Já tinha sido alertado sobre isso, mas de repente, tudo ficou mais evidente. O pico foi um email com vários amigos copiados onde me perguntavam como estava, prà que contasse as novidades a todos de uma vez... Comentei que estava bem, que a Páscoa apesar de não ter ovos foi boa, que saì todos os dias, que dei boas risadas, que adoro meu apartamento... Nunca mais me mandaram emails. Nem Spams. Nenhunzinho sequer.
As pessoas esperam que fique tudo ruim pra somente então perguntarem se esta tudo bem. Um pouco egoísta em minha opinião, mas de qualquer forma acho que e assim que as coisas funcionam.
Sempre tive poucos amigos, e de repente, achei que finalmente tinha conquistado mais. No entanto meus poucos amigos estão ai, longe ou perto, sempre presentes. Os novos até aparecem quando preciso, mas como não estou precisando...
Nas últimas semanas antes de vir pra cá, sai 4 vezes seguidas com um amigo. E foi muito divertido, já que a balada paulistana era uma completa novidade pra mim. Aqui, não tenho com quem sair, mas o tenho feito ainda que sozinho. E já passei por varias situações engraçadas.
E queria que meu amigo – agora colega – de balada tivesse perguntado como estão as coisas por aqui. Queria que soubesse que cada vez que saio lembro-me dele e que aqui também acontecem coisas engraçadas... E queria saber como estão as coisas prà ele também... Mas nada além do silencio. Tivemos conversas lacônicas que em nada me faltam.
E isso não e só com ele. Está acontecendo com vários com os quais convivia. Nem todos parecem estar interessados a ouvir historias boas. Parecem querer que eu diga que estou com saudades, que sinto falta, quando honestamente, não estou sentindo.
Estou BEM feliz. Tranqüilo e relaxado como poucas vezes estive. Curtindo o trabalho como jamais aproveitei. Mas nem por isso posso ou gostaria de ficar sem conversar com alguém. Queria dividir meu bom momento com quem gosto. Mas alguns parecem pensar que somente nas horas ruins precisamos deles.
E triste eu ter feito o almoço perfeito no domingo e não ter pra quem contar. Descobrir que a bebida que mais gosto custa o preço do Duty Free e ter de tomá-la sozinho. Não tenho nem direito a reclamar da minha vida como esta, mas gostaria que algumas pessoas sentissem que podem me ajudar a melhorá-la ainda mais e se sentissem bem pelo fato de eu estar bem.
Não quero tornar-me uma pessoa amarga, do tipo que não divide quando recebe um aumento. Eu faço justamente o contrario. Comento com todo mundo e ainda saio pra jantar e comemorar. Mas alguns entendem isso como arrogância e acabam fazendo parecer que estou errado.
Não vou mudar e sei que as pessoas também não vão. Vou ter de viver assim, às vezes sozinho às vezes bem acompanhado, e vamos levando. Vou me esforçar pra não me tornar uma dessas pessoas que somente se aproximam quando estão sozinhas e depois descartam quando arranjam alguém (s) novo (s). E vou me esforçar pra manter por perto quem está longe, ao contrário do que tenho sentido.
Tenho duas festas às quais não vou sozinho essa semana. È hora de começar a ter pra quem contar as novidades novamente...
Um comentário:
Alô Rogerio:
Que bom que vc está bem, fico torcendo sempre pelos amigos da minha filha e vc é um deles. Bjs saudosos.
A mãe da Jana/Janira
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