terça-feira, 5 de agosto de 2008

Rei Salomão: e não é nada do que vocês estão pensando

Dia desses li um artigo de Ubaldo Ribeiro, onde ele citando Jabor dizia não ter nascido predestinado a falar mal do governo. Predestinado, a palavra me fez lembrar Salomão. Eu também não nasci com a missão de falar mal do governo federal, embora ele me dê todas as chances possíveis. Afinal, nunca houve na história desse país...
Não vou fazer isso, porque acredito no bom senso do bauruense para votar em prefeito e vereadores. Decidi, então, contar fatos relacionados ao rei Salomão, lorotinhas, como diria João Ubaldo.
Alguns como Ícaro, Dédalo, Leonardo da Vinci, Descartes, Cyrano de Bergerac e Júlio Verne sonharam com um homem alado. Outros como Salomão, Nadar e Santos Dumont voaram. Salomão? O pai do filho da rainha de Sabá? Esse mesmo, um homem transformado em um mito. O filho de Davi foi o terceiro monarca de Israel, tendo governado por quarenta anos. Quem nunca ouviu falar no templo ou nas minas do rei Salomão? Quando estudante universitária, eu li alguns relatos sobre seu reinado e um deles referia-se ao seu trono e sua máquina de voar. Como existe uma quantidade enorme de dados sobre ele em livros das três grandes religiões monoteístas comecei uma busca por informações, depois de ter assistido ao filme “Salomão e a rainha de Sabá”. Os textos sagrados escrevem sobre ele, mas não falam dele, essa falta de informação gerou em torno de Salomão uma quantidade enorme de lendas. A Bíblia refere-se à visita de Belkis, a rainha de Sabá, a Israel. Muitos autores falam de um romance entre eles. A dinastia da Etiópia declarou-se descendente de ambos, na obra Kebra Negest datada de 800 a.c. Muitas histórias sobre Salomão foram tiradas do Midrash e do Antigo Testamento. Verdades? Não sei. Segundo escritos islâmicos, Salomão parava em Meca sempre que ia para Sabá. Ele cobria essa distância em um dia. Isso só era possível porque contava com um veículo aéreo impulsionado pelo vento. Por isso era conhecido como “Senhor dos Ventos”. Disso nasceu uma lenda árabe do tapete voador, algo tão comum na literatura desse povo. E o trono como seria?
Ah, um artefato fabuloso! Os contos descrevem uma máquina de ouro. Ele ficava em um patamar, de sete degraus adornados por leões, águias e outros animais. Quando o rei punha o pé no primeiro degrau os leões entravam em ação e iam conduzindo Salomão ao seguinte, até ele chegar à cadeira do trono. Águias mecânicas levantavam vôo e colocavam a coroa em sua cabeça. Quando Nabucodonosor conquistou Jerusalém levou o objeto para a Babilônia e ao pisar no primeiro degrau para sentar-se ao trono, um dos leões deu-lhe uma patada fraturando-lhe a perna. Passou para a história como o rei coxo. O mesmo aconteceu no Egito, onde o faraó ficou manco. As qualidades inconcebíveis das descrições sobre o trono de Salomão fazem com que os ufologistas digam tratar-se de uma máquina construída por seres de outros planetas.
Alá colocou espíritos prestativos a serviço do rei e eles faziam qualquer coisa que Salomão quisesse, afirma o Alcorão. Pode-se acreditar ou não nessas histórias. Mas, uma pessoa a quem são atribuídas peculiaridades tão excepcionais deve ter sido muito especial... Penso que nunca houve na história... alguém como ele!

2 comentários:

Camilla Tebet disse...

Fantástico o que vc fez. Ao invés de falar mal de um.. deu um banho de história e informação para mostrar sua admiração por outro. O jogo com as frases " nunca houve ninguém na história... " coisa de mestre. Adorei a aula sobre o Rei Salomão e adorei também a postura positiva em não falar mal de um... deixa que eu falo: CRÁPULA.
Beijos pra vc, sabia Rosa

Ps. Não sabia que Nabuconossor havia sido rei. Tem uma ópera muito linda do Giuseppe Verdi que se chama Nabuco.. eu adoro ouvi-la e não sabia que ele era rei.. ói ki burra ieu..

Rosa Bertoldi disse...

Camilla:
Pior é comigo... que nem sabia da existência da ópera. Vou tentar ouvir, depois eu conto.
Bjs
Rosa