domingo, 10 de outubro de 2010

De baixo do meu edredon

"Olho para o Augusteum e penso que, no final das contas, talvez a minha vida na verdade não tenha sido tão caótica assim. É apenas este mundo que é caótico e nos traz mudanças que ninguém poderia ter previsto. O Augusteum me alerta para eu não me apegar a nenhuma idéia inútil sobre quem sou, o que represento, a quem pertenço ou que função eu poderia ter sido criada para executar. Sim, eu ontem posso ter sido um glorioso monumento a alguém -mas amanhã posso virar um depósito de fogos de artifício. Atemesmo na Cidade Eterna, diz o silencioso Augusteum, é preciso estar preparado para tumultuosas e intermináveis ondas de transformação."

Sim, caros amigos, mais uma vez estou em crise.E esta semana duas coisas externas aconteceram que me fizeram pensar. A primeira foi ver Comer, rezar, amar e a segunda ler uma frase de Oscho no facebook.
Mas vamos por partes. Estou em crise porque sou uma idiota. Nao sobrevivi ao 11 de setembro, nao passei fome fugindo de Cuba numa canoa e nem fui vitima de violencia no Kosovo, entao, como pequena burguesa que sou, entro em crise.
Perco kgs, choro religiosamente todos os dias a caminho do trabalho, reclamo muito... e a frase de Oscho dizia justamente isso, que as pessoas perdem tanto tempo decidindo ser infeliz que eh estupido, nao com essas exatas palavras porque duvido que um guru algum dia chamaria alguem de estupido.
E fui ver Comer, rezar, amar, e obviamente agora estou lendo o livro porque adorei o filme. E no filme, alem da busca desenfreada por felicidade, duas coisas me tocaram. A Italia, linda e ensolarada Italia e o fato de que se alguem me pedir para me definir em uma palavra, como fazem com a Liz, eu nao saberia.
Tenho duas certezas na vida e nenhuma delas me define, sou uma produtora competente e falo bem ingles. E so. Sera que nao eh por isso que vivo tendo crises e quase todas avassaladoras?
Quem eu sou? De verdade? O que eu realmente quero? E por que vivo me colocando a prova em situacoes absurdas?
Nao, caros amigos, essas perguntas nao viram com resposta ate porque eu nao sei. Eu nao sei. Eu nao sei. Se a Liz do filme sempre foi de um relacionamento amoroso a outro sem nunca se definir como ser humano, eu tenho feito isso na vida com trabalho... desde que me lembro!
E embora, ir para a Italia seja uma ideia agradavel de terapia de auto descoberta, nesse exato momento estou falida e presa em um trabalho.
Sera que realmente tudo o que a gente passa ter uma finalidade ou sera que o universo tem um pouco de humor negro e momentos de TPM?
Bom, eh isso.



Um comentário:

Anônimo disse...

volta logo pra cá então q eu cuido de vc
te faço chá, pego no colo e faço carinho
hehehe