sábado, 1 de agosto de 2009

Barack Hussein Obama II


Meus poetas prediletos são William Blake, Rimbaud e Mallarmé. Todos visionários, se é que algum poeta não o seja. Isso acaba me traindo não é? Melhor deixar o assunto para outra ocasião. Como o mundo se voltou para as eleições americanas fiz o mesmo, me perguntando quem seria esse senhor que estava mexendo com o imaginário da humanidade.
Barack Hussein Obama II nasceu em 04 de agosto de 1961 no Havaí, de pai negro e africano. Foi educado pelos avós maternos. Seu avô paterno Hussein Onyango Obama, muçulmano com poder de cura e imerso nas tradições da cultura local, era curandeiro no Quênia. Recentemente, li na Internet uma declaração interessante de Obama: “em nossa casa, a Bíblia, o Alcorão e o Blagavad Gita ficavam na prateleira com os livros de mitologia grega, norueguesa e africana. Na Páscoa ou no Natal minha mãe me arrastava para a igreja, assim como para templos budistas, para a celebração do Ano Novo chinês, para santuários xintoístas, ou para antigos locais de rituais havaianos.” A mãe branca e norte-americana transmitiu-lhe a autodisciplina e a inter-religiosidade. Via a religião como um fenômeno a ser tratado com respeito e desapego. Trata-se do olhar de uma antropóloga sobre o assunto. Construiu a vida sobre um alicerce filosófico e emocional, mas possui um lado prático e concreto. Esses são os antecedentes do atual presidente dos Estados Unidos da América, um homem com visão ampla dos problemas futuros. Ao examinar fragmentos de sua mensagem durante a campanha, pode-se afirmar que está afinado com a ética e a sabedoria universais. Fala como cidadão do mundo. Para o novo presidente “a solidariedade e a cooperação entre as nações não é uma escolha, é o único caminho para proteger a nossa segurança comum e fazer avançar a nossa humanidade comum.” Os americanos estão depositando sua confiança nas mãos dele. Obama prega a paz usando como exemplos a queda do muro em Berlim, Belfast e a união entre católicos e protestantes ou a África do Sul e a derrota do apartheid.
O discurso nas entrelinhas é que muros podem ser derrubados, mas a responsabilidade pelo progresso e pela paz é de todos. Pensando bem, ele poderia ser classificado de visionário, vocês não acham? Poetas possuem o dom da vidência, políticos também? Barack se tornou profeta de uma nova ordem mundial mergulhando em idéias inomináveis, como legalizar os doze milhões de imigrantes e tirar os americanos do buraco negro para onde estão sendo sugados. Deus o ajude na hora de passar do sonho à realidade. Vou colocá-lo entre meus visionários prediletos se realizar a metade de suas promessas.

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