sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Só está começando...

Dia frio em São Paulo. Hoje, sexta-feira. E lá do outro lado do mundo começava mais um Jogos Olímpicos. Como não trabalhei, fiquei o dia inteiro assistindo televisão e a todos os programas sobre as Olimpíadas. Assisti à abertura... linda! E, de boa, na hora em que a cerimônia, rezei para que tudo ocorra em paz, que os atletas façam o seu melhor e que, claro, todos os brasileiros tenham um excelente desempenho... medalhas? Questão de sorte, treino e vontade absurda... O importante é sair com a sensação de dever cumprido!
À tarde, ao assistir a um programa sobre a maratona das Olimpíadas de Atenas, em 2004, quando o Vanderlei Cordeiro (quase) ganhou - só perdeu porque um irlandês invandiu as ruas, o segurou e o derrubou... chorei! Muito! Com raiva do irlandês e com a simplicidade e a história do maratonista... que, como o repórter disse, não foi o campeão, mas saiu como herói de Atenas...
E os Jogos só estão começando... sinto que irei chorar muito ainda! Chorar de verdade! Com lágrimas e mais lágrimas no rosto. Torço absurdamente pelos atletas brasileiros... não importa a competição... pode ser, inclusive, disputa de bola de gude! Entendo o esforço de cada um daqueles atletas!!!
Impossível não se emocionar com a Larissa, que irá jogar ao lado da Ana Paula, no vôlei de praia... impossível não ver os meninos de ouro do Brasil do vôlei se superando mais uma vez (o Giba é foda e ponto! O Dante é simpático e alto demais... e ponto! - eu já tive o privilégio de fazer uma foto ao lado deles e conversar com ambos, mesmo que rapidamente! Coisas que o jornalismo faz por você... risos)... impossível não torcer pelas meninas do basquete, que, mais uma vez, honram a modalidade... impossível não ter a vontade de pegar a Jade Barbosa no colo... impossível não desejar que a jogadora Mari e as outras meninas do vôlei saiam com a sonhada medalha de ouro... impossível não desejar que Thiago Pereira, César Cielo e tantos outros nadadores consigam melhorar seus respectivos tempos na natação... impossível não querer ajudar Maurrem e Jadel a pular o mais longe possível e a Fabiana Murer, o mais alto possível... impossível não chutar a bola junto com a Marta!
São tantos atletas... são tantos sonhos... tantas horas de treino... só está começando!

Observações:
- comprem a revista Ocas de julho/agosto: edição especial de aniversário, com uma entrevista que eu fiz com o Lázaro Ramos...
- comprem a revista Todateen de agosto: tem uma matéria minha com o João Gabriel (judô), Luiza Almeida (hipismo) e César Cielo e Thiago Pereira (natação)
- minhas aulas de natação melhoraram... ok, na terceira aula, vomitei no pós-treino, mas sinto que meu condicionamento melhorou... vamos que vamos!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

violão

e lá se foram 11 anos.
ele nem lembrava mais a última vez que pegou o velho violão no canto da sala para tocá-lo.
o cabelo comprido já tinha sido aposentado. um corte curto, a última moda em escritório-com-ar-condicionado, ditava as regras.
também não fazia idéia por que diabos olhou para o violão hoje e sentiu falta, feito carinho de mãe.
talvez culpa.
talvez saudade.
será que existe diferença?
ele não sabe.
em todo caso, pegou o violão. daquele jeito mesmo, velho e empoeirado.
colocou no colo. mão direita passeando pelas cordas, tal qual um corpo no sábado à noite, regado a vinho.
nada. não sabe o que fazer.
não sabe a gravata que combina, o remédio certo para dor de cabeça, o talher da salada a ser usado.
nessa ânsia, fez-se silêncio. sonoro. oco. único.
e doloroso.
ele olha os discos do neil young no chão.
o cheiro do café que vem da cozinha.
a tarde chata, sem sol nem chuva, que se apresenta, com vergonha, pela janela.
os gritos da vizinha com o pobre do cachorro.
a irmã, ainda pequenina, aprendendo a falar.
os fones de ouvido no chão, desplugados.
as estrelas que tantas vezes contou em noites de solidão.
o primeiro tombo de bicicleta.
fecha os olhos.os dedos se movem. rapidamente, encontram as cordas - meu deus, elas sempre estiveram lá...
sente um som.
sente acordes.
sente cor e gosto. se delicia com o banquete.
é música.
e reconhece a melodia.
está tocando uma canção de amor.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Pessoas, queiram me desculpar. Não consegui. Será que fiz falta??
Beijos a todos os seis dos sete.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Rei Salomão: e não é nada do que vocês estão pensando

Dia desses li um artigo de Ubaldo Ribeiro, onde ele citando Jabor dizia não ter nascido predestinado a falar mal do governo. Predestinado, a palavra me fez lembrar Salomão. Eu também não nasci com a missão de falar mal do governo federal, embora ele me dê todas as chances possíveis. Afinal, nunca houve na história desse país...
Não vou fazer isso, porque acredito no bom senso do bauruense para votar em prefeito e vereadores. Decidi, então, contar fatos relacionados ao rei Salomão, lorotinhas, como diria João Ubaldo.
Alguns como Ícaro, Dédalo, Leonardo da Vinci, Descartes, Cyrano de Bergerac e Júlio Verne sonharam com um homem alado. Outros como Salomão, Nadar e Santos Dumont voaram. Salomão? O pai do filho da rainha de Sabá? Esse mesmo, um homem transformado em um mito. O filho de Davi foi o terceiro monarca de Israel, tendo governado por quarenta anos. Quem nunca ouviu falar no templo ou nas minas do rei Salomão? Quando estudante universitária, eu li alguns relatos sobre seu reinado e um deles referia-se ao seu trono e sua máquina de voar. Como existe uma quantidade enorme de dados sobre ele em livros das três grandes religiões monoteístas comecei uma busca por informações, depois de ter assistido ao filme “Salomão e a rainha de Sabá”. Os textos sagrados escrevem sobre ele, mas não falam dele, essa falta de informação gerou em torno de Salomão uma quantidade enorme de lendas. A Bíblia refere-se à visita de Belkis, a rainha de Sabá, a Israel. Muitos autores falam de um romance entre eles. A dinastia da Etiópia declarou-se descendente de ambos, na obra Kebra Negest datada de 800 a.c. Muitas histórias sobre Salomão foram tiradas do Midrash e do Antigo Testamento. Verdades? Não sei. Segundo escritos islâmicos, Salomão parava em Meca sempre que ia para Sabá. Ele cobria essa distância em um dia. Isso só era possível porque contava com um veículo aéreo impulsionado pelo vento. Por isso era conhecido como “Senhor dos Ventos”. Disso nasceu uma lenda árabe do tapete voador, algo tão comum na literatura desse povo. E o trono como seria?
Ah, um artefato fabuloso! Os contos descrevem uma máquina de ouro. Ele ficava em um patamar, de sete degraus adornados por leões, águias e outros animais. Quando o rei punha o pé no primeiro degrau os leões entravam em ação e iam conduzindo Salomão ao seguinte, até ele chegar à cadeira do trono. Águias mecânicas levantavam vôo e colocavam a coroa em sua cabeça. Quando Nabucodonosor conquistou Jerusalém levou o objeto para a Babilônia e ao pisar no primeiro degrau para sentar-se ao trono, um dos leões deu-lhe uma patada fraturando-lhe a perna. Passou para a história como o rei coxo. O mesmo aconteceu no Egito, onde o faraó ficou manco. As qualidades inconcebíveis das descrições sobre o trono de Salomão fazem com que os ufologistas digam tratar-se de uma máquina construída por seres de outros planetas.
Alá colocou espíritos prestativos a serviço do rei e eles faziam qualquer coisa que Salomão quisesse, afirma o Alcorão. Pode-se acreditar ou não nessas histórias. Mas, uma pessoa a quem são atribuídas peculiaridades tão excepcionais deve ter sido muito especial... Penso que nunca houve na história... alguém como ele!

domingo, 3 de agosto de 2008

Em Vivo Contato

Não deixa de ser interessante pensar que o processo iniciado pela curadora geral da 27º Bienal de São Paulo, Lisette Lagnado, intitulada Como Viver Junto levantou questões que estão sendo ampliadas pelo curador da 28º Bienal de São Paulo, Ivo Mesquita.
Em Vivo Contato, mais conhecida até agora como a Bienal do Vazio, a mostra que se inicia em outubro já nasceu polêmica por ter como proposta inicial realizar uma bienal sem obras de arte. Dividida em três espaço (praça, o vazio e biblioteca) a mostra tem como objetivo ser uma pausa, uma quarentena que propõe um exercício de avaliação, auto reflexão e crítica não só da Bienal de São Paulo mas do próprio modelo de bienal em si.
Que a Fundação Bienal está em crise e precisa de mudanças estruturais e conceituais não é nenhuma novidade e por isso a idéia de levar essa discussão a público como obra é no mínimo divertida.
Em Como Viver Junto a curadora geral buscava abordar a “crise da representação” buscando “conferir uma dimensão política a uma mostra tão importante para a cidade, o Brasil e o mundo.” E sua mostra já entrou com ares de renovação ao realizar o fim da representação nacional e a residência de artistas no Acre. Um dos objetivos de Lisette Lagnado era a volta da importância do educativo dentro da mostra ponto que Ivo Mesquita também busca em sua curadoria e procura soluções ao propor um segundo andar vazio como espaço de desenvolvimento de atividades, um espaço vazio como incubadora de processos e potências criativas surgidas a partir da intuição estimulada no espaço térreo/praça e da razão desenvolvida no terceiro andar/biblioteca.
Se Lagnado encontrou em Hélio Oiticica um paradigma conceitual que buscava “liquidar a representação para superar o modelo de exposições”, Mesquita busca através da volta do prédio como projetado por Oscar Niemeyer como um começo de mudança. Renovar o prédio de modo que o térreo se transforme em uma praça de maior interação entre cidade e Bienal é a maneira que propõe para esquentar a relação entre Bienal e público.
“Se a praça no térreo é o espaço do encontro, da energia epidérmica, sob a regência da intuição e dos sentidos, o conjunto do terceiro andar é o território da razão, o tempo e o lugar do registro da experiência, de colher e sistematizar o conhecimento, e por em prática uma reflexão organizada.”
A importância que Lagnado deu aos seminários, que eventualmente renderiam publicações coisa que não aconteceu por questões administrativas e financeiras, Mesquita dá ao jornal/catálogo. A idéia de um jornal/tablóide que rompe as barreiras do prédio e sai às ruas de maneira gratuita e vai de encontro aos munícipes é complementar à questão da praça como espaço onde se conquista o público.
Embora a idéia inicial fosse uma mostra sem obras, o curador acabou optando sim por realizar uma exposição articulada a partir de arquivo, de documentos, da problematização do próprio prédio e de tudo o que o acontecimento Bienal desencadeia na cidade.
Oiticica e Lisete falavam no “desaparecimento gradual da figura do artista”, ao que parece Ivo Mesquita em sua 28º Bienal desaparece realmente com a figura do artista ao desenvolver um projeto curatorial em que o manifesto é muito mais importante que a própria obra já que até o presente momento muito foi dito e escrito sobre o assunto e nada relativo às obras que irão comunicar com o vazio.

Claro que o texto acima foi escrito antes da publicação da lista de artistas da 28.ª Bienal de São Paulo

ALEXANDER PILIS (Rio de Janeiro, Brasil, 1954)
ALLAN MCCOLLUM (Los Angeles, EUA, 1944)
ÂNGELA FERREIRA (Maputo, Moçambique, 1958)
ARMIN LINKE (Milão, Itália, 1966)
ASSUME VIVID ASTRO FOCUS (Baseado em Nova York e Paris)
CARLA ZACCAGNINI (Buenos Aires, Argentina, 1973/ São Paulo)
CARLOS NAVARRETE (Santiago, Chile, 1968)
CARSTEN HŒLLER (Bruxelas, Bélgica, 1961)
CRISTINA LUCAS (Jaén, Espanha, 1973)
DORA LONGO BAHIA (São Paulo, Brasil, 1961)
EIJA-LIISA AHTILA (H‰meenlinna, Finlândia, 1959)
ERICK BELTRÁN (Cidade do México, México, 1974)
FERNANDO BRYCE (Lima, Peru, 1965)
FISCHERSPOONER (Formado em Nova York, EUA, 1998)
GABRIEL SIERRA (San Juan de Nepomuceno, Colômbia, 1975)
GOLDIN+SENNEBY (Formado em Estocolmo, Suécia, 2004)
IRAN DO ESPÍRITO SANTO (Mococa, Brasil, 1963)
ISRAEL GALVÁN (Sevilha, Espanha, 1973)
JAVIER PEÑAFIEL (Zaragoza, Espanha, 1964)
JOÃO MODÉ (Resende, Brasil, 1961)
JOAN JONAS (Nova York, EUA, 1936)
JOE SHEEHAN (Nelson, Nova Zelândia, 1976)
LEYA MIRA BRANDER (São Paulo, Brasil, 1976)
LOS SUPER ELEGANTES (Formado em São Francisco, EUA, 1995)
MABE BETHÔNICO (Belo Horizonte, Brasil, 1966)
MARINA ABRAMOVIC (Belgrado, ex-Iugoslávia, 1946)
MATT MULLICAN (Santa Mônica, EUA, 1951)
MAURÍCIO IANÊS (Santos, Brasil, 1973)
MIRCEA CANTOR (Oradea, Romênia, 1977)
NICOLÁS ROBBIO (Mar Del Plata, Argentina, 1975)
O GRIVO (Formado em Belo Horizonte, Brasil, 1990)
PAUL RAMIREZ JONAS (Pomona, EUA, 1965)
PETER FRIEDL (Oberneukirchen, Áustria, 1960)
RIVANE NEUENSCHWANDER (Belo Horizonte, Brasil, 1967)
RODRIGO BUENO (São Paulo, Brasil, 1967)
RUBENS MANO (São Paulo, Brasil, 1960)
SARNATH BANERJEE (Calcutá, Índia, 1972)
SOPHIE CALLE (Paris, França, 1953)
VALESKA SOARES (Belo Horizonte, Brasil, 1957)
VASCO ARAÚJO (Lisboa, Portugal, 1975)

E além de questões de Bienal, essa semana teve o Dia do Orgasmo, para os desinformados foi 31 de julho. E juro que esperava que nosso querido Thiago Roque, que um dia já sonhou ser ator pornô, discutisse o assunto. Mas tudo bem, está perdoado com seu bom texto de 5º. Ah, e aos curiosos, a semana foi boa. Bem boa!

sábado, 2 de agosto de 2008

Voltando das férias



Todo mundo já deve estar de saco cheio de mim. SEMPRE postando atrasado...Mas prometo que a situação vai melhorar daqui por diante... Voltei a ter acesso a rede normalmente.
Saí 3 semanas de férias e posso dizer sem dúvida que foram férias perfeitas. Dos 21 dias que tirei, viajei durante 19... e foram as viagens mais esdrúxulas possíveis... Madrid, Paris, Palmas - TO e Curitiba...
Não gastei um centavo com hotéis e a conta do cartão de crédito até que não foi das piores - Thanks God eu tenho milhas, amigos morando na Europa, irmão em Palmas e pai em Curitiba.
A primeira foto é da praia do Prata... em plena cidade de Palmas no Tocantins...no meio do cerrado brasileiro, à beira do rio de mesmo nome. Estou ansiosíssimo prá voltar a trabalhar na segunda, como devem imaginar... Oh Deus, dai-me forças!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Sufoco...

Chego ao final de semana cansado. Não é devido ao trabalho - que continua bacana, graças a Deus!. Mas sim por que resolvi entrar para a academia. Mas já adianto: odeio fazer musculação. Tanto que, na primeira aula de musculação, eu faltei. Calma... não foi preguiça! O problema é que o meu corpo estava realmente todo dolorido. Explico: irei à academia quatro vezes por semana. Na segunda e na quarta, farei musculação. Na terça e na quarta, natação. Comecei na terça... e quase morri no meio da piscina... risos. Ok, estou sendo exagerado!
Não sei quantos quilômetros eu nadei, mas foram muitas chegadas.... crawl, costas, peito e uma tentativa frustada de nadar no estilo borboleta. Perto do fim da aula, cãimbra! Como isso dói! Mas claro que não contei para o treinador isso... disfarcei e dei uns "migué" no treino. Resultado: na quarta, tudo doía. Na quinta, o corpo já estava melhor e deu para fazer um treino melhor... resultados no corpo? Não sei ainda! risos...
Na segunda, farei a minha primeira aula de musculação. Ainda bem que irei bem cedo para a academia, quando o lugar (espero eu!) estará vazio, sem os corpos sarados das mulheres e dos homens... quero sossego! Ah, preciso de um bom MP3 para ouvir enquanto malho... ia comprar nesta semana, mas não deu. Com um amigo que manja mais de tecnologia do que eu - manjo bem pouco! -, iria comprar o aparelho, mas... enfim... espero que a academia coloque para tocar boas músicas!