ao subir ao trono, realizou os desígnios secretos de sua mãe, fundando Amarna para servir de estrutura na crença de Aton. Ela ficava perto da velha cidade santa do deus Thot, no centro geográfico do Egito. Possuía ruas largas e paralelas ao Nilo. Seu plano urbanístico tinha uma concepção clara e pretendia ser tão luminoso quanto o novo deus. O faraó demonstrou com essa escolha a intenção de apresentar o Sol como mediador entre todos os cultos do país, como o deus vivificador da alma ancestral do Egito, dando a localização de Amarna, um significado simbólico. A mitologia egípcia fala da dupla face do disco solar: vida/morte. Alguns templos tiveram a função de eliminar as influências nocivas dessa energia e espalhar somente seus benefícios. Akhenaton é conhecido como o primeiro homem a quem Deus se revelou pessoalmente, tornando-o pai do monoteísmo. Monoteísmo trazido ao Ocidente por Moisés, fundador da religião judaica. A experiência do faraó foi uma tentativa sincera de entender a Sabedoria Eterna e de replicá-la. Talvez, por isso, ele continue vivo dentro de cada um de nós. Segundo uma lenda Akhenaton reinaria até que o cisne se tornasse preto e o corvo branco. Uma forma de evidenciar o quanto seu pensamento era imortal?