terça-feira, 26 de outubro de 2010

De Comer, rezar, amar....

"A felicidade é conseqüência de um esforço pessoal. Você luta por ela, fez força para obtê-la, insiste nela, e algumas vezes viaja o mundo à sua procura. Você precisa participar o tempo todo das manifestações de suas próprias bênçãos. E, uma vez alcançado um estado de felicidade, nunca deve relaxar em sua manutenção, deve fazer um esforço sobre-humano para continuar para sempre
nadando contra a corrente rumo a essa felicidade, para permanecer flutuando em cima
dela. Se não fizer isso, seu contentamento interno irá se esvair. É muito fácil rezar quando
se está passando por um momento difícil, mas continuar a rezar mesmo quando a sua
crise já passou é como um processo de selamento, que ajuda sua alma a se aferrar às
coisas boas que conquistou.
Lembrando esses ensinamentos enquanto passeio tão livremente de bicicleta pelo
entardecer de Bali, faço preces que na verdade são promessas, nas quais apresento meu
estado de harmonia a Deus e digo: "É isto que eu gostaria de manter. Por favor, ajude-me
a memorizar esta sensação de contentamento e ajude-me a sustentá-la." Estou colocando
essa felicidade em um banco em algum lugar, não apenas garantida pelo governo contra
uma eventual bancarrota, mas protegida por meus quatro irmãos espirituais, mantida ali
como um seguro contra as futuras dificuldades da vida. Essa é uma prática que passei a
chamar de "Alegria Atenta". Enquanto me concentro na Alegria Atenta, continuo também
a me lembrar de uma idéia simples que minha amiga Darcey me falou certa vez - que
toda a tristeza e dificuldade deste mundo é causada por pessoas infelizes. Não apenas do
ponto de vista global» como Stalin e Hitler, mas também no nível menor, pessoal. Atemesmo na minha própria vida, posso ver exatamente onde meus acessos de infelicidade
causaram sofrimento, preocupação ou (no melhor dos casos) incômodo para as pessoas aminha volta. A busca pelo contentamento, portanto, não é apenas um ato de
autopreservação e de autobenefício, mas também um generoso presente ao mundo.
Eliminar toda a sua infelicidade tira você do caminho. Você deixa de ser um obstáculo
não apenas para si mesmo, mas para qualquer outra pessoa. Só então fica livre para
ajudar e desfrutar outras pessoas.
No momento, a pessoa que mais desfruto é Ketut. Esse velho - realmente uma das
pessoas mais felizes que já encontrei - está me dando acesso total liberdade para fazer
todas as perguntas que eu tiver para fazer sobre divindade sobre a natureza humana.
Gosto da meditação que ele me ensinou, da cômica simplicidade do "sorria no seu
fígado" e da presença reconfortante dos quatro irmãos espirituais. No outro dia, o xama me disse que conhece 16 técnicas de meditação diferentes, c muitos mantras com todo
tipo de finalidade. Alguns deles servem para proporcionar paz ou felicidade, outros para
trazer saúde, mas alguns deles são puramente místicos - servem para transportá-lo ateoutros estados de consciência. Por exemplo, disse ele, conhece uma meditação que o leva
"para o cima"."

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