sábado, 14 de novembro de 2009

MERCADORES DE VENEZA

Quem visitou Veneza, pelo menos uma vez, deve ter passado pelo Rialto. No século XVI, era um bairro comercial importante que começou a se desenvolver no centro da laguna da cidade, no lado esquerdo do grande canal. Esse local mantinha-se a salvo das enchentes, pois seu terreno era bastante elevado. Com o crescimento, as atividades governamentais também se instalaram no Rialto e seu relógio público passou a medir o tempo do dinheiro e dos negócios. Em 1514, durante uma noite, um incêndioqueimou tudo, e a reconstrução do bairro levou vinte anos. Ele foi crescendo ao redor da igreja de San Giacomo, a mais antiga de Veneza. Ali estavam praticamente todos os escritórios, a cadeia, o cais do vinho e do ferro, e diversos postos aduaneiros, a maioria em recintos pequenos e sombrios, mas em posições estratégicas para controlar o trafego fluvial.
Antigamente nobres e mercadores se encontravam perto da ponte para efetuarem suas transações comerciais. Um fato interessante é que a peixaria era o único estabelecimento fora desse eixo, para poupar a vizinhança do cheiro do peixe. Ainda restam fortes vestígios da importância que teve o Rialto como elo comercial entre o Oriente e Ocidente. Depois de 1514, durante a sua reconstrução, o bairro tomou um aspecto mais homogeneo e arejado. Essa maior regularidade arquitetônica e urbanística culminou com a construção da Fabbriche Nuove, um longo edifício que acompanha a curva do canal e define novos percursos e espaços acentuando a separação entre as diversas atividades da cidade. A plena integração do centro mercantil ocorreu um pouco depois, quando a antiga ponte de madeira foi substituida por uma de pedras. Veneza tem hoje cerca de 260 mil habitantes incluindo-se aí as ilhas de Murano e Burano. A parte de Veneza em terra é uma fração comunal de Mestra. A cidade está voltada para o mais belo mar do mundo, o Adriático. Ela era uma potência comercial no século X. Considerada uma das mais belas cidades no século XX, continua
sendo muito visitada, apesar da falta de boas maneiras de seus habitantes. Mesmo assim, vale a pena conferir! Em tempo, eu juro que não sou sócia de nenhuma agência de turismo... nem vendo passagem aéreas!!!!

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